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ASSINATURAS ELETRÔNICAS SÃO SEGURAS? O QUE SUA EMPRESA PRECISA SABER PARA EVITAR PROBLEMAS

A digitalização dos processos empresariais trouxe agilidade e eficiência, especialmente no que diz respeito à formalização de contratos. Os contratos digitais, respaldados por assinaturas eletrônicas, são uma realidade consolidada e reconhecida legalmente no Brasil, conforme a Medida Provisória 2.200-2/2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). No entanto, apesar da validade jurídica garantida, a segurança desses documentos depende de uma série de cuidados que vão além da simples aplicação de uma assinatura.

A validade jurídica das assinaturas eletrônicas

A legislação brasileira reconhece diferentes formas de assinaturas eletrônicas, desde que seja possível comprovar a autoria e a integridade do documento. As assinaturas qualificadas, realizadas com certificados digitais emitidos pela ICP-Brasil, oferecem um nível elevado de segurança. Entretanto, outras formas, como as assinaturas simples e avançadas, também são aceitas, desde que atendam às exigências de identificação das partes e de integridade do conteúdo. A escolha adequada do tipo de assinatura deve considerar o grau de risco envolvido e a natureza do contrato.

Riscos e cuidados necessários

Ainda que a assinatura eletrônica seja juridicamente válida, a segurança dos contratos digitais não se limita à conformidade legal. Empresas precisam adotar práticas que protejam esses documentos contra fraudes e acessos indevidos. Algumas medidas relevantes incluem:

  1. Escolha de plataformas seguras: Opte por ferramentas que utilizem criptografia e estejam alinhadas com as normas de proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
  2. Políticas internas claras: Estabeleça procedimentos e critérios para o uso de assinaturas eletrônicas, com treinamentos periódicos para os colaboradores.
  3. Auditoria e rastreabilidade: Utilize soluções que ofereçam trilhas de auditoria, registrando informações sobre quem assinou, quando e de onde o fez.
  4. Análise jurídica prévia: Nem todos os contratos podem ser firmados eletronicamente, especialmente aqueles que exigem reconhecimento de firma em cartório. O suporte jurídico é essencial para evitar invalidade futura.

A adesão aos contratos digitais proporciona dinamismo às operações empresariais, mas exige uma abordagem cuidadosa e estratégica. O respaldo jurídico das assinaturas eletrônicas é indiscutível quando aplicadas corretamente. Contudo, sua segurança depende da combinação entre tecnologia adequada, processos internos bem definidos e conhecimento jurídico especializado.

Empresas que tratam os contratos digitais com seriedade e atenção não apenas otimizam seus processos, mas também fortalecem a confiabilidade de suas relações comerciais e a proteção de seus dados.

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NOVAS REGRAS PARA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: COMO A REGULAMENTAÇÃO AFETA O USO EMPRESARIAL?

Nos últimos anos, a rápida evolução da Inteligência Artificial (IA) tem impulsionado a transformação digital em diversos setores, trazendo inovação, eficiência e novos modelos de negócios. Entretanto, o uso dessa tecnologia também levanta preocupações sobre privacidade, segurança de dados, discriminação algorítmica e responsabilidade jurídica, o que tem motivado a criação de regulamentações específicas em diversas partes do mundo.

As novas diretrizes sobre IA, como o Regulamento Europeu de Inteligência Artificial (AI Act) e iniciativas regulatórias em outras jurisdições, buscam estabelecer parâmetros claros para o desenvolvimento e a utilização ética dessas tecnologias. O objetivo não é limitar a inovação, mas garantir que os sistemas de IA sejam transparentes, seguros e respeitem os direitos fundamentais.

Dentre os principais pontos dessas regulamentações, destacam-se:

  1. Classificação de Riscos: Os sistemas de IA passam a ser categorizados conforme o grau de risco que apresentam à sociedade. Aplicações de “alto risco”, como aquelas utilizadas em decisões de crédito, recrutamento e sistemas de vigilância, estarão sujeitas a controles mais rigorosos.
  2. Transparência e Responsabilidade: Empresas que utilizam IA precisarão adotar práticas que garantam maior transparência na operação dos algoritmos, informando claramente quando o usuário está interagindo com uma máquina e como os dados estão sendo utilizados.
  3. Proteção de Dados e Privacidade: As novas regulamentações reforçam a importância de conformidade com legislações de proteção de dados, como a LGPD no Brasil e o GDPR na Europa, especialmente no que diz respeito à coleta, armazenamento e tratamento de informações pessoais.
  4. Supervisão e Auditoria: O monitoramento contínuo dos sistemas de IA se torna obrigatório em determinados setores, com exigências de auditorias regulares para evitar vieses indevidos e garantir a segurança e a confiabilidade das soluções.

Para as empresas, adaptar-se a essas exigências implica revisar processos internos, investir em treinamento de equipes e, muitas vezes, reestruturar soluções tecnológicas. O alinhamento com as novas normas não apenas mitiga riscos legais, mas também fortalece a confiança do público e dos parceiros comerciais no uso responsável da IA.

Dessa forma, a regulamentação da Inteligência Artificial representa uma etapa natural no processo de amadurecimento dessa tecnologia. Empresas que adotarem práticas transparentes e éticas não apenas atenderão aos requisitos legais, mas também estarão mais preparadas para explorar as oportunidades que a IA oferece de maneira sustentável e responsável.

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WHATSAPP BUSINESS E SEGURANÇA: COMO PROTEGER DADOS SENSÍVEIS NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

O WhatsApp Business tornou-se uma ferramenta indispensável para muitas empresas que buscam agilidade no atendimento ao cliente e eficiência na comunicação interna. Sua interface familiar e a facilidade de integração com outras ferramentas de gestão atraíram empresas de diversos setores. No entanto, apesar das vantagens, o uso dessa plataforma sem a devida atenção à segurança pode expor informações sensíveis e gerar riscos significativos para o negócio.

A troca de mensagens no WhatsApp muitas vezes envolve dados pessoais de clientes, negociações comerciais e informações estratégicas. Quando não há uma política clara de uso, o risco de vazamentos, golpes e acessos não autorizados cresce exponencialmente. Um ponto crítico é a prática comum de compartilhar dispositivos ou utilizar o WhatsApp Web em computadores públicos ou desprotegidos. Essa ação, aparentemente inofensiva, pode facilitar o acesso de terceiros a conversas e arquivos sensíveis.

Criminosos têm se especializado em golpes que envolvem o roubo de contas empresariais. A técnica mais comum é a engenharia social, onde o atacante, se passando por um funcionário do suporte técnico, solicita o código de verificação enviado por SMS. Com esse dado, o invasor assume a conta e passa a se comunicar com clientes, aplicando golpes que comprometem a credibilidade da empresa.

Para mitigar esses riscos, é fundamental implementar algumas práticas de segurança. Primeiramente, a autenticação em duas etapas deve ser ativada em todas as contas empresariais. Esse recurso adiciona uma camada extra de proteção, exigindo um PIN além do código de verificação. Além disso, a empresa deve estabelecer regras claras sobre o uso da ferramenta, orientando colaboradores a evitar o compartilhamento de informações críticas via WhatsApp.

Outra medida importante é a utilização de soluções de comunicação corporativa que oferecem mais controle sobre o fluxo de dados, como aplicativos de mensagens com criptografia ponta a ponta e recursos de gerenciamento centralizado. Ferramentas como o WhatsApp Business API, quando integradas a plataformas de atendimento, permitem um controle mais eficaz das interações, registrando conversas de maneira segura e garantindo a conformidade com a LGPD.

Por fim, investir na capacitação contínua dos colaboradores é indispensável. A segurança da informação depende, em grande parte, da conscientização sobre os riscos e boas práticas no uso das ferramentas digitais. A comunicação é essencial para o sucesso de qualquer empresa, mas deve sempre andar lado a lado com a proteção de dados e a responsabilidade no manejo das informações.

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LGPD NO SETOR DA SAÚDE: COMO GARANTIR A SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES DE PACIENTES

Desafios e necessidade de adequação

A proteção de dados no setor da saúde tornou-se uma preocupação central para clínicas, hospitais, laboratórios e demais estabelecimentos que lidam diariamente com informações sensíveis de pacientes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impôs uma nova dinâmica a essas instituições, que agora precisam adotar medidas rigorosas para garantir a segurança, a privacidade e a integridade dos dados que coletam e armazenam.

A legislação classifica dados de saúde como sensíveis, exigindo tratamento diferenciado e um nível maior de proteção. Isso implica a necessidade de medidas técnicas e organizacionais para evitar acessos indevidos, vazamentos e o uso indevido das informações. Apesar da crescente digitalização dos serviços de saúde, muitos estabelecimentos ainda não implementaram políticas adequadas de segurança, expondo-se a riscos legais e reputacionais.

A utilização de sistemas de gestão hospitalar, prontuários eletrônicos e plataformas de telemedicina, por exemplo, exige um controle rigoroso de acesso, garantindo que apenas profissionais devidamente autorizados possam visualizar determinadas informações. A ausência desse controle pode acarretar sanções da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), além de ações judiciais movidas por pacientes que tenham seus dados expostos indevidamente.

Outra prática recorrente no setor da saúde e que demanda atenção é o compartilhamento de dados entre diferentes instituições, como hospitais e laboratórios. De acordo com a LGPD, esse compartilhamento deve ser feito mediante consentimento do paciente ou por justificativa legal adequada. A informalidade com que muitas dessas informações transitam, seja por meio de e-mails não protegidos, aplicativos de mensagens ou outros meios sem qualquer criptografia, representa uma vulnerabilidade que pode comprometer a segurança dos dados.

Além das questões legais e tecnológicas, há também um fator humano essencial na proteção de dados na saúde. Profissionais que lidam com informações de pacientes devem ser constantemente treinados para compreender as diretrizes da LGPD e evitar condutas que possam levar a incidentes de segurança. Muitas violações ocorrem não por falha dos sistemas, mas por descuidos operacionais, como o acesso indevido a prontuários ou o armazenamento inadequado de informações sensíveis.

A adequação à LGPD no setor da saúde não deve ser vista apenas como um requisito legal, mas como um compromisso com a segurança do paciente e com a ética profissional. Investir em medidas de proteção de dados reduz a exposição da instituição a riscos jurídicos e preserva a confiança do público nos serviços prestados. A implementação de boas práticas, como a revisão periódica dos processos internos, a adoção de tecnologias seguras e a capacitação contínua dos profissionais, é essencial para garantir a conformidade e evitar problemas futuros.

Diante das recentes movimentações da ANPD e do aumento de casos de incidentes envolvendo dados de saúde, a necessidade de adequação se torna cada vez mais urgente. Empresas que negligenciam a proteção dessas informações não apenas correm o risco de sofrer sanções, mas também de comprometer a credibilidade e a continuidade de suas operações. É fundamental que gestores da área da saúde compreendam a importância da proteção de dados e busquem soluções efetivas para garantir a conformidade com a legislação vigente.

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EMPRESAS QUE COLETAM DADOS DESNECESSÁRIOS: ERROS COMUNS QUE PODEM RESULTAR EM SANÇÕES DA ANPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabeleceu diretrizes claras sobre a coleta e o tratamento de informações pessoais, exigindo que as empresas justifiquem a necessidade de cada dado coletado. No entanto, muitos negócios ainda cometem equívocos ao solicitar informações excessivas, o que pode resultar em advertências, multas e outras sanções aplicadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Um erro recorrente é a exigência de dados que não guardam relação direta com a finalidade do serviço prestado. Formulários que solicitam informações como estado civil, filiação ou até mesmo CPF para simples cadastro em newsletters são exemplos disso. Se a coleta não estiver fundamentada em uma base legal adequada, há risco de enquadramento como tratamento irregular de dados.

Outro problema está na exigência de dados sensíveis sem necessidade real. Algumas empresas solicitam informações sobre saúde, origem racial ou crenças religiosas sem que essas informações sejam imprescindíveis para a prestação do serviço. A LGPD impõe restrições severas ao uso desses dados, tornando sua coleta injustificada um risco considerável.

Além disso, há falhas na transparência. Muitos negócios não explicam de forma clara para que fins os dados serão utilizados, deixando os titulares sem informações suficientes para exercer seus direitos. A ausência de um aviso de privacidade adequado ou o uso de termos genéricos pode ser interpretado como descumprimento da obrigação de informar.

A ANPD tem adotado uma abordagem educativa, mas também tem demonstrado disposição para aplicar sanções quando há descumprimento das normas. Empresas que revisam suas práticas de coleta, limitando-se aos dados estritamente necessários e assegurando transparência aos titulares, reduzem o risco de penalidades e reforçam sua credibilidade no mercado.

O respeito às regras de proteção de dados não é apenas uma obrigação legal, mas também um diferencial competitivo. Negócios que tratam informações com responsabilidade conquistam a confiança dos clientes e evitam transtornos futuros.

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LGPD NA PRÁTICA: COMO PEQUENAS EMPRESAS PODEM SE ADAPTAR

Desde a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), muitas empresas têm buscado formas de se adequar às novas regras para evitar penalidades e, ao mesmo tempo, garantir a segurança das informações de clientes e colaboradores. Embora a lei afete empresas de todos os portes, pequenas empresas podem encontrar desafios específicos ao tentar cumprir suas exigências sem comprometer o funcionamento do negócio.

A boa notícia é que a adaptação à LGPD não exige investimentos exorbitantes ou mudanças bruscas na operação. Pequenas empresas podem seguir algumas diretrizes simples para atender à lei e proteger os dados que armazenam. O primeiro passo é identificar quais informações são coletadas, como são utilizadas e onde são armazenadas. Dados como nome, telefone, endereço e CPF são considerados pessoais e precisam ser tratados com segurança.

Além disso, é importante ter um canal claro para que clientes e fornecedores possam solicitar informações sobre o uso de seus dados ou pedir a exclusão deles, se for o caso. Criar um aviso de privacidade claro e acessível, seja no site da empresa ou em contratos e formulários, é uma maneira eficaz de demonstrar transparência e respeito à legislação.

A segurança da informação também precisa ser observada. Pequenos negócios podem adotar medidas simples, como senhas fortes, controle de acesso a documentos e backup regular dos dados. Caso a empresa trabalhe com terceiros para processar informações, é essencial garantir que esses parceiros também sigam boas práticas de proteção de dados.

Por fim, a conscientização dos funcionários faz toda a diferença. Treinar a equipe para lidar corretamente com dados pessoais ajuda a reduzir riscos e evita falhas que podem resultar em multas ou danos à reputação da empresa.

A adequação à LGPD não deve ser vista como um obstáculo, mas como uma oportunidade de fortalecer a relação com clientes e parceiros, demonstrando comprometimento com a privacidade e segurança das informações. Com medidas simples e planejamento, pequenas empresas podem cumprir a lei sem comprometer sua operação.

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IA PODE VIOLAR A LGPD? COMO EVITAR QUE SUA EMPRESA USE IA DE FORMA ILEGAL E COMPROMETA DADOS PESSOAIS

A inteligência artificial já faz parte do dia a dia das empresas, seja para otimizar processos, personalizar experiências ou analisar grandes volumes de informações. Mas junto com seus benefícios, surgem preocupações legítimas: será que o uso de IA pode violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)? Como evitar riscos e garantir que a tecnologia trabalhe a favor da empresa sem comprometer os direitos dos titulares dos dados?

O que a LGPD diz sobre IA?

A LGPD não menciona explicitamente a inteligência artificial, mas suas diretrizes se aplicam a qualquer forma de tratamento de dados pessoais, incluindo aqueles processados por algoritmos. Isso significa que, ao usar IA, uma empresa precisa seguir os princípios da lei, como transparência, necessidade e segurança.

Se um sistema de IA coleta, armazena ou analisa informações de clientes ou funcionários, ele deve respeitar as bases legais de tratamento, garantir que os dados sejam protegidos contra acessos indevidos e oferecer formas para que os titulares possam exercer seus direitos.

Riscos que as empresas precisam evitar

O uso irresponsável da IA pode levar a problemas sérios, como o tratamento de dados sem consentimento ou sem base legal, a coleta excessiva de informações e a falta de explicação sobre como as decisões automatizadas são tomadas.

Alguns erros comuns incluem:

  • Falta de transparência: O cliente não sabe que seus dados estão sendo usados por uma IA ou como isso afeta suas interações com a empresa.
  • Uso indevido de dados sensíveis: Informações sobre saúde, crenças ou origem racial podem ser processadas sem o devido cuidado.
  • Tomada de decisão automatizada sem supervisão: Sistemas que negam crédito, ajustam preços ou avaliam perfis sem que o usuário possa contestar ou entender os critérios utilizados.

Além disso, se a empresa terceiriza ferramentas de IA sem avaliar como os dados são tratados, pode acabar envolvida em violações sem nem perceber.

Como usar IA de forma responsável

Para evitar problemas, a empresa deve adotar boas práticas que garantam conformidade com a LGPD. Algumas medidas importantes são:

  • Deixe claro como a IA trata os dados: O titular precisa saber que suas informações estão sendo analisadas por um sistema automatizado.
  • Escolha bases legais adequadas: Nem tudo pode ser tratado com base no consentimento. Avalie se há uma justificativa legal para o uso dos dados.
  • Implemente medidas de segurança: Proteja as informações contra vazamentos e acessos não autorizados.
  • Revise contratos com fornecedores de IA: Garanta que as soluções adotadas seguem a legislação brasileira e oferecem mecanismos de controle.
  • Ofereça formas de contestação: Se um cliente for afetado por uma decisão automatizada, ele deve ter o direito de pedir revisão humana.

O equilíbrio entre inovação e proteção

A inteligência artificial é uma aliada valiosa, mas não pode operar sem responsabilidade. O uso correto passa por respeitar direitos e garantir que a tecnologia esteja a serviço das pessoas, e não o contrário. Empresas que investem em boas práticas evitam riscos legais e fortalecem a confiança dos clientes. Afinal, inovação e proteção de dados devem caminhar juntas.

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O QUE É UM DPO E POR QUE SUA EMPRESA PRECISA DE UM? O PAPEL DO DPO NA PREVENÇÃO DE RISCOS

A proteção de dados pessoais tornou-se uma preocupação essencial para empresas de todos os portes. Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), organizações que tratam informações de clientes, colaboradores e parceiros precisam adotar medidas para garantir a conformidade legal e a segurança dessas informações. Nesse contexto, surge uma figura fundamental: o DPO (Data Protection Officer), ou Encarregado de Proteção de Dados.

O DPO é o profissional responsável por atuar como um elo entre a empresa, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Sua principal função é orientar a organização sobre as boas práticas de proteção de dados, garantindo que os processos internos estejam alinhados à legislação vigente.

Entre suas atribuições, destacam-se:

  • Monitoramento da conformidade com a LGPD, avaliando o cumprimento das normas e propondo melhorias;
  • Assessoria e treinamento para colaboradores sobre a importância da privacidade e segurança da informação;
  • Atendimento a solicitações de titulares de dados, garantindo transparência e respeito aos direitos dos cidadãos;
  • Gestão de incidentes de segurança, auxiliando na mitigação de riscos e na comunicação com os órgãos competentes em caso de vazamentos de dados;
  • Interação com a ANPD, atuando como ponto de contato oficial para esclarecimentos e auditorias.

Por que sua empresa precisa de um DPO?

A presença de um DPO não é apenas uma exigência legal para algumas empresas, mas também uma estratégia para reduzir riscos e fortalecer a confiança do mercado. Com um profissional dedicado à proteção de dados, a empresa demonstra compromisso com a privacidade e a segurança das informações, fatores cada vez mais valorizados por consumidores e parceiros comerciais.

Além disso, a atuação do DPO contribui para:

  • Prevenção de sanções e multas, uma vez que a empresa estará mais preparada para atender às exigências da LGPD;
  • Proteção contra fraudes e vazamentos, minimizando impactos financeiros e reputacionais;
  • Diferenciação competitiva, já que empresas que investem na privacidade dos dados tendem a ganhar maior credibilidade no mercado.

Prevenção de riscos: o papel estratégico do DPO

Muitas empresas ainda encaram a adequação à LGPD como um desafio burocrático. No entanto, a gestão eficiente dos dados não se limita ao cumprimento da lei — trata-se de um investimento na segurança e sustentabilidade do negócio.

O DPO ajuda a empresa a identificar vulnerabilidades antes que se tornem problemas, promovendo uma cultura de proteção de dados que envolve toda a equipe. Essa abordagem preventiva reduz a probabilidade de incidentes, protege a reputação da empresa e assegura um relacionamento mais transparente com clientes e parceiros.

Contar com um DPO é mais do que uma obrigação legal para muitas empresas — é uma decisão estratégica que traz benefícios de longo prazo. Em um mundo cada vez mais digital, proteger os dados pessoais não é apenas uma questão de conformidade, mas um compromisso com a ética, a confiança e a segurança.

Se a sua empresa ainda não tem um DPO ou não sabe por onde começar, buscar a orientação de um especialista pode ser o primeiro passo para construir um ambient

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MUDANÇAS NA LGPD EM 2025: SEU NEGÓCIO ESTÁ ADEQUADO?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe avanços significativos para a segurança e privacidade das informações no Brasil. Desde sua entrada em vigor, empresas de todos os portes foram desafiadas a revisar processos, capacitar equipes e investir em medidas que garantam o tratamento responsável dos dados pessoais. Em 2025, novas atualizações entram em vigor, exigindo ainda mais atenção das organizações que lidam com informações de clientes, colaboradores e parceiros.

Entre as principais mudanças está o fortalecimento da fiscalização e o aumento da responsabilidade das empresas sobre a forma como coletam, armazenam e compartilham dados. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem adotado uma postura mais ativa, com normas que detalham obrigações específicas para setores distintos, além da ampliação da aplicação de sanções. Isso significa que medidas anteriormente consideradas suficientes podem não atender mais aos padrões exigidos.

Outro ponto relevante é a crescente exigência por transparência. Os titulares dos dados passam a ter mais facilidade para exercer seus direitos, como solicitar informações sobre o uso de suas informações e exigir a exclusão quando necessário. Empresas que não estiverem preparadas para responder rapidamente a essas demandas podem enfrentar não apenas penalidades legais, mas também impactos negativos em sua reputação.

Diante dessas mudanças, é essencial que gestores façam uma reavaliação de suas práticas. A adequação à LGPD não deve ser encarada como um obstáculo, mas como uma oportunidade de fortalecer a relação de confiança com clientes e parceiros. Investir na conformidade é um diferencial competitivo e demonstra compromisso com a segurança da informação.

Se sua empresa ainda não revisou seus processos à luz das atualizações da LGPD, este é o momento de agir. O cumprimento da legislação não é apenas uma obrigação legal, mas uma demonstração de respeito à privacidade e proteção dos dados das pessoas. Afinal, em um mundo cada vez mais digital, cuidar das informações que nos são confiadas é mais do que uma necessidade – é um compromisso ético.

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COMO A SEGURANÇA CIBERNÉTICA ESTÁ ALINHADA ÀS EXIGÊNCIAS LEGAIS, COMO A LGPD

A segurança cibernética e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) caminham juntas na construção de um ambiente digital mais seguro e respeitoso com a privacidade das pessoas. O avanço das tecnologias trouxe novas possibilidades para empresas e indivíduos, mas também reforçou a necessidade de proteger informações contra acessos indevidos, vazamentos e uso inadequado.

A LGPD estabelece diretrizes claras sobre a coleta, o armazenamento e o tratamento de dados pessoais, exigindo que organizações adotem medidas técnicas e administrativas para garantir essa proteção. Nesse sentido, a segurança cibernética atua como um pilar fundamental para a conformidade legal, reduzindo riscos e fortalecendo a confiança entre empresas e clientes.

A implementação de práticas seguras, como a criptografia, o controle de acessos e a realização de auditorias periódicas, vai além do cumprimento de normas legais. Trata-se de um compromisso ético, que demonstra respeito à privacidade e à transparência no uso das informações. Além disso, a conscientização dos colaboradores sobre boas práticas e riscos potenciais é um passo essencial para evitar incidentes.

Empresas que investem na segurança dos dados não apenas atendem às exigências da LGPD, mas também reforçam sua credibilidade no mercado. Em um mundo cada vez mais digital, proteger informações deixou de ser uma escolha e se tornou uma responsabilidade compartilhada entre organizações, profissionais de tecnologia e usuários. Esse alinhamento entre segurança cibernética e legislação representa um avanço significativo para a construção de um ambiente digital mais confiável e respeitoso com a privacidade de todos.

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USO DE REDES WI-FI PÚBLICAS E COMO ISSO PODE EXPOR DADOS DA EMPRESA

Em um mundo onde a conectividade define a produtividade, a facilidade de acesso à internet em redes públicas pode parecer uma solução conveniente para quem precisa trabalhar remotamente. No entanto, essa comodidade esconde riscos que muitas vezes passam despercebidos.

O uso de redes Wi-Fi abertas, como as disponíveis em cafeterias, aeroportos e hotéis, pode expor informações sensíveis da empresa a interceptações. Isso acontece porque, na maioria dos casos, essas redes não possuem protocolos de segurança adequados, tornando os dados trafegados mais vulneráveis a ataques. Informações como credenciais de acesso, documentos confidenciais e até mesmo comunicações internas podem ser capturadas por terceiros sem que o usuário perceba.

Os chamados ataques “man-in-the-middle” são um exemplo comum desse risco. Neles, um invasor se posiciona entre o dispositivo do usuário e a rede, monitorando ou até manipulando os dados transmitidos. Em alguns casos, criminosos criam redes falsas com nomes semelhantes aos de estabelecimentos conhecidos, induzindo as pessoas a se conectarem sem suspeitar da fraude.

Para mitigar esses riscos, algumas medidas devem ser adotadas. O uso de redes privadas virtuais (VPNs) é uma alternativa eficiente, pois cria um túnel seguro para a transmissão de dados. Além disso, ativar a autenticação em dois fatores para acessos a sistemas corporativos reduz as chances de comprometimento de credenciais. Também é recomendável que conexões Wi-Fi públicas sejam evitadas ao lidar com informações sensíveis, priorizando redes móveis, que oferecem um nível maior de segurança.

A conscientização dos colaboradores sobre esses riscos é essencial para proteger os dados da empresa. Pequenas mudanças nos hábitos digitais podem fazer uma grande diferença na preservação da segurança da informação, reduzindo as vulnerabilidades associadas ao uso de redes desconhecidas.

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EXEMPLOS DE PHISHING COMUNS EM EMPRESAS

Você recebe um e-mail do setor de TI informando que sua senha expirou e precisa ser alterada em até 24 horas. O link parece legítimo, a urgência é convincente e, sem pensar muito, você clica. Pronto: acaba de entregar suas credenciais a um golpista. Essa situação acontece diariamente em empresas de todos os tamanhos e setores. O phishing, uma das fraudes mais comuns no mundo digital, não precisa de muito esforço para funcionar—basta um clique no lugar errado.

A seguir, veja alguns dos golpes mais frequentes e como evitá-los.

1. O E-mail do “Suporte Técnico”

Esse golpe geralmente envolve uma mensagem que parece vir da equipe de TI da empresa. O e-mail informa que há um problema com sua conta, que sua senha expirou ou que você precisa confirmar suas credenciais. O tom é sempre urgente, criando pressão para agir rapidamente.
Como evitar: Antes de clicar, verifique se o remetente é confiável e, em caso de dúvida, entre em contato diretamente com o suporte da empresa.

2. O “Boleto Falso” do Financeiro

Empresas recebem e pagam dezenas de boletos por mês. Golpistas sabem disso e enviam cobranças falsas se passando por fornecedores conhecidos. Muitas vezes, os valores não são tão altos, justamente para não levantar suspeitas.
Como evitar: Antes de pagar qualquer boleto, confira os dados bancários e valide com o fornecedor ou com o setor financeiro.

3. O Falso Convite Para Reunião

Um e-mail informando que você foi adicionado a uma reunião importante do Zoom, Microsoft Teams ou Google Meet pode ser uma isca perfeita. Ao clicar no link, você pode ser direcionado para um site falso que solicita login e senha.
Como evitar: Em vez de clicar no link, entre na plataforma de reuniões manualmente e veja se há mesmo um evento agendado.

4. A Falsa Atualização de Software

Essa tentativa de phishing pode vir por e-mail ou até mesmo como um pop-up no navegador. O alerta diz que você precisa atualizar um software essencial, como antivírus ou ferramentas internas da empresa. O clique instala um malware que pode roubar dados ou até mesmo permitir o acesso remoto ao seu computador.
Como evitar: Baixe atualizações apenas dos sites oficiais e consulte o time de TI antes de instalar qualquer coisa.

5. O SMS ou WhatsApp da “Alta Direção”

Imagine que seu chefe ou diretor financeiro te manda um WhatsApp pedindo um pagamento urgente ou transferência de fundos para um fornecedor novo. A pressão do cargo alto faz com que muitos colaboradores nem questionem a solicitação.
Como evitar: Antes de agir, confirme com a pessoa por outro meio, como uma ligação ou um e-mail enviado para o endereço corporativo.

Os golpes de phishing se aproveitam da pressa e da confiança dos funcionários para roubar dados e dinheiro. A melhor defesa não está na tecnologia, mas na atenção e na desconfiança saudável ao lidar com e-mails, mensagens e links suspeitos. Antes de clicar, pare e pergunte a si mesmo: isso faz sentido? Muitas vezes, só essa pausa já é suficiente para evitar um grande problema.