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COMO A BOTNET RDDOS ESTÁ TRANSFORMANDO O CENÁRIO DE CIBERSEGURANÇA

Recentemente, foi detectada uma nova família de botnets pelo Sistema Global de Caça a Ameaças, conhecida como RDDoS. Essa ameaça, que realiza ataques DDoS incessantemente, tem como principais alvos os Estados Unidos (36%), Brasil (22%) e França (15%).

Botnets, em essência, são redes de dispositivos de computador sequestradas e utilizadas para uma variedade de golpes e ciberataques. No caso específico dos RDDoS, essa botnet tem a capacidade de executar comandos que lançam ataques de negação de serviço (DDoS), tornando os recursos de um sistema indisponíveis para seus usuários. Os ataques DDoS sobrecarregam servidores ou infraestrutura de rede, interrompendo seu funcionamento normal.

No Brasil, a nova ameaça atua de forma sofisticada: primeiro, altera o diretório de trabalho do processo atual para o diretório raiz, criando um subprocesso eficaz capaz de manter a execução de funções subsequentes. Historicamente, o Brasil tem sido um alvo frequente de ataques DDoS. Relatórios anteriores já indicavam o país como um dos mais afetados na América Latina.

Os ataques RDDoS podem ser executados de duas maneiras no host vítima: com e sem parâmetros. Essa flexibilidade permite que os criminosos façam julgamentos conforme o conteúdo online, utilizando parâmetros para distinguir o tipo de dispositivo infectado. Após a conclusão da operação, o terminal controlado aguarda instruções do terminal de controle, avaliando operações subsequentes de acordo com parâmetros específicos.

Esta nova família de botnets é construída do zero e tem sido continuamente aprimorada, incorporando novos métodos de ataque DDoS e funções avançadas, aumentando significativamente a ameaça que representa. Nos últimos anos, tem sido comum que invasores utilizem botnets como canais para lançar ataques APT (Advanced Persistent Threat) ou ransomware, aumentando ainda mais o perigo.

É necessário que todos estejam atentos a essas botnets emergentes. Mesmo que muitas delas pareçam trojans simples, elas podem evoluir rapidamente, gerando um fluxo constante de variantes. Portanto, a vigilância e a atualização constante das medidas de segurança são fundamentais para mitigar esses riscos.

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COMO COMBATER AMEAÇAS CIBERNÉTICAS

Em um mundo onde a interconexão digital se tornou parte de nossa existência, a importância da segurança cibernética transcendeu sua concepção original, emergindo como um elemento funademental na preservação de nossa integridade digital e física. À medida que mergulhamos na era das inovações tecnológicas, somos confrontados com um espectro ampliado de desafios de segurança que demandam nossa atenção imediata, tanto no nível individual quanto organizacional.

Uma ameaça cibernética pode ser definida como qualquer tentativa mal-intencionada de violar a segurança de informações digitais, comprometendo sua confidencialidade, integridade ou disponibilidade. Estas ameaças manifestam-se em variadas formas, cada uma impondo riscos específicos e exigindo estratégias de mitigação adaptadas.

Entre os tipos mais prevalentes de ameaças, destacam-se:

  • Ransomware: Esse tipo de software malicioso criptografa ou bloqueia o acesso a arquivos e sistemas, exigindo um pagamento para sua liberação. Tornou-se notório por causar prejuízos significativos tanto a indivíduos quanto a corporações em todo o mundo.
  • Explorações de Software (Exploits): Referem-se ao aproveitamento de vulnerabilidades em softwares para executar ações maliciosas, como a introdução de malware ou o roubo de dados.
  • Spam e E-mails Maliciosos: Esses incluem desde mensagens não solicitadas até tentativas de phishing que visam enganar os destinatários para que revelem informações pessoais ou instalem software mal-intencionado.
  • Ataques de Rede: Atacam a infraestrutura de redes para interromper serviços, roubar dados ou ganhar acesso não autorizado, variando de ataques de negação de serviço a interceptações.
  • Infecções Locais: Malwares que comprometem dispositivos individuais, podendo se disseminar e afetar redes inteiras.
  • Varreduras Sob Demanda: Processos de verificação que buscam identificar e neutralizar ameaças ou vulnerabilidades em sistemas ou redes.
  • Ameaças Web: Diversas atividades maliciosas que ocorrem através da internet, incluindo ataques de scripts entre sites e downloads automáticos mal-intencionados.

Estratégias de Proteção:

A chave para uma defesa eficaz reside na adoção de práticas de segurança conscientes e atualizadas, que incluem:

  • Atualização constante de softwares e sistemas operacionais para corrigir vulnerabilidades existentes.
  • Implementação de medidas de segurança como firewalls, antivírus e sistemas de prevenção de intrusões.
  • Vigilância ao interagir com links e anexos de fontes não verificadas.
  • Uso da autenticação de dois fatores para reforçar a segurança das contas online.
  • Realização regular de backups para proteção contra perda de dados por ransomware.
  • Educação contínua sobre segurança cibernética para si mesmo e sua equipe.

A dinâmica da cibersegurança exige uma vigilância constante e uma adaptação contínua às novas ameaças. Com um entendimento aprofundado das vulnerabilidades e a implementação de estratégias de segurança proativas, é possível minimizar os riscos e proteger nossos ativos digitais valiosos.

A segurança cibernética é uma responsabilidade coletiva; juntos, temos o poder de forjar um futuro digital mais seguro. Mantenha-se informado e empoderado, e junte-se a nós na missão de proteger nosso mundo interconectado.

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PIX NO BRASIL: CONVENIÊNCIA E AMEAÇA À SEGURANÇA FINANCEIRA

A crescente adesão do Pix como método de pagamento no Brasil trouxe consigo uma onda preocupante: o aumento dos golpes financeiros. Em 2022, um estudo conduzido pela empresa especializada em segurança financeira, Silverguard, revelou que cerca de 1,7 milhão de brasileiros foram vítimas de golpes relacionados ao Pix. Curiosamente, grande parte dessas vítimas opta pelo silêncio, deixando de reportar o ocorrido e, consequentemente, reduzindo suas chances de recuperar os valores perdidos.

Mais de 40% dos cidadãos nacionais reportaram tentativas de fraude via Pix, e o assustador é que quase uma em cada dez dessas pessoas acabou efetivamente sendo enganada. Em Minas Gerais, os números são ainda mais alarmantes: 30% dos mineiros já enfrentaram tentativas de golpe, e 7% confirmaram ter sido ludibriados.

Infelizmente, a inação é comum. A vasta maioria dos mineiros, assim como ocorre no restante do Brasil, não procura recuperar seu dinheiro. E ainda, quase 9 em cada 10 mineiros não se dão ao trabalho de registrar um boletim de ocorrência, levantando preocupações quanto à subnotificação e à dificuldade de mapear e combater esses crimes.

Plataformas sociais como WhatsApp e Instagram são os principais palcos dessas artimanhas. Em situações que envolvem quantias superiores a R$ 5.000, destacam-se os golpes da falsa central de atendimento, do impostor se passando por parente solicitando recursos e da falsa relação amorosa com intuito financeiro.

Contudo, há uma luz no fim do túnel. O Banco Central, percebendo essa tendência, instituiu no final de 2021 o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED). Esse instrumento permite que, em determinadas circunstâncias, o dinheiro possa ser devolvido. O processo envolve reportar a fraude à instituição financeira em até 80 dias, fornecer à polícia os detalhes da transação e dialogar com o banco receptor do dinheiro. Entretanto, é fundamental agir rapidamente, visto que muitos golpistas se adiantam ao encerrar suas contas para dificultar o rastreio.

O MED, no entanto, não é uma varinha mágica. A maioria dos pedidos, infelizmente, é negada, principalmente quando os criminosos conseguem agir de forma ágil. Assim, a educação financeira e a informação se tornam ferramentas importantes. Como ressalta Marcia Netto, CEO da Silverguard, entender o processo e agir prontamente são passos essenciais para maximizar as chances de recuperar valores.

Ao passo que o Pix transforma o panorama financeiro brasileiro, torna-se indispensável que os usuários estejam atentos, informados e preparados para proteger seus recursos. Afinal, a segurança digital é tão vital quanto a financeira em nossos tempos modernos.

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PROTEGENDO NOSSOS FILHOS ONLINE: OS RISCOS OCULTOS DAS CONVERSAS COM DESCONHECIDOS

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No mundo digital contemporâneo, a interação com estranhos na internet tornou-se uma realidade inegável. No entanto, a facilidade de comunicação online também traz consigo riscos sérios, especialmente para crianças e adolescentes que muitas vezes estão despreparados para lidar com as armadilhas virtuais. Neste artigo, exploraremos os principais perigos associados a conversar com estranhos na internet, destacando a importância de orientação, diálogo aberto e controle parental para proteger nossos entes queridos.

1. Extorsão e Manipulação:

Assim como em ambientes físicos, há indivíduos mal-intencionados que buscam explorar a ingenuidade de crianças e adolescentes online. Através de jogos online e redes sociais, esses predadores podem criar histórias fictícias para ganhar a confiança das vítimas. Uma vez que estabelecem um relacionamento, eles podem induzir os jovens a compartilhar informações pessoais ou íntimas, como fotos comprometedoras. Essas imagens podem então ser usadas para chantagem, extorsão ou até mesmo para práticas ilegais, como estupro virtual.

2. Pedofilia:

A internet tornou-se um terreno fértil para predadores sexuais em busca de crianças e adolescentes vulneráveis. Esses indivíduos se infiltram em plataformas de jogos e redes sociais, muitas vezes disfarçando-se como pessoas confiáveis, oferecendo presentes virtuais ou até mesmo a promessa de mais seguidores. O resultado trágico é que muitos jovens acabam caindo nas garras desses pedófilos, tornando-se vítimas de exploração sexual online.

3. Roubo de Dados e Chantagem:

Além dos riscos de abuso físico e emocional, conversar com estranhos na internet pode levar ao roubo de informações pessoais. Essas informações são então usadas para chantagear não apenas o jovem, mas toda a família. Criminosos cibernéticos podem ameaçar divulgar informações confidenciais, como fotos, endereços ou informações financeiras, a menos que suas demandas sejam atendidas.

4. Integridade Física:

O perigo não se limita ao mundo virtual. Com a obtenção de fotos íntimas, por exemplo, predadores podem usar essa informação para manipular e até mesmo forçar encontros físicos. Esse tipo de abuso pode resultar em violência real e traumas duradouros.

Protegendo Nossas Crianças e Adolescentes:

Para garantir a segurança de nossos filhos no mundo digital, é fundamental adotar abordagens proativas. Abaixo estão algumas medidas preventivas essenciais:

  1. Comunicação Aberta: Pais e responsáveis devem estabelecer um diálogo aberto com suas crianças e adolescentes, explicando os riscos associados a conversar com estranhos online. Eles devem se sentir à vontade para compartilhar qualquer coisa que pareça suspeita ou desconfortável.
  2. Orientação e Educação: É crucial educar os jovens sobre os perigos da internet e como identificar situações de risco. Ensine-os a não compartilhar informações pessoais e a não aceitar amizades de pessoas desconhecidas.
  3. Controle Parental: Utilize aplicativos de controle parental para monitorar a atividade online de seus filhos. Isso permite que você defina limites, bloqueie determinados conteúdos e garanta sua segurança.
  4. Acompanhamento: Esteja ciente do tempo que seus filhos passam online e onde eles estão navegando. Estabeleça limites de tempo e locais para uso da internet.
  5. Denúncia e Apoio: Ensine seus filhos a relatar qualquer comportamento suspeito ou inadequado que encontrem online. Caso suspeite de atividades criminosas, denuncie às autoridades competentes.

Neste mundo cada vez mais conectado, é nossa responsabilidade garantir a segurança de nossos jovens enquanto eles exploram o ciberespaço. Educação, comunicação e supervisão são as chaves para evitar os perigos que podem surgir ao conversar com estranhos na internet.