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O CRESCIMENTO DOS ATAQUES CIBERNÉTICOS NO BRASIL E A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Entre 2022 e 2023, o Brasil registrou uma redução significativa no número total de ataques cibernéticos, caindo de 103 bilhões para 60 bilhões de tentativas. No entanto, esse declínio esconde uma mudança importante no perfil dos ataques, com a inteligência artificial (IA) desempenhando um papel cada vez mais central. Atualmente, mais da metade dos ataques recentes contra empresas brasileiras envolve algum uso de IA generativa.

Essas informações são oriundas do estudo “The State of Cybersecurity in LATAM 2024”, realizado pela FortiGuard Labs da Fortinet. Segundo o relatório, 54% das empresas brasileiras relataram um aumento nas tentativas de violações de segurança em 2023, em comparação com anos anteriores. Esse cenário tem exacerbado o estresse das equipes de TI, dado o aumento na sofisticação e na precisão das ameaças.

É imperativo que as empresas brasileiras compreendam a evolução do cenário de ameaças cibernéticas e invistam em soluções integradas de segurança, como o blockchain, para se protegerem contra ataques cada vez mais sofisticados. As organizações precisam estar preparadas para enfrentar ameaças que se tornam gradualmente mais complexas com o avanço da tecnologia.

Especialistas apontam que a manutenção constante de processos é essencial. À medida que as organizações implementam algoritmos de IA, novos pontos de vulnerabilidade surgem, sendo explorados por cibercriminosos. A necessidade urgente de proteção é clara: as empresas devem adotar uma postura proativa na defesa de seus dados e sistemas.

O uso crescente de IA por cibercriminosos sublinha a importância de uma abordagem ética e responsável no desenvolvimento e implementação dessas tecnologias. Para enfrentar os ciberataques, é vital investir em soluções de segurança avançadas e em constante atualização, além de promover uma cultura organizacional de conscientização e treinamento em cibersegurança para todos os colaboradores.

A complexidade das ameaças, especialmente com o uso crescente da inteligência artificial, exige que as empresas adotem práticas de segurança de dados robustas, como criptografia e verificação da integridade dos dados, para evitar adulterações ou corrupções que possam comprometer os resultados da IA.

Embora a inteligência artificial ofereça inúmeras oportunidades, é fundamental reconhecer e mitigar os desafios emergentes em termos de segurança cibernética. É essencial que líderes empresariais priorizem investimentos em cibersegurança e adotem medidas proativas para se protegerem contra ameaças cada vez mais sofisticadas.

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QR CODE: ENTENDA O QUISHING E COMO EVITAR ESSES GOLPES

Nos últimos quatro anos, especialmente durante a pandemia, o uso de QR codes se tornou comum, integrando-se em diversas transações, desde a consulta de cardápios em restaurantes até pagamentos via PIX. No entanto, essa ferramenta de conveniência também se transformou em uma arma nas mãos de criminosos cibernéticos. Vamos explorar o que é o quishing e como se proteger dessa armadilha.

O que é quishing e como funciona? A palavra “quishing” é uma fusão de “QR Code” e “Phishing”, representando uma estratégia de phishing que utiliza códigos QR. Tanto o phishing quanto o quishing são práticas de golpes que visam obter informações pessoais, financeiras ou de segurança das vítimas. Contudo, no caso do quishing, os criminosos usam códigos QR falsos em vez de e-mails ou mensagens de texto enganosas.

Os golpistas criam um código QR malicioso que, ao ser escaneado, redireciona a vítima para um site de phishing. A partir daí, o usuário pode ser induzido a baixar um aplicativo malicioso ou enviar uma mensagem de texto ou e-mail, resultando no compartilhamento de informações com os criminosos.

Embora o quishing utilize técnicas semelhantes às de um ataque de phishing convencional, o uso de códigos QR torna a detecção e o bloqueio muito mais desafiadores. Ao invés de um link visível em uma mensagem, o ataque quishing emprega uma imagem que pode ser decodificada em uma URL, dificultando a identificação e extração do link.

Esses códigos QR fraudulentos podem estar em qualquer lugar: impressos em folhetos e cartazes ou enviados por meios digitais, como e-mails e mensagens de texto. Eles podem até mesmo ser colados sobre códigos QR legítimos em locais públicos.

Como se proteger contra o quishing? A principal regra para evitar ataques com QR Codes é ser cauteloso ao escanear qualquer código. Aqui estão algumas dicas:

  1. Avalie o código antes de escanear: Verifique a aparência do código QR. Se parecer adulterado ou coberto com um adesivo, evite escaneá-lo.
  2. Examine a fonte: Verifique a origem do código QR. Se veio por e-mail, mensagem de texto ou mídias digitais, certifique-se de que a fonte é confiável.
  3. Utilize um leitor de QR Code seguro: Alguns leitores de QR Code oferecem recursos de segurança que podem verificar se o código está vinculado a um site suspeito ou malicioso.
  4. Evite fornecer informações pessoais ou financeiras: Nunca forneça informações pessoais ou financeiras após escanear um QR Code. Instituições legítimas não solicitam informações dessa maneira.
  5. Mantenha seus dispositivos atualizados: Atualizações frequentes melhoram a segurança cibernética dos dispositivos, então mantenha seu smartphone sempre atualizado.

Seguindo essas recomendações, você pode minimizar os riscos de cair em um golpe de quishing e proteger suas informações pessoais e financeiras.

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COMO UM TROJAN ESTÁ ROUBANDO DADOS DO FACE ID

Os usuários de iPhone sempre se orgulharam da segurança dos seus dispositivos, acreditando estarem livres de ameaças como trojans, aqueles vírus que roubam informações. No entanto, essa sensação de segurança foi abalada. De acordo com o site BGR, um novo trojan para iPhone está conseguindo roubar o Face ID dos usuários, comprometendo a segurança de suas contas bancárias.

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Evolução da Ameaça

Originalmente criado para atacar dispositivos Android, este trojan foi adaptado para o sistema iOS. Ele possui a capacidade de coletar dados de reconhecimento facial, identificar documentos e interceptar mensagens SMS.

Os pesquisadores responsáveis pela descoberta explicam que o trojan utiliza serviços de troca facial impulsionados por IA para criar deepfakes a partir dos dados biométricos roubados. Quando combinados com documentos de identificação e a interceptação de SMS, esses deepfakes permitem que os cibercriminosos acessem contas bancárias sem autorização.

Método de Infecção

Inicialmente, o trojan infiltrava os dispositivos através do aplicativo TestFlight, baixado pelo usuário. Após a Apple remover o malware, os criminosos desenvolveram uma nova estratégia: persuadir as vítimas a instalar um perfil de gerenciamento de dispositivos móveis, concedendo ao trojan controle total sobre o iPhone infectado.

Devo me preocupar?

Até o momento, especialistas indicam que a atividade maliciosa deste trojan está concentrada na Ásia, especialmente no Vietnã e na Tailândia. No entanto, não há garantias de que o malware não se espalhará para outras regiões, incluindo a América do Sul.

Para se proteger, os usuários devem evitar downloads do TestFlight e de perfis de gerenciamento de dispositivos móveis de fontes desconhecidas, até que a Apple consiga neutralizar o trojan completamente.

A segurança dos dispositivos móveis é uma preocupação crescente, e esta nova ameaça sublinha a importância de estar sempre vigilante e bem-informado sobre as últimas vulnerabilidades e medidas de proteção.

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AUDITORIA REVELA FALHAS NA SEGURANÇA CIBERNÉTICA DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS

Na recente sessão plenária realizada na última quarta-feira, uma auditoria detalhada foi apresentada pelo Tribunal de Contas, destacando vulnerabilidades críticas em sistemas de informação de diversas organizações governamentais federais. Esta análise focou na segurança de serviços essenciais como hospedagem web, sistemas de correio eletrônico e a resolução de nomes de domínio, evidenciando a possibilidade de exploração dessas falhas por agentes mal-intencionados.

O estudo revelou lacunas significativas nas configurações de segurança, indicando que as práticas correntes falham em atender aos padrões recomendados de proteção para infraestruturas digitais. Surpreendentemente, a maturidade em segurança da informação, em sua maioria, situa-se em patamares baixos a intermediários, sinalizando uma urgente necessidade de aprimoramento.

A metodologia aplicada nesta auditoria permitiu um exame abrangente de milhares de domínios, descobrindo que a prevalência de configurações inadequadas expõe não apenas as instituições, mas também seus usuários, a riscos significativos de ataques cibernéticos. Esses ataques têm o potencial de comprometer a confidencialidade e a integridade dos serviços digitais fornecidos ao público, afetando a continuidade e a eficácia das operações governamentais.

Identificaram-se sete riscos principais, entre eles a manipulação de tráfego de rede e o comprometimento de contas de usuários, que podem levar ao roubo, vazamento e perda de dados sensíveis, além da possível interrupção dos sistemas de entidades públicas. A análise apontou que uma grande proporção dos domínios avaliados apresenta alto risco para ataques, o que ressalta a crítica necessidade de ações corretivas.

Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão a insuficiência de recursos, falta de pessoal qualificado e a ineficácia na aplicação de normativas de segurança. Além disso, a ausência de envolvimento direto da alta gestão nas estratégias de segurança foi identificada como uma barreira significativa para a implementação efetiva de controles robustos.

Este levantamento, conduzido com o objetivo de abranger a totalidade dos domínios governamentais, resultou na criação de um inventário preciso da situação da segurança cibernética nas várias esferas da administração pública. Tal esforço reflete a importância de adotar uma abordagem mais rigorosa e integrada para a gestão de riscos em segurança da informação, alinhada às melhores práticas internacionais.

O diagnóstico oferece uma visão clara dos desafios enfrentados e sublinha a necessidade urgente de medidas proativas para fortalecer a postura de segurança das instituições públicas. Para auxiliar neste processo, foram elaboradas recomendações específicas e um “Mapa de Riscos e Controles”, visando facilitar a compreensão dos controles de segurança necessários, os riscos associados à sua não implementação e os benefícios esperados com sua adoção.

A iniciativa de fiscalização tomada por este órgão visa essencialmente incentivar uma transformação positiva na maneira como os riscos de segurança da informação são percebidos e geridos no âmbito do governo, contribuindo para a construção de um ambiente digital mais seguro para todos os cidadãos.

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CRIPTOGRAFIA REMOTA E SEGURANÇA DIGITAL: ENFRENTANDO A NOVA ONDA DE ATAQUES CIBERNÉTICOS

A segurança cibernética está enfrentando novos desafios em um ritmo acelerado, especialmente com o surgimento e a rápida evolução do ransomware remoto. Este tipo de ataque, que registrou um aumento impressionante de 62% desde 2022, explora vulnerabilidades em endpoints para criptografar dados em redes inteiras. O que torna este método particularmente alarmante é a sua eficiência: um único dispositivo desprotegido pode ser a porta de entrada para comprometer toda uma rede corporativa.

Este método de ataque, embora complexo, é caracterizado pela sua discrição. Os cibercriminosos executam todo o processo de invasão e criptografia a partir de um único ponto comprometido, deixando poucos vestígios. Esse aspecto torna o ransomware remoto atraente para os criminosos, devido à sua capacidade de escalar rapidamente e afetar grandes redes, independentemente das medidas de segurança existentes nos outros dispositivos.

A natureza remota e indireta deste tipo de ransomware representa um desafio significativo para as estratégias tradicionais de segurança cibernética. Os métodos convencionais de detecção de ransomware muitas vezes falham em identificar esses ataques, já que eles não se manifestam diretamente nos dispositivos protegidos.

No entanto, as organizações não estão indefesas diante dessa ameaça. Uma das medidas mais eficazes é a adoção de ferramentas de segurança que se concentram na análise e monitoramento de arquivos. Essas soluções examinam documentos em busca de sinais de manipulação ou criptografia, o que permite a detecção precoce de atividades maliciosas. Ao focar nos arquivos, é possível reduzir o poder dos invasores e aumentar a dificuldade e o custo de suas operações.

Além disso, uma abordagem abrangente de segurança para endpoints é essencial. Isso inclui não apenas a implementação de soluções avançadas de defesa, mas também a educação contínua dos funcionários sobre a importância dessas medidas. A conscientização pode desempenhar um papel crucial na prevenção de ataques, pois os colaboradores informados são menos propensos a cair em armadilhas cibernéticas.

As empresas também devem considerar a adoção de um modelo de segurança em camadas. Isso pode incluir backups regulares, sistemas de detecção e resposta a incidentes, gerenciamento de superfícies de ataque e autenticação robusta. A implementação de uma abordagem de Zero Trust e a segmentação de rede são outras estratégias valiosas que podem fortalecer a postura de segurança de uma organização.

Em resumo, o cenário de segurança cibernética está em constante evolução, com os atacantes desenvolvendo novas táticas e as organizações de defesa aprimorando suas ferramentas e conhecimentos. A luta contra o cibercrime é incessante, mas com a conscientização adequada, estratégias eficazes e a implementação de tecnologias avançadas, é possível não apenas se defender contra essas ameaças, mas também antecipá-las.

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O CAMINHO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS SOB A LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), implementada no Brasil, representa um avanço significativo na proteção de dados pessoais, assegurando direitos fundamentais de liberdade e privacidade no ambiente digital. Esta legislação estabelece diretrizes rigorosas para empresas e organizações, promovendo um tratamento mais seguro e transparente de informações pessoais.

Estudos recentes indicam que a maioria das empresas brasileiras ainda enfrenta desafios para alcançar plena conformidade com a LGPD. Um levantamento, realizado com profissionais de diversos setores em todo o país, revelou que cerca de 80% das empresas ainda não estão totalmente adequadas à lei. Este cenário destaca a complexidade e a necessidade de um esforço contínuo para a adaptação às normas de proteção de dados.

Especialistas na área de segurança de dados enfatizam a importância da LGPD em resposta ao crescente uso de dados digitais. A legislação surge como um mecanismo de proteção ao consumidor, em um contexto onde dados sensíveis estão cada vez mais expostos a vulnerabilidades. Ressaltam-se, ainda, as implicações da lei para a segurança dos dados, sugerindo que as empresas devem investir significativamente em profissionais de Tecnologia da Informação (T.I) para fortalecer suas defesas contra ataques cibernéticos.

A constante atualização dos sistemas e a manutenção das ferramentas de segurança são vitais para proteger as estruturas digitais das empresas. Além disso, a conscientização e a educação interna sobre práticas seguras de manuseio de dados são fundamentais. A promoção de uma cultura de segurança de dados, através de campanhas informativas e treinamentos, é fundamental para garantir que todos os funcionários estejam alinhados com as melhores práticas e normativas legais.

Em resumo, a LGPD vai além do mero cumprimento de normas legais; ela representa um passo significativo na direção de um ambiente digital mais ético, seguro e confiável. A adesão às práticas estabelecidas pela legislação não apenas assegura a conformidade legal, mas também contribui para a construção de uma cultura organizacional que valoriza a proteção dos direitos individuais no mundo digital.

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HACKERS UTILIZAM COOKIES PARA INVADIR CONTAS DO GOOGLE

Pesquisadores de segurança recentemente identificaram uma vulnerabilidade preocupante que permite a invasão de contas do Google sem a necessidade de senhas. Essa descoberta foi revelada por meio de uma análise conduzida por uma empresa de segurança. O malware em questão utiliza cookies de terceiros para obter acesso não autorizado aos dados privados dos usuários, apresentando uma ameaça real que já está sendo explorada ativamente por grupos de hackers.

A exploração desse hack foi inicialmente divulgada em outubro de 2023, quando um indivíduo compartilhou detalhes sobre o método em um canal de mensagens. O cerne dessa técnica reside na manipulação de cookies, os quais são comumente utilizados por sites e navegadores para rastrear usuários, otimizando assim a eficiência e usabilidade.

Os cookies de autenticação do Google, que proporcionam acesso contínuo às contas sem a necessidade constante de inserção de dados de login, tornaram-se alvo desse ataque. Os hackers conseguiram recuperar esses cookies, contornando até mesmo a autenticação de dois fatores. Importante mencionar que o navegador mais utilizado em todo o mundo está atualmente em processo de repressão aos cookies de terceiros.

Em resposta a essa ameaça, a empresa afirmou que regularmente fortalece suas defesas contra essas técnicas e toma medidas para proteger os usuários cujas contas foram comprometidas. Recomenda-se aos usuários que tomem medidas proativas, como a remoção regular de malware de seus computadores, além de ativar recursos de segurança em seus navegadores.

Os pesquisadores responsáveis pela identificação dessa ameaça destacam a complexidade e furtividade dos ataques cibernéticos modernos. A exploração em questão permite um acesso contínuo aos serviços do Google, mesmo após a redefinição da senha do usuário, sublinhando a importância do monitoramento contínuo de vulnerabilidades técnicas e fontes de inteligência para antecipar e combater ameaças cibernéticas emergentes. O incidente foi detalhado em um relatório abordando malwares que exploram funcionalidades não documentadas para sequestro de sessão.

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ALERTA DE SEGURANÇA: NOVO GOLPE DE PAGAMENTO POR APROXIMAÇÃO IDENTIFICADO NO BRASIL

Um novo método de fraude financeira originário do Brasil foi identificado, trazendo uma dimensão adicional ao cenário de cibercrime. Especialistas da Kaspersky identificaram um ataque que foca especificamente em pagamentos por aproximação, uma tecnologia cada vez mais comum no varejo. O grupo cibercriminoso responsável por esta nova abordagem é conhecido como Prilex.

Essa fraude se manifesta quando os criminosos interferem no processo de pagamento por aproximação, redirecionando os usuários para o método tradicional de inserção do cartão. Eles utilizam uma mensagem de erro falsa no terminal de pagamento para induzir essa mudança. Uma vez que o cartão é inserido, um malware previamente instalado no sistema do terminal captura os dados do cartão e os transmite diretamente para os criminosos.

O foco do Prilex são principalmente as pequenas e médias empresas, especialmente em lojas de shoppings e postos de gasolina, onde os sistemas de segurança podem ser menos sofisticados. Os criminosos se passam por representantes de empresas de serviços de pagamento para avaliar e explorar vulnerabilidades nos sistemas desses estabelecimentos.

Os terminais de pagamento com fio são particularmente vulneráveis a este tipo de ataque, pois o malware é instalado no computador associado ao terminal. A Kaspersky observou várias versões do malware, indicando um desenvolvimento e adaptação contínuos.

É importante notar que o ataque não consegue decifrar a criptografia de pagamentos por aproximação, que é segura por design. Os criminosos, portanto, se concentram em induzir a vítima a usar o método tradicional de inserção do cartão. O vírus também possui capacidade de filtrar os dados roubados, focando em cartões de alto valor.

Este incidente ressalta a importância da vigilância tanto por parte dos comerciantes quanto dos consumidores. É essencial estar atento a sinais de transações incomuns, como duplicações na fatura, e desconfiar de mensagens de erro em terminais de pagamento. A insistência no uso do pagamento por aproximação, quando possível, pode ser uma medida preventiva eficaz.

Este caso exemplifica a evolução constante das táticas de cibercrime e a necessidade de uma resposta proativa e robusta em termos de segurança cibernética para enfrentar essas ameaças em evolução.

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RESILIÊNCIA DIGITAL NO VAREJO: ESTRATÉGIAS ESSENCIAIS CONTRA ATAQUES CIBERNÉTICOS

A crescente digitalização do mundo moderno representa uma notável transformação em vários setores, e o varejo não é exceção. Essa mudança trouxe consigo uma série de benefícios, mas também aumentou a necessidade de proteção contra os crescentes ataques cibernéticos, que podem ter um impacto devastador nas empresas do setor. À medida que o varejo, tanto físico quanto online, avança na digitalização de suas operações, integra sistemas complexos e coleta uma vasta quantidade de dados dos clientes, a importância de adotar medidas para garantir a segurança dessa infraestrutura e preservar a privacidade dos dados se torna cada vez mais evidente.

Estudos indicam que o varejo é um dos alvos mais visados pelos hackers, pois informações como dados de cartões de crédito e outras informações bancárias são altamente valorizadas por cibercriminosos. Os ataques de phishing, que buscam enganar os funcionários para obter acesso a informações sensíveis, são particularmente comuns. Além disso, ataques de ransomware, nos quais os sistemas da empresa são sequestrados e os dados são criptografados, exigindo um resgate para sua liberação, estão no topo da lista de riscos que podem paralisar as operações. Os sistemas de ponto de venda (POS) também são frequentemente alvos de hackers, que exploram brechas nos leitores de cartão para acessar informações confidenciais.

Nesse cenário desafiador, é fundamental adotar várias iniciativas para reduzir as chances de ataques cibernéticos. A implementação de práticas de segurança robustas, como a criptografia, desempenha um papel importante para garantir que informações valiosas não caiam nas mãos erradas. Além disso, soluções de segurança, como firewalls de última geração, oferecem proteção ao realizar controles que impedem invasões na rede do varejo e estabelecem políticas de acesso para aplicativos e usuários. A segmentação de rede, o monitoramento de tráfego suspeito e a atualização regular dos sistemas também são iniciativas necessárias para proteger esses pontos críticos.

Para acompanhar a expansão dos negócios e a criação de filiais, é essencial investir em comunicação segura entre a matriz e as lojas, por meio de redes definidas por software (SD-WAN). Essas redes integram diversos recursos de segurança avançada em uma única solução, como filtro de conteúdo web, proteção avançada contra ameaças e sistema de prevenção de intrusão.

A entrada em vigor da LGPD representou uma mudança significativa na maneira como os varejistas lidam com os dados pessoais de seus clientes. Para cumprir essa legislação e evitar penalidades, é necessário que o setor adote políticas de segurança sólidas e promova a conscientização e o treinamento dos colaboradores sobre como lidar com a segurança cibernética. Funcionários bem treinados são essenciais para reconhecer diferentes tipos de ataques, aplicar práticas seguras em suas atividades e iniciar protocolos predefinidos caso suspeitem de uma invasão nos sistemas.

Dada a crescente magnitude das ameaças cibernéticas, ter um plano de resposta a incidentes cibernéticos bem definido é de extrema importância. Esse plano deve conter um conjunto estruturado de procedimentos e diretrizes que a empresa deve seguir para identificar e gerenciar incidentes, minimizando os danos causados por eles. A partir desse plano, podem ser implementadas iniciativas para recuperar os sistemas e dados afetados rapidamente, permitindo que as operações voltem à normalidade o mais breve possível.

Além de se preparar para os desafios atuais, as organizações precisam estar atentas às tendências emergentes em cibersegurança. O campo da cibersegurança está em constante evolução, e o varejo deve estar vigilante quanto a essas mudanças. A evolução das soluções de segurança é uma resposta direta à crescente complexidade e amplitude das ameaças cibernéticas, bem como ao rápido crescimento dos negócios. Esse cenário de constante evolução não mostra sinais de desaceleração.

Em um mundo cada vez mais interconectado, a segurança cibernética transcende a esfera técnica e se torna uma estratégia fundamental para proteger a reputação da empresa e a confiança dos clientes. A implementação de medidas eficazes fortalece não apenas a proteção dos dados, mas também a resiliência da organização diante das ameaças em constante expansão e cada vez mais sofisticadas.

Casos recentes de sérios ataques cibernéticos a redes varejistas resultaram em prejuízos financeiros significativos, deixando claro que a cibersegurança não deve ser negligenciada pelo setor. Ao adotar as melhores práticas e tecnologias disponíveis, mantendo políticas e sistemas atualizados, o varejo está investindo não apenas em um presente mais seguro, mas também no futuro sustentável de seus negócios.

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DESAFIOS CIBERNÉTICOS NO BRASIL: SOPHOS REVELA IMPACTO DO RANSOMWARE NAS EMPRESAS

A empresa britânica especializada em cibersegurança, Sophos, divulgou recentemente o relatório “The State of Ransomware”, que traz uma análise sobre a situação das empresas brasileiras. Segundo esse estudo, mais da metade dessas instituições foi alvo de roubo de dados internos.

Quase 70% das organizações enfrentam ataques de ransomware, uma forma de crime digital que envolve o sequestro de dados e sistemas por hackers. Esse tipo de malware bloqueia o computador da vítima, exigindo um resgate para desbloquear os dados cruciais.

O ransomware, uma categoria de software malicioso que inclui vírus e cavalos de Tróia, é capaz de roubar desde arquivos locais até sistemas operacionais completos, deixando as empresas vulneráveis a perdas significativas.

Outro relatório relevante, o “Global DDoS Threat Intelligence”, confirmou que o Brasil lidera a América Latina em termos de vulnerabilidade a ataques cibernéticos. O segundo semestre de 2022 testemunhou um alarmante aumento de 19% nos ataques hacker, com uma média global 13% maior.

Para prevenir esses crimes cibernéticos, é imperativo que as organizações, sejam públicas ou privadas, adotem programas de alta qualidade e softwares apropriados.

Além disso, as empresas que têm seus bancos de dados roubados e utilizados de maneira prejudicial correm o risco de enfrentar sanções de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Esta legislação, sancionada em 2018, estabelece que as informações armazenadas pelas empresas pertencem ao titular dos dados pessoais, como nome, sobrenome, CPF e outros documentos. É um chamado urgente para fortalecer a segurança digital e proteger não apenas as instituições, mas também os indivíduos e a sociedade como um todo.

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LGPD NO BRASIL: DESAFIOS E REFLEXÕES CINCO ANOS APÓS SUA IMPLEMENTAÇÃO

Cinco anos após a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, a situação da segurança da informação nas empresas ainda deixa muito a desejar. A adesão à LGPD por parte das empresas brasileiras é uma incógnita, com números divergentes entre 20% e 50%. Isso revela que a segurança da informação continua sendo um ponto fraco para a maioria das organizações no país.

Com base em um estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação no Brasil (Cetic.br) publicado em agosto de 2022, apenas 32% das empresas têm uma política de privacidade que esclarece como é feito o tratamento dos dados. Apenas 30% realizam testes de segurança contra vazamentos de dados, e míseros 17% designaram um encarregado de dados, mesmo sendo uma obrigação dispensada para empresas menores.

A LGPD foi criada para garantir o direito dos cidadãos à privacidade e proteção de seus dados pessoais, evitando o uso indevido dessas informações pelas empresas. No entanto, para proteger os dados, as empresas precisam também proteger o ambiente tecnológico e físico onde essas informações são armazenadas.

Considerando uma mediana entre 20% e 50%, podemos concluir que apenas cerca de 35% das empresas contam com sistemas para proteção de dados. Nesse aspecto, a segurança da informação mostrou pouca evolução em cinco anos.

A teoria da segurança da informação nas organizações contrasta com a prática. Embora as empresas apresentem um discurso inovador e correto sobre segurança da informação, a realidade não reflete esse discurso. A segurança da informação ainda é afetada pela volatilidade econômica e pelo uso de soluções inadequadas para combater as ameaças atuais.

Os números de ataques a empresas no Brasil continuam crescendo. Um relatório da Check Point Research referente ao primeiro semestre de 2023 revelou um aumento de 8% nas atividades criminosas. A inteligência artificial e a engenharia social estão sendo cada vez mais utilizadas para realizar ataques complexos, como phishing e ransomware.

Além disso, o uso indevido da inteligência artificial está em ascensão, com ferramentas de IA generativa sendo empregadas para criar e-mails de phishing, malwares e códigos de ransomware.

Embora o cenário macroeconômico do Brasil possa contribuir para essa realidade, é fundamental reconhecer que a segurança da informação não é uma prioridade para a maioria das empresas, como evidenciado pela baixa adesão à LGPD.

Adotar a LGPD vai além de cumprir formalidades, como ter um link para a Política de Privacidade no site. Requer controles de acesso eficazes, visibilidade e proteção de dados físicos e digitais, além do investimento em tecnologias baseadas em inteligência artificial e aprendizado de máquina para combater um cenário de ameaças em constante evolução.

No primeiro semestre de 2023, o Brasil enfrentou cerca de 23 bilhões de tentativas de ataques. É fundamental que, nos próximos cinco anos, haja um aumento significativo no número de empresas que adotaram a regulamentação, em paralelo à redução dos ataques cibernéticos.

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SAÚDE DIGITAL: A NECESSIDADE DE FORTALECER DEFESAS CONTRA RANSOMWARE

O universo digital nunca foi tão perigoso quanto agora, especialmente para o setor de saúde. Uma investigação recente, conduzida pela Dimensional Research e patrocinada pela líder em soluções de backup, Arcserve, revela algumas estatísticas alarmantes sobre a vulnerabilidade desse segmento à crescente ameaça de ransomware.

Em uma análise envolvendo 11 nações, entre elas o Brasil, descobriu-se que o setor de saúde, infelizmente, ostenta o título de principal alvo de ataques de ransomware. Um total de 45% dos profissionais desse setor foram vítimas desses ataques cibernéticos no último ano. Dois terços dessas empresas, quando confrontadas, optaram por ceder ao pagamento dos resgates exigidos.

Porém, pagar não garante segurança nem a recuperação de informações. Mesmo após desembolsar valores frequentemente altos, 83% dos pedidos oscilam entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão, quase metade das organizações não consegue recuperar todos os seus dados preciosos.

Dentre as revelações, uma das lacunas é a falta de preparação dos departamentos de TI no setor de saúde. O estudo destaca que uma porcentagem de 82% deles carece de um plano atualizado de recuperação de desastres.

Enquanto empresas confiam cada vez mais em provedores de nuvem com mais da metade dos entrevistados acreditando que esses provedores são responsáveis pela recuperação de dados, a segurança e a preparação para crises parecem estar em um nível baixo.

O levantamento contou com insights de 1.121 líderes de TI, todos com responsabilidades significativas em empresas que variam de 100 a 2.500 colaboradores e que gerenciam pelo menos 5 TB de dados. As vozes desses especialistas vieram de regiões tão diversas quanto Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Europa, Ásia e América do Norte.

Conforme nos aprofundamos na era digital, o setor de saúde deve reconhecer e enfrentar essas ameaças de frente, reavaliando práticas, investindo em segurança e, acima de tudo, priorizando a proteção dos dados de pacientes e instituições.

No setor de saúde, a gestão adequada das informações é fundamental, e é essencial implementar medidas de proteção mais sólidas.