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VULNERABILIDADE DE SEGURANÇA EM SERVIÇOS BANCÁRIOS COLOCA 135 MIL USUÁRIOS EM RISCO

Recentemente, uma falha de segurança em uma plataforma de serviços bancários online expôs informações pessoais e financeiras de cerca de 135 mil clientes em diversos países da América Latina. A brecha foi descoberta em 24 de maio, e entre os afetados estão moradores da República Dominicana, México, Equador, El Salvador, Bolívia e Costa Rica. O maior impacto foi sentido na República Dominicana, onde aproximadamente 100 mil pessoas tiveram seus dados comprometidos.

A vulnerabilidade decorreu da ausência de autenticação em sete instâncias de armazenamento Azure Blob, utilizadas para armazenar dados sensíveis, como nomes completos, nomes de usuário de aplicativos financeiros, e-mails e números de telefone. Esse cenário expôs os clientes ao risco de ataques de phishing e outras formas de fraude digital.

As instituições que utilizam os serviços da plataforma são, em sua maioria, bancos de pequeno e médio porte e entidades de microfinanças, cuja atuação é voltada para atender comunidades locais. Embora os dados vazados não permitam acesso direto às contas bancárias, a exposição pode facilitar tentativas de fraudes, especialmente por meio de engenharia social, onde os atacantes se passam por representantes de instituições financeiras para obter informações mais sigilosas.

Um dos maiores riscos é o chamado “recheio de credenciais”, onde os criminosos utilizam as informações vazadas para tentar acessar contas em outras plataformas, caso os usuários reutilizem senhas. Esse incidente ressalta a importância de uma política robusta de segurança digital, especialmente no setor financeiro, onde a proteção de dados pessoais é fundamental.

A vulnerabilidade foi corrigida e o acesso aos dados comprometidos foi bloqueado. No entanto, até o momento, a plataforma responsável pelos serviços não fez uma declaração oficial sobre o ocorrido. Instituições financeiras afetadas também estão sendo contatadas para esclarecimentos.

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COMO PEQUENAS AÇÕES PODEM PROTEGER SEUS DADOS PESSOAIS

Hoje, a exposição dos nossos dados pessoais é uma realidade preocupante. Basta uma pequena fração de informação, como o nome ou o número de telefone, para que muitos dados sensíveis possam ser acessados, como CPF, endereço, renda e até fotos. Isso é facilitado por ferramentas conhecidas como “painéis de dados”, que têm sido uma das principais fontes para a crescente onda de golpes virtuais no Brasil.

Esses painéis reúnem informações vazadas ou roubadas de bases de dados públicas e privadas, e criminosos conseguem acessá-los facilmente, muitas vezes pagando por assinaturas que variam de R$ 30 a R$ 350. Embora o simples acesso a esses painéis não configure um crime, as consequências têm sido graves. De acordo com estudos recentes, golpes virtuais baseados nesses dados aumentaram significativamente nos últimos anos, superando até prejuízos causados por crimes como furtos e roubos de celulares.

A pandemia impulsionou ainda mais essa tendência, trazendo um grande número de pessoas para o sistema bancário. O auxílio emergencial, o lançamento do Pix e o surgimento de novas instituições financeiras contribuíram para esse crescimento. Infelizmente, isso também facilitou a vida de criminosos, que passaram a operar em um ambiente virtual, onde os riscos de confronto direto com a polícia são inexistentes.

Os painéis de dados, entretanto, não são novidade. Surgiram nos anos 2010, quando DVDs e pen drives com informações pessoais eram comercializados informalmente. Hoje, essas informações estão em plataformas online que permitem buscas detalhadas sobre uma pessoa, incluindo sua pontuação de crédito e dados financeiros. Embora nem sempre esses dados estejam atualizados, eles são suficientes para que criminosos se aproveitem de pessoas por meio de golpes que parecem cada vez mais autênticos.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2020, busca garantir mais controle ao cidadão sobre o uso de suas informações pessoais. No entanto, é fundamental que todos se conscientizem sobre a importância de adotar práticas básicas de segurança digital, como mudar senhas regularmente e ser cautelosos ao fornecer informações pessoais, mesmo em situações que parecem seguras.

Embora as autoridades estejam trabalhando para reforçar a proteção de dados, o caminho ainda é longo. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foi criada com essa missão, mas, como um órgão recente, enfrenta desafios para se consolidar. A conscientização coletiva, o fortalecimento da fiscalização e a aplicação de sanções adequadas são passos essenciais para reduzir a exposição dos nossos dados e combater a prática de golpes virtuais de forma mais eficaz.

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MEDIDAS ESSENCIAIS DE CIBERSEGURANÇA PARA O SETOR DE TECNOLOGIA EM 2024

O setor de tecnologia, responsável pelo desenvolvimento de soluções que otimizam as atividades diárias de inúmeras empresas, tem se destacado como um dos principais alvos de cibercriminosos. Conforme relatório divulgado recentemente, o segundo trimestre de 2024 registrou o maior número de incidentes cibernéticos envolvendo empresas desse segmento, representando 24% das respostas a incidentes globais, o que marca um aumento de 30% em comparação ao trimestre anterior.

Entre os ataques mais recorrentes estão os de Comprometimento de E-mail Comercial (BEC) e os de ransomware. O BEC consiste em enganar as vítimas por meio de e-mails que se passam por comunicações legítimas de parceiros ou fornecedores, com o objetivo de obter informações confidenciais. Por sua vez, o ransomware envolve a extorsão por meio do bloqueio de dados da empresa, que são criptografados pelos invasores até o pagamento do resgate. A América Latina, em especial, tem registrado um aumento superior a 50% nos ataques de ransomware, com o setor público e o de saúde sendo os mais afetados.

Para mitigar esses riscos, é crucial que as organizações adotem medidas contínuas de cibersegurança. A utilização de certificados Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions (S/MIME), por exemplo, pode ser uma solução eficaz para proteger a integridade e a confidencialidade das comunicações via e-mail. Esses certificados garantem que as mensagens não sejam adulteradas e que apenas os destinatários autorizados possam acessá-las.

Além disso, há um crescimento expressivo em ataques de phishing, com mais de 3,5 milhões de brasileiros vítimas dessa fraude em 2023. A tendência é que esse número continue aumentando em 2024. Esse tipo de ataque vem sendo facilitado pelo uso de Inteligência Artificial Generativa, que permite a criação de comunicações fraudulentas ainda mais convincentes, dificultando a identificação por parte das vítimas.

Diante desse cenário, é imprescindível que as empresas adotem políticas de segurança adequadas e mantenham suas ferramentas de proteção sempre atualizadas. A implementação de estratégias eficazes é essencial para minimizar o impacto de possíveis ataques, protegendo dados sensíveis e garantindo a continuidade das operações empresariais.

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COMO MANTER-SE SEGURO NO MUNDO VIRTUAL EM 2024

O aumento expressivo dos crimes cibernéticos no Brasil no início de 2024, com um crescimento de 38%, coloca o país em uma posição preocupante no cenário global, ocupando o segundo lugar em ocorrências, segundo dados recentes. Esse avanço, impulsionado pelo crescimento do uso de dispositivos digitais e pela transformação das operações financeiras online, tem gerado oportunidades para criminosos explorarem vulnerabilidades, especialmente em serviços financeiros. O impacto dessa situação exige uma maior conscientização dos usuários e, sobretudo, investimentos em segurança digital para mitigar riscos e proteger dados pessoais.

Estudos revelam que 80% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes digitais, sendo os golpes via Pix, boletos falsos e fraudes com cartões de crédito responsáveis por prejuízos de mais de R$ 70 bilhões nos últimos 12 meses. Diante desse cenário alarmante, a proteção contra ataques cibernéticos tornou-se um requisito básico para qualquer pessoa ou empresa que utilize a internet. A dependência crescente de serviços digitais faz com que as ameaças virtuais se tornem cada vez mais frequentes e sofisticadas.

Principais ameaças digitais

Entre os principais ataques utilizados pelos cibercriminosos, o phishing se destaca como uma das técnicas mais comuns. Esse golpe consiste no envio de e-mails, mensagens ou até mesmo na criação de sites falsos, com o objetivo de enganar os usuários para que forneçam informações confidenciais, como dados financeiros e senhas. Outra prática perigosa envolve o uso de malware, software malicioso projetado para invadir sistemas e roubar informações. Já o ransomware vai além, criptografando arquivos e exigindo um resgate para que os dados sejam recuperados.

Além dessas técnicas diretamente ligadas à tecnologia, existe o fator humano, muitas vezes explorado através da engenharia social, onde os criminosos manipulam psicologicamente suas vítimas para que realizem transferências bancárias, informem senhas ou detalhes de cartões de crédito. Esse tipo de abordagem vem se tornando cada vez mais comum, pois explora a vulnerabilidade emocional das vítimas, tornando-as mais suscetíveis a fraudes.

Como se proteger: estratégias eficazes

Diante desse cenário, é essencial que todos os usuários da internet adotem medidas proativas de segurança. Abaixo estão algumas das práticas mais eficazes para reduzir o risco de cair em golpes digitais:

  1. Senhas robustas: Utilizar senhas fortes, diferentes para cada serviço, com combinações de letras, números e símbolos, é uma das principais formas de se proteger. Quanto mais complexa for a senha, mais difícil será para os criminosos decifrá-la.
  2. Autenticação em dois fatores: Ativar a autenticação de dois fatores, que requer uma segunda forma de validação além da senha, como um código enviado via SMS ou e-mail, adiciona uma camada extra de segurança aos seus dispositivos e contas online.
  3. Atualizações de sistema: Manter seus sistemas operacionais, aplicativos e antivírus atualizados garante que as últimas correções de segurança estejam em vigor, reduzindo vulnerabilidades exploradas por hackers.
  4. Cuidado com links suspeitos: Evitar clicar em links de remetentes desconhecidos ou suspeitos é fundamental. Muitos ataques começam com o simples ato de clicar em um link malicioso.
  5. Evitar redes públicas: Realizar transações financeiras ou fazer compras online em redes Wi-Fi abertas representa um risco considerável, uma vez que esses ambientes são vulneráveis a interceptações.
  6. Backup regular: Fazer cópias de segurança dos seus dados com frequência é uma boa prática, permitindo que você recupere informações importantes em caso de ataque ou perda de dados.
  7. Verificação de sites: Antes de fornecer qualquer informação pessoal ou financeira online, é importante verificar se o site é legítimo, conferindo o endereço da página e se há protocolos de segurança, como o “https”.
  8. Atualização contínua sobre ameaças: Manter-se informado sobre novas formas de ataques cibernéticos e compartilhar essas informações com familiares e amigos pode ajudar a aumentar a conscientização e evitar que mais pessoas se tornem vítimas.
  9. Cautela nas redes sociais: Evitar o compartilhamento excessivo de informações pessoais e ser cético em relação a promoções que parecem muito boas para ser verdade são formas eficazes de evitar fraudes nesse ambiente.
  10. Bloqueio de anúncios maliciosos: Utilizar bloqueadores de anúncios é uma maneira eficiente de reduzir a exposição a conteúdos potencialmente perigosos, que muitas vezes são distribuídos através de banners ou pop-ups.

Com a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, a prevenção tornou-se um aspecto indispensável na vida digital. A segurança começa com a conscientização e a adoção de práticas simples, mas eficazes, que podem proteger tanto os indivíduos quanto as empresas de prejuízos financeiros e da violação de dados pessoais.

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CAIXA ALERTA BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA SOBRE FRAUDES

Atenção, beneficiários do Bolsa Família: a CAIXA Econômica Federal alerta sobre a crescente onda de golpes que tem circulado pelas redes sociais, SMS e WhatsApp. Os criminosos estão utilizando estratégias digitais para enganar usuários, enviando links fraudulentos com o objetivo de roubar informações pessoais e acessar contas bancárias.

É importante destacar que a CAIXA não envia links diretamente aos seus clientes. Qualquer comunicação oficial via e-mail é realizada apenas com autorização prévia do titular da conta.

Para sua proteção, seguem algumas recomendações essenciais:

  • Evite clicar em links suspeitos, especialmente aqueles que prometem benefícios ou soluções rápidas;
  • Nunca forneça suas senhas ou informações pessoais em sites e aplicativos desconhecidos;
  • Compartilhe links dos aplicativos da CAIXA apenas por meios oficiais e seguros;
  • Desconfie de mensagens que apresentem ofertas sensacionalistas ou que pareçam “boas demais para ser verdade”;
  • Mantenha suas senhas e dados bancários sob sigilo, não os repassando a terceiros.

A CAIXA reitera que realiza monitoramento contínuo de seus serviços e transações para garantir a segurança de seus clientes. A atenção constante dos usuários é fundamental para evitar cair em fraudes.

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BRASIL É O SEGUNDO PAÍS MAIS AFETADO POR ROUBO DE DADOS DE CARTÕES

O Brasil se destaca como o segundo país mais afetado pelo roubo de dados de cartões de crédito e débito, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Essa preocupante posição faz parte de um estudo recente realizado pela NordVPN, que revelou mais de 600 mil credenciais de pagamento comprometidas e à venda na dark web, incluindo em canais de hackers no Telegram. O ranking global do levantamento inclui, além dos Estados Unidos e do Brasil, outros países das Américas, como Índia, México e Argentina, que também figuram entre os cinco mais atingidos.

Além dos dados de pagamento, o estudo identificou que a maioria das credenciais vazadas veio acompanhada de outras informações sensíveis. De acordo com o relatório:

  • 99% dos pacotes incluíam cookies e informações de preenchimento automático do navegador;
  • 95% apresentavam credenciais salvas;
  • 71% continham o nome da vítima;
  • 54% incluíam a data de vencimento dos cartões;
  • 48% continham arquivos diversos dos computadores das vítimas.

A origem desses vazamentos, segundo os pesquisadores, está principalmente em infecções por malwares, distribuídos por meio de campanhas de phishing através de e-mails e sites maliciosos. Uma vez instalado, o malware torna a vítima vulnerável ao roubo de dados, que são então vendidos na dark web para a realização de fraudes financeiras.

O estudo também destaca o papel do malware Redline, responsável pelo roubo de seis em cada dez cartões analisados. O Redline é conhecido por sua capacidade de coletar uma ampla gama de informações pessoais dos dispositivos infectados e por seus recursos avançados de evasão de antivírus.

Para se proteger dessas ameaças, o conselheiro de cibersegurança da NordVPN, Adrianus Warmenhoven, sugere precauções importantes. Entre elas, está o cuidado com ataques de phishing, que podem ser identificados por sinais como erros de ortografia nos endereços de sites e ofertas que parecem “boas demais para serem verdade”. Além disso, ele recomenda não clicar em e-mails de remetentes suspeitos, utilizar senhas fortes e métodos de autenticação multifatorial, bem como manter um antivírus atualizado para proteger dispositivos como celular, computador e tablet.

Essas práticas são essenciais para minimizar o risco de se tornar uma vítima do crescente número de ataques cibernéticos, que podem comprometer não apenas dados financeiros, mas também uma série de outras informações pessoais.

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COMO O PHISHING EXPÔS VULNERABILIDADES CRÍTICAS NO GOVERNO

Um Alerta para a Segurança Cibernética no Setor Governamental

Recentemente, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) foi alvo de um ataque cibernético que resultou em um prejuízo de R$ 15 milhões. O método utilizado pelos criminosos foi o phishing, uma técnica cada vez mais comum, que se aproveita da manipulação psicológica para obter informações sensíveis. Este ataque é um claro exemplo de como a falha humana pode ser explorada para comprometer sistemas críticos.

O phishing, em essência, consiste em enganar as vítimas, fazendo-as acreditar que estão interagindo com uma entidade confiável, como uma instituição financeira ou um órgão governamental. Os criminosos utilizam essa técnica para coletar dados como senhas e informações bancárias. No caso do Siafi, os invasores realizaram um spear phishing altamente direcionado, criando comunicações personalizadas que enganaram funcionários-chave, levando-os a fornecer acesso ao sistema.

Este incidente expôs uma grave deficiência na segurança do Siafi, que poderia ter sido mitigada com a implementação de camadas adicionais de proteção, como autenticação multifatorial e validação biométrica. A segregação de funções dentro do sistema, que deveria impedir fraudes, foi contornada pelos invasores, demonstrando que o planejamento e o conhecimento detalhado do funcionamento interno da plataforma foram fundamentais para o sucesso do ataque.

Além disso, os criminosos utilizaram contas de laranjas e transações por meio de exchanges de criptomoedas para ocultar os valores desviados, complicando ainda mais a detecção das operações fraudulentas. Isso evidencia a necessidade urgente de reforçar a cultura de cibersegurança em todas as camadas da administração pública.

É essencial que o setor governamental adote uma abordagem mais robusta e proativa em relação à cibersegurança. Isso inclui a implementação de ferramentas que bloqueiem acessos a links maliciosos, a criação de processos mais rígidos de autenticação, e, principalmente, a conscientização contínua dos funcionários sobre os riscos e técnicas de ataque cibernético.

Os ataques de phishing não são exclusivos ao setor privado; governos em toda a América Latina estão entre os alvos preferenciais dos criminosos. Com milhões de tentativas de phishing ocorrendo anualmente, é imperativo que medidas preventivas sejam adotadas para proteger informações sensíveis e evitar prejuízos futuros. A responsabilidade por esses ataques não recai apenas sobre a tecnologia utilizada, mas também sobre a preparação e a conscientização dos usuários que interagem com essas plataformas diariamente.

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FRAUDES DIGITAIS: COMO PROTEGER SEUS DADOS CONTRA O SPOOFING

No momento atual da cibersegurança, uma das fraudes que mais tem preocupado especialistas e instituições é o “spoofing”, uma técnica que permite falsificar o número de origem de chamadas telefônicas ou SMS, induzindo as vítimas a acreditarem que estão em contato com uma fonte confiável, como o próprio banco. Este fenômeno tem se tornado uma ferramenta lucrativa para cibercriminosos, especialmente em Portugal, onde os golpes têm crescido de forma alarmante.

A Associação Iniciativa Cidadãos pela Cibersegurança (CpC) destaca que, atualmente, é possível alterar o número chamador (CallerID) para qualquer outro número ou nome que seja conveniente para o fraudador. Este tipo de golpe é uma das principais fontes de receita do cibercrime, causando prejuízos bilionários em escala global. Estimativas da Cybersecurity Ventures indicam que o impacto financeiro dessas atividades pode superar os 10 bilhões de dólares anuais até 2025.

O “spoofing” pode ocorrer de diversas formas. No caso do e-mail, por exemplo, mensagens são enviadas a partir de domínios DNS falsos, imitando instituições bancárias. Em Portugal, bancos como a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Montepio têm sido alvos frequentes, principalmente pela demografia de seus clientes. Além disso, criminosos utilizam dados reais de funcionários, obtidos através de violações de segurança ou redes sociais como o LinkedIn, para dar ainda mais credibilidade às mensagens fraudulentas.

Outro tipo comum de spoofing é o por SMS, onde o fraudador se passa por uma instituição financeira, enviando mensagens que contêm links para sites maliciosos ou solicitam informações pessoais e financeiras. A técnica também é utilizada para direcionar vítimas a sites falsos, por meio de mensagens de texto ou aplicativos como o WhatsApp, com o objetivo de capturar credenciais bancárias ou instalar malwares.

Nos últimos anos, o “spoofing” de chamadas telefônicas tem crescido significativamente em Portugal. Com o vazamento de bases de dados de números de telefone portugueses na dark web, criminosos se passam por representantes bancários em ligações, muitas vezes usando sotaques portugueses lusófonos para enganar as vítimas. Em alguns casos, as vítimas ouvem outras conversas em andamento, uma evidência de que os golpes são aplicados a partir de call centers operando em larga escala.

É essencial que os consumidores estejam atentos a certos sinais de alerta. Se você receber uma ligação ou mensagem urgente supostamente do seu banco, desconfie imediatamente. Bancos raramente fazem esse tipo de contato direto para resolver problemas urgentes. Se houver solicitação de informações pessoais, como senhas ou códigos recebidos por SMS, trata-se quase certamente de uma fraude.

A segurança dos seus dados também depende de boas práticas como a utilização de senhas fortes, exclusivas e a proteção do seu dispositivo com dados biométricos. Além disso, se você suspeitar que está sendo vítima de um golpe, desligue a chamada e entre em contato com a sua instituição financeira utilizando os canais oficiais.

É importante lembrar que, com a sofisticação crescente dessas fraudes, a prevenção exige esforços coordenados entre consumidores, autoridades e bancos. O CpC sublinha a necessidade de políticas de segurança mais rigorosas e de melhorias nos processos de investigação e punição desses crimes. Por outro lado, os bancos devem investir em tecnologias avançadas para proteger as contas dos clientes e educá-los sobre os riscos e melhores práticas de segurança.

Manter-se informado e adotar práticas de segurança rigorosas são as melhores defesas contra essa ameaça crescente. Se você for vítima ou suspeitar de uma tentativa de fraude, reporte o incidente às autoridades competentes e à sua instituição bancária imediatamente. A segurança financeira de todos depende da conscientização e da ação rápida contra esses crimes.

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COMO UM GOLPE DE PHISHING RESULTOU EM UMA PERDA DE US$ 55,4 MILHÕES

Na última terça-feira, 20 de agosto, um grande investidor sofreu uma perda significativa ao ver US$ 55,4 milhões (aproximadamente R$ 301 milhões) desaparecerem em um ataque cibernético que explorou vulnerabilidades associadas à criptomoeda pareada ao dólar, Dai. O incidente, que envolveu um sofisticado golpe de phishing, destaca a crescente ameaça cibernética no universo das criptomoedas.

Especialistas da CertiK, uma renomada empresa de segurança digital, e o investigador ZachXBT, identificaram que o ataque foi orquestrado utilizando a ferramenta Inferno Drainer, uma técnica que consiste na criação de sites e e-mails fraudulentos. Esses meios enganam as vítimas e as levam a fornecer informações confidenciais. Uma vez em posse dessas informações, os criminosos conseguiram acessar o “Maker vault” do investidor—a estrutura digital usada no ecossistema da Maker para facilitar empréstimos em Dai, uma stablecoin atrelada ao dólar.

O funcionamento desses “cofres” digitais exige que os usuários depositem garantias para obterem empréstimos. No caso desse ataque, os criminosos conseguiram transferir a propriedade do cofre para um novo endereço em blockchain, utilizando um contrato inteligente conhecido como DSProxy. Através desse contrato, os golpistas emitiram 55 milhões de unidades de Dai, com cada unidade da stablecoin equivalente a US$ 1. Essa vasta quantia foi então redistribuída para outras carteiras digitais, dificultando o rastreamento.

Embora o proprietário do cofre tenha percebido a movimentação e tentado recuperar o controle, ele já havia, inadvertidamente, assinado o contrato inteligente que permitiu a transação fraudulenta. As características inerentes à tecnologia blockchain permitiram que o endereço que recebeu o cofre fosse rastreado, mas a identidade dos responsáveis pelo ataque permanece desconhecida.

Esse episódio é um lembrete contundente dos perigos do phishing, uma técnica amplamente usada não só em criptomoedas, mas em diversos setores financeiros. Ao utilizar estratégias de engenharia social, os golpistas enganam suas vítimas para obter informações sensíveis, muitas vezes com um custo significativamente menor em comparação aos ataques mais tradicionais, como aqueles que envolvem o uso de malware. A crescente sofisticação desses ataques sublinha a importância de medidas preventivas robustas e vigilância constante no manejo de ativos digitais.

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ATAQUES CIBERNÉTICOS NO BRASIL: ANÁLISE DAS AMEAÇAS E SETORES MAIS AFETADOS

Nos anos de 2023 e 2024, o Brasil registrou uma média de 1.379 ataques cibernéticos por minuto, de acordo com um estudo realizado pela Kaspersky, empresa de cibersegurança e privacidade digital. Esses dados foram divulgados durante a Cyber Security Week (CSW 2024), um evento realizado em Cartagena, na Colômbia.

O relatório, que faz parte do Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, indica que o Brasil foi responsável por 63% de todas as infecções de malware na região. No total, foram cerca de 725 milhões de ataques cibernéticos no período analisado, o que equivale a aproximadamente 1,9 milhões de incidentes por dia.

Os setores mais afetados no Brasil foram:

  • Fabricação: 20,11%;
  • Governo: 18,06%;
  • Agricultura: 16,93%;
  • Varejo e Atacado: 12,04%;
  • Educação e Ciência: 6,51%.

Além desses, setores como TI e serviços, finanças, imobiliário e telecomunicações também enfrentaram desafios significativos, com uma prevalência crescente de golpes realizados via dispositivos móveis.

O estudo da Kaspersky também revelou um aumento de 70% nas tentativas de ataques a plataformas móveis na América Latina nos últimos 12 meses, contabilizando 3,9 milhões de tentativas em comparação aos 2,3 milhões registrados no período anterior.

As principais ameaças identificadas em dispositivos móveis incluem aplicativos que exibem publicidade indesejada e programas que oferecem empréstimos utilizando o próprio dispositivo como garantia, bloqueando o acesso ao aparelho em caso de inadimplência.

Entre os tipos mais comuns de ataques cibernéticos observados estão:

  • Malware: Software malicioso projetado para causar danos a dispositivos ou dados;
  • Phishing: Tentativas de obter informações pessoais ou financeiras por meio de mensagens que imitam comunicações de instituições legítimas;
  • Ransomware: Um tipo de malware que bloqueia o acesso a dados até que um resgate seja pago;
  • Cavalos de Troia Bancários: Programas maliciosos que coletam informações sensíveis, como credenciais bancárias e dados de login.

Esses dados reforçam a necessidade de uma abordagem sólida e constante na proteção contra ameaças digitais, especialmente em um ambiente de rápida evolução tecnológica e crescente conectividade.

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GOLPE DOS CORREIOS: COMO RECONHECER E EVITAR FRAUDES NAS COMPRAS ONLINE

O aumento de fraudes online, incluindo golpes que utilizam o nome de empresas renomadas, tem exigido atenção redobrada dos consumidores. Um exemplo disso é o golpe que utiliza indevidamente o nome dos Correios, visando enganar pessoas que realizam compras online. A seguir, entenda como esse golpe funciona e como se prevenir.

O Golpe dos Correios: Funcionamento e Prevenção

Este golpe tem como principais objetivos a instalação de spyware no dispositivo do usuário ou a indução ao pagamento de uma taxa falsa. Na maioria das vezes, isso ocorre por meio de uma tática conhecida como phishing, onde um vírus é disseminado para capturar informações pessoais.

Como o Golpe Funciona

A vítima recebe um e-mail com o título “Notificação de entrega devolvida”, com o layout semelhante ao dos Correios. A mensagem afirma que três tentativas de entrega foram feitas sem sucesso, resultando na devolução da encomenda ao centro de distribuição. A vítima é instruída a clicar em um link para preencher um formulário, supostamente necessário para reaver a encomenda. No entanto, ao acessar o link, a vítima pode instalar um malware ou ser direcionada para um site falso, onde suas informações pessoais são solicitadas.

Além disso, outra forma comum desse golpe é por SMS, onde a vítima é informada de que sua encomenda foi retida na alfândega, sendo necessário realizar um pagamento para liberação. O pagamento, feito via Pix, é direcionado para uma conta não associada aos Correios.

Identificando o Golpe

Existem alguns sinais que podem indicar que uma mensagem ou e-mail não é legítimo:

  • Solicitação urgente de informações pessoais ou pagamento.
  • Links que não utilizam o domínio oficial “correios.com.br”.
  • E-mails enviados de domínios diferentes de “@correios.com.br”.
  • Ausência de notificações no sistema oficial dos Correios sobre a tentativa de entrega ou retenção na alfândega.

Medidas de Segurança

Para evitar ser vítima desse tipo de golpe, é importante tomar algumas precauções:

  • Desconfie de e-mails inesperados, especialmente aqueles que contêm links. Sempre que possível, acesse diretamente o site dos Correios para verificar o status de suas encomendas.
  • Verifique o endereço de e-mail do remetente. Golpistas frequentemente usam domínios incomuns após o “@”, o que pode indicar uma fraude.
  • Mensagens legítimas geralmente incluem informações detalhadas de contato no rodapé. Se essas informações estiverem ausentes, a mensagem pode não ser confiável.
  • Utilize ferramentas disponíveis em seu provedor de e-mail para denunciar mensagens suspeitas como spam ou phishing.
  • Mantenha seu software antivírus atualizado para proteger seu dispositivo contra ameaças.

Sempre utilize o site ou o aplicativo oficial dos Correios para acompanhar o rastreamento de encomendas. Em caso de dúvidas, entre em contato com os canais oficiais da empresa.

Procedimentos em Caso de Fraude

Se você já foi vítima de um golpe como este, é importante agir rapidamente:

  1. Informe ao seu banco sobre a fraude e solicite a devolução do Pix, se aplicável.
  2. Registre um boletim de ocorrência na delegacia, fornecendo todas as informações pertinentes.

Manter-se informado e tomar as devidas precauções são as melhores maneiras de evitar cair em fraudes online.

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SAIBA COMO SE PROTEGER CONTRA O AUMENTO DOS GOLPES VIRTUAIS COM TAXAÇÃO DE IMPORTAÇÃO

Com a crescente popularidade das compras online, golpes por mensagens de texto, WhatsApp e e-mails tornaram-se cada vez mais comuns. Recentemente, a taxação de importação, que entra em vigor oficialmente no dia 1º de agosto, abriu uma nova porta para a ação de criminosos.

Se você foi vítima de uma dessas fraudes, é crucial saber como agir para mitigar prejuízos e resolver a situação de forma eficiente. A primeira recomendação é manter a calma! Ser vítima de um golpe financeiro é sempre frustrante, mas lembrar que os primeiros minutos são essenciais pode fazer toda a diferença.

Uma consumidora de 34 anos, que prefere não ser identificada, relatou ter sido vítima do golpe da taxação antecipada, utilizando a marca dos Correios.

Ela conta que, na última sexta-feira (26), recebeu uma mensagem de texto informando que uma encomenda estava retida pela fiscalização e exigindo o pagamento de uma taxa para liberação. Como estava aguardando uma compra feita pela internet, não suspeitou da mensagem e seguiu as instruções para pagamento.

“Primeiro fiz o Pix e a página não atualizou. Depois, percebi que ‘Correios’ estava escrito errado”, relatou a vítima. Nesse momento de distração, ela efetuou um pagamento de R$ 79,88, valor que ainda não foi recuperado.

Orientações em Caso de Fraude

A Polícia Civil recomenda que, ao perceber que caiu em um golpe, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. Em seguida, deve-se contatar o banco utilizado para o pagamento fraudulento.

A vítima seguiu esse protocolo. Ao perceber o golpe, contatou seu banco, explicou a situação e foi orientada a seguir as mesmas instruções fornecidas pela Polícia Civil. Embora em Mato Grosso do Sul o boletim de ocorrência possa ser feito em 20 minutos online, o banco recomendou que, neste caso específico de fraude, o relato fosse feito presencialmente na Polícia Civil de Campo Grande.

Após registrar o boletim de ocorrência, a vítima foi informada pelo banco que seria aberto um pedido de devolução do dinheiro enviado aos golpistas. Mesmo que consiga recuperar o valor perdido, a experiência serviu como alerta para a importância de estar mais atenta às informações recebidas pela internet.

Dicas para Evitar Golpes

Os Correios oferecem cinco dicas essenciais para que os consumidores não caiam em golpes via e-mail ou mensagens de texto:

  1. Confira o e-mail e o nome do remetente: Verifique sempre o endereço de e-mail do remetente para garantir sua legitimidade antes de clicar em qualquer link ou fornecer informações pessoais.
  2. Cautela com links: Não clique em links no corpo do e-mail ou SMS. Se estiver aguardando uma encomenda, entre diretamente no site ou aplicativo oficial dos Correios para verificar o rastreamento do produto.
  3. Desconfie de mensagens urgentes: Phishing geralmente vem com mensagens inesperadas e urgentes. Esteja atento e desconfie de comunicações que solicitem informações confidenciais, especialmente se ameaçarem consequências negativas em caso de inação.
  4. Atualização constante: Mantenha aplicativos e softwares antivírus atualizados para se proteger contra novas ameaças. Esses programas realizam varreduras periódicas e eliminam arquivos maliciosos.
  5. Notifique seu provedor sobre e-mails suspeitos: Se perceber qualquer atividade suspeita, reporte imediatamente ao seu provedor de e-mail. Utilize opções como “denunciar spam” ou “denunciar phishing” para ajudar a filtrar mensagens perigosas.

Seguir essas orientações pode ajudar a proteger suas informações e evitar ser vítima de golpes online. Mantenha-se vigilante e informado para navegar na internet com segurança.