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FRAUDES COM VOZES CLONADAS: CRIMINOSOS UTILIZAM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA ENGANAR VÍTIMAS NA AMÉRICA LATINA

A partir de julho de 2023, uma tendência tem se espalhado por diversos países da América Latina. Criminosos têm adotado o uso de sistemas de Inteligência Artificial para clonar vozes de familiares, a fim de executar extorsões, fraudes e golpes cada vez mais sofisticados.

De acordo com informações do Publimetro México, esse novo método de abordagem representa uma evolução das artimanhas utilizadas em golpes anteriores, nos quais os criminosos se passavam por familiares ou conhecidos. Contudo, esse novo cenário é marcado por uma abordagem ainda mais engenhosa.

Nos casos mais extremos, os criminosos fazem referência a laços familiares próximos e até mesmo incorporam terceiros que fingem ser filhos, filhas, mães ou outros entes queridos, a fim de convencer as vítimas de que estão lidando com uma situação real, como um sequestro.

No passado, era relativamente simples evitar essas armadilhas. A presença física da pessoa ou até mesmo a discrepância na voz eram indicadores claros de fraude. No entanto, com a emergência dos sistemas de Inteligência Artificial Gerativa, a complexidade desse cenário aumentou consideravelmente, uma vez que essas plataformas são capazes de imitar vozes de maneira praticamente perfeita.

É importante notar que a tecnologia atual ainda não permite uma replicação precisa da voz em tempo real absoluto. Isso resulta em atrasos ou pausas entre diálogos, a menos que as respostas sejam predefinidas e gravadas, o que limita a flexibilidade do diálogo durante a chamada de extorsão.

Diante disso, a melhor abordagem é estar atento a possíveis atrasos ou interrupções no fluxo da conversa. Recomenda-se também alterar a sequência natural do diálogo, visando interromper o fluxo premeditado pela chamada. Outras dicas incluem observar se a voz soa mecânica e se há presença de eco na chamada, o que pode indicar manipulação por Inteligência Artificial.

Quando o tom e o ritmo da chamada parecerem estranhos, é fundamental atentar-se à possível falta de naturalidade nas respostas ou ausência de variações típicas na articulação das palavras para o contexto apresentado. Em todas as situações, é essencial manter a cautela ao receber ligações de números desconhecidos ou identificados como “Desconhecido”.

Jamais se deve fornecer informações financeiras durante essas chamadas, e a atitude mais segura é encerrar a ligação e entrar em contato com o suposto familiar sem ceder ao desespero. Em alguns casos, pode levar algum tempo para confirmar a veracidade da situação, e é preferível aguardar algumas horas para garantir que tudo esteja realmente bem e que se tratou de um mal-entendido.

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NO UNIVERSO DIGITAL: DESVENDANDO CIBERSEGURANÇA E A SOMBRA DOS CRIMES CIBERNÉTICOS

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Com o advento da internet, uma série de conveniências surgiu, contudo, essa nova era tecnológica trouxe consigo não apenas oportunidades, mas também um ambiente propício para golpes e atividades ilícitas. Embora os objetivos permaneçam os mesmos – a busca por ganhos financeiros ou dados valiosos -, os métodos se sofisticaram, tornando-se uma ameaça significativa para tanto os indivíduos comuns quanto para as grandes corporações.

A evolução tecnológica tem impulsionado um cenário onde o dinheiro, outrora tangível, se digitalizou progressivamente. No Brasil, a esmagadora maioria das transações financeiras já ocorre online. Esse fato, aliado ao valor cada vez maior dos dados, considerados o “ouro da internet”, transformou-os em alvo primordial para cibercriminosos.

Nesse cenário, tanto o cidadão comum quanto as empresas se tornaram alvos suscetíveis, enfrentando ameaças que vão desde a engenharia social até ataques altamente sofisticados. Essas táticas maliciosas se reinventam constantemente, assim como a própria tecnologia.

A engenharia social, em sua variante mais comum conhecida como “phishing”, ilustra bem esse cenário. Golpistas usam artimanhas para convencer vítimas a clicar em links adulterados, geralmente disfarçados como sites confiáveis. Essa técnica explora nomes de empresas renomadas e até personalidades famosas para transmitir credibilidade. Ao fazê-lo, cibercriminosos podem obter acesso a informações sensíveis, incluindo dados financeiros, expondo vítimas a perdas significativas.

Outro flagelo é o “ransomware”, uma modalidade em que dados da vítima são criptografados pelos hackers, exigindo um resgate para sua liberação. Grandes empresas e instituições tornaram-se vítimas frequentes, com os criminosos muitas vezes exigindo pagamentos em criptomoedas. Esse crime tem visto um crescimento alarmante, destacando-se como uma ameaça crítica.

A fraude de identidade, por sua vez, envolve a criação de perfis falsos em redes sociais para enganar usuários e persuadi-los a realizar transferências de dinheiro. Essa estratégia, frequentemente apoiada por mensagens alarmistas, pode evoluir para outros crimes cibernéticos, como phishing ou ransomware, agravando as consequências.

A ciberextorsão, similar ao ransomware, explora dados pessoais para compelir as vítimas a enviar dinheiro aos criminosos. A ameaça de exposição pública de informações privadas, muitas vezes sem que os criminosos realmente possuam esses dados, é uma tática intimidatória comumente usada.

Adicionalmente, os chamados “sites de venda falsos” prejudicam a confiança nas compras online. Eles promovem produtos de marcas conhecidas a preços atraentes, mas, na realidade, não entregam os produtos. Esses sites abusam da alta demanda por produtos populares, capturando dados pessoais e dinheiro de forma enganosa.

A batalha contra esses perigos digitais requer uma abordagem multifacetada, incluindo a conscientização das ameaças, a adoção de práticas de segurança cibernética robustas e a colaboração contínua entre indivíduos, empresas e autoridades. Enquanto a tecnologia continua a evoluir, a segurança da informação permanece como pilar fundamental para proteger os ativos digitais e garantir a integridade do mundo online.

Nesse panorama em constante evolução, a segurança da informação emerge como a defesa primordial contra as investidas dos cibercriminosos. Compreender os mecanismos dos ataques e estar ciente das ameaças é o primeiro passo para a proteção. A educação é a armadura do usuário comum e das empresas, capacitando-os a reconhecer as sutilezas dos golpes e a adotar precauções.

Empresas de tecnologia e instituições financeiras, cientes do valor da proteção dos dados, estão investindo em soluções que abordem esses desafios. O desenvolvimento de sistemas de segurança avançados, como firewalls robustos e métodos de autenticação multifatorial, é vital para deter os criminosos em sua jornada.

A disseminação de uma cultura de segurança também é imperativa. Capacitar os profissionais de todas as áreas para lidar com os desafios cibernéticos é uma estratégia proativa contra as ameaças em constante evolução. A conscientização sobre a importância de verificar a autenticidade dos sites antes de inserir dados pessoais e financeiros é essencial.

A crescente adoção de criptomoedas como forma de transação financeira adiciona um aspecto único ao desafio da cibersegurança. Enquanto essas moedas oferecem uma camada de anonimato e segurança, também podem ser exploradas por cibercriminosos. A aplicação rigorosa de medidas de segurança, como carteiras criptografadas e práticas de negociação seguras, é crucial para mitigar esses riscos.

No entanto, a responsabilidade não recai apenas sobre as empresas e instituições. Indivíduos também têm um papel vital a desempenhar. Estar ciente das ameaças, adotar senhas fortes e exclusivas, evitar clicar em links suspeitos e manter sistemas atualizados são passos fundamentais para garantir a segurança dos dados pessoais.

À medida que o mundo digital continua a expandir, a proteção contra crimes cibernéticos se torna uma necessidade urgente. Com a tecnologia e as táticas de ataque evoluindo, a segurança da informação deve permanecer uma prioridade inabalável. Assim, indivíduos, empresas e sociedade em geral podem navegar nas águas digitais com confiança, sabendo que estão protegidos contra as ameaças que espreitam no mundo virtual.