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VIOLÊNCIA DIGITAL CONTRA MENORES: O PAPEL DO DIREITO NA PREVENÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO

A presença de crianças e adolescentes na internet tornou-se parte inseparável do cotidiano. As possibilidades de aprendizado, socialização e entretenimento são inegáveis. No entanto, essa mesma presença escancara uma série de riscos que exigem respostas mais efetivas do Direito. Práticas como o bullying virtual, o aliciamento para fins sexuais e a divulgação não consentida de imagens íntimas afetam diretamente a dignidade e a integridade emocional de jovens em fase de desenvolvimento.

Dados recentes indicam que a grande maioria dos adolescentes brasileiros entre 9 e 17 anos utiliza a internet com frequência, muitas vezes sem qualquer supervisão de adultos. Parte significativa desses jovens relata ter vivenciado experiências negativas no ambiente digital, como insultos, ameaças e contatos com desconhecidos com intenções dúbias. Essa exposição, somada à natural vulnerabilidade da faixa etária, abre espaço para condutas criminosas que, embora previstas na legislação, ainda enfrentam obstáculos práticos à repressão e à prevenção.

O bullying praticado por meios digitais, por exemplo, pode acarretar traumas profundos e sequelas psicológicas duradouras. Embora já exista tipificação penal específica para o bullying, as condutas cometidas por meio eletrônico muitas vezes esbarram na dificuldade de identificação dos responsáveis e na apuração da responsabilidade das plataformas digitais. Já o aliciamento de menores, que consiste na abordagem de crianças e adolescentes por adultos com fins sexuais, é penalizado de forma explícita desde 2017. Ainda assim, os relatos continuam a aumentar, com destaque para os números coletados por organizações voltadas à segurança na rede.

Também é preocupante o número de adolescentes vítimas do vazamento de imagens íntimas. Embora o ordenamento jurídico contemple a punição para essa conduta, inclusive com reconhecimento da responsabilidade civil e concessão de medidas protetivas, a realidade mostra que muitos desses casos ainda são tratados com negligência, seja por falta de estrutura investigativa, seja por ausência de orientação adequada às famílias.

A atuação do Judiciário tem avançado na garantia de reparações, mas o desafio vai além do processo judicial. É indispensável refletir sobre os limites entre liberdade de expressão, privacidade e dever de proteção à infância. Os instrumentos legais como o Marco Civil da Internet e as modificações no Estatuto da Criança e do Adolescente representam conquistas importantes, mas isoladas, não substituem a necessidade de uma articulação mais eficiente entre políticas públicas, escolas, profissionais da saúde, operadores do Direito e, sobretudo, famílias.

Promover a educação digital desde os primeiros anos escolares, capacitar professores, agentes públicos e responsáveis legais, além de fomentar campanhas permanentes de orientação, são medidas essenciais para que a internet seja um espaço seguro para os mais jovens. A proteção infantojuvenil no ambiente digital demanda vigilância constante e ação coordenada. Essa responsabilidade é compartilhada e deve ser assumida com o compromisso que a infância exige: prioridade absoluta.

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GOLPE DA “CNH SOCIAL DIGITAL” UTILIZA NOME DE ÓRGÃOS PÚBLICOS PARA ENGANAR CIDADÃOS

Um novo tipo de golpe tem circulado pelas redes sociais, utilizando o nome da CNH Social como isca para obter dados pessoais e dinheiro de cidadãos de baixa renda. A promessa é atraente: a obtenção gratuita da primeira Carteira Nacional de Habilitação, supostamente oferecida por meio de parceria entre o Governo Federal, os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e autoescolas credenciadas.

A fraude se apresenta com aparência profissional. As mensagens, divulgadas em redes sociais, levam a uma página que imita o layout de portais de notícias conhecidos. Os textos informam que o suposto benefício teria sido lançado em 1º de maio e convidam os interessados a se inscreverem por meio de links com chamadas como “Solicite agora”. A página seguinte simula um portal do governo federal e exige que o usuário preencha informações como CPF, nome completo, telefone e e-mail. Na sequência, surge uma cobrança de taxa no valor de R$ 58,71, supostamente destinada a “evitar solicitações indevidas”. Também são exibidos nomes de centros de formação de condutores, induzindo o usuário a acreditar que já está com uma vaga garantida.

É importante destacar que, quando existe, o benefício da CNH Social é gratuito. O Detran de São Paulo, por exemplo, já esclareceu que não participa desse programa e que não solicita pagamentos por meio de PIX ou por plataformas externas. A prática relatada configura golpe, com objetivo de obter dados pessoais e valores indevidos, além de potencial risco de uso indevido das informações coletadas.

Quem foi vítima da fraude deve registrar boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil (delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br). Também é recomendável acionar o banco ou operadora de cartão de crédito para tentar o bloqueio da transação ou estorno do valor.

Atenção e desconfiança são indispensáveis diante de ofertas divulgadas por links externos e redes sociais. Informações sobre programas oficiais devem sempre ser confirmadas diretamente nos canais institucionais dos governos estaduais ou do governo federal.

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FRAUDES DIGITAIS CRESCEM COM O COMÉRCIO ELETRÔNICO: VEJA COMO SE PROTEGER

Com o avanço das compras realizadas pela internet, também se tornou mais frequente o registro de fraudes envolvendo sites falsos que simulam com impressionante fidelidade as plataformas de grandes varejistas. Muitos consumidores relatam que, após efetuar o pagamento, não recebem o produto adquirido nem conseguem contato com o fornecedor.

De acordo com dados divulgados por instituições ligadas ao setor bancário, aproximadamente um terço da população brasileira já foi alvo de golpes ou tentativas. Entre os indivíduos com maior grau de escolaridade e renda, os percentuais sobem para 39% e 41%, respectivamente, demonstrando que nem mesmo um maior nível de informação garante imunidade a essas práticas.

Golpistas atuam com técnicas sofisticadas, reproduzindo fielmente o visual de lojas conhecidas, inclusive com ofertas altamente atrativas. As fraudes geralmente ocorrem por meio de domínios com pequenas alterações, como a substituição de letras ou inserção de caracteres, o que dificulta a identificação imediata do golpe. O consumidor, muitas vezes, só percebe que foi enganado após vários dias de espera pela entrega ou ao tentar acessar um serviço de atendimento inexistente.

Autoridades policiais têm reiterado a importância da cautela no comércio eletrônico. Dados recentes apontam que o estado da Bahia ocupa a quarta posição nacional em tentativas de fraude, com 6,69% das ocorrências. No Brasil, 1,24% de todas as transações registradas foram consideradas suspeitas ou fraudulentas, segundo levantamento de empresa especializada em verificação de identidade digital.

Para reduzir os riscos, é recomendável adotar práticas preventivas antes de finalizar qualquer compra. Entre elas, observar se o site conta com certificado de segurança (cadeado na barra de endereço), verificar o número do CNPJ da empresa, consultar avaliações em plataformas independentes como o Reclame Aqui e evitar acessar links enviados por mensagens em redes sociais ou aplicativos de conversa.

Outro ponto importante é desconfiar de preços excessivamente baixos e nunca compartilhar senhas, documentos ou informações bancárias por telefone, e-mail ou aplicativos de mensagem. A adoção da autenticação em dois fatores também é uma medida eficaz para proteger dados pessoais.

Caso ocorra a constatação de fraude, é fundamental registrar boletim de ocorrência imediatamente, entrar em contato com a instituição financeira ou administradora do cartão utilizado na compra e buscar o apoio de um profissional especializado, que poderá orientar sobre medidas para tentar reverter o prejuízo e responsabilizar os envolvidos.

A prevenção, aliada à informação e à prudência, é o melhor caminho para preservar os direitos do consumidor e evitar transtornos maiores nas relações digitais de consumo.

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RIFAS E SORTEIOS FALSOS: COMO IDENTIFICAR E SE PROTEGER DE FRAUDES ONLINE

Com o avanço das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, novas formas de golpe passaram a circular com mais frequência no ambiente digital. Uma delas tem ganhado espaço nos últimos anos: as rifas e sorteios falsos. A promessa de prêmios atrativos, como veículos, smartphones ou grandes quantias em dinheiro, serve como isca para enganar usuários e coletar informações ou valores indevidos.

Essa prática se tornou ainda mais comum a partir de 2020, quando o uso da internet para entretenimento e consumo se intensificou. Com isso, surgiram inúmeras “promoções” que, na verdade, escondem esquemas fraudulentos cuidadosamente montados para parecer legítimos.

Como funcionam esses golpes?

Os golpistas utilizam anúncios chamativos, frequentemente acompanhados de imagens de prêmios e textos persuasivos. A divulgação pode ocorrer por redes sociais, aplicativos de mensagens ou e-mails. O objetivo é capturar a atenção do público e induzir o compartilhamento da suposta promoção, ampliando a visibilidade da fraude.

Após despertar o interesse da vítima, os criminosos solicitam ações como:

  • Preenchimento de formulários com dados pessoais;
  • Pagamento de uma taxa de inscrição;
  • Envio de comprovantes bancários ou cartões de crédito;
  • Compartilhamento do conteúdo com amigos para “validar” a participação.

Ao final, o prêmio nunca é entregue e, pior, as informações fornecidas podem ser reutilizadas em outras fraudes ou até vendidas.

Em muitos casos, os golpistas se passam por empresas conhecidas ou páginas de influenciadores, criando perfis falsos e campanhas promocionais falsas para transmitir uma aparência de autenticidade. Esse disfarce torna ainda mais difícil distinguir entre o que é legítimo e o que é golpe.

Sinais de alerta

Apesar da aparência convincente, há elementos que ajudam a identificar possíveis fraudes:

  • Cobrança de valores antecipados: promoções verdadeiras, em geral, não exigem qualquer tipo de pagamento para participação.
  • Solicitação de dados sensíveis: pedidos de informações como número de CPF, conta bancária ou senhas não são compatíveis com ações promocionais confiáveis.
  • Pressão para compartilhar o conteúdo: exigir o envio da promoção a diversos contatos pode ser uma tentativa de ampliar o golpe rapidamente.
  • Falta de transparência: ausência de regulamento, de identificação da empresa responsável (como CNPJ) ou de canais de contato claros é um sinal importante de alerta.
  • Perfis novos e com pouca interação: páginas recém-criadas, com poucos seguidores e sem histórico verificável, devem ser vistas com desconfiança.

Como evitar cair nesse tipo de fraude

A prevenção ainda é a forma mais eficaz de proteção. Algumas atitudes simples podem ajudar:

  • Confirme a origem: busque a divulgação da promoção nos canais oficiais da empresa ou pessoa mencionada.
  • Desconfie de prêmios exageradamente vantajosos: desproporcionalidade entre o prêmio e a complexidade da participação costuma indicar fraude.
  • Evite fornecer dados pessoais em sites não verificados.
  • Pesquise antes de participar: avaliações, comentários e alertas de outros usuários ajudam a verificar a autenticidade da ação.
  • Denuncie perfis suspeitos: as redes sociais oferecem ferramentas para denunciar conteúdos enganadores.

E se você já caiu no golpe?

Nesse caso, é importante agir com rapidez:

  1. Reúna provas – registre conversas, comprovantes de pagamento e capturas de tela.
  2. Procure a delegacia – o ideal é fazer um boletim de ocorrência em uma unidade especializada em crimes digitais.
  3. Avise sua instituição bancária – especialmente se dados financeiros foram informados.
  4. Comunique pessoas próximas – isso pode impedir que o golpe atinja outros contatos.

O número de fraudes digitais exige atenção constante. Ao se deparar com qualquer promoção online, vale sempre lembrar: prêmios fáceis demais geralmente têm um custo oculto. Informação, verificação e cautela são os melhores aliados de quem deseja navegar de forma segura na internet.

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COMO A BIOMETRIA FACIAL PODE PROTEGER VOCÊ E COMO GOLPISTAS AINDA TENTAM BURLAR A TECNOLOGIA

O uso da biometria facial tem se consolidado como uma das formas mais confiáveis para autenticar a identidade das pessoas na internet. Esse tipo de tecnologia já demonstrou ser capaz de impedir fraudes bilionárias, inclusive no setor financeiro, oferecendo uma camada adicional de proteção que associa o acesso àquilo que é único em cada indivíduo: o próprio rosto.

Apesar dessa evolução, os crimes digitais continuam afetando milhares de pessoas diariamente. Isso se dá, em boa parte, pela habilidade dos criminosos em usar artifícios emocionais e técnicas de convencimento conhecidas como engenharia social — um conjunto de estratégias destinadas a manipular a vítima, levando-a a fornecer voluntariamente suas informações ou a realizar ações que facilitam o golpe.

Nos últimos anos, têm surgido casos em que a fraude vai além das telas. Há relatos de criminosos se passando por profissionais de empresas de serviço ou até por agentes públicos, vestindo uniformes falsos e portando crachás, para convencer a vítima a permitir uma foto do rosto. Essa imagem, uma vez capturada, pode ser usada para acessar contas bancárias, realizar transferências ou contratar serviços em nome da vítima.

É importante destacar que não há necessidade de se afastar das ferramentas digitais ou desenvolver medo da tecnologia. Pelo contrário: ela facilita a vida e, quando usada com cautela, é uma aliada poderosa. A melhor forma de se proteger é unir o uso consciente da tecnologia com algumas práticas simples no dia a dia.

Abaixo, listo algumas orientações úteis que recomendo a todos os que desejam navegar com mais segurança:

  1. Pergunte antes de informar
    Sempre que alguém solicitar seus dados, especialmente pessoalmente, por telefone ou pela internet, pare e avalie. É mesmo necessário fornecer aquela informação? Ela está sendo pedida por um canal oficial? Se houver qualquer dúvida, não prossiga.
  2. Não autorize fotos sem necessidade
    Um prestador de serviço legítimo não precisa registrar sua imagem para realizar uma instalação ou atendimento. Diante de uma solicitação desse tipo, negue educadamente e entre em contato com a empresa por canais oficiais.
  3. Biometria, só no seu dispositivo
    A biometria facial é uma ferramenta poderosa de autenticação — mas deve ser usada apenas em seu próprio celular, com aplicativos confiáveis. Evite permitir que terceiros capturem sua imagem para “validar” qualquer procedimento.
  4. Compartilhe com cautela nas redes sociais
    Não é preciso deixar de usar redes sociais, mas vale evitar publicar informações que revelem sua rotina com detalhes, localização exata ou padrões de comportamento. Um pouco de discrição pode fazer muita diferença.
  5. Cuidado com links e mensagens suspeitas
    Golpistas se valem de e-mails, mensagens de texto e aplicativos para enviar links maliciosos. O ideal é não clicar em mensagens inesperadas e jamais fornecer dados sensíveis em ligações ou formulários desconhecidos.

É sempre bom lembrar que, embora a tecnologia avance continuamente, os golpes não se apoiam apenas em falhas técnicas, eles exploram principalmente a confiança das pessoas. Manter-se informado e desconfiar de situações inusitadas continua sendo o melhor caminho para usar os recursos digitais com segurança e tranquilidade.

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GOLPE USA NOME DO PROCON PARA ENGANAR E ROUBAR DADOS

Empresas e consumidores precisam redobrar a atenção diante de uma nova modalidade de fraude digital que vem utilizando indevidamente o nome de órgãos de defesa do consumidor. Circulam mensagens eletrônicas supostamente enviadas por um endereço com o nome “procon-85”, que simulam notificações extrajudiciais relacionadas a supostas reclamações registradas.

Esses e-mails têm como objetivo enganar o destinatário, induzindo-o a clicar em links maliciosos. A armadilha consiste em prometer acesso a dados de uma suposta reclamação; no entanto, ao clicar no link, a vítima acaba fornecendo, sem perceber, informações sensíveis como nome completo, CPF e outros dados pessoais. Essas informações são utilizadas por golpistas para obter acesso a contas bancárias, contratar serviços financeiros em nome de terceiros e realizar outros tipos de fraudes.

Um aspecto relevante que compromete a veracidade dessas mensagens é a ausência de informações obrigatórias que estariam presentes em uma notificação legítima. Os e-mails falsos geralmente não indicam o Procon responsável pela demanda, tampouco informam o nome do consumidor ou fornecedor envolvido, nem o número de protocolo ou processo administrativo correspondente.

Para garantir a segurança, é importante saber que os órgãos de defesa do consumidor vinculados a administrações públicas — como é o caso do Procon municipal — utilizam apenas canais institucionais para enviar comunicações oficiais. Essas mensagens partem exclusivamente de endereços de e-mail corporativos, geralmente vinculados ao domínio da prefeitura correspondente, e são devidamente identificadas.

Em caso de dúvida sobre a autenticidade de uma mensagem recebida, a recomendação é que consumidores e empresas evitem clicar em links suspeitos e entrem diretamente em contato com o Procon da sua localidade, preferencialmente por meio dos canais oficiais disponíveis nos sites institucionais.

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COMO EVITAR O GOLPE DE TAXAÇÃO DE COMPRAS INTERNACIONAIS POR E-MAIL

Um novo golpe virtual está atingindo consumidores que realizam compras internacionais, especialmente importações da China. A abordagem começa com um e-mail falso, que parece ser enviado pelos Correios, informando que uma remessa foi taxada. O destinatário é então direcionado para um site que simula o visual dos Correios, onde são solicitados dados pessoais, como o CPF.

No site, uma imagem gerada por inteligência artificial exibe uma caixa de encomenda, com o nome completo e o CPF da vítima, acompanhada de uma solicitação de pagamento de uma taxa para liberar a suposta mercadoria retida na Receita Federal. No entanto, essa imagem não contém informações reais, como o endereço de entrega.

Os Correios esclarecem que não enviam e-mails sobre encomendas nem são responsáveis pela taxação de produtos importados, um processo que é de competência exclusiva da Receita Federal. Somente após o pagamento dos impostos devidos, a mercadoria pode ser liberada para entrega pelos Correios. A Polícia Civil relatou que esse golpe tem adotado novas abordagens, incluindo o uso de inteligência artificial para criar documentos falsificados que enganam os usuários.

O acesso a dados pessoais, muitas vezes provenientes de vazamentos em bancos, facilita a atuação dos criminosos. Para evitar cair nesse tipo de golpe, os consumidores devem verificar o status de suas encomendas diretamente pelo aplicativo oficial dos Correios. Através do menu “Minhas Importações”, é possível acompanhar o processo de taxação e realizar o pagamento devido, caso necessário, utilizando apenas o código de rastreamento da encomenda, sem a necessidade de fornecer o CPF ou outras informações pessoais.

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SEGURANÇA DIGITAL: ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR GOLPES E EVITAR PREJUÍZOS NA INTERNET

Perfeito. Segue uma versão completamente reformulada, mantendo a essência informativa, técnica e com rigor jurídico, sem qualquer traço de plágio e com linguagem profissional, adequada à sua atuação:

O ambiente digital tornou-se um espaço que exige atenção redobrada dos usuários. À medida que os serviços online se expandem, também se multiplicam os golpes virtuais que comprometem dados pessoais e financeiros. Criminosos especializados têm adotado métodos cada vez mais elaborados para ludibriar pessoas, utilizando estratégias que imitam portais oficiais e simulam comunicações institucionais.

Um dos artifícios mais comuns consiste na criação de sites falsos que reproduzem, com alto grau de semelhança, plataformas do próprio Governo Federal. Essa prática visa induzir os usuários a acreditar na legitimidade da página, levando-os a compartilhar informações sensíveis ou realizar pagamentos sob falsas promessas.

A identificação desses sites fraudulentos exige atenção a alguns elementos específicos. Primeiramente, é imprescindível verificar o endereço eletrônico. Páginas que oferecem serviços públicos no Brasil devem possuir, obrigatoriamente, o domínio “.gov.br”. Endereços que não apresentem essa extensão devem ser considerados, no mínimo, suspeitos. Além disso, ofertas que prometem benefícios desproporcionais, vantagens expressivas ou soluções imediatas, especialmente quando veiculadas por redes sociais, aplicativos de mensagens ou SMS, indicam forte possibilidade de fraude.

Entre os golpes mais recorrentes está a falsa distribuição de kits — como supostos “kits alimentação”, “kits festa” ou outros — atribuindo falsamente a origem dessas entregas a programas governamentais. Não há qualquer política pública que contemple esse tipo de benefício, motivo pelo qual toda e qualquer mensagem com essa natureza deve ser imediatamente descartada. A consulta direta aos portais oficiais, especialmente ao endereço eletrônico gov.br, é a conduta mais segura para confirmar a veracidade de qualquer informação vinculada ao setor público.

Outro ponto de atenção recai sobre o serviço conhecido como Sistema de Valores a Receber, administrado pelo Banco Central. Essa ferramenta foi criada para permitir que cidadãos consultem se possuem recursos financeiros esquecidos em instituições bancárias. O acesso é feito de forma gratuita, exclusivamente pelo site oficial do Banco Central, e exige que o usuário possua cadastro no Gov.br, com nível de segurança prata ou ouro. É justamente essa demanda social que tem sido explorada por fraudadores, que criam páginas falsas oferecendo acesso ao serviço, mediante solicitação indevida de dados bancários, senhas ou até o pagamento de taxas inexistentes.

Diante de qualquer suspeita, é fundamental formalizar a denúncia. O canal Fala.BR oferece suporte para que cidadãos comuniquem atividades suspeitas, fraudes e tentativas de golpes envolvendo órgãos da administração pública. Paralelamente, é possível buscar apoio junto às delegacias especializadas em crimes cibernéticos, que possuem atribuição legal para investigar essas condutas e promover a responsabilização criminal dos autores.

A prática de fraudes virtuais encontra tipificação específica no Código Penal brasileiro, que prevê sanções rigorosas, incluindo penas privativas de liberdade e aplicação de multas. A proteção de dados pessoais e patrimoniais, portanto, não se resume à adoção de ferramentas tecnológicas, mas também demanda comportamento preventivo dos usuários. Atuar de forma cautelosa, desconfiar de mensagens não solicitadas e realizar consultas sempre por meios oficiais são atitudes indispensáveis para quem deseja preservar sua integridade no ambiente digital.

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CRIMES DIGITAIS NO ESPÍRITO SANTO: FRAUDES FINANCEIRAS ALCANÇAM UM QUARTO DA POPULAÇÃO

No Espírito Santo, crimes digitais têm registrado um aumento preocupante, posicionando o estado em quinto lugar no ranking nacional de fraudes financeiras pela internet. Segundo estatísticas recentes, um em cada quatro moradores relatou perdas financeiras devido a ações fraudulentas. O estado divide a posição com o Rio Grande do Sul e está atrás de São Paulo, Mato Grosso, Roraima e Distrito Federal, onde a ocorrência de golpes digitais é ainda mais frequente.

Esses dados foram coletados em uma pesquisa abrangente, conduzida em todos os estados brasileiros, que entrevistou mais de 21 mil cidadãos para mapear o impacto dos crimes virtuais. No Espírito Santo, 26% dos participantes afirmaram terem sido vítimas de práticas como clonagem de cartão e invasão de contas bancárias. A pesquisa indica que, enquanto a internet amplia o acesso à informação e ao consumo, também expõe usuários a riscos financeiros, que afetam pessoas de diferentes perfis sociais, educacionais e etários.

Entre as vítimas, há grande diversidade socioeconômica: quase metade dos entrevistados com prejuízos financeiros possui renda de até dois salários mínimos, mas há também fraudes entre indivíduos com rendas mais elevadas. O fator comum entre todos é o uso da internet, que amplia as possibilidades de ataque.

É importante reforçar a importância do cuidado com ofertas e promoções atraentes. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e o uso de redes sociais, os usuários precisam redobrar a atenção. Golpistas utilizam perfis falsos e ferramentas de inteligência artificial para criar abordagens cada vez mais convincentes.

Para evitar golpes, é essencial verificar a autenticidade de sites, perfis e promoções, especialmente quando as ofertas parecem vantajosas demais. Além dos danos financeiros, há também o risco de exposição indevida dos dados pessoais em atividades ilegais.

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ESTRATÉGIAS PARA PROTEGER SUAS COMPRAS NA INTERNET

O comércio eletrônico se tornou parte essencial da rotina de muitos brasileiros, oferecendo conveniência, variedade de produtos e a possibilidade de buscar o melhor preço sem sair de casa. Desde eletrônicos e roupas até produtos de beleza e itens de supermercado, a compra online atrai pela facilidade e agilidade. No entanto, junto com essas vantagens vêm também alguns riscos. É preciso cautela para evitar golpes e garantir uma experiência segura e satisfatória.

Ao optar pelo comércio digital, a atenção aos detalhes é fundamental. Uma boa prática é observar com cuidado as características do site: checar se há informações claras de contato, redes sociais e selos de segurança e sempre pesquisar o histórico da loja. Reclamações anteriores podem fornecer indícios da confiabilidade da empresa, e conversar com amigos e conhecidos que já compraram naquela loja pode ser outra medida importante. Afinal, a precaução é a melhor maneira de evitar frustrações.

No ambiente digital, cada vez mais presente na vida cotidiana, é comum que golpes novos e mais sofisticados surjam constantemente. O cuidado ao receber informações, seja por e-mail, aplicativos de mensagens ou redes sociais, deve ser redobrado. Em caso de dúvidas sobre uma mensagem supostamente enviada por um banco ou outra instituição, é sempre aconselhável entrar em contato diretamente com a empresa para confirmar a veracidade antes de tomar qualquer ação.

A segurança online é tema constante para influenciadores digitais que compartilham experiências sobre o consumo seguro pela internet, alcançando milhares de pessoas com dicas práticas. Esse cuidado passa por verificar avaliações de produtos e da própria loja, explorar o campo de perguntas e respostas para esclarecer dúvidas e observar o prazo de entrega. Essas práticas não só evitam dores de cabeça, mas ajudam a fazer escolhas mais informadas e conscientes.

Para pessoas que têm uma rotina digital, até mesmo com mais experiência na internet, como aqueles que navegam desde o início dos anos 2000, o aprendizado contínuo sobre segurança virtual é essencial. Golpes sofisticados, como sites falsos que imitam lojas confiáveis, ainda representam um risco considerável. Uma experiência negativa, como uma compra perdida em um site clonado, pode servir de alerta para aumentar a precaução e adotar práticas de segurança digital.

Além disso, a terceira idade é um grupo particularmente visado por golpistas, o que ressalta a importância de ensinar práticas seguras na internet. Iniciativas que promovem a inclusão digital para esse público têm papel crucial, pois ajudam a difundir orientações sobre segurança, desde conferir dados bancários até evitar compras impulsivas em sites desconhecidos. A precaução com a segurança digital, portanto, não é apenas uma responsabilidade individual, mas uma prática necessária para todas as gerações que acessam o comércio eletrônico diariamente.

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COMO IDENTIFICAR E SE PROTEGER DE RELAÇÕES VIRTUAIS FRAUDULENTAS

Nos últimos meses, o estado de Minas Gerais tem enfrentado um aumento expressivo nos casos de um crime conhecido como “golpe do amor”. Este esquema envolve a criação de perfis falsos e identidades fictícias para enganar pessoas, com o objetivo final de extorquir dinheiro de suas vítimas através de um relacionamento virtual. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), está acompanhando de perto essa situação alarmante.

Conforme apontam as autoridades, as vítimas mais comuns desse tipo de fraude são mulheres entre 30 e 40 anos, solteiras ou divorciadas. Apesar do aumento significativo de registros, acredita-se que o número real de ocorrências seja muito maior, devido à subnotificação. Muitas pessoas não relatam o crime por vergonha ou medo de represálias, o que dificulta ainda mais o combate efetivo a essa prática.

Como Evitar o Golpe do Amor?

Para prevenir-se contra esse tipo de crime, o MPMG recomenda uma série de precauções, que podem ser fundamentais para evitar cair em armadilhas virtuais:

1. Confirme a Identidade: Antes de se envolver emocionalmente, é importante verificar a autenticidade da pessoa com quem está interagindo. Busque confirmações em fontes externas, como amigos ou familiares, para garantir que as informações são verdadeiras.

2. Proteja Suas Informações Pessoais: Evite compartilhar dados sensíveis ou pessoais nas redes sociais. Informações como endereço, número de telefone e dados bancários devem ser mantidas em sigilo, pois podem ser usadas para manipulação ou chantagem.

3. Cuidado com Histórias Emocionantes: Uma das estratégias mais comuns desses golpistas é envolver suas vítimas com histórias emocionantes e apelos dramáticos. Desconfie de situações que exigem decisões rápidas ou que despertam muita compaixão.

4. Não Envie Conteúdos Íntimos: Imagens e vídeos de natureza íntima são comumente utilizados como ferramentas de chantagem pelos criminosos. O mais seguro é nunca compartilhar esse tipo de material online, mesmo com alguém em quem confia.

O que Fazer se Você Foi Vítima?

Caso você ou alguém que conheça tenha sido vítima do golpe do amor, as seguintes medidas são essenciais para auxiliar nas investigações e tentar reverter o dano:

  • Contate as Autoridades: É imprescindível registrar a ocorrência na delegacia e usar as ferramentas de denúncia das plataformas sociais onde ocorreu o golpe. O Ministério Público e a Polícia estão preparados para lidar com esses casos.
  • Preserve as Evidências: Não apague as conversas, e-mails ou qualquer outra forma de comunicação com o golpista. Esses dados podem ser fundamentais para identificar os responsáveis.
  • Forneça Detalhes: Colabore com as investigações, entregando o máximo de informações possíveis sobre o perfil falso e os métodos utilizados pelo criminoso.

O Perigo do Golpe do Amor

O “golpe do amor” não se limita apenas a danos financeiros. Ele também causa um profundo impacto emocional nas vítimas, que muitas vezes ficam devastadas ao descobrir que foram enganadas por alguém em quem confiaram. Além disso, a vergonha de admitir o ocorrido pode impedir muitas pessoas de buscar ajuda, perpetuando o ciclo de impunidade.

A conscientização e a educação digital são as principais ferramentas para evitar que mais pessoas sejam prejudicadas. Manter-se atento, desconfiar de perfis com comportamentos suspeitos e seguir as recomendações das autoridades são medidas essenciais para garantir sua segurança nas interações virtuais.

Lembre-se: se algo parecer fora do comum, confie na sua intuição e tome as medidas necessárias para se proteger. A segurança no ambiente digital é uma responsabilidade que todos devemos compartilhar.

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PROCON-ES ALERTA CONTRA GOLPES VIRTUAIS QUE USAM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA ENGANAR CONSUMIDORES

Nos últimos tempos, tem-se observado um aumento alarmante de fraudes pela internet, envolvendo a criação de perfis falsos de influenciadores e celebridades em redes sociais. Esses esquemas, que utilizam tecnologias avançadas, como a Inteligência Artificial (IA), têm enganado consumidores com falsas campanhas promocionais, muitas vezes atribuídas a marcas renomadas. O objetivo dos golpistas é atrair as vítimas por meio de promessas sedutoras, como brindes e produtos a preços irrisórios, em troca de respostas a pesquisas online, solicitando apenas o pagamento do frete.

Os prejuízos vão além do financeiro. Consumidores que caem nesses golpes podem ter seus dados pessoais coletados por criminosos, que os utilizam para fins ilícitos. Recentemente, o Procon-ES recebeu uma denúncia do Grupo Wine Vinhos sobre campanhas fraudulentas que utilizaram a IA para imitar a voz de influenciadores e atores, fazendo com que os consumidores acreditassem na veracidade da promoção. Em um desses golpes, os criminosos prometiam dez garrafas de vinho pelo preço de uma única unidade, bastando para isso a resposta a uma pesquisa.

Letícia Coelho Nogueira, diretora-geral do Procon-ES, enfatiza que os golpistas têm se tornado cada vez mais sofisticados com o avanço das tecnologias. “Com o crescimento das redes sociais e das novas tecnologias, é fundamental que os consumidores redobrem a atenção com ofertas suspeitas e verifiquem sempre a autenticidade de perfis e promoções antes de qualquer transação,” alerta.

O histórico de fraudes não é novo. No ano passado, o próprio Procon-ES foi alvo de um golpe virtual, onde criminosos usaram indevidamente o nome da instituição para enviar e-mails fraudulentos. Esses e-mails, direcionados principalmente a fornecedores, alegavam que o Procon-ES havia recebido uma reclamação contra a empresa, e continham links que prometiam acesso aos autos da notificação. Esse esquema também visou consumidores, expondo-os ao risco de roubo de dados e outras fraudes cibernéticas.

Diante dessa realidade, Letícia Nogueira reforça a necessidade de atenção redobrada ao receber comunicações que mencionam órgãos oficiais. Ela esclarece que notificações do Procon-ES aos fornecedores são enviadas exclusivamente por meio do sistema ProConsumidor ou dos e-mails oficiais notificacaodecip@procon.es.gov.br e notificacaodecipfacafacil@procon.es.gov.br. “O Procon-ES não envia notificações por e-mail para consumidores. Caso receba uma, não abra e entre em contato conosco imediatamente para verificar a autenticidade,” orienta.

Como Evitar Golpes na Internet: Recomendações do Procon-ES

Para se proteger desses golpes, o Procon-ES sugere algumas medidas práticas:

  • Verificação de Autenticidade: Confirme se a oferta é divulgada pelos canais oficiais da empresa ou influenciador.
  • Número de Seguidores e Selo de Verificação: Páginas com número expressivo de seguidores e o selo de verificação (símbolo azul) são mais confiáveis.
  • Histórico de Associações: Verifique se o influenciador já esteve vinculado à marca anteriormente.
  • Análise de Comentários: Verifique os comentários na página do influenciador para identificar relatos de fraudes.
  • Perfis Suspeitos: Desconfie de perfis sem fotos ou com poucas postagens.
  • Evite Transferências Diretas: Não envie dinheiro diretamente para a conta de um influenciador; empresas sérias não fazem esse tipo de solicitação.
  • Erros de Escrita: Mensagens com erros gramaticais ou ortográficos podem ser sinais de golpe.
  • Cautela com Dados Pessoais: Empresas sérias não solicitam dados pessoais ou bancários para participação em promoções.
  • Confirmação de Promoções: Verifique sempre a veracidade das promoções no site oficial ou aplicativos da empresa.
  • Desconfie de Ofertas Exageradas: Vantagens excessivas são, em geral, falsas.
  • Modalidade de Pagamento: Prefira pagamentos com cartão, que oferecem mais segurança.

Medidas em Caso de Golpe Virtual

Se você for vítima de um golpe na internet, o Procon-ES orienta os seguintes passos:

  1. Informe o Procon-ES: Registre uma reclamação, que pode ser feita eletronicamente pelo site oficial do Procon-ES ou pessoalmente, com agendamento prévio.
  2. Comunique seu Banco: Relate a fraude à sua instituição financeira para tomar medidas de proteção, como o bloqueio de cartões ou contas.
  3. Troque suas Senhas: Altere as senhas de todas as suas contas online associadas ao golpe.
  4. Registre um Boletim de Ocorrência: Procure a delegacia mais próxima ou utilize o serviço de Boletim Eletrônico de Ocorrência.
  5. Monitore Suas Contas: Fique atento a atividades suspeitas em suas contas bancárias e de crédito.
  6. Alerta a Familiares e Amigos: Informe as pessoas próximas para evitar que sejam vítimas do mesmo golpe.

A crescente sofisticação dos golpes virtuais exige uma postura cada vez mais vigilante dos consumidores. As orientações do Procon-ES são fundamentais para prevenir fraudes e garantir a segurança nas transações online. Fique atento e proteja-se!