Nos últimos meses, usuários de telefonia no Brasil têm relatado um tipo de ligação que chama atenção: chamadas recebidas de números quase idênticos ao da própria vítima, muitas vezes com o mesmo DDD e prefixo. Essa prática é fruto do chamado spoofing, recurso que manipula o identificador de chamadas para induzir a pessoa a acreditar que a ligação é legítima ou próxima de sua realidade.
A falsificação do número é possível graças a serviços de voz pela internet, que permitem configurar qualquer sequência como remetente da chamada. Ferramentas desse tipo, disponíveis até mesmo em aplicativos, acabam sendo exploradas por criminosos. O objetivo é simples: aumentar a chance de que a pessoa atenda, acreditando que se trata de uma ligação confiável.
Entre os golpes associados a esse recurso, destacam-se:
- Falso banco: ligação que simula vir do número oficial de uma instituição financeira, solicitando senhas ou dados sigilosos.
- Falsos fiscais: supostos agentes da Receita Federal exigindo pagamentos de tributos inexistentes.
- Suporte técnico falso: interlocutores que se apresentam como técnicos de grandes empresas de tecnologia, oferecendo ajuda para resolver problemas inexistentes e pedindo acesso remoto ao dispositivo.
- Mensagens fraudulentas (SMiShing): textos que imitam notificações de bancos ou promoções e que podem instalar aplicativos maliciosos.
O que fazer diante dessas chamadas
A proteção contra essa modalidade de fraude está diretamente ligada à postura preventiva. Especialistas orientam a:
- Desconfiar de chamadas de números semelhantes ao seu ou desconhecidos.
- Jamais fornecer dados pessoais por telefone.
- Evitar retornar ligações de origem duvidosa.
- Confirmar a veracidade do contato diretamente nos canais oficiais da empresa ou órgão citado.
Assim, mais do que tecnologia, o cuidado no atendimento continua sendo a principal barreira contra golpes de engenharia social.