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PIX TERÁ NOVAS REGRAS PARA AGILIZAR DEVOLUÇÃO EM CASOS DE FRAUDE

O sistema de pagamentos instantâneos passará a contar com ajustes importantes que buscam oferecer maior proteção aos usuários e rapidez na restituição de valores desviados em golpes. As mudanças concentram-se no Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada para viabilizar a recuperação de quantias transferidas indevidamente.

A partir de outubro, todos os aplicativos bancários deverão permitir que o cliente registre digitalmente a contestação de uma operação suspeita. Isso significa que a vítima não dependerá mais do atendimento telefônico ou presencial, podendo acionar o banco de forma imediata. A expectativa é que essa agilidade aumente as chances de bloqueio dos valores antes que sejam esvaziados das contas de destino.

Outro avanço está previsto para novembro: os bancos poderão rastrear recursos transferidos a partir da conta utilizada no golpe e buscar a devolução em outras contas vinculadas ao fraudador. Essa medida começará de forma facultativa, mas se tornará obrigatória no início de 2026.

Com esses aprimoramentos, estima-se que a devolução ocorra em até 11 dias após a contestação. Além disso, as informações relacionadas a operações suspeitas serão compartilhadas entre as instituições financeiras, fortalecendo a prevenção contra novas tentativas de fraude.

É importante destacar que o MED se aplica exclusivamente a situações de fraude comprovada ou falhas operacionais das instituições financeiras. Transferências equivocadas feitas por erro do usuário, bem como desavenças comerciais, não estão cobertas pelo mecanismo e devem ser resolvidas por outros meios.

Assim, o conjunto de medidas reforça a função do Pix como meio de pagamento seguro e confiável, ao mesmo tempo em que exige dos usuários atenção redobrada para diferenciar as hipóteses em que o recurso pode ser utilizado.

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GOLPE DOS BOLETOS FALSOS EM CONSÓRCIOS EXIGE ATENÇÃO REDOBRADA DOS CONSUMIDORES

O consórcio se consolidou como uma alternativa de aquisição de bens e serviços sem juros, mas essa popularidade também atraiu golpistas. Uma das fraudes mais recorrentes hoje é o envio de boletos falsos para pagamento de parcelas, utilizando técnicas sofisticadas de falsificação para enganar o consumidor.

O golpe consiste na produção de documentos que reproduzem fielmente o layout da administradora do consórcio, com logotipos, cores e informações semelhantes às originais. A armadilha está no código de barras, que é alterado para direcionar o valor pago a contas de terceiros, sem qualquer vínculo com a administradora. Frequentemente, a fraude se apoia em mensagens de urgência ou ameaças veladas de cancelamento da cota, estimulando o pagamento imediato e sem verificação.

Como identificar e evitar a fraude

Para minimizar riscos, o consumidor deve adotar medidas simples, mas eficazes:

  1. Analise remetente e aparência do boleto – Desconfie de mensagens enviadas por e-mails ou aplicativos com endereços estranhos, erros de digitação, imagens borradas ou fontes diferentes do padrão.
  2. Verifique o código de barras – Os primeiros números devem corresponder ao banco emissor (por exemplo: 001 para Banco do Brasil, 237 para Bradesco, 341 para Itaú). Sequências diferentes podem indicar adulteração.
  3. Confirme dados do beneficiário – Nome, CPF ou CNPJ precisam coincidir exatamente com os da administradora. Diferenças, mesmo sutis, são sinal de alerta.
  4. Confira valores e datas – Qualquer divergência no valor ou no vencimento, em relação ao histórico habitual, merece atenção.
  5. Cuidado com links e anexos – Não clique ou baixe arquivos de remetentes desconhecidos, pois podem instalar programas maliciosos ou direcionar para sites falsos.
  6. Use canais oficiais – Em caso de dúvida, contate a administradora por telefone ou aplicativo oficial. Jamais utilize números ou endereços que constem apenas no boleto suspeito.
  7. Prefira internet banking ou app oficial – Além de mais seguro, o ambiente do seu banco permite conferência direta dos dados antes do pagamento.
  8. Mantenha dispositivos protegidos – Use antivírus atualizado e evite acessar documentos suspeitos em redes públicas ou aparelhos sem segurança adequada.

A fraude só prospera quando a vítima é levada a agir rapidamente e sem conferência. A orientação é desacelerar, verificar cada detalhe e, sempre que possível, confirmar as informações por canais legítimos.

Consumidores que já identificaram ou foram alvo desse tipo de tentativa devem compartilhar a experiência com familiares e amigos, ampliando a rede de proteção. Atenção, conferência e prevenção são as chaves para manter seu consórcio seguro e longe de golpes.

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BOLETOS FALSOS E A IMPORTÂNCIA DA PROTEÇÃO DE DADOS NA PREVENÇÃO DE FRAUDES EMPRESARIAIS

Empresas de todos os setores vêm enfrentando desafios significativos relacionados à segurança financeira, especialmente diante da alta incidência de fraudes associadas a boletos falsos. Dados apontam que milhões de tentativas ocorrem anualmente, gerando impactos bilionários. Quando negligenciam a proteção da informação, as organizações não apenas se expõem a prejuízos diretos, como também comprometem sua credibilidade perante clientes, parceiros e o mercado.

Nesse contexto, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) deixa de ser apenas um instrumento regulatório para assumir papel estratégico na mitigação de riscos. A correta aplicação dos princípios da LGPD fortalece os controles internos e contribui para a criação de ambientes digitais mais confiáveis e resilientes.

A cadeia de segurança da informação tem como ponto mais sensível o fator humano. Colaboradores, consumidores e prestadores de serviço, quando mal orientados ou sem capacitação adequada, podem inadvertidamente abrir portas para golpes sofisticados. Treinamentos contínuos, políticas de segurança bem definidas e práticas de governança digital tornam-se, portanto, indispensáveis para prevenir incidentes relacionados ao uso indevido de dados.

Conformidade com a LGPD como diferencial empresarial

Além de atender a exigências legais, a conformidade com a legislação de proteção de dados proporciona benefícios reputacionais e operacionais. Empresas que demonstram responsabilidade com a privacidade das informações conquistam maior confiança do consumidor e reduzem a exposição a litígios judiciais. Transparência, consistência e rastreabilidade nos processos são aspectos valorizados por parceiros comerciais e pelo próprio mercado.

A prevenção de fraudes exige mais do que ferramentas tecnológicas. É necessário um compromisso organizacional com processos seguros, monitoramento contínuo e governança orientada pela proteção da informação. A adoção das diretrizes da LGPD deve ser compreendida como parte integrante da estratégia empresarial, sendo a segurança dos dados tão relevante quanto qualquer outro ativo de valor.

A cultura de proteção de dados não apenas fortalece o ecossistema digital da organização, como também projeta um posicionamento ético e responsável frente às transformações regulatórias e tecnológicas da sociedade atual.

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GOLPE DO “SUPORTE BANCÁRIO FALSO” SE TORNA O NOVO MÉTODO PARA DESVIAR VALORES VIA PIX NO BRASIL

Desde 2024, uma nova estratégia de fraude digital tem ganhado espaço no Brasil e já foi registrada mais de 10 mil vezes. O método consiste em ligações telefônicas em que criminosos se passam por atendentes de centrais bancárias, alegando falhas ou irregularidades na conta da vítima para induzi-la à instalação de um aplicativo legítimo de acesso remoto.

A técnica deriva de antigas práticas de engenharia social, que agora utilizam ferramentas reconhecidas e disponíveis nas lojas oficiais de aplicativos. Diferente das fraudes anteriores baseadas em malwares automatizados, essa abordagem foca no convencimento direto da vítima por meio de interações telefônicas personalizadas.

O processo começa com uma ligação, supostamente do banco, informando sobre problemas no app bancário ou indícios de uso indevido da conta. A vítima, preocupada, é levada a instalar um programa que permite o controle remoto do celular. Na sequência, os golpistas pedem que ela abra o aplicativo bancário, sob o pretexto de corrigir a falha informada. Uma vez que a vítima está logada, o acesso remoto permite que o criminoso realize transferências PIX em segundos, sem que a vítima perceba de imediato.

Na etapa final, solicita-se que a pessoa insira sua senha ou confirme uma suposta atualização do sistema, momento em que o desvio dos valores é efetivado. Quando o golpe é percebido, o valor já foi transferido e, normalmente, é difícil de ser recuperado.

Essas ações têm substituído outra forma de fraude que envolvia o redirecionamento automático de transferências via PIX. A mudança está diretamente relacionada à interrupção da distribuição de um software malicioso específico, que automatizava essas transações fraudulentas. Desde a segunda metade de 2024, os registros dessa modalidade diminuíram de forma expressiva.

A adaptação dos golpistas evidencia como essas práticas se renovam com rapidez e se aproveitam da confiança das vítimas. Embora o golpe anterior envolvesse a instalação de malwares, a nova abordagem se baseia em aplicativos legítimos, o que torna a fraude mais difícil de ser identificada no primeiro momento.

Para minimizar os riscos, recomenda-se atenção redobrada a qualquer contato telefônico não solicitado de instituições financeiras. Bancos não solicitam instalação de aplicativos nem pedem dados sensíveis por telefone. Caso receba uma ligação suspeita, a melhor atitude é encerrar a chamada e buscar contato diretamente pelos canais oficiais da instituição.

Adotar práticas de segurança digital, como o uso de senhas fortes, ativação de autenticação em dois fatores e instalação de soluções confiáveis de proteção contra ameaças digitais, é uma medida prudente para manter a integridade das informações pessoais e bancárias.

A rápida substituição de métodos fraudulentos reforça a necessidade de constante atualização sobre os riscos digitais. A informação, aliada a práticas conscientes de uso da tecnologia, continua sendo uma das formas mais eficazes de evitar prejuízos.

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COMO AS IDENTIDADES SINTÉTICAS ESTÃO IMPACTANDO O MERCADO FINANCEIRO

As identidades sintéticas emergem como uma das fraudes digitais mais sofisticadas e preocupantes na atualidade, gerando preocupação entre autoridades, instituições financeiras e especialistas em segurança. Diferente das fraudes tradicionais, como a falsificação de documentos ou o roubo direto de dados pessoais, as identidades sintéticas se baseiam na combinação de dados reais com informações falsas, criando uma nova identidade de aparência legítima. Esse tipo de fraude é extremamente difícil de detectar, o que torna sua prevenção um desafio significativo.

Essas identidades podem ser compostas, por exemplo, de um CPF legítimo, pertencente a uma pessoa inativa como uma criança ou idoso, associado a um nome fictício, um endereço inventado e um e-mail recém-criado. O fraudador, ao construir essa nova identidade, consegue abrir contas bancárias, contratar crédito e realizar transações financeiras como se fosse uma pessoa real. O processo, por ser gradual e aparentemente inofensivo, permite que o criminoso atue por longos períodos sem ser descoberto.

O modus operandi dessa fraude segue algumas etapas bem definidas. Inicialmente, o fraudador coleta dados reais, muitas vezes obtidos por meio de vazamentos de informações ou mercados clandestinos. Em seguida, esses dados são combinados com informações fictícias, criando a identidade sintética. A partir disso, o criminoso começa a usar essa nova identidade de forma “moderada”, realizando pequenas transações e pagando dívidas em dia, o que permite a construção de um histórico de crédito confiável. Com o tempo, a confiança nas informações aumenta, permitindo que o fraudador realize empréstimos maiores e compras a prazo. Quando o limite de crédito é atingido, ele desaparece, deixando as instituições financeiras com o prejuízo.

Diferentemente de fraudes tradicionais, nas quais uma vítima específica sofre um prejuízo direto, as identidades sintéticas impactam principalmente as instituições financeiras. O prejuízo é diluído, mas significativo, com perdas que podem chegar a bilhões de reais. Indiretamente, os consumidores reais também são afetados, uma vez que as instituições financeiras repassam essas perdas aos clientes em forma de aumentos nas taxas de juros e encargos financeiros.

O maior desafio em identificar fraudes com identidades sintéticas é o fato de que, muitas vezes, não há uma “vítima” visível. No caso de um CPF de uma criança ou idoso ser utilizado, por exemplo, essa pessoa não sabe que seus dados foram usados de forma fraudulenta, o que dificulta a detecção. Além disso, muitos sistemas de verificação das instituições financeiras não estão preparados para cruzar dados de forma eficaz, o que permite que as inconsistências no comportamento da identidade sintética passem despercebidas.

Apesar de as instituições financeiras serem as principais vítimas, o impacto das identidades sintéticas se estende aos consumidores, que têm seus dados utilizados indevidamente. Nesse contexto, o papel do Judiciário é fundamental. O poder judiciário deve ser capaz de reconhecer a inexistência de vínculo contratual quando o CPF de uma pessoa é utilizado sem autorização e determinar a exclusão de registros fraudulentos em órgãos de proteção ao crédito. Em situações em que o nome ou o crédito de um consumidor real seja prejudicado, a indenização por danos morais deve ser considerada, garantindo a reparação de eventuais prejuízos à imagem e à confiança do indivíduo.

As identidades sintéticas representam um desafio crescente no universo das fraudes digitais, exigindo uma resposta integrada entre tecnologia, direito e políticas públicas. Para os consumidores, a principal recomendação é a vigilância constante sobre seus dados pessoais e históricos financeiros. Já para o Judiciário, a necessidade de adaptação às novas fraudes digitais é imperativa, garantindo uma proteção eficaz e uma responsabilização adequada das partes envolvidas.

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COMO GARANTIR TRANSAÇÕES SEGURAS COM PIX NA SUA EMPRESA

A agilidade e a praticidade do PIX transformaram a forma como empresas realizam e recebem pagamentos. No entanto, junto com essa facilidade, surgem também riscos relacionados a golpes e fraudes. Adotar medidas preventivas é essencial para proteger o fluxo financeiro da empresa e garantir transações seguras.

O primeiro passo é orientar a equipe responsável pelos recebimentos a sempre conferir atentamente os dados antes de confirmar uma transação. Verificar o nome do remetente, a chave PIX utilizada e o valor da operação pode evitar a aceitação de transferências indevidas ou tentativas de fraude. Essa etapa simples, quando feita de forma cuidadosa, reduz significativamente o risco de prejuízos.

Outra medida importante é desabilitar a função de transferências automáticas para contas desconhecidas ou não cadastradas. Alguns bancos oferecem a opção de configurar limites personalizados para transações por PIX e exigem autenticação adicional para movimentações acima de determinado valor. Utilizar essas ferramentas adiciona uma camada extra de proteção às contas da empresa.

Além disso, manter um controle rigoroso sobre as chaves PIX da empresa, evitando o compartilhamento indiscriminado dessas informações. Sempre que possível, utilize chaves vinculadas a CNPJs e canais oficiais de atendimento, evitando a exposição de dados pessoais de colaboradores ou terceiros.

Manter sistemas de segurança atualizados e capacitar os colaboradores para identificar tentativas de fraude são iniciativas que contribuem para um ambiente financeiro mais seguro. A tecnologia é uma grande aliada nos negócios, mas exige vigilância constante para que seus benefícios não se tornem fontes de risco.

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A IMPORTÂNCIA DA LGPD NA PROTEÇÃO DE INFORMAÇÕES PESSOAIS NO AMBIENTE DIGITAL

A crescente digitalização das informações e a utilização de tecnologias avançadas têm mudado rapidamente a maneira como as empresas e organizações lidam com os dados pessoais. Em um cenário onde dados sensíveis circulam livremente pela internet, a necessidade de estabelecer regras claras e rígidas para a proteção dessas informações se torna cada vez mais urgente. Nesse contexto, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) surge como um marco fundamental para garantir a privacidade e a segurança dos dados no Brasil.

Com a LGPD, o Brasil alinha-se às regulamentações internacionais de proteção de dados, criando um conjunto de obrigações para as empresas que lidam com dados pessoais. Essas obrigações visam não apenas proteger os direitos dos indivíduos, mas também fomentar a confiança dos consumidores nas plataformas digitais. O respeito à privacidade não é mais apenas uma questão de conformidade legal, mas de preservação da relação de confiança entre empresas e seus usuários.

No entanto, apesar da relevância da LGPD, muitas organizações ainda enfrentam dificuldades em sua implementação plena. A falta de um entendimento claro sobre os princípios da lei, bem como a ausência de políticas eficazes de segurança da informação, são obstáculos significativos. Assim, a conscientização sobre a importância da conformidade com a LGPD deve ser contínua, não só para evitar sanções, mas para promover um ambiente mais seguro e transparente na internet.

É imprescindível que as empresas se atentem não apenas aos aspectos legais da proteção de dados, mas também ao impacto que a segurança da informação tem sobre a reputação e a credibilidade corporativa. A adoção de boas práticas de proteção de dados pessoais, como a realização de auditorias periódicas e a implementação de medidas preventivas contra vazamentos, é uma estratégia eficaz para minimizar riscos e garantir que os dados dos usuários estejam sempre seguros.

A LGPD não é apenas uma legislação, mas uma oportunidade para as empresas se diferenciarem no mercado, ao demonstrarem seu compromisso com a privacidade e a segurança das informações. Em um mundo digital cada vez mais interconectado, respeitar a privacidade dos usuários não é apenas uma exigência legal, mas uma forma de fortalecer a relação com o público e contribuir para um ambiente digital mais seguro e ético.

Esse tipo de plataforma integrada, que pode ser comparado a um “super aplicativo”, simplifica processos que hoje demandam várias etapas e diferentes sistemas. Com ele, tarefas do cotidiano, como adquirir ou financiar um veículo, ou até aumentar o limite do cartão de crédito, se tornam mais ágeis. Apesar de essas ações já serem possíveis atualmente, o Drex chega com a proposta de torná-las menos custosas, trazendo mais economia e eficiência.

O real digital vai além de uma simples moeda virtual; trata-se de um ecossistema completo. Isso quer dizer que o Drex funcionará como uma ferramenta central dentro de uma plataforma maior, permitindo ao usuário realizar trocas, formalizar contratos e armazenar informações pessoais de maneira segura e confiável, agregando praticidade e proteção ao dia a dia.

Um investidor com R$ 15 mil aplicados no Tesouro Direto pode utilizá-los como garantia para ampliar o limite do seu cartão de crédito. No entanto, ele prefere evitar um aumento integral desse valor, já que isso poderia colocar todo o investimento em risco caso não consiga arcar com uma fatura mais alta no futuro.

Hoje em dia, quem possui aplicações no Tesouro Direto pode usá-las como garantia para solicitar um limite maior no cartão de crédito. A inovação, porém, está na possibilidade de fragmentar esse investimento em diferentes partes menores, representadas por tokens de menor valor. Isso oferece mais flexibilidade e segurança ao cliente, como demonstrado no exemplo a seguir.

Quando pensamos na negociação de veículos, a proposta é digitalizar processos tradicionais, como os serviços de cartórios, utilizando contratos inteligentes por meio da plataforma Drex. Na prática, isso significa que a transferência de um carro, por exemplo, pode ser realizada sem a preocupação de descompasso entre o pagamento e a mudança de titularidade, tudo de forma automatizada e segura.

É nesse ponto que o real digital ganha protagonismo. Dentro da plataforma Drex, o cliente pode, por exemplo, dividir um investimento no Tesouro Direto em três tokens de R$ 5 mil cada. Isso permite que ele solicite um aumento no limite do cartão de crédito sem comprometer todo o valor investido, oferecendo mais controle e segurança.

Com a utilização do Drex e a possibilidade de criar contratos inteligentes, as operações passam a ser registradas em uma base digital distribuída, garantindo maior transparência e segurança. Além disso, os contratos podem ser configurados para que sua execução dependa de condições específicas, como, por exemplo, a entrega de documentos de transferência por uma das partes e o pagamento pela outra.

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GOLPISTA É PRESO POR FRAUDES ENVOLVENDO VENDAS DE PRODUTOS DOMÉSTICOS EM CEILÂNDIA

Um homem de 24 anos foi preso em Ceilândia, no Distrito Federal, sob a acusação de aplicar golpes contra idosos utilizando a venda de produtos domésticos como fachada. A prisão ocorreu durante a Operação Kitchen, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que também cumpriu mandados de busca e apreensão, resultando na recuperação de máquinas de cartão supostamente usadas nos crimes.

O esquema consistia em atrair as vítimas, geralmente idosos, com a oferta de utensílios para o lar a preços extremamente baixos, sob a promessa de promoções imperdíveis. Ao realizar o pagamento com cartão, os valores cobrados eram fraudulentamente alterados, muito acima do combinado. Em um dos casos investigados, uma vítima teve um prejuízo de R$ 3,6 mil.

A investigação revelou que o suspeito já possuía histórico criminal por crimes graves e utilizava veículos alugados para dificultar sua identificação, além de planejar cuidadosamente as abordagens, escolhendo vítimas vulneráveis. Segundo as autoridades, o crime configura-se como estelionato, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão, dependendo da sentença.

A PCDF reforça o alerta à população, especialmente aos idosos, para que desconfiem de ofertas que aparentam ser vantajosas demais. É essencial não fornecer dados pessoais a desconhecidos e denunciar comportamentos suspeitos imediatamente às autoridades.

Este caso destaca a importância de uma maior conscientização sobre práticas de segurança e de vigilância no momento de realizar transações financeiras, especialmente quando o cenário envolve indivíduos oferecendo produtos ou serviços fora de estabelecimentos comerciais confiáveis.

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GOLPES FINANCEIROS NO BRASIL: COMO SE PROTEGER E EXERCER SEUS DIREITOS

No Brasil, cerca de 4,5 mil pessoas são vítimas de tentativas de golpes financeiros a cada hora, conforme dados recentes de pesquisa nacional. Esses crimes, que vêm crescendo de forma alarmante, acontecem majoritariamente via aplicativos de mensagens e chamadas telefônicas, onde golpistas se passam por representantes de bancos ou instituições financeiras.

Essas fraudes digitais são classificadas legalmente como crime de estelionato digital, definido pela legislação brasileira como a prática de obter vantagem indevida ao enganar a vítima, seja por redes sociais, ligações, e-mails falsos ou outros meios fraudulentos, visando o acesso a dados sensíveis, como senhas e informações bancárias. É fundamental que as vítimas saibam que possuem direitos e podem buscar reparação para minimizar os prejuízos causados.

Ao sofrer um golpe financeiro, o primeiro passo recomendado é o registro de um boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia. Esse ato é essencial não só para resguardar os direitos da vítima, mas também para contribuir com a prevenção de novos casos semelhantes, já que esses dados auxiliam as autoridades na identificação e no combate a fraudes. Além disso, alertar amigos e familiares sobre a fraude é importante, pois informações roubadas são frequentemente utilizadas pelos criminosos para enganar pessoas próximas à vítima.

A legislação brasileira vem se aprimorando para enfrentar a complexidade dos crimes digitais. A Lei nº 14.155, de 2021, por exemplo, inseriu a categoria de “Fraude Eletrônica” no Código Penal, aumentando as penas para estelionato cometido no ambiente digital, como forma de fortalecer a proteção ao consumidor.

Direitos das Vítimas de Golpes Financeiros

As vítimas de golpes digitais possuem uma série de direitos que podem ser exercidos para reparar danos e evitar desdobramentos do crime. Entre eles estão:

  • Direito à Contestação e Reembolso: Caso a fraude envolva cartões de crédito ou débito, a vítima pode contestar as transações junto à instituição financeira. Havendo provas de que a transação foi não autorizada, existe a possibilidade de reembolso.
  • Direito à Informação: Bancos e instituições financeiras têm a obrigação de manter a vítima informada sobre o andamento da investigação relacionada à fraude.
  • Direito à Proteção de Dados: Segundo as normas de proteção de dados, o consumidor tem o direito de exigir que empresas protejam seus dados e adotem medidas de segurança que previnam violações.
  • Direito a Medidas Judiciais: Além do boletim de ocorrência, as vítimas podem procurar auxílio de órgãos competentes e, se necessário, acionar judicialmente os envolvidos.
  • Direito a Consultoria e Apoio Jurídico: É recomendável que as vítimas busquem orientação especializada para entender as melhores alternativas e estratégias jurídicas.

Para se proteger desses golpes, é essencial adotar precauções no dia a dia. Manter softwares atualizados, ativar a autenticação em duas etapas em contas bancárias e de redes sociais, evitar clicar em links suspeitos e verificar a autenticidade de remetentes antes de compartilhar informações são medidas fundamentais. Além disso, monitorar regularmente as contas bancárias em busca de atividades suspeitas, desconfiar de propostas com vantagens exageradas e compartilhar informações sobre golpes com conhecidos são estratégias que fortalecem a segurança pessoal no ambiente digital.

Essas práticas preventivas são essenciais para preservar tanto o patrimônio financeiro quanto a privacidade em um cenário digital que se mostra cada vez mais vulnerável.

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OS PERIGOS DO GOLPE DA FALSA CENTRAL BANCÁRIA

Atender uma chamada do banco e ouvir sobre uma atividade suspeita na conta pode ser assustador e desorientador. Essa é a premissa do golpe conhecido como falsa central telefônica, um tipo de fraude que tem se tornado cada vez mais sofisticado e comum. A tática dos criminosos envolve criar um cenário urgente, no qual se passam por funcionários da instituição financeira para enganar as vítimas e obter acesso a informações confidenciais ou realizar transações indevidas.

A abordagem é cuidadosamente planejada, com linguagem técnica e familiaridade com termos do setor financeiro, além de informações pessoais previamente adquiridas. A urgência é um elemento para fazer com que as vítimas ajam rapidamente, sem questionar as instruções. Frequentemente, os golpistas orientam as pessoas a realizar operações via internet banking ou em terminais eletrônicos, momento em que conseguem efetivar a fraude. É fundamental lembrar que instituições financeiras legítimas nunca pedem informações pessoais ou senhas em chamadas não solicitadas. A recomendação principal é que, diante de qualquer ligação suspeita, o cliente encerre a chamada imediatamente e evite fornecer quaisquer dados ou seguir instruções que possam comprometer a segurança de sua conta.

Outro aspecto crítico desse golpe é a tentativa de induzir as vítimas a clicar em links ou instalar aplicativos sob o pretexto de uma “atualização de segurança”. Essa prática pode dar acesso remoto aos dispositivos das vítimas, possibilitando aos golpistas o controle total de dados e operações. Bancos verdadeiros não exigem esse tipo de ação por parte dos clientes; atualizações de segurança são automáticas e realizadas sem a intervenção do usuário.

Uso de Tecnologias para Mascaramento de Números

Uma estratégia comum dos golpistas é o uso de mascaramento de números telefônicos, em que a ligação aparenta vir de um número legítimo da instituição. Ferramentas disponíveis na internet permitem essa simulação, causando confusão e criando uma falsa sensação de segurança. Essa técnica é particularmente perigosa, pois reforça a narrativa dos criminosos e leva as vítimas a “confirmarem” dados pessoais.

Para se proteger, é vital que as pessoas desconfiem de qualquer ligação que envolva pedidos de confirmação de dados sensíveis ou execução de procedimentos bancários. Em caso de dúvida, deve-se entrar em contato com a instituição financeira por meio de canais oficiais e jamais fornecer informações pessoais por impulso.

Ações a Serem Tomadas em Caso de Fraude

Se alguém for vítima desse golpe, é urgente comunicar a situação à instituição financeira por meio de canais seguros ou presencialmente em uma agência. Também é recomendável registrar um Boletim de Ocorrência, que pode contribuir para a prevenção de novos casos e o combate a esses crimes.

A melhor defesa contra fraudes como essa é a informação. Estar sempre atento e desconfiar de contatos inesperados são atitudes fundamentais para proteger suas finanças. Educar-se sobre boas práticas de segurança é um passo essencial para preservar dados e evitar prejuízos.

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DREX: A NOVA FRONTEIRA DIGITAL DO BANCO CENTRAL PARA FACILITAR TRANSAÇÕES SEGURAS

O Banco Central está avançando no desenvolvimento do “real digital”, batizado como Drex, sigla para “Digital Real X”. O projeto, atualmente na segunda fase de testes, promete transformar as transações financeiras no Brasil ao permitir que operações com ativos digitais e contratos inteligentes sejam realizadas por meio de uma plataforma própria.

A expectativa é que, para utilizar a plataforma Drex, os cidadãos precisem de um intermediário financeiro autorizado, como bancos ou fintechs. Esse intermediário será responsável por transferir o valor em reais de uma conta bancária para a carteira digital Drex do usuário, permitindo, assim, a realização de operações com ativos digitais.

Um Novo Papel para o Real

O Drex será uma versão digital do papel-moeda, utilizando a tecnologia blockchain, amplamente reconhecida por sua segurança e transparência. Pertencente à categoria das Central Bank Digital Currencies (CBDCs), a moeda digital do Brasil terá seu valor garantido pelo Banco Central, sendo equivalente ao real na proporção de 1 para 1. Assim, cada R$ 1 será representado por 1 Drex, o que deve facilitar a sua aceitação pelo mercado.

Diferente das criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, que são mineradas através de processos computacionais intensivos, o Drex será emitido exclusivamente pelo Banco Central, sem consumo elevado de energia, garantindo sua estabilidade e controle.

Funcionalidades e Aplicações

O Drex permitirá uma ampla gama de operações financeiras, desde transferências e pagamentos até a compra de títulos públicos. O Banco Central prevê que a plataforma abra espaço para novos serviços financeiros, como o pagamento automático de parcelas de financiamentos habitacionais, veículos e até mesmo benefícios sociais.

Além disso, a integração com contratos inteligentes promete eliminar burocracias tradicionais. Em uma venda de veículo, por exemplo, o Drex automatiza a transferência de valores e documentos, garantindo que ambos os lados cumpram suas obrigações instantaneamente. Isso deve reduzir custos com intermediários e acelerar o processo.

Apesar de ser uma moeda digital, o Drex não será acessado diretamente pelo usuário final. As operações ocorrerão por meio de carteiras digitais oferecidas por bancos e outras instituições financeiras autorizadas. Essas carteiras, ao receberem depósitos em reais, farão a conversão automática para Drex na proporção de 1 para 1, permitindo que o usuário realize transações no ambiente digital. A conversão de volta para o real será igualmente facilitada, proporcionando maior fluidez ao processo.

Transformações no Sistema Financeiro

Com o lançamento do Drex, o Banco Central projeta uma modernização do sistema financeiro nacional. A CEO da Swiss Capital, Alex Andrade, ressalta que a plataforma deverá ampliar as possibilidades de emissão de tokens, especialmente os lastreados em ativos reais (RWA), oferecendo novas oportunidades de investimento.

A promessa de substituir parte das funções dos cartórios é uma das mudanças mais significativas. Ao validar transações com múltiplas partes de forma digital e segura, o Drex pode reduzir a necessidade de registros presenciais, trazendo mais agilidade e eficiência ao mercado.

Os contratos inteligentes são outra inovação central, pois permitem a automação de acordos e transações com maior segurança. Além disso, a possibilidade de criar assinaturas digitais diretamente na plataforma Drex facilita a formalização de contratos e outros documentos, assegurando autenticidade e validade jurídica.

O Futuro das Transações Digitais

Assim como o Pix revolucionou os pagamentos no Brasil, a expectativa é que o Drex traga um novo paradigma para as transações digitais. O Banco Central aposta que, em breve, “usar um Drex” será uma expressão tão comum quanto “fazer um Pix”, marcando um novo capítulo na digitalização do sistema financeiro do país. A plataforma promete não apenas inovação tecnológica, mas também a inclusão de milhões de brasileiros em uma economia cada vez mais digital e conectada.

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VULNERABILIDADE DE SEGURANÇA EM SERVIÇOS BANCÁRIOS COLOCA 135 MIL USUÁRIOS EM RISCO

Recentemente, uma falha de segurança em uma plataforma de serviços bancários online expôs informações pessoais e financeiras de cerca de 135 mil clientes em diversos países da América Latina. A brecha foi descoberta em 24 de maio, e entre os afetados estão moradores da República Dominicana, México, Equador, El Salvador, Bolívia e Costa Rica. O maior impacto foi sentido na República Dominicana, onde aproximadamente 100 mil pessoas tiveram seus dados comprometidos.

A vulnerabilidade decorreu da ausência de autenticação em sete instâncias de armazenamento Azure Blob, utilizadas para armazenar dados sensíveis, como nomes completos, nomes de usuário de aplicativos financeiros, e-mails e números de telefone. Esse cenário expôs os clientes ao risco de ataques de phishing e outras formas de fraude digital.

As instituições que utilizam os serviços da plataforma são, em sua maioria, bancos de pequeno e médio porte e entidades de microfinanças, cuja atuação é voltada para atender comunidades locais. Embora os dados vazados não permitam acesso direto às contas bancárias, a exposição pode facilitar tentativas de fraudes, especialmente por meio de engenharia social, onde os atacantes se passam por representantes de instituições financeiras para obter informações mais sigilosas.

Um dos maiores riscos é o chamado “recheio de credenciais”, onde os criminosos utilizam as informações vazadas para tentar acessar contas em outras plataformas, caso os usuários reutilizem senhas. Esse incidente ressalta a importância de uma política robusta de segurança digital, especialmente no setor financeiro, onde a proteção de dados pessoais é fundamental.

A vulnerabilidade foi corrigida e o acesso aos dados comprometidos foi bloqueado. No entanto, até o momento, a plataforma responsável pelos serviços não fez uma declaração oficial sobre o ocorrido. Instituições financeiras afetadas também estão sendo contatadas para esclarecimentos.