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RIFAS E SORTEIOS FALSOS: COMO IDENTIFICAR E SE PROTEGER DE FRAUDES ONLINE

Com o avanço das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, novas formas de golpe passaram a circular com mais frequência no ambiente digital. Uma delas tem ganhado espaço nos últimos anos: as rifas e sorteios falsos. A promessa de prêmios atrativos, como veículos, smartphones ou grandes quantias em dinheiro, serve como isca para enganar usuários e coletar informações ou valores indevidos.

Essa prática se tornou ainda mais comum a partir de 2020, quando o uso da internet para entretenimento e consumo se intensificou. Com isso, surgiram inúmeras “promoções” que, na verdade, escondem esquemas fraudulentos cuidadosamente montados para parecer legítimos.

Como funcionam esses golpes?

Os golpistas utilizam anúncios chamativos, frequentemente acompanhados de imagens de prêmios e textos persuasivos. A divulgação pode ocorrer por redes sociais, aplicativos de mensagens ou e-mails. O objetivo é capturar a atenção do público e induzir o compartilhamento da suposta promoção, ampliando a visibilidade da fraude.

Após despertar o interesse da vítima, os criminosos solicitam ações como:

  • Preenchimento de formulários com dados pessoais;
  • Pagamento de uma taxa de inscrição;
  • Envio de comprovantes bancários ou cartões de crédito;
  • Compartilhamento do conteúdo com amigos para “validar” a participação.

Ao final, o prêmio nunca é entregue e, pior, as informações fornecidas podem ser reutilizadas em outras fraudes ou até vendidas.

Em muitos casos, os golpistas se passam por empresas conhecidas ou páginas de influenciadores, criando perfis falsos e campanhas promocionais falsas para transmitir uma aparência de autenticidade. Esse disfarce torna ainda mais difícil distinguir entre o que é legítimo e o que é golpe.

Sinais de alerta

Apesar da aparência convincente, há elementos que ajudam a identificar possíveis fraudes:

  • Cobrança de valores antecipados: promoções verdadeiras, em geral, não exigem qualquer tipo de pagamento para participação.
  • Solicitação de dados sensíveis: pedidos de informações como número de CPF, conta bancária ou senhas não são compatíveis com ações promocionais confiáveis.
  • Pressão para compartilhar o conteúdo: exigir o envio da promoção a diversos contatos pode ser uma tentativa de ampliar o golpe rapidamente.
  • Falta de transparência: ausência de regulamento, de identificação da empresa responsável (como CNPJ) ou de canais de contato claros é um sinal importante de alerta.
  • Perfis novos e com pouca interação: páginas recém-criadas, com poucos seguidores e sem histórico verificável, devem ser vistas com desconfiança.

Como evitar cair nesse tipo de fraude

A prevenção ainda é a forma mais eficaz de proteção. Algumas atitudes simples podem ajudar:

  • Confirme a origem: busque a divulgação da promoção nos canais oficiais da empresa ou pessoa mencionada.
  • Desconfie de prêmios exageradamente vantajosos: desproporcionalidade entre o prêmio e a complexidade da participação costuma indicar fraude.
  • Evite fornecer dados pessoais em sites não verificados.
  • Pesquise antes de participar: avaliações, comentários e alertas de outros usuários ajudam a verificar a autenticidade da ação.
  • Denuncie perfis suspeitos: as redes sociais oferecem ferramentas para denunciar conteúdos enganadores.

E se você já caiu no golpe?

Nesse caso, é importante agir com rapidez:

  1. Reúna provas – registre conversas, comprovantes de pagamento e capturas de tela.
  2. Procure a delegacia – o ideal é fazer um boletim de ocorrência em uma unidade especializada em crimes digitais.
  3. Avise sua instituição bancária – especialmente se dados financeiros foram informados.
  4. Comunique pessoas próximas – isso pode impedir que o golpe atinja outros contatos.

O número de fraudes digitais exige atenção constante. Ao se deparar com qualquer promoção online, vale sempre lembrar: prêmios fáceis demais geralmente têm um custo oculto. Informação, verificação e cautela são os melhores aliados de quem deseja navegar de forma segura na internet.

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DICAS ESSENCIAIS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE SEUS DADOS PESSOAIS NA INTERNET

Com o avanço da tecnologia e a ampliação do uso de dispositivos conectados, a proteção dos dados pessoais tornou-se uma das principais preocupações na sociedade atual. Informações como senhas, fotos, vídeos e arquivos pessoais são frequentemente alvo de ataques virtuais, o que exige uma atenção especial de todos os usuários da internet. O ambiente digital está em constante mudança, e com isso surgem novos desafios para quem deseja preservar a privacidade e segurança de seus dados.

Os criminosos cibernéticos, atentos às oportunidades, utilizam métodos cada vez mais complexos para acessar informações privadas. Entre as ameaças mais comuns estão fraudes, instalação de softwares maliciosos, extorsão e até a venda de dados pessoais na dark web. Por isso, é fundamental entender os riscos e adotar práticas de prevenção para evitar prejuízos e inconvenientes.

Quais são os principais riscos para os dados pessoais?

O ambiente online apresenta diversos perigos, especialmente para aqueles que não adotam medidas de segurança adequadas. Entre os principais riscos estão o roubo de informações por meio de golpes como phishing, engenharia social e fraudes telefônicas. Esses golpes têm o objetivo de enganar as vítimas para que revelem dados sensíveis, como números de documentos, senhas bancárias e outras informações privadas.

Além disso, o uso de inteligência artificial pelos golpistas tem facilitado a criação de ataques mais realistas. A tecnologia permite, por exemplo, simular vozes, falsificar identidades e criar situações de urgência para pressionar as pessoas a fornecerem informações. Essa combinação de tecnologia avançada com manipulação psicológica torna mais difícil identificar tentativas de fraude.

Como golpes telefônicos podem comprometer a segurança dos dados?

Uma das táticas mais usadas pelos criminosos é o golpe por telefone. Eles ligam de números desconhecidos, tentando obter respostas afirmativas ou informações pessoais das vítimas. Perguntas simples, como “Você é fulano?” ou “Está em casa?”, podem ser usadas para gravar respostas que, mais tarde, serão utilizadas para autorizar transações fraudulentas ou comprometer a segurança financeira da pessoa.

Outra estratégia comum é criar situações de emergência, como alertas falsos de bloqueio de contas bancárias ou cobranças indevidas. Nessas ligações, os criminosos induzem a vítima ao medo e à urgência, visando fazer com que ela aja rapidamente, sem pensar nas consequências. Expressões como “É urgente” ou “Sua conta está comprometida” são sinais de que se trata de uma tentativa de fraude.

Quais atitudes ajudam a evitar fraudes e proteger dados pessoais?

Para reduzir os riscos de exposição das informações pessoais, é essencial adotar algumas práticas no dia a dia digital. Algumas recomendações são:

  • Não responder a perguntas de números desconhecidos, especialmente aquelas que exigem respostas afirmativas.
  • Evitar fornecer dados pessoais ou bancários por telefone sem antes confirmar a autenticidade da ligação.
  • Desconfiar de situações que envolvam urgência ou pressão psicológica durante chamadas.
  • Utilizar senhas fortes e únicas para cada serviço online.
  • Manter os softwares e aplicativos sempre atualizados, para evitar falhas de segurança.
  • Verificar a procedência de mensagens ou ligações antes de tomar qualquer atitude.

Além dessas práticas, é importante buscar informações em canais oficiais sempre que houver dúvidas sobre a veracidade de uma mensagem ou ligação recebida. Órgãos como o Procon e os sites oficiais dos bancos podem ser consultados para confirmar a autenticidade de qualquer contato.

A importância da conscientização para a segurança digital

A educação sobre segurança digital é essencial para prevenir fraudes e proteger os dados pessoais. Compreender as ameaças mais comuns e como os golpes funcionam ajuda os usuários a se prepararem para identificar situações suspeitas. A disseminação de informações confiáveis e atualizadas contribui para a adoção de hábitos mais seguros no ambiente online.

Em 2025, com o aumento no volume de dados circulando pela internet e a sofisticação das técnicas de cibercriminosos, é mais importante do que nunca manter-se informado e adotar boas práticas. Pequenas ações, como desconfiar de contatos inesperados e proteger senhas, podem fazer uma grande diferença na preservação da privacidade e segurança das informações pessoais.

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COMO AS IDENTIDADES SINTÉTICAS ESTÃO IMPACTANDO O MERCADO FINANCEIRO

As identidades sintéticas emergem como uma das fraudes digitais mais sofisticadas e preocupantes na atualidade, gerando preocupação entre autoridades, instituições financeiras e especialistas em segurança. Diferente das fraudes tradicionais, como a falsificação de documentos ou o roubo direto de dados pessoais, as identidades sintéticas se baseiam na combinação de dados reais com informações falsas, criando uma nova identidade de aparência legítima. Esse tipo de fraude é extremamente difícil de detectar, o que torna sua prevenção um desafio significativo.

Essas identidades podem ser compostas, por exemplo, de um CPF legítimo, pertencente a uma pessoa inativa como uma criança ou idoso, associado a um nome fictício, um endereço inventado e um e-mail recém-criado. O fraudador, ao construir essa nova identidade, consegue abrir contas bancárias, contratar crédito e realizar transações financeiras como se fosse uma pessoa real. O processo, por ser gradual e aparentemente inofensivo, permite que o criminoso atue por longos períodos sem ser descoberto.

O modus operandi dessa fraude segue algumas etapas bem definidas. Inicialmente, o fraudador coleta dados reais, muitas vezes obtidos por meio de vazamentos de informações ou mercados clandestinos. Em seguida, esses dados são combinados com informações fictícias, criando a identidade sintética. A partir disso, o criminoso começa a usar essa nova identidade de forma “moderada”, realizando pequenas transações e pagando dívidas em dia, o que permite a construção de um histórico de crédito confiável. Com o tempo, a confiança nas informações aumenta, permitindo que o fraudador realize empréstimos maiores e compras a prazo. Quando o limite de crédito é atingido, ele desaparece, deixando as instituições financeiras com o prejuízo.

Diferentemente de fraudes tradicionais, nas quais uma vítima específica sofre um prejuízo direto, as identidades sintéticas impactam principalmente as instituições financeiras. O prejuízo é diluído, mas significativo, com perdas que podem chegar a bilhões de reais. Indiretamente, os consumidores reais também são afetados, uma vez que as instituições financeiras repassam essas perdas aos clientes em forma de aumentos nas taxas de juros e encargos financeiros.

O maior desafio em identificar fraudes com identidades sintéticas é o fato de que, muitas vezes, não há uma “vítima” visível. No caso de um CPF de uma criança ou idoso ser utilizado, por exemplo, essa pessoa não sabe que seus dados foram usados de forma fraudulenta, o que dificulta a detecção. Além disso, muitos sistemas de verificação das instituições financeiras não estão preparados para cruzar dados de forma eficaz, o que permite que as inconsistências no comportamento da identidade sintética passem despercebidas.

Apesar de as instituições financeiras serem as principais vítimas, o impacto das identidades sintéticas se estende aos consumidores, que têm seus dados utilizados indevidamente. Nesse contexto, o papel do Judiciário é fundamental. O poder judiciário deve ser capaz de reconhecer a inexistência de vínculo contratual quando o CPF de uma pessoa é utilizado sem autorização e determinar a exclusão de registros fraudulentos em órgãos de proteção ao crédito. Em situações em que o nome ou o crédito de um consumidor real seja prejudicado, a indenização por danos morais deve ser considerada, garantindo a reparação de eventuais prejuízos à imagem e à confiança do indivíduo.

As identidades sintéticas representam um desafio crescente no universo das fraudes digitais, exigindo uma resposta integrada entre tecnologia, direito e políticas públicas. Para os consumidores, a principal recomendação é a vigilância constante sobre seus dados pessoais e históricos financeiros. Já para o Judiciário, a necessidade de adaptação às novas fraudes digitais é imperativa, garantindo uma proteção eficaz e uma responsabilização adequada das partes envolvidas.

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COMO GARANTIR TRANSAÇÕES SEGURAS COM PIX NA SUA EMPRESA

A agilidade e a praticidade do PIX transformaram a forma como empresas realizam e recebem pagamentos. No entanto, junto com essa facilidade, surgem também riscos relacionados a golpes e fraudes. Adotar medidas preventivas é essencial para proteger o fluxo financeiro da empresa e garantir transações seguras.

O primeiro passo é orientar a equipe responsável pelos recebimentos a sempre conferir atentamente os dados antes de confirmar uma transação. Verificar o nome do remetente, a chave PIX utilizada e o valor da operação pode evitar a aceitação de transferências indevidas ou tentativas de fraude. Essa etapa simples, quando feita de forma cuidadosa, reduz significativamente o risco de prejuízos.

Outra medida importante é desabilitar a função de transferências automáticas para contas desconhecidas ou não cadastradas. Alguns bancos oferecem a opção de configurar limites personalizados para transações por PIX e exigem autenticação adicional para movimentações acima de determinado valor. Utilizar essas ferramentas adiciona uma camada extra de proteção às contas da empresa.

Além disso, manter um controle rigoroso sobre as chaves PIX da empresa, evitando o compartilhamento indiscriminado dessas informações. Sempre que possível, utilize chaves vinculadas a CNPJs e canais oficiais de atendimento, evitando a exposição de dados pessoais de colaboradores ou terceiros.

Manter sistemas de segurança atualizados e capacitar os colaboradores para identificar tentativas de fraude são iniciativas que contribuem para um ambiente financeiro mais seguro. A tecnologia é uma grande aliada nos negócios, mas exige vigilância constante para que seus benefícios não se tornem fontes de risco.

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RISCOS DIGITAIS, FRAUDES VIRTUAIS E A VULNERABILIDADE DAS EMPRESAS

No universo empresarial, a confiança é um dos pilares das relações comerciais. Contudo, essa confiança tem sido explorada por golpistas que utilizam meios digitais para enganar, extorquir e causar prejuízos financeiros e reputacionais às empresas. A ideia de que apenas pessoas físicas são alvos de fraudes virtuais já não se sustenta. Organizações de todos os portes estão igualmente vulneráveis, sobretudo quando seus canais de comunicação e documentos são utilizados indevidamente por terceiros mal-intencionados.

Um dos métodos mais recorrentes é a clonagem do WhatsApp Business. Nessa prática, criminosos conseguem acesso ao número da empresa, passando a se comunicar com clientes, fornecedores e parceiros como se fossem representantes legítimos. Os golpistas usam o histórico de conversas e informações públicas para ganhar credibilidade e aplicar fraudes, como a solicitação de pagamentos para contas indevidas ou envio de boletos falsificados. Muitas vezes, o interlocutor sequer desconfia de que está lidando com um fraudador.

Outro risco relevante é a chamada engenharia social. Trata-se do uso de técnicas de manipulação psicológica para obter dados sigilosos ou induzir colaboradores a executar ações contrárias à segurança da empresa. Pode começar com um simples telefonema ou e-mail que se passa por uma autoridade interna, como o setor financeiro ou a diretoria, solicitando transferências urgentes ou compartilhamento de senhas. A naturalidade e coerência da abordagem costumam enganar até profissionais experientes.

Além disso, têm sido registrados casos de contratos falsos supostamente firmados com a empresa. Fraudadores criam documentos com logotipo, assinatura digital e dados empresariais copiados de fontes públicas, apresentando-se como representantes legítimos da organização. Esses contratos são usados para firmar compromissos indevidos com terceiros, gerar pedidos fraudulentos ou até mesmo sustentar golpes contra consumidores e fornecedores.

O impacto desses ataques ultrapassa o prejuízo financeiro imediato. Há perda de credibilidade, desgaste com clientes, exposição jurídica e, em muitos casos, a necessidade de lidar com investigações ou disputas judiciais complexas. A reputação da empresa pode ser abalada por informações falsas que circularam em seu nome.

Para mitigar esses riscos, é necessário adotar medidas preventivas. Isso inclui o uso de autenticação em dois fatores nos aplicativos de comunicação, treinamento de colaboradores para reconhecer tentativas de fraude, monitoramento constante de menções à marca e criação de canais oficiais seguros e facilmente verificáveis. É igualmente importante que a empresa mantenha uma política clara de resposta a incidentes, com protocolos para comunicação rápida em casos de fraude confirmada.

A segurança digital não é apenas uma preocupação técnica. Ela deve fazer parte da cultura organizacional e envolver todos os setores da empresa. Afinal, no ambiente atual, preservar a integridade das informações e das relações é uma responsabilidade compartilhada — e uma medida essencial para proteger não apenas dados, mas a própria identidade da empresa.

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SAIBA COMO SE PROTEGER CONTRA GOLPES ONLINE DURANTE AS FESTAS DE FIM DE ANO

O período de festas de fim de ano e promoções como a Black Friday impulsionam o comércio, mas também atraem a ação de criminosos digitais. Golpes online, muitas vezes baseados em técnicas de engenharia social e phishing, se tornam ainda mais frequentes nesse momento, com o objetivo de enganar consumidores desatentos.

Entre os esquemas mais comuns estão promoções fraudulentas enviadas por e-mail, lojas falsas criadas em redes sociais, sites que exibem preços muito abaixo do mercado, mensagens SMS enganosas e golpes que simulam centrais de atendimento bancário. Em situações como essas, é essencial manter a cautela e evitar decisões impulsivas.

Medidas para se proteger de fraudes online

  • Sempre verifique a autenticidade de promoções nos canais oficiais das empresas.
  • Antes de inserir dados em sites de compras, confira se o endereço possui o protocolo de segurança “https” e um domínio confiável, como “.com.br”.
  • Pesquise a reputação da loja em plataformas como Reclame Aqui, especialmente se a empresa for pouco conhecida.
  • Caso se torne vítima de um golpe, procure registrar um boletim de ocorrência, seja online ou em uma delegacia próxima.

Ao adotar essas práticas, os consumidores podem reduzir significativamente o risco de cair em armadilhas e aproveitar as compras de fim de ano de forma mais segura.

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WORLDCOIN SOB ANÁLISE: ANPD INVESTIGA PROJETO DE IDENTIDADE DIGITAL BASEADA EM BIOMETRIA

O projeto Worldcoin, que busca criar uma identidade digital global por meio de tecnologia de reconhecimento de íris, está sendo analisado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) no Brasil. A iniciativa utiliza um dispositivo conhecido como “Orb” para capturar imagens da íris e gerar um código único para cada indivíduo. De acordo com os desenvolvedores, essas imagens não são armazenadas, sendo utilizadas apenas para a verificação. Como incentivo, os participantes recebem um pagamento em criptomoeda equivalente a aproximadamente R$ 320.

O objetivo principal do projeto, segundo seus idealizadores, é promover uma forma de comprovação de identidade em um mundo cada vez mais digital, dominado por sistemas de inteligência artificial e robôs. A tecnologia também é apresentada como uma solução para prevenir fraudes e facilitar a distribuição de recursos, incluindo propostas como uma renda básica universal.

Apesar das promessas, o projeto enfrenta resistências globais. Em alguns países, como Quênia e Alemanha, as operações foram suspensas devido a preocupações relacionadas à privacidade e segurança dos dados. No Brasil, a ANPD busca garantir que o uso de informações biométricas esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A autoridade já realizou uma reunião virtual com representantes da empresa responsável e solicitou informações complementares sobre os procedimentos adotados.

Caso a ANPD identifique riscos significativos aos direitos dos titulares de dados, medidas restritivas podem ser aplicadas. O caso reflete as tensões globais entre inovações tecnológicas e a proteção da privacidade, um debate que só tende a se intensificar no contexto do avanço digital.

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SITES DE PIRATARIA MIRAM TORCEDORES DA COPA DO BRASIL COM MALWARE

Um novo alerta emitido pela Digital Citizens Alliance (DCA) está chamando a atenção de autoridades brasileiras e organizações de defesa do consumidor sobre os riscos de segurança cibernética associados ao uso de sites de pirataria digital para assistir às finais da Copa do Brasil de 2024. O relatório de outubro de 2024, intitulado “Offsides: como os criminosos estão explorando a Copa do Brasil para espalhar malware através de sites de pirataria”, foi resultado de uma investigação conjunta da DCA com a Unit 221B e a White Bullet Solutions. O estudo revelou que operadores de pirataria têm utilizado eventos de grande audiência, como a Copa do Brasil, para atrair internautas e infectar seus dispositivos.

O alerta destaca que muitos torcedores brasileiros, ao buscar meios “gratuitos” de assistir aos jogos finais, podem estar se expondo a riscos significativos. As plataformas de pirataria, especialmente quando acessadas por dispositivos móveis, são conhecidas por inundar os usuários com anúncios, que muitas vezes servem de isca para a instalação de malware. As investigações revelaram que essas propagandas, ao serem clicadas, podem introduzir vírus nos dispositivos, expondo os dados dos usuários e possibilitando atividades maliciosas, como mineração de criptomoedas sem o conhecimento do proprietário do aparelho.

Os analistas da Unit 221B e da White Bullet analisaram mais de 500 sites de pirataria voltados ao público brasileiro e identificaram um aumento na incidência de anúncios maliciosos, especialmente durante a transmissão das semifinais da Copa do Brasil. Durante os testes, os investigadores foram expostos a propagandas que simulavam mensagens de alerta de segurança, induzindo o usuário a instalar softwares que, na verdade, comprometiam a integridade de seus dispositivos.

O estudo enfatiza que esses ataques cibernéticos utilizam táticas diversas para enganar os espectadores, desde criar um senso de urgência com alertas falsos de vírus até exibir players de vídeo que pedem inscrições em serviços para continuar a transmissão. A Copa do Brasil se mostrou um ambiente propício para esses ataques, devido ao grande interesse dos brasileiros em acompanhar os jogos, o que aumenta as oportunidades para os operadores de pirataria disseminarem seus malwares.

Segundo os dados apresentados, os usuários que acessam sites de pirataria têm uma probabilidade cinco vezes maior de enfrentar problemas de segurança digital em comparação àqueles que evitam essas plataformas. A recomendação é que os consumidores busquem formas seguras e legítimas de acessar conteúdo digital, evitando cair em armadilhas que possam comprometer seus dados pessoais e a integridade de seus dispositivos.

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REDUÇÃO DE FRAUDES DIGITAIS EM 2024: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GOLPES E COMO SE PROTEGER?

No Brasil, o primeiro semestre de 2024 registrou uma redução de 10,3% nos golpes digitais em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados do mercado. Foram identificadas 3.091 fraudes este ano, em contraste com 3.447 ocorridas nos seis primeiros meses do ano anterior. Embora a perda financeira ainda seja significativa, houve uma diminuição de 37%, totalizando R$ 245 milhões em prejuízos. O estudo analisou as fraudes no ambiente digital entre janeiro e junho de 2024, revelando um cenário ainda preocupante, especialmente no que se refere a golpes relacionados a falsas transações financeiras e invasões de contas.

A fraude mais comum foi o falso pagamento, representando 50,4% dos casos, um aumento expressivo de 64% em relação ao ano passado. Em seguida, as invasões de contas corresponderam a 22,2% dos golpes, seguidas por anúncios falsos (14,3%) e coleta de dados pessoais (12,3%), com os dois últimos apresentando quedas de 20% e 46%, respectivamente.

São Paulo lidera em número de fraudes, com 47% dos casos, seguido por Rio de Janeiro (15%), Minas Gerais (9%) e Paraná (5%). Entre os produtos mais visados pelos golpistas estão celulares e smartphones, que correspondem a 40% das fraudes, sendo os modelos de iPhone responsáveis por 32% desse total. Consoles de videogame, principalmente o PlayStation, aparecem em seguida, representando 22% das fraudes, enquanto computadores somam 9%.

Principais Tipos de Golpes e Como Evitá-los

1 – Falso Pagamento
Este golpe consiste no envio de comprovantes falsos de pagamento, geralmente via e-mail ou aplicativos de mensagens. O vendedor, acreditando que o pagamento foi feito, envia o produto, mas na verdade não houve nenhuma transação. Outra variação é o envio de boletos falsos, em nome de lojas fictícias. Para evitar esse golpe, é essencial confirmar o recebimento do valor na conta antes de entregar o produto. Além disso, é recomendado manter as conversas dentro das plataformas de compra e verificar a autenticidade dos e-mails recebidos.

2 – Invasão de Conta
Criminosos utilizam dados vazados na internet, como login e senha, para invadir contas em plataformas de vendas. Uma vez com o acesso, publicam anúncios falsos ou fazem compras em nome da vítima. Para prevenir esse tipo de fraude, o uso de senhas fortes e variadas é fundamental. Outra medida de segurança é a troca periódica de senhas e a atenção aos alertas de tentativas de login suspeitas.

3 – Anúncio Falso
Ofertas com preços muito abaixo do valor de mercado são um sinal clássico de golpe. Os fraudadores publicam anúncios falsos para obter pagamentos antecipados ou até mesmo roubar dados confidenciais. Desconfiar de preços excessivamente baixos e evitar negociações fora dos chats das plataformas são práticas essenciais para se proteger desse tipo de fraude.

4 – Coleta de Dados
Utilizando-se de técnicas de engenharia social, os golpistas coletam informações pessoais das vítimas, como CPF, dados bancários e número de celular, para aplicar golpes futuros. Proteger esses dados e evitar o compartilhamento em ambientes não confiáveis é a melhor forma de prevenção. Além disso, desconfie de links suspeitos e mantenha as negociações dentro das plataformas de venda, que oferecem recursos de proteção à privacidade dos usuários.

Embora o número de fraudes tenha caído, a sofisticação dos golpes continua a exigir atenção redobrada de quem utiliza o ambiente digital para comprar e vender produtos. O conhecimento sobre as práticas fraudulentas e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para minimizar os riscos.

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GOLPE DO PIX AGENDADO: COMO IDENTIFICAR FRAUDES E PROTEGER SUAS TRANSAÇÕES

O sistema de pagamento instantâneo PIX, lançado pelo Banco Central do Brasil, revolucionou a forma como as transações financeiras são realizadas no país, oferecendo praticidade e rapidez em transferências. Com mais de 136 milhões de usuários, o PIX rapidamente se consolidou como uma das principais ferramentas para pagamentos e recebimentos no Brasil. No entanto, o aumento de sua popularidade também trouxe novas preocupações com segurança, como o surgimento do golpe do PIX agendado.

Como funciona o golpe do PIX agendado?

O golpe do PIX agendado é uma fraude recente que tem enganado usuários desatentos. Nessa prática, o criminoso agenda uma transferência para uma data futura, mas faz com que a vítima acredite que o valor foi transferido instantaneamente. Para isso, o golpista apresenta um comprovante de agendamento falso, induzindo a vítima a liberar produtos ou serviços antes de verificar o recebimento do dinheiro.

Esse golpe é bem-sucedido porque muitos usuários confiam excessivamente na tecnologia e, por pressa, acabam não conferindo os detalhes do comprovante. A falha em observar a data e o horário do agendamento pode resultar em prejuízos consideráveis.

Dicas de segurança para evitar o golpe

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que, para se proteger contra esse tipo de golpe, é crucial adotar algumas práticas de segurança. Primeiramente, nunca libere produtos ou serviços antes de verificar se o valor foi efetivamente creditado na sua conta. Além disso, é importante não ceder à pressão de compradores que exigem a liberação imediata da mercadoria, uma tática comum em fraudes.

Verifique atentamente os detalhes do comprovante de pagamento, especialmente a data e a hora. Outra medida de segurança eficaz é a ativação da autenticação em duas etapas, que adiciona uma camada extra de proteção às suas contas e operações financeiras.

Outras práticas de segurança com o PIX

Além de se prevenir contra o golpe do PIX agendado, é fundamental adotar boas práticas para proteger suas transações. Evite compartilhar informações pessoais, como senhas ou códigos de segurança, com terceiros. Manter seus aplicativos bancários sempre atualizados é outra recomendação importante, pois as atualizações costumam corrigir vulnerabilidades de segurança.

A autenticação em duas etapas deve ser aplicada não apenas ao PIX, mas a todas as suas operações financeiras. Com essa proteção adicional, mesmo que sua senha seja descoberta, o acesso indevido às suas contas será mais difícil.

A revolução financeira com o PIX

Desde sua criação, o PIX mudou radicalmente a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. Entre março de 2021 e março de 2022, o número de usuários que fazem mais de 30 transferências mensais aumentou 809%. Ao mesmo tempo, o número de pessoas que recebem mais de 30 transações por mês cresceu 464%, refletindo o quão integrado o sistema está no dia a dia da população.

Com mais de 70% das transações bancárias no Brasil acontecendo de forma online e o uso de aplicativos bancários crescendo 72%, fica claro que o PIX se tornou uma ferramenta indispensável. Sua operação 24 horas por dia, sete dias por semana, oferece flexibilidade e conveniência. Contudo, com essa facilidade também vem a responsabilidade de reforçar os cuidados com a segurança.

Utilizando a chave PIX com segurança

Uma das grandes facilidades do sistema é a utilização das chaves PIX, que permitem identificar o usuário de forma simplificada. Essas chaves podem ser associadas ao e-mail, CPF, número de celular ou até mesmo ser uma chave aleatória. Embora o uso do QR Code para pagamentos também traga praticidade, é fundamental adotar práticas seguras ao utilizar o sistema, a fim de minimizar os riscos de fraudes.

Seguindo essas orientações de segurança, é possível continuar a aproveitar a praticidade do PIX sem comprometer a proteção das suas finanças.

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CRESCE O USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM ATAQUES CIBERNÉTICOS

No segundo trimestre de 2024, foi observado um aumento nas atividades de cibercriminosos, que têm utilizado celebridades, eventos globais e marcas conhecidas para atrair vítimas em golpes digitais. O uso da inteligência artificial (IA), incluindo deepfakes, tem sido uma das estratégias adotadas para tornar essas fraudes mais sofisticadas.

As dificuldades econômicas também têm contribuído para que mais pessoas caiam em promessas de ganhos rápidos, como investimentos falsos, brindes em criptomoedas e ofertas de emprego que não se concretizam. Os cibercriminosos aproveitam o momento para explorar temas que estão em destaque na sociedade, como segurança financeira e questões relacionadas a eventos atuais.

Com o avanço da IA, os criminosos conseguem modernizar técnicas de golpes mais antigas, criando um ambiente digital ainda mais desafiador para os consumidores. Deepfakes de figuras públicas têm sido usados para promover esquemas fraudulentos, e eventos ao vivo se tornaram ferramentas de atração para esses golpes.

O relatório também apontou um aumento de 24% nos ataques de ransomware contra consumidores em comparação ao trimestre anterior. A maioria desses ataques ocorre durante a navegação na internet, e mais de um bilhão de tentativas de ataques foram bloqueadas mensalmente, representando um crescimento de 46% em relação ao ano anterior.

Esses dados reforçam a necessidade de atenção por parte dos usuários, que devem adotar práticas de segurança e se manterem informados sobre as novas táticas utilizadas pelos cibercriminosos no ambiente digital.

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DICAS PRÁTICAS PARA SE PROTEGER DE GOLPES ONLINE

Fraudes digitais e roubos de celulares têm se tornado questões críticas no Brasil, gerando perdas significativas tanto para os indivíduos quanto para a economia. Em um período de um ano, esses crimes resultaram em prejuízos que somam R$ 71,4 bilhões. Essa cifra reflete a abrangência e a gravidade dos golpes digitais, que incluem fraudes com máquinas de cartão, boletos falsos e transações indevidas via Pix.

Famílias com renda entre 5 e 10 salários mínimos, residentes em grandes cidades, são particularmente vulneráveis. Essas vítimas, muitas vezes, estão na faixa etária de 25 a 34 anos e possuem ensino superior. Os prejuízos médios associados a fraudes com cartões de crédito chegam a R$ 1.702 por ocorrência, enquanto roubos e furtos de celulares causam uma perda média de R$ 1.549. Golpes relacionados a Pix e boletos falsos também geram prejuízos consideráveis, em torno de R$ 1.470 por caso.

A incidência de roubo de celulares é especialmente alta nas capitais, onde 15% dos moradores relatam terem sido vítimas. Esse crime afeta cerca de 14,7 milhões de brasileiros, o que evidencia a necessidade urgente de medidas de segurança mais eficazes.

Além disso, é preocupante a frequência com que tentativas de golpe ocorrem no país. A cada hora, milhares de pessoas são alvos de fraudes via aplicativos de mensagens ou chamadas telefônicas, destacando a importância de estar sempre alerta.

No entanto, um dos maiores desafios enfrentados no combate a esses crimes é a subnotificação. Muitos dos que sofrem com essas fraudes não registram boletins de ocorrência. Por exemplo, apenas 18% das vítimas de golpes financeiros originados por publicidades online e em redes sociais formalizaram uma queixa. Quando se trata de tentativas de golpe por aplicativos de mensagens ou ligações, o número cai para 12%.

Isto revela não apenas a magnitude do problema, mas também a necessidade de conscientização e de adoção de medidas preventivas, tanto por parte dos indivíduos quanto das instituições, para minimizar os impactos dessas fraudes.