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GOLPISTAS USAM SPOOFING PARA ENGANAR VÍTIMAS COM NÚMEROS CLONADOS

Nos últimos meses, usuários de telefonia no Brasil têm relatado um tipo de ligação que chama atenção: chamadas recebidas de números quase idênticos ao da própria vítima, muitas vezes com o mesmo DDD e prefixo. Essa prática é fruto do chamado spoofing, recurso que manipula o identificador de chamadas para induzir a pessoa a acreditar que a ligação é legítima ou próxima de sua realidade.

A falsificação do número é possível graças a serviços de voz pela internet, que permitem configurar qualquer sequência como remetente da chamada. Ferramentas desse tipo, disponíveis até mesmo em aplicativos, acabam sendo exploradas por criminosos. O objetivo é simples: aumentar a chance de que a pessoa atenda, acreditando que se trata de uma ligação confiável.

Entre os golpes associados a esse recurso, destacam-se:

  • Falso banco: ligação que simula vir do número oficial de uma instituição financeira, solicitando senhas ou dados sigilosos.
  • Falsos fiscais: supostos agentes da Receita Federal exigindo pagamentos de tributos inexistentes.
  • Suporte técnico falso: interlocutores que se apresentam como técnicos de grandes empresas de tecnologia, oferecendo ajuda para resolver problemas inexistentes e pedindo acesso remoto ao dispositivo.
  • Mensagens fraudulentas (SMiShing): textos que imitam notificações de bancos ou promoções e que podem instalar aplicativos maliciosos.

O que fazer diante dessas chamadas

A proteção contra essa modalidade de fraude está diretamente ligada à postura preventiva. Especialistas orientam a:

  1. Desconfiar de chamadas de números semelhantes ao seu ou desconhecidos.
  2. Jamais fornecer dados pessoais por telefone.
  3. Evitar retornar ligações de origem duvidosa.
  4. Confirmar a veracidade do contato diretamente nos canais oficiais da empresa ou órgão citado.

Assim, mais do que tecnologia, o cuidado no atendimento continua sendo a principal barreira contra golpes de engenharia social.

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GOLPE DOS BOLETOS FALSOS EM CONSÓRCIOS EXIGE ATENÇÃO REDOBRADA DOS CONSUMIDORES

O consórcio se consolidou como uma alternativa de aquisição de bens e serviços sem juros, mas essa popularidade também atraiu golpistas. Uma das fraudes mais recorrentes hoje é o envio de boletos falsos para pagamento de parcelas, utilizando técnicas sofisticadas de falsificação para enganar o consumidor.

O golpe consiste na produção de documentos que reproduzem fielmente o layout da administradora do consórcio, com logotipos, cores e informações semelhantes às originais. A armadilha está no código de barras, que é alterado para direcionar o valor pago a contas de terceiros, sem qualquer vínculo com a administradora. Frequentemente, a fraude se apoia em mensagens de urgência ou ameaças veladas de cancelamento da cota, estimulando o pagamento imediato e sem verificação.

Como identificar e evitar a fraude

Para minimizar riscos, o consumidor deve adotar medidas simples, mas eficazes:

  1. Analise remetente e aparência do boleto – Desconfie de mensagens enviadas por e-mails ou aplicativos com endereços estranhos, erros de digitação, imagens borradas ou fontes diferentes do padrão.
  2. Verifique o código de barras – Os primeiros números devem corresponder ao banco emissor (por exemplo: 001 para Banco do Brasil, 237 para Bradesco, 341 para Itaú). Sequências diferentes podem indicar adulteração.
  3. Confirme dados do beneficiário – Nome, CPF ou CNPJ precisam coincidir exatamente com os da administradora. Diferenças, mesmo sutis, são sinal de alerta.
  4. Confira valores e datas – Qualquer divergência no valor ou no vencimento, em relação ao histórico habitual, merece atenção.
  5. Cuidado com links e anexos – Não clique ou baixe arquivos de remetentes desconhecidos, pois podem instalar programas maliciosos ou direcionar para sites falsos.
  6. Use canais oficiais – Em caso de dúvida, contate a administradora por telefone ou aplicativo oficial. Jamais utilize números ou endereços que constem apenas no boleto suspeito.
  7. Prefira internet banking ou app oficial – Além de mais seguro, o ambiente do seu banco permite conferência direta dos dados antes do pagamento.
  8. Mantenha dispositivos protegidos – Use antivírus atualizado e evite acessar documentos suspeitos em redes públicas ou aparelhos sem segurança adequada.

A fraude só prospera quando a vítima é levada a agir rapidamente e sem conferência. A orientação é desacelerar, verificar cada detalhe e, sempre que possível, confirmar as informações por canais legítimos.

Consumidores que já identificaram ou foram alvo desse tipo de tentativa devem compartilhar a experiência com familiares e amigos, ampliando a rede de proteção. Atenção, conferência e prevenção são as chaves para manter seu consórcio seguro e longe de golpes.

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PORTABILIDADE TELEFÔNICA NÃO AUTORIZADA: O GOLPE SILENCIOSO QUE EXPÕE FALHAS NO SISTEMA DE SEGURANÇA DIGITAL

Nos últimos anos, a digitalização dos serviços trouxe comodidade para os consumidores, mas também ampliou as possibilidades de ação para fraudadores. Entre as práticas mais sofisticadas e danosas atualmente está a chamada portabilidade telefônica não solicitada — fraude que vem se consolidando como um problema recorrente e ainda pouco compreendido pelo público em geral.

Esse tipo de golpe consiste na transferência indevida da linha telefônica de um usuário para outra operadora, feita sem a sua ciência ou autorização. Na prática, o criminoso consegue assumir o número da vítima e, a partir daí, acessar diversos serviços vinculados ao telefone celular, como contas bancárias, redes sociais e sistemas de autenticação. O golpe se alimenta da facilidade com que se obtém dados pessoais na internet, seja por vazamentos, seja por coletas indevidas.

Uma vez de posse do número, o fraudador tem acesso direto aos códigos de verificação enviados por SMS, utilizados como camada de segurança por muitas plataformas. A vítima, por sua vez, costuma perceber o golpe apenas quando perde subitamente o sinal do celular ou quando nota movimentações suspeitas em suas contas. As consequências vão desde prejuízos financeiros até a exposição de informações privadas.

O mecanismo da fraude é relativamente simples. Com dados como nome, CPF e número de telefone, o fraudador solicita à operadora a migração da linha para um chip sob seu controle. Em alguns casos, basta apresentar essas informações básicas para que a operadora conclua a transferência. Isso se deve à fragilidade de validação em certos processos, que desconsideram métodos adicionais de verificação, como biometria ou autenticação via aplicativo.

A ausência de barreiras técnicas rigorosas, aliada à superficialidade de conferência nos pedidos de portabilidade, cria uma brecha relevante na proteção do consumidor. E a rapidez com que a fraude se concretiza — às vezes em poucas horas — impede uma resposta eficaz por parte das vítimas.

Alguns indícios podem auxiliar na identificação precoce do problema. A perda repentina do sinal de celular é um dos principais sinais de alerta. Também devem chamar atenção mensagens de confirmação de pedidos que não foram feitos, ligações inesperadas da operadora e o recebimento de códigos de segurança não solicitados.

Diante disso, algumas medidas de prevenção são altamente recomendáveis. É fundamental manter os dados cadastrais atualizados junto à operadora e aos bancos. A adoção da autenticação em duas etapas, especialmente em serviços bancários e plataformas sensíveis, reduz significativamente o risco de invasão. Deve-se evitar, ainda, o compartilhamento de códigos por SMS e desconfiar de qualquer solicitação de dados pessoais recebida por mensagens ou ligações.

No caso de portabilidade indevida, a resposta deve ser imediata. O primeiro passo é entrar em contato com a operadora, registrar a ocorrência e solicitar o bloqueio da linha. Em seguida, o ideal é notificar as instituições financeiras, alterar todas as senhas relacionadas e acompanhar os extratos das contas com atenção redobrada por, no mínimo, trinta dias. Também é recomendável registrar boletim de ocorrência, garantindo documentação oficial do incidente.

O aumento desse tipo de fraude está diretamente relacionado ao uso generalizado do número de telefone como instrumento de verificação de identidade. Muitos serviços ainda tratam o celular como uma espécie de chave-mestra digital, o que torna esse dado especialmente valioso para fraudadores. As operadoras, por sua vez, ainda enfrentam desafios na adoção de processos de validação que garantam segurança sem inviabilizar a portabilidade legítima.

A solução passa por uma combinação de medidas: reforço nos protocolos das operadoras, aperfeiçoamento dos sistemas de autenticação por parte das instituições financeiras e conscientização dos usuários sobre os riscos relacionados ao uso indevido de seus dados. A portabilidade telefônica não autorizada não é apenas um golpe isolado; ela evidencia uma fragilidade estrutural na forma como tratamos nossa identidade digital. E isso exige ação coordenada entre empresas, reguladores e sociedade.

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“GOLPE DO PIX ERRADO”: O QUE FAZER E COMO TENTAR RECUPERAR OS VALORES PERDIDOS

Ao perceber que foi vítima do chamado “golpe do Pix errado”, é fundamental agir com rapidez e estratégia. A primeira providência deve ser entrar em contato imediato com a instituição financeira responsável pela conta utilizada na transferência. A comunicação ágil pode permitir o registro da fraude e o acionamento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), recurso do Banco Central destinado justamente a lidar com situações de transações indevidas ou fraudulentas.

Paralelamente à notificação ao banco, deve-se registrar um boletim de ocorrência junto à autoridade policial competente. Nesse momento, é importante reunir todas as evidências disponíveis: capturas de tela de conversas, comprovantes da transferência, nomes de usuários ou perfis envolvidos e o conteúdo trocado com o suposto beneficiário. Esses elementos servirão como base para a contestação formal da transação junto à instituição financeira.

A possibilidade de recuperar os valores dependerá de uma série de fatores, especialmente do tempo decorrido entre a transferência e o bloqueio solicitado. Isso porque, em muitos casos, os fraudadores agem de forma rápida para movimentar os valores recebidos, dificultando o rastreamento e a recuperação. No entanto, se o dinheiro ainda estiver na conta de destino, existe uma chance concreta de reaver os recursos transferidos.

É importante destacar que esse tipo de golpe tem se sofisticado. O modus operandi normalmente envolve o envio de uma transferência para a conta da vítima, seguido por um contato solicitando a devolução, sob a alegação de um engano. Ao mesmo tempo, o golpista já acionou o MED junto à própria instituição financeira, tentando reaver o valor inicialmente enviado. Quando a vítima, acreditando agir de forma correta, realiza a devolução manual, acaba enviando recursos próprios, e o valor sai duas vezes de sua conta.

Essa prática se enquadra como crime de estelionato, previsto no Código Penal brasileiro. A conduta fraudulenta consiste em induzir a vítima ao erro mediante ardil, com o objetivo de obter vantagem ilícita. Quando esse tipo de crime é cometido por meio eletrônico, como nas transações via Pix, a legislação prevê aumento da pena, que pode variar entre um e cinco anos de reclusão, com acréscimo de até um terço em caso de fraude digital.

A orientação, portanto, é sempre desconfiar de pedidos de devolução de valores, sobretudo quando feitos fora dos canais oficiais. Antes de qualquer movimentação, consulte sua instituição financeira e registre formalmente a ocorrência. A atuação rápida e bem fundamentada pode fazer toda a diferença para interromper o ciclo da fraude e tentar resgatar os recursos desviados.

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COMO AS IDENTIDADES SINTÉTICAS ESTÃO IMPACTANDO O MERCADO FINANCEIRO

As identidades sintéticas emergem como uma das fraudes digitais mais sofisticadas e preocupantes na atualidade, gerando preocupação entre autoridades, instituições financeiras e especialistas em segurança. Diferente das fraudes tradicionais, como a falsificação de documentos ou o roubo direto de dados pessoais, as identidades sintéticas se baseiam na combinação de dados reais com informações falsas, criando uma nova identidade de aparência legítima. Esse tipo de fraude é extremamente difícil de detectar, o que torna sua prevenção um desafio significativo.

Essas identidades podem ser compostas, por exemplo, de um CPF legítimo, pertencente a uma pessoa inativa como uma criança ou idoso, associado a um nome fictício, um endereço inventado e um e-mail recém-criado. O fraudador, ao construir essa nova identidade, consegue abrir contas bancárias, contratar crédito e realizar transações financeiras como se fosse uma pessoa real. O processo, por ser gradual e aparentemente inofensivo, permite que o criminoso atue por longos períodos sem ser descoberto.

O modus operandi dessa fraude segue algumas etapas bem definidas. Inicialmente, o fraudador coleta dados reais, muitas vezes obtidos por meio de vazamentos de informações ou mercados clandestinos. Em seguida, esses dados são combinados com informações fictícias, criando a identidade sintética. A partir disso, o criminoso começa a usar essa nova identidade de forma “moderada”, realizando pequenas transações e pagando dívidas em dia, o que permite a construção de um histórico de crédito confiável. Com o tempo, a confiança nas informações aumenta, permitindo que o fraudador realize empréstimos maiores e compras a prazo. Quando o limite de crédito é atingido, ele desaparece, deixando as instituições financeiras com o prejuízo.

Diferentemente de fraudes tradicionais, nas quais uma vítima específica sofre um prejuízo direto, as identidades sintéticas impactam principalmente as instituições financeiras. O prejuízo é diluído, mas significativo, com perdas que podem chegar a bilhões de reais. Indiretamente, os consumidores reais também são afetados, uma vez que as instituições financeiras repassam essas perdas aos clientes em forma de aumentos nas taxas de juros e encargos financeiros.

O maior desafio em identificar fraudes com identidades sintéticas é o fato de que, muitas vezes, não há uma “vítima” visível. No caso de um CPF de uma criança ou idoso ser utilizado, por exemplo, essa pessoa não sabe que seus dados foram usados de forma fraudulenta, o que dificulta a detecção. Além disso, muitos sistemas de verificação das instituições financeiras não estão preparados para cruzar dados de forma eficaz, o que permite que as inconsistências no comportamento da identidade sintética passem despercebidas.

Apesar de as instituições financeiras serem as principais vítimas, o impacto das identidades sintéticas se estende aos consumidores, que têm seus dados utilizados indevidamente. Nesse contexto, o papel do Judiciário é fundamental. O poder judiciário deve ser capaz de reconhecer a inexistência de vínculo contratual quando o CPF de uma pessoa é utilizado sem autorização e determinar a exclusão de registros fraudulentos em órgãos de proteção ao crédito. Em situações em que o nome ou o crédito de um consumidor real seja prejudicado, a indenização por danos morais deve ser considerada, garantindo a reparação de eventuais prejuízos à imagem e à confiança do indivíduo.

As identidades sintéticas representam um desafio crescente no universo das fraudes digitais, exigindo uma resposta integrada entre tecnologia, direito e políticas públicas. Para os consumidores, a principal recomendação é a vigilância constante sobre seus dados pessoais e históricos financeiros. Já para o Judiciário, a necessidade de adaptação às novas fraudes digitais é imperativa, garantindo uma proteção eficaz e uma responsabilização adequada das partes envolvidas.

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COMO PROTEGER SEUS RECURSOS DE FRAUDES QUE USAM MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA

Nos últimos tempos, temos visto o aumento de golpes financeiros cada vez mais sofisticados, que exploram a vulnerabilidade emocional das vítimas. Uma tática comum que tem sido utilizada por criminosos envolve a criação de um cenário de falsa urgência e pressão psicológica, no qual a vítima é convencida a transferir seus recursos para contas de terceiros sob o pretexto de proteção.

Esses golpes frequentemente começam com uma ligação de um suposto representante de uma instituição bancária ou até mesmo de autoridades policiais. Os golpistas alegam que a agência da vítima ou o gerente responsável estão sob investigação e, para evitar que seus fundos sejam comprometidos, orientam a transferência de valores para contas indicadas por eles. Em alguns casos, boletins de ocorrência falsificados são enviados para dar maior credibilidade à farsa, ou até mesmo nomes de entidades reconhecidas são mencionados para tornar a história mais convincente.

O ponto central desses golpes é manipular o medo e a ansiedade das vítimas, criando uma sensação de emergência que as faz agir impulsivamente, sem a devida reflexão. A verdade, porém, é que nenhum banco ou autoridade policial jamais solicitará a transferência de recursos por telefone ou qualquer outro meio de contato não oficial. Trata-se de uma tentativa clara de fraude.

A melhor forma de se proteger contra esse tipo de golpe é, primeiramente, manter a calma diante de qualquer situação que pareça suspeita. Se você receber uma ligação desse tipo, encerre o contato imediatamente. Em seguida, entre em contato com sua instituição financeira por meio de canais oficiais – como o número de telefone de atendimento ao cliente que consta no seu extrato bancário ou no site oficial do banco – para confirmar a veracidade da informação.

Em tempos de fraudes digitais cada vez mais avançadas, é fundamental que os consumidores estejam atentos e saibam identificar sinais de alerta. A prudência e a busca por informações nos canais corretos são as melhores defesas contra esses criminosos, que só prosperam quando conseguem explorar a insegurança das pessoas. Portanto, fique atento e nunca compartilhe dados bancários ou realize transferências sem ter certeza absoluta da legitimidade do pedido.

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GOVERNO DE SP INVESTIGA FRAUDE CIBERNÉTICA COM USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O Governo de São Paulo emitiu um alerta sobre um novo golpe envolvendo o uso de inteligência artificial (IA) para falsificar a imagem e a voz de figuras públicas. Desta vez, os criminosos utilizaram a tecnologia para recriar a voz do governador Tarcísio de Freitas, divulgando um vídeo fraudulento que circula nas redes sociais. Nele, é afirmado falsamente que o Procon-SP teria determinado uma multa às bandeiras de cartões de crédito, obrigando-as a devolver valores aos consumidores em forma de um suposto cashback, gerando confusão e atraindo vítimas para um esquema de fraude.

A estratégia dos golpistas consiste em induzir os usuários a clicar em um link, que direciona para uma página falsa que simula o site oficial do Procon-SP. Nesse site, os consumidores são enganados a fornecer dados pessoais e bancários sob a falsa promessa de um reembolso. O Procon-SP e demais órgãos do Governo de São Paulo ressaltam que não há qualquer campanha de devolução de dinheiro relacionada a compras com cartão de crédito e que toda comunicação com esse teor deve ser imediatamente denunciada às autoridades competentes.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado, por meio de seu sistema de inteligência, já identificou o golpe e instaurou um inquérito policial para investigar o uso indevido de IA na criação da voz do governador e na disseminação da fraude. A investigação busca não apenas apurar os responsáveis, mas também coibir o avanço desse tipo de crime cibernético que utiliza novas tecnologias para enganar a população.

Como forma de proteção, a população é orientada a sempre verificar a veracidade das informações antes de fornecer qualquer dado pessoal em links suspeitos. Em casos de golpe envolvendo distorções de voz ou imagem com o uso de inteligência artificial, a vítima pode registrar um boletim de ocorrência online, na Delegacia Eletrônica, ou comparecer a um Distrito Policial para formalizar a denúncia. A Polícia Civil ainda reforça a importância da representação criminal, essencial para que as investigações possam avançar e os responsáveis sejam punidos conforme prevê a legislação.

Esse alerta do Governo de São Paulo reflete a necessidade de uma maior conscientização sobre o uso de IA para fins criminosos, destacando a importância da cautela e da denúncia ativa por parte da sociedade.

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FRAUDES VIA WHATSAPP ATINGEM APOSENTADOS DO INSS

Nos últimos tempos, aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm se tornado alvos frequentes de golpes cada vez mais sofisticados, muitos deles praticados por meio de aplicativos de mensagens como o WhatsApp. A crescente utilização da tecnologia, embora traga incontáveis benefícios, também abre portas para práticas criminosas que exploram a vulnerabilidade de grupos específicos. Neste editorial, abordaremos como esses golpes são aplicados e quais medidas de proteção podem ser adotadas para evitar prejuízos.

Como Funciona o Golpe Contra os Aposentados?

Criminosos utilizam o WhatsApp para contatar aposentados, geralmente se passando por funcionários do INSS ou de instituições bancárias. Com uma abordagem convincente, alegam problemas com o benefício ou oferecem promessas ilusórias de aumento nas quantias recebidas. Um dos elementos que torna esses golpes mais persuasivos é o uso de dados pessoais adquiridos de forma ilícita, o que dá ao contato fraudulento uma aparência de legitimidade.

Estrategistas da Fraude: Como os Golpistas Agem

Os golpistas exploram o desconhecimento e a vulnerabilidade dos aposentados em relação às práticas de segurança digital. Muitas vítimas não dominam totalmente o uso da tecnologia e, por isso, se tornam alvos mais fáceis. Os fraudadores podem solicitar informações confidenciais, como dados bancários, senhas ou códigos de autenticação, sob o pretexto de corrigir um suposto problema ou oferecer uma vantagem financeira.

Em alguns casos, as vítimas são instruídas a realizar depósitos bancários ou a fornecer dados sensíveis, sempre sob o argumento de que essas ações seriam necessárias para resolver pendências relacionadas ao benefício.

Como se Proteger?

Para evitar cair em golpes, é essencial que os aposentados estejam informados e adotem uma postura crítica diante de mensagens suspeitas. O INSS não solicita dados pessoais ou bancários por meio de aplicativos de mensagens como o WhatsApp. Qualquer contato suspeito deve ser encarado com desconfiança, e os aposentados devem sempre procurar canais oficiais, como o telefone 135 ou o portal Meu INSS, para verificar a veracidade das informações.

Além disso, é fundamental nunca compartilhar senhas, códigos de segurança ou informações pessoais com desconhecidos, especialmente por meio de mensagens. A recomendação é evitar clicar em links duvidosos e confirmar a identidade do remetente antes de fornecer qualquer dado sensível.

A tecnologia, quando utilizada com cautela, pode ser uma grande aliada. No entanto, é preciso estar atento às ameaças e sempre recorrer a fontes confiáveis para se proteger contra fraudes.

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JUSTIÇA DECIDE EM FAVOR DE VÍTIMA DE FRAUDE BANCÁRIA VIA WHATSAPP

Recentemente, uma corte em São Paulo emitiu uma decisão importante no campo do direito do consumidor e da segurança de dados, destacando a responsabilidade das instituições financeiras em garantir a proteção de informações pessoais de seus clientes. O caso analisado envolveu um consumidor que foi vítima de uma fraude por meio de uma plataforma de mensagens, onde foi induzido a quitar uma dívida de financiamento veicular através de um boleto bancário fraudulento, apresentado por indivíduos que se passavam por funcionários da instituição financeira.

Este incidente chamou a atenção para o acesso não autorizado a dados pessoais e contratuais, considerado uma falha significativa no serviço fornecido pela entidade financeira. A decisão judicial, fundamentada nos princípios de proteção ao consumidor, enfatizou que os riscos associados às operações comerciais devem, por natureza, ser absorvidos pelas empresas, e não transferidos aos consumidores. Como resultado, a ordem de apreensão do veículo foi anulada, e o pagamento realizado pelo consumidor, sob a presunção de boa-fé, foi reconhecido como válido.

Essa sentença serve como um lembrete para as empresas sobre a importância de implementar e manter controles de segurança da informação, especialmente em um ambiente cada vez mais digitalizado. A proteção de dados pessoais é fundamental para manter a confiança nas relações comerciais e para assegurar que os direitos dos consumidores sejam respeitados. Este caso não apenas proporcionou justiça a uma única vítima de fraude, mas também estabeleceu um precedente importante sobre a responsabilidade das instituições financeiras em prevenir exposições de dados que possam colocar seus clientes em risco.

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JUSTIÇA CONDENA BANCO DIGITAL POR EMPRÉSTIMO NÃO AUTORIZADO

Um recente julgamento no Brasil destacou importantes questões sobre segurança bancária e ética. Em um caso notável, uma cliente ganhou um processo contra um banco digital, sendo-lhe concedida uma indenização de R$ 15 mil. O caso foi julgado em uma Vara Cível em São Paulo, com o juiz responsável enfatizando a seriedade da fraude cometida.

O conflito surgiu após a cliente descobrir um empréstimo não autorizado em seu nome, com 84 parcelas de R$ 48,56 cada, causando um débito inicial de R$ 2 mil em sua conta. O empréstimo, que ela afirmava nunca ter contratado, estava programado para ser pago de março de 2021 a fevereiro de 2028.

O banco defendeu-se alegando a validade do contrato, que supostamente continha a assinatura da cliente. Argumentou também que os documentos pessoais dela foram apresentados na contratação do empréstimo, e que não houve notificação de perda destes documentos.

No entanto, análises mostraram que a assinatura da cliente no contrato era falsificada. Diante dessa prova, o juiz classificou a ação do banco como um ato ilícito, desleal e abusivo, violando o Código de Defesa do Consumidor. O resultado foi a condenação do banco ao pagamento de indenização, por considerar a cobrança como irregular.

Este caso sublinha a necessidade de maior segurança nas informações pessoais e a importância da vigilância constante em transações bancárias. Também reforça a responsabilidade dos bancos em assegurar a legitimidade e transparência de suas operações, protegendo seus clientes contra fraudes e práticas abusivas.

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ANALISANDO A EFICÁCIA DA LGPD FRENTE AOS RISCOS DE CENTRALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES

A recente escalada em casos de fraudes e golpes telefônicos, principalmente direcionados a aposentados e idosos no Brasil, levanta sérias questões sobre a segurança de dados pessoais e bancários. Muitas vezes, as vítimas são contatadas por indivíduos que, de alguma forma, obtiveram informações confidenciais, indicando uma possível falha na proteção de dados por parte das instituições financeiras ou mesmo de órgãos governamentais.

Essa situação preocupa ainda mais quando consideramos o aumento de empresas oferecendo empréstimos a recém-aposentados, sinalizando um possível acesso indevido a informações pessoais. Essas ocorrências reforçam a necessidade de uma legislação robusta como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas suscitam dúvidas sobre sua aplicabilidade e eficácia, especialmente em relação a entidades governamentais.

No cerne dessa problemática está a questão da centralização de dados. Com a crescente digitalização, empresas e governos armazenam grandes volumes de informações em bases de dados centralizadas, o que, apesar dos avanços em segurança da informação, continua sendo um atrativo para criminosos. O risco se torna ainda mais evidente quando se considera o armazenamento de dados de todos os clientes de todas as seguradoras em um único local. Isso cria um ponto de vulnerabilidade que, se explorado, pode resultar no comprometimento de dados em massa.

Além disso, a responsabilidade e a accountability em casos de vazamento de dados tornam-se nebulosas sob a LGPD. Quando as informações estão distribuídas por diversas entidades, identificar a fonte do vazamento e atribuir responsabilidade se torna um desafio complexo. Isso levanta a questão da efetividade da lei e se, sem uma aplicação prática rigorosa, ela não se torna apenas uma norma teórica.

Portanto, é imperativo que essas questões sejam levadas a sério e discutidas em profundidade, não apenas pelas empresas e órgãos governamentais, mas também pelos tribunais superiores. Deve-se ponderar cuidadosamente se os riscos associados à centralização e compartilhamento de dados superam os benefícios proporcionados. A proteção de dados pessoais não é apenas uma questão de conformidade legal, mas um direito fundamental que precisa ser assegurado em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

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IDENTIDADE FALSA E FRAUDE FINANCEIRA: HOMEM MANIPULOU UM BONECO PARA OBTER ACESSO A CONTAS

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Operação Policial Desmascara Gênio da Fraude em Barueri: Boneco e Fotos Enganavam Reconhecimento Facial de Aplicativos Bancários”

No desenrolar de uma impressionante operação na última sexta-feira (16/6), as autoridades da Polícia Civil de São Paulo lançaram uma ofensiva estratégica para desmantelar as artimanhas de um indivíduo astuto, de 34 anos, suspeito de orquestrar um intricado esquema de fraudes bancárias em Barueri, uma cidade na região metropolitana. Em uma reviravolta que ilustra uma nova era de golpes cibernéticos, o suspeito engenhosamente recorreu a um manequim modificado e fotografias de documentos pessoais das vítimas para driblar os sistemas de reconhecimento facial em aplicativos bancários, tramando golpes elaborados e audaciosos.

A busca minuciosa conduzida pelas autoridades resultou na descoberta de um vasto arsenal de elementos surpreendentes, incluindo não menos que 17 dispositivos de máquinas de cartão, uma série de fotografias dos rostos das vítimas, um cofre repleto de cartões, uma diversidade de documentos, munições de calibre 9mm e um aparelho celular.

Chamou atenção o fato de os agentes da Polícia Civil, perplexos diante da audácia dessa estratégia, compartilharem que o suspeito de fato conseguia acessar aplicativos bancários utilizando fotografias dos documentos pessoais e aplicando uma reviravolta digital engenhosa. Posicionando meticulosamente essas imagens no manequim, ele realizava um simulacro de reconhecimento facial que, por sua vez, lhe permitia abrir contas bancárias fraudulentas e até mesmo pleitear empréstimos, todos em nome das vítimas desafortunadas. Um dos agentes que participaram da operação expressou sua incredulidade: “O sujeito pegava a foto do documento, aplicava no boneco, acionava o reconhecimento facial, abria contas bancárias, pedia empréstimos… era como se desencadeasse o caos digital.”

Com o intuito de intensificar as investigações, as autoridades solicitaram a perícia do local, um testemunho da crescente complexidade do mundo das fraudes digitais. Esse caso impressionante foi devidamente registrado na Delegacia de Polícia de Barueri, servindo como um alerta vívido para os desafios crescentes da segurança digital em nossa sociedade moderna.