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MEDIDAS ESSENCIAIS DE CIBERSEGURANÇA PARA O SETOR DE TECNOLOGIA EM 2024

O setor de tecnologia, responsável pelo desenvolvimento de soluções que otimizam as atividades diárias de inúmeras empresas, tem se destacado como um dos principais alvos de cibercriminosos. Conforme relatório divulgado recentemente, o segundo trimestre de 2024 registrou o maior número de incidentes cibernéticos envolvendo empresas desse segmento, representando 24% das respostas a incidentes globais, o que marca um aumento de 30% em comparação ao trimestre anterior.

Entre os ataques mais recorrentes estão os de Comprometimento de E-mail Comercial (BEC) e os de ransomware. O BEC consiste em enganar as vítimas por meio de e-mails que se passam por comunicações legítimas de parceiros ou fornecedores, com o objetivo de obter informações confidenciais. Por sua vez, o ransomware envolve a extorsão por meio do bloqueio de dados da empresa, que são criptografados pelos invasores até o pagamento do resgate. A América Latina, em especial, tem registrado um aumento superior a 50% nos ataques de ransomware, com o setor público e o de saúde sendo os mais afetados.

Para mitigar esses riscos, é crucial que as organizações adotem medidas contínuas de cibersegurança. A utilização de certificados Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions (S/MIME), por exemplo, pode ser uma solução eficaz para proteger a integridade e a confidencialidade das comunicações via e-mail. Esses certificados garantem que as mensagens não sejam adulteradas e que apenas os destinatários autorizados possam acessá-las.

Além disso, há um crescimento expressivo em ataques de phishing, com mais de 3,5 milhões de brasileiros vítimas dessa fraude em 2023. A tendência é que esse número continue aumentando em 2024. Esse tipo de ataque vem sendo facilitado pelo uso de Inteligência Artificial Generativa, que permite a criação de comunicações fraudulentas ainda mais convincentes, dificultando a identificação por parte das vítimas.

Diante desse cenário, é imprescindível que as empresas adotem políticas de segurança adequadas e mantenham suas ferramentas de proteção sempre atualizadas. A implementação de estratégias eficazes é essencial para minimizar o impacto de possíveis ataques, protegendo dados sensíveis e garantindo a continuidade das operações empresariais.

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FRAUDE NO INSS: SAIBA COMO PROTEGER SEUS DADOS E SUA BIOMETRIA

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem alertado os seus segurados, especialmente os idosos, sobre um novo golpe que tem como alvo esse grupo vulnerável. A tática dos criminosos agora envolve visitas presenciais à casa do beneficiário, com a intenção de coletar dados biométricos e usá-los para fins fraudulentos. A preocupação do órgão é garantir que os aposentados saibam como se proteger de situações como essa e evitar prejuízos.

Um exemplo recente desse golpe foi registrado no interior de São Paulo, em que os golpistas utilizaram uma plataforma de vendas para enganar um aposentado. Por sorte, antes de conseguirem efetivar o golpe, o banco identificou a tentativa de fraude e bloqueou a solicitação de empréstimo feita em nome da vítima.

Como funciona o golpe de biometria no INSS?

A estratégia dos criminosos começa com a entrega de um pacote que o aposentado supostamente teria comprado online. Ao estranhar o conteúdo da entrega, a vítima é informada de que, para recusar o recebimento, precisa confirmar sua identidade por biometria facial. Assim, os golpistas capturam a biometria da vítima e a utilizam para acessar suas contas bancárias ou solicitar empréstimos em seu nome.

Como se proteger de golpes relacionados ao INSS?

Para evitar cair nesse tipo de armadilha, é essencial adotar algumas precauções:

  1. Proteja sua biometria: Nunca forneça seus dados biométricos a pessoas desconhecidas ou fora de ambientes confiáveis.
  2. Cuidado com visitas inesperadas: Desconfie de entregadores ou supostos representantes de instituições financeiras que solicitam informações pessoais ou biométricas sem agendamento prévio.
  3. Busque fontes oficiais: Sempre que houver dúvidas, procure os canais oficiais do INSS ou do banco antes de fornecer qualquer informação.
  4. Use tecnologia a seu favor: Adoção de medidas de segurança, como senhas fortes e autenticação de dois fatores, pode dificultar o acesso indevido às suas contas. Além disso, evite usar redes de wi-fi públicas e, se for necessário, desative o compartilhamento de dados.

Outros golpes comuns contra idosos

Além do golpe da biometria, existem outras fraudes frequentemente direcionadas a aposentados. Entre elas:

  • Falsas centrais telefônicas: Criminosos se passam por atendentes de bancos e pedem dados e senhas pessoais.
  • Falsos empréstimos consignados: Oferecem empréstimos com a exigência de pagamento antecipado de taxas.
  • Presentes falsos: Entregam supostos brindes e cobram taxas por maquininhas adulteradas que roubam dados do cartão.
  • “Ajuda” em caixas eletrônicos: Oferecem suporte durante saques para obter senhas e furtar cartões.
  • Vendas fraudulentas online: Sites e perfis falsos em redes sociais atraem idosos para compras de produtos que nunca são entregues.

Manter-se informado e adotar práticas de segurança são fundamentais para evitar que esses golpes causem prejuízos irreparáveis aos segurados do INSS.

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EFICIÊNCIA E RISCOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO SETOR JURÍDICO

A tecnologia vem se tornando parte essencial do dia a dia, e no direito empresarial não é diferente. A inteligência artificial (IA) tem ganhado espaço, ajudando a transformar a maneira como escritórios de advocacia e empresas lidam com questões jurídicas. Um dos principais benefícios é a automação de tarefas repetitivas, como a revisão de contratos e a análise de documentos, o que agiliza processos e economiza tempo.

A IA também é usada para fazer previsões a partir de grandes volumes de dados, analisando históricos de litígios e tendências de mercado. Isso permite que empresas tomem decisões mais estratégicas e fundamentadas.

No entanto, o uso constante dessa tecnologia levanta algumas preocupações. Questões como privacidade, proteção de dados e a falta de transparência em processos automatizados são temas que precisam ser discutidos. A manipulação de grandes quantidades de dados sensíveis exige atenção para cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo que as informações sejam tratadas de forma adequada.

Outro ponto importante é o impacto no mercado de trabalho. Embora as ferramentas de IA possam aumentar a produtividade, a interpretação e aplicação correta das leis ainda dependem de profissionais qualificados. A tecnologia deve ser vista como um complemento às capacidades humanas, não como um substituto.

Também é preciso considerar que algoritmos podem conter erros ou vieses, o que pode levar a decisões incorretas e prejudicar empresas e clientes. Além disso, a falta de normas claras sobre o uso da IA no direito deixa em aberto questões sobre quem seria responsável por danos causados por decisões automatizadas.

A IA no direito empresarial oferece muitos benefícios, como maior eficiência e redução de custos. No entanto, é preciso usá-la com cuidado, garantindo que esteja alinhada com princípios éticos e jurídicos. A tecnologia, quando bem utilizada, pode ser uma grande aliada, mas exige uma reflexão constante sobre seus limites e impactos.

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COMO PROTEGER CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ERA DIGITAL

No cenário atual, onde 79% dos adolescentes brasileiros entre 9 e 17 anos acessam a internet diariamente, a proteção de dados pessoais de crianças e adolescentes se torna uma prioridade indispensável. Com o aumento da conectividade e do uso de plataformas digitais, como redes sociais, jogos online e aplicativos educacionais, é crucial que empresas adotem medidas iniciais para garantir a segurança dos menores: a verificação de idade.

Esse processo é o primeiro passo para proteger essa parcela vulnerável da população e assegurar que o tratamento de seus dados seja feito de forma segura e responsável. A validação inicial permite que decisões como a criação de contas, a solicitação de consentimento parental e a implementação de medidas de segurança adicionais sejam realizadas com base em informações corretas e de acordo com a legislação vigente. Dessa forma, a privacidade e a segurança dos jovens usuários permanecem no centro das operações.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) reconhece a necessidade de um tratamento diferenciado para dados de menores, e a verificação de idade atua como um pilar essencial para garantir o cumprimento dessas diretrizes. Além disso, a adoção de práticas adequadas de checagem não só garante conformidade legal, mas também constrói uma relação de confiança entre empresas, usuários e suas famílias.

Para além das exigências legais, a verificação de idade abre portas para a implementação de medidas adicionais, como camadas extras de segurança, políticas de privacidade adaptadas e a restrição de conteúdos inapropriados. Tais práticas são fundamentais para assegurar um ambiente digital mais seguro e confiável, permitindo que menores utilizem a tecnologia de forma saudável e protegida.

O mercado de jogos online e apostas, por exemplo, enfrenta desafios ainda maiores. Além das preocupações com privacidade e conteúdo inadequado, há regulações específicas que proíbem o acesso de menores a essas plataformas. A ausência de sistemas eficientes de controle de idade pode gerar sérios problemas regulatórios e danos à reputação das empresas. Nesse contexto, a adoção de ferramentas de controle parental e verificação rigorosa torna-se imprescindível.

A educação digital também desempenha um papel vital. A responsabilidade das empresas de restringir o acesso de menores deve vir acompanhada de uma conscientização constante dos pais e responsáveis sobre os riscos do ambiente online. É importante que, além das escolas, as próprias plataformas digitais contribuam para essa educação, promovendo um uso consciente e seguro da tecnologia desde cedo.

Proteger os dados de crianças e adolescentes vai além de uma obrigação legal; trata-se de um compromisso social. Empresas, governo e sociedade devem trabalhar em conjunto para criar um ambiente digital que permita às novas gerações explorar o mundo virtual de maneira segura e protegida, assegurando que as oportunidades da era digital sejam aproveitadas sem comprometer a privacidade e o bem-estar dos mais jovens.

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ANPD DEFINE NOVA POLÍTICA INTERNA PARA FORTALECER A PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) divulgou recentemente, em 7 de outubro, sua própria Política Interna de Proteção de Dados Pessoais. Essa nova diretriz estabelece os parâmetros que a própria autoridade deverá seguir no tratamento das informações pessoais que gerencia. Além de observar a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18), a resolução da ANPD traz à tona a importância da privacidade desde a fase de concepção dos projetos e a adoção de boas práticas de segurança.

A ANPD reforça o compromisso com a aplicação do princípio da boa-fé e a diligência contínua ao longo de todo o ciclo de vida dos dados pessoais. A política também destaca a obrigatoriedade de utilizar bases legais adequadas para o tratamento dessas informações, além de implementar medidas de segurança técnicas e administrativas robustas. Adicionalmente, é previsto que a autoridade manterá um registro detalhado das operações de tratamento, garantindo maior controle e transparência.

Um dos princípios centrais dessa política é o tratamento estritamente necessário dos dados, ou seja, serão utilizados apenas os dados essenciais para atender às finalidades do tratamento. Após o término desse processo, os dados deverão ser eliminados de forma segura, assegurando, assim, o respeito à privacidade e à integridade das informações tratadas pela ANPD.

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COMO PREVENIR E REAGIR A VAZAMENTOS DE INFORMAÇÕES

Em 2022, o Brasil registrou números alarmantes em relação ao vazamento de dados, liderando o cenário global com 43% dos dados expostos mundialmente, totalizando 112 terabytes. Mesmo com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do Marco Civil da Internet, o país ainda enfrenta grandes desafios na proteção de informações pessoais.

Essa fragilidade na segurança cibernética ressalta a importância de medidas proativas para mitigar os riscos e, caso ocorra um incidente, reduzir o impacto. A seguir, algumas estratégias essenciais para proteger seus dados e reagir de forma eficaz diante de um vazamento:

Monitore regularmente o Registrato: Esse serviço disponibilizado pelo Banco Central permite verificar se contas bancárias ou chaves PIX foram abertas em seu nome sem a devida autorização. Identificar possíveis fraudes o quanto antes é crucial para evitar maiores danos.

Utilize a Rede Sim para bloquear a abertura de empresas: Para se proteger contra golpes envolvendo a criação de empresas fantasmas, é possível impedir a abertura de CNPJs em seu nome, evitando o uso indevido de suas informações.

Fique atento a possíveis fraudes em empréstimos: Serviços de monitoramento de crédito são uma ferramenta importante para detectar tentativas de fraude, especialmente aquelas que podem ocorrer após um vazamento de dados pessoais.

Embora a prevenção seja sempre o melhor caminho, adotar essas práticas ajuda a minimizar os danos em caso de incidentes de segurança. A proteção de dados é uma responsabilidade compartilhada, e todos devemos estar atentos à segurança das nossas informações pessoais.

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ATAQUE DE RANSOMWARE À TOTVS REFORÇA IMPORTÂNCIA DE PROTOCOLOS DE SEGURANÇA

A Totvs, uma das principais empresas brasileiras de software, foi alvo de um ataque de ransomware, conforme confirmado pela própria companhia. O incidente foi reivindicado pelo grupo BlackByte, que alega ter comprometido dados da empresa e apresentou supostas amostras em fóruns online. No entanto, a extensão total do impacto ainda não pôde ser verificada.

Apesar do ataque, a Totvs conseguiu manter suas operações em funcionamento. Em comunicado oficial, a empresa destacou que, graças a uma resposta rápida e eficiente, seguindo seus protocolos de segurança previamente estabelecidos, conseguiu garantir a continuidade dos serviços prestados.

Demonstrando seu compromisso com a transparência e a responsabilidade, a Totvs reforçou que a segurança das informações é uma prioridade máxima. A empresa segue monitorando seus sistemas de forma rigorosa para prevenir possíveis novas ameaças, reafirmando seu comprometimento com a proteção dos dados de seus clientes, colaboradores e parceiros.

O incidente ilustra mais uma vez a relevância da adoção de protocolos de segurança robustos em face das crescentes ameaças cibernéticas. A Totvs segue alerta, reforçando que a resposta rápida e a resiliência de suas operações foram essenciais para mitigar os efeitos do ataque.

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REDUÇÃO DE FRAUDES DIGITAIS EM 2024: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GOLPES E COMO SE PROTEGER?

No Brasil, o primeiro semestre de 2024 registrou uma redução de 10,3% nos golpes digitais em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados do mercado. Foram identificadas 3.091 fraudes este ano, em contraste com 3.447 ocorridas nos seis primeiros meses do ano anterior. Embora a perda financeira ainda seja significativa, houve uma diminuição de 37%, totalizando R$ 245 milhões em prejuízos. O estudo analisou as fraudes no ambiente digital entre janeiro e junho de 2024, revelando um cenário ainda preocupante, especialmente no que se refere a golpes relacionados a falsas transações financeiras e invasões de contas.

A fraude mais comum foi o falso pagamento, representando 50,4% dos casos, um aumento expressivo de 64% em relação ao ano passado. Em seguida, as invasões de contas corresponderam a 22,2% dos golpes, seguidas por anúncios falsos (14,3%) e coleta de dados pessoais (12,3%), com os dois últimos apresentando quedas de 20% e 46%, respectivamente.

São Paulo lidera em número de fraudes, com 47% dos casos, seguido por Rio de Janeiro (15%), Minas Gerais (9%) e Paraná (5%). Entre os produtos mais visados pelos golpistas estão celulares e smartphones, que correspondem a 40% das fraudes, sendo os modelos de iPhone responsáveis por 32% desse total. Consoles de videogame, principalmente o PlayStation, aparecem em seguida, representando 22% das fraudes, enquanto computadores somam 9%.

Principais Tipos de Golpes e Como Evitá-los

1 – Falso Pagamento
Este golpe consiste no envio de comprovantes falsos de pagamento, geralmente via e-mail ou aplicativos de mensagens. O vendedor, acreditando que o pagamento foi feito, envia o produto, mas na verdade não houve nenhuma transação. Outra variação é o envio de boletos falsos, em nome de lojas fictícias. Para evitar esse golpe, é essencial confirmar o recebimento do valor na conta antes de entregar o produto. Além disso, é recomendado manter as conversas dentro das plataformas de compra e verificar a autenticidade dos e-mails recebidos.

2 – Invasão de Conta
Criminosos utilizam dados vazados na internet, como login e senha, para invadir contas em plataformas de vendas. Uma vez com o acesso, publicam anúncios falsos ou fazem compras em nome da vítima. Para prevenir esse tipo de fraude, o uso de senhas fortes e variadas é fundamental. Outra medida de segurança é a troca periódica de senhas e a atenção aos alertas de tentativas de login suspeitas.

3 – Anúncio Falso
Ofertas com preços muito abaixo do valor de mercado são um sinal clássico de golpe. Os fraudadores publicam anúncios falsos para obter pagamentos antecipados ou até mesmo roubar dados confidenciais. Desconfiar de preços excessivamente baixos e evitar negociações fora dos chats das plataformas são práticas essenciais para se proteger desse tipo de fraude.

4 – Coleta de Dados
Utilizando-se de técnicas de engenharia social, os golpistas coletam informações pessoais das vítimas, como CPF, dados bancários e número de celular, para aplicar golpes futuros. Proteger esses dados e evitar o compartilhamento em ambientes não confiáveis é a melhor forma de prevenção. Além disso, desconfie de links suspeitos e mantenha as negociações dentro das plataformas de venda, que oferecem recursos de proteção à privacidade dos usuários.

Embora o número de fraudes tenha caído, a sofisticação dos golpes continua a exigir atenção redobrada de quem utiliza o ambiente digital para comprar e vender produtos. O conhecimento sobre as práticas fraudulentas e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para minimizar os riscos.

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O IMPACTO DA DIVULGAÇÃO INDEVIDA DE INFORMAÇÕES SENSÍVEIS NO AMBIENTE DIGITAL

Uma ação indenizatória foi movida contra o Estado da Bahia e uma conhecida plataforma de divulgação de conteúdo jurídico, sob a alegação de violação do direito ao sigilo de informações sensíveis sobre a saúde do autor. O caso gira em torno da divulgação indevida de um processo judicial sigiloso, envolvendo uma pessoa vivendo com HIV, cujos detalhes acabaram expostos publicamente na plataforma.

Os advogados do autor destacaram a gravidade do ocorrido, argumentando que ele, já vítima de discriminação relacionada à sua condição de saúde, sofreu uma nova violação com a exposição de dados pessoais. A situação trouxe à tona a discussão sobre a importância da proteção de dados sensíveis, especialmente no ambiente digital, onde informações podem ser disseminadas com grande rapidez e alcance.

A defesa do autor foi fundamentada na Constituição Federal, que, em seu artigo 5º, LXXIX, garante o direito fundamental à proteção de dados pessoais, inclusive nos meios digitais. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também foi utilizada como base, com foco no artigo 11, que restringe o tratamento de dados sensíveis, prevendo sua utilização apenas em hipóteses específicas e com medidas adequadas para evitar danos ao titular.

A plataforma envolvida não comentou o caso específico, devido ao sigilo judicial, mas reforçou que adota medidas contínuas para garantir que conteúdos sigilosos não sejam indexados. Além disso, mantém um canal de comunicação direta com os usuários para tratar de possíveis violações de privacidade, buscando assegurar a proteção dos envolvidos.

É importante destacar a complexidade da exposição indevida de dados pessoais e a urgência em assegurar a privacidade, especialmente em casos judiciais que tratam de questões de saúde ou outras informações sensíveis. A quebra de sigilo pode gerar prejuízos irreversíveis, agravando a situação de indivíduos que já são alvo de preconceitos sociais.

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GOLPE DO WHATSAPP: COMO PROTEGER SEUS CONTATOS E EVITAR PREJUÍZOS

Você provavelmente já passou pela situação de receber uma mensagem de alguém conhecido pedindo dinheiro. Pode ser um amigo, um familiar ou até um colega distante. A mensagem geralmente começa de forma familiar: “Oi, tudo bem? Troquei meu número. Me adiciona aí… Aliás, você poderia me emprestar um dinheiro?”

A seguir, surgem histórias variadas: problemas de saúde na família, acidentes graves, perda de emprego. Os golpistas são criativos e, apesar desse golpe ser amplamente conhecido, ainda há quem caia nessa armadilha. Para ajudar a combater essa prática, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) lançou uma cartilha com dicas para se proteger do chamado “golpe do número novo”.

O projeto é uma iniciativa do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPDFT e reúne orientações essenciais para se proteger. Entre as principais recomendações, está o aviso imediato aos seus contatos caso alguém esteja se passando por você. Usar as redes sociais, como publicar um Story no Instagram, pode ser uma forma rápida e eficaz de alertar amigos e familiares.

Além disso, é fundamental denunciar o criminoso diretamente no WhatsApp, e você pode incentivar seus contatos a fazerem o mesmo. A plataforma facilita esse processo: basta clicar na foto do perfil falso e escolher a opção “denunciar”, que está em destaque em letras vermelhas. Outra medida importante é acionar o suporte do WhatsApp via e-mail. O MP recomenda que o assunto do e-mail seja “Perfil Fake – URGENTE”, e o endereço a ser utilizado é support@support.whatsapp.com.

Se você ou alguém conhecido transferiu dinheiro ao golpista, é essencial informar o banco imediatamente e reunir provas, como prints das conversas e comprovantes de transferência. Por fim, não se esqueça de registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.), que pode ser feito online através da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do seu estado.

Os brasileiros perderam cerca de R$ 1 bilhão em golpes digitais em 2023, um aumento em relação a 2022, com tendência de crescimento para 2024. As fraudes mais frequentes incluem pagamentos falsos (30,5%), invasão de contas (25,6%) e coleta de dados pessoais (17,8%).

Esses golpes, embora conhecidos, continuam a enganar muitas pessoas, como no caso do “golpe do número novo”. A principal lição é nunca baixar a guarda. É fundamental proteger especialmente os mais velhos, que, infelizmente, são os alvos preferenciais dos criminosos.

Ao seguir essas orientações, você estará mais preparado para evitar ser a próxima vítima desse tipo de golpe.

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O PAPEL ESTRATÉGICO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PROTEÇÃO CORPORATIVA

A crescente adoção da inteligência artificial (IA) no ambiente corporativo está transformando a cibersegurança de um obstáculo operacional para um verdadeiro catalisador de valor. Hoje, profissionais de segurança estão aproveitando a eficiência e a precisão da IA para prever e neutralizar ameaças, incorporando essas tecnologias de maneira estratégica para garantir que suas organizações se mantenham à frente dos cibercriminosos.

Uma análise recente destacou empresas que se posicionam como pioneiras na rápida implementação de novas tecnologias, como IA e automação. O resultado dessa agilidade é impressionante: essas organizações conseguem detectar e responder a incidentes cibernéticos até 50% mais rapidamente do que outras empresas. Essa eficiência tem sido um diferencial competitivo em um cenário onde ameaças se tornam mais complexas e frequentes.

Os estudos mais recentes indicam que as organizações que lideram em cibersegurança têm enfrentado com sucesso o aumento no uso de IA e ferramentas avançadas como a IA generativa. Esse movimento não apenas protege as operações, mas também auxilia outras áreas do negócio a adotar a IA com segurança, integrando a cibersegurança como uma parte essencial do processo.

Porém, o papel dos Chief Information Security Officers (CISOs) vai além de proteger sistemas e dados. Eles precisam ser proativos, atuando como facilitadores da transformação digital e utilizando a cibersegurança como um meio de gerar valor para toda a organização. A ideia de “departamento do não” está sendo substituída por um conceito mais moderno, onde a segurança se torna um facilitador de inovação.

A IA generativa, por sua vez, tem se destacado como um campo de desafios e oportunidades na cibersegurança. Com sua ampla aplicação, surgem novas vulnerabilidades que as empresas precisam prever e mitigar. Assim, a cibersegurança deve evoluir para garantir que a adoção de IA seja feita de maneira segura e responsável, protegendo a infraestrutura digital contra ataques sofisticados.

A chave para o sucesso, no entanto, está no equilíbrio entre automação e supervisão humana. A IA tem demonstrado ser extremamente eficaz na detecção de ameaças, analisando grandes volumes de dados em tempo real e identificando padrões de ataque antes que eles causem danos. No entanto, essa automação precisa ser complementada por uma governança sólida e por uma supervisão responsável, garantindo que o uso da tecnologia esteja alinhado com os objetivos estratégicos das empresas.

Os ganhos em eficiência são claros. Empresas que adotam IA em suas operações de segurança relatam melhorias de até 40% nas operações, permitindo que os CISOs façam mais com menos. Essa eficiência não só reduz custos, como também fortalece a resiliência das organizações contra ameaças em constante evolução.

À medida que a IA se integra cada vez mais nas funções de negócios, os líderes de cibersegurança devem assumir um papel de protagonismo, não apenas reagindo às mudanças, mas moldando o futuro digital das empresas. Esses líderes agora são responsáveis por garantir que a cibersegurança seja uma parte integral das iniciativas de IA, permitindo que as empresas inovem com confiança e segurança.

Com essa postura estratégica, a cibersegurança se posiciona como uma facilitadora da inovação, permitindo que as organizações explorem todo o potencial da IA sem comprometer a segurança. Esse é o caminho para um crescimento sustentável, onde tecnologia e segurança caminham lado a lado, garantindo que as empresas estejam preparadas para o futuro digital.

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ATAQUE HACKER EXPÕE VULNERABILIDADE EM SERVIDOR TERCEIRIZADO

A Fortinet, empresa de destaque no setor de cibersegurança, foi alvo de um ataque que resultou em um vazamento de dados significativo. O incidente envolveu o roubo e a divulgação de 440 GB de informações extraídas de um servidor da companhia, que estava hospedado na plataforma Microsoft SharePoint. O autor do ataque, conhecido pelo pseudônimo Fortibitch, tentou extorquir a empresa exigindo um pagamento para não liberar os dados. Contudo, após a recusa da Fortinet em negociar, o hacker divulgou o conteúdo em fóruns especializados em crimes cibernéticos, detalhando como acessar as informações roubadas.

Em comunicado oficial, a Fortinet confirmou o ataque e destacou que apenas “um número limitado de arquivos” foi comprometido. Esses dados estavam armazenados em um servidor de um parceiro terceirizado, no caso, a Microsoft. Embora a empresa não tenha revelado detalhes sobre a natureza dos arquivos expostos, mencionou que “um pequeno número de clientes” foi afetado, correspondendo a cerca de 0,3% de sua base de usuários.

A empresa garantiu que já entrou em contato com os clientes afetados para oferecer suporte. Até o momento, a Fortinet não observou qualquer atividade maliciosa decorrente do vazamento e não precisou interromper suas operações. Além disso, uma investigação independente foi iniciada para apurar os detalhes do ataque e compreender o que levou à falha de segurança.

Este caso reforça a importância de práticas rigorosas de cibersegurança, especialmente quando se utiliza serviços em nuvem de terceiros. As consequências de uma invasão como essa podem ser severas, não só pela exposição de informações confidenciais, mas também pelo potencial impacto na confiança dos clientes e parceiros. A resposta rápida e a transparência da Fortinet são exemplos de boas práticas, embora o incidente ressalte a necessidade constante de evolução em estratégias de proteção de dados e resposta a ameaças cibernéticas.