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GOLPES VIRTUAIS COM PHISHING E O PAPEL DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O phishing consolidou-se como o golpe digital mais frequente no Brasil. Nos últimos doze meses, foram mais de 550 milhões de ataques identificados apenas no país, o que representa em média 1,5 milhão por dia. Esses números ajudam a dimensionar a escala do problema: praticamente três tentativas de fraude para cada habitante.

Como o golpe funciona

Os links maliciosos circulam por e-mail, SMS, WhatsApp e outras redes sociais. A fraude ocorre de duas formas principais:

  1. O clique no link instala um programa que invade o celular ou computador, com acesso a dados sensíveis.
  2. O próprio usuário, acreditando tratar-se de um procedimento legítimo, insere suas informações pessoais diretamente no site falso.

Um episódio que chamou atenção envolveu o desvio de valores significativos de sistemas do governo federal após o vazamento de credenciais de funcionários, obtidas justamente por meio de phishing.

O avanço da Inteligência Artificial

A disseminação de golpes foi potencializada pelo uso de inteligência artificial e automação robótica (RPA). Hoje, criminosos conseguem disparar milhões de mensagens em apenas algumas horas. O processo é industrializado: robôs geram, personalizam e enviam links falsos em escala, com capacidade de atingir milhares de usuários por minuto.

Essa automação também explica o crescimento de 85% nos ataques em relação ao ano anterior. Além da velocidade, a IA tem tornado as mensagens mais convincentes, dificultando a identificação por parte das vítimas.

Vulnerabilidades e alvos preferenciais

Os governos e as empresas de grande porte estão entre os principais alvos, mas a indústria e o mercado financeiro concentram a maior parte das tentativas. Ainda que o setor bancário brasileiro invista mais em segurança digital do que outros países, continua sob constante ameaça.

Outro ponto de atenção é o uso inadequado de ferramentas de IA por funcionários de empresas. Muitas vezes, dados corporativos são inseridos em plataformas públicas para geração de relatórios ou textos, sem que se perceba o risco de exposição.

Como se proteger

A proteção contra esse tipo de fraude exige medidas técnicas e comportamentais:

  • Desconfiar de links suspeitos: nunca clicar em mensagens inesperadas que pedem atualização de cadastro ou confirmação de dados.
  • Instalar sistemas de segurança: antivírus e soluções de proteção em dispositivos bloqueiam boa parte das tentativas.
  • Manter atualizações em dia: tanto do sistema operacional quanto dos aplicativos.
  • Não salvar senhas no navegador: reduz a chance de vazamento imediato em caso de comprometimento.

Impactos mais frequentes

As consequências para vítimas de phishing variam, mas envolvem:

  • prejuízos financeiros,
  • bloqueio de contas,
  • roubo de identidade,
  • perda de dados pessoais e profissionais,
  • vazamento de credenciais de serviços digitais.

A combinação de desatenção do usuário e sofisticação tecnológica dos criminosos cria um ambiente fértil para ataques. A prevenção depende tanto de investimentos em segurança quanto da construção de uma cultura digital mais consciente.

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ENGENHARIA SOCIAL: COMO GOLPES DIGITAIS USAM A PSICOLOGIA PARA ENGANAR

Quando se fala em crimes digitais, é comum imaginar códigos, softwares maliciosos e invasões complexas. No entanto, há uma técnica que dispensa qualquer linha de programação e se apoia unicamente na interação humana: a engenharia social. Trata-se de um método de persuasão e manipulação psicológica usado para induzir pessoas a revelar informações confidenciais, executar ações prejudiciais ou permitir acesso a sistemas restritos.

O diferencial dessa prática é que ela atua diretamente sobre o comportamento humano, explorando confiança, medo, urgência e empatia. Ao invés de forçar tecnicamente uma invasão, o golpista direciona seus esforços para influenciar decisões, valendo-se de dados reais obtidos de forma ilícita ou por exposição pública nas redes sociais. É um ataque silencioso, mas altamente efetivo, justamente por utilizar informações que a vítima não imagina estarem comprometidas.

Entre as estratégias mais comuns estão anúncios falsos, links enganosos, mensagens persuasivas e até contatos presenciais. Técnicas como clickbait, campanhas falsas e anúncios patrocinados simulam comunicações legítimas para atrair a atenção e induzir respostas rápidas. A lógica é simples: é mais fácil convencer alguém a abrir a porta do que arrombá-la.

Dentro desse método, destacam-se algumas modalidades frequentes:

  • Phishing: envio de e-mails ou mensagens falsas que direcionam a vítima para páginas clonadas de bancos, órgãos públicos ou empresas conhecidas, explorando sentimentos como medo ou urgência.
  • Vishing: golpes aplicados por voz, geralmente com o criminoso se passando por funcionário de instituições financeiras para solicitar dados ou transferências.
  • Smishing: fraude por mensagens de texto (SMS), normalmente com links maliciosos ou instruções falsas.
  • Clonagem de WhatsApp: acesso à conta da vítima após obtenção do código de verificação, permitindo pedidos de transferência de valores para contatos próximos.
  • Falsa central de atendimento: ligação fraudulenta informando supostas irregularidades na conta da vítima, induzindo-a a fornecer senhas, tokens ou a transferir valores para contas de terceiros.

Do ponto de vista jurídico, a prática pode se enquadrar em diferentes tipos penais. O estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, é o mais comum, caracterizado pela obtenção de vantagem ilícita mediante fraude. Também podem ser aplicados dispositivos que tratam da invasão de dispositivo informático (art. 154-A), falsidade ideológica ou documental, além de sanções previstas no Marco Civil da Internet e na Lei Geral de Proteção de Dados, quando há uso indevido de informações pessoais.

A prevenção exige atenção redobrada. Desconfiar de solicitações urgentes, verificar a autenticidade de links e contatos, confirmar informações diretamente pelos canais oficiais e adotar autenticação em dois fatores são medidas eficazes para reduzir riscos. Também é recomendável limitar a exposição de dados pessoais na internet e manter hábitos de navegação mais criteriosos.

No ambiente corporativo, a proteção vai além de ferramentas tecnológicas. É essencial promover treinamentos periódicos para que colaboradores reconheçam sinais de manipulação, realizem simulações de ataques para aumentar a capacidade de detecção e implementem protocolos claros de verificação de identidade. Limitar o acesso a dados sensíveis e estabelecer regras rígidas para comunicações externas são práticas que fortalecem a segurança e reduzem a margem de ação dos criminosos.

A engenharia social demonstra que, no campo da cibersegurança, o elo humano continua sendo um ponto de vulnerabilidade. Reconhecer isso e adotar uma postura preventiva é o primeiro passo para dificultar a ação de quem busca explorar falhas comportamentais antes mesmo de enfrentar barreiras técnicas.

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CUIDADO COM SITES FALSOS: SAIBA COMO EVITAR GOLPES AO COMPRAR PELA INTERNET

Com o aumento expressivo das compras realizadas pela internet, também se intensificaram os relatos de fraudes envolvendo sites falsos. É cada vez mais comum que consumidores façam pagamentos por produtos anunciados online e simplesmente não recebam o que foi prometido. Dados de uma pesquisa recente revelam que cerca de um terço dos brasileiros já foi vítima ou alvo de tentativa de golpe. Entre os que possuem maior escolaridade e renda, os índices sobem ainda mais, superando os 40%.

Os golpes são orquestrados com sofisticação. Os estelionatários criam páginas que imitam com precisão lojas conhecidas do varejo digital, utilizando nomes semelhantes e domínios quase idênticos aos originais, muitas vezes com alterações discretas como a troca de uma letra ou a inserção de símbolos. Os sites apresentam visual profissional e promoções chamativas, o que facilita a ilusão de segurança e conveniência. O consumidor, por sua vez, só percebe o engano após a ausência da entrega ou ao tentar entrar em contato com canais de atendimento que não existem.

A atuação policial e os órgãos de proteção ao consumidor têm intensificado os alertas, principalmente em estados com maior índice de tentativas de fraude. Apenas em 2024, foi identificado que mais de 1% de todas as transações realizadas no país foram, na verdade, tentativas de golpe. Algumas unidades da federação se destacam negativamente nesse contexto, figurando entre as mais afetadas.

Para reduzir os riscos, é fundamental adotar práticas seguras na hora de comprar. Antes de fechar qualquer pedido, recomenda-se verificar a existência do certificado de segurança (o ícone de cadeado na barra do navegador), consultar o CNPJ da empresa, buscar avaliações em sites independentes e desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do valor praticado no mercado. Links recebidos por aplicativos de mensagem ou redes sociais devem ser tratados com cautela, já que frequentemente são usados como porta de entrada para fraudes. Medidas adicionais, como a ativação da autenticação em duas etapas e o cuidado em não fornecer dados pessoais ou bancários fora de ambientes seguros, também são indispensáveis.

Caso o consumidor perceba que foi enganado, a orientação é registrar imediatamente um boletim de ocorrência, comunicar o banco ou administradora do cartão utilizado na transação e buscar apoio jurídico especializado. A atuação técnica adequada pode ser determinante para viabilizar a reparação dos danos sofridos. O direito à proteção é garantido por lei, e o acesso a canais legítimos de reparação contribui para o fortalecimento da confiança nas relações digitais.

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GOLPE DA “CNH SOCIAL DIGITAL” UTILIZA NOME DE ÓRGÃOS PÚBLICOS PARA ENGANAR CIDADÃOS

Um novo tipo de golpe tem circulado pelas redes sociais, utilizando o nome da CNH Social como isca para obter dados pessoais e dinheiro de cidadãos de baixa renda. A promessa é atraente: a obtenção gratuita da primeira Carteira Nacional de Habilitação, supostamente oferecida por meio de parceria entre o Governo Federal, os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e autoescolas credenciadas.

A fraude se apresenta com aparência profissional. As mensagens, divulgadas em redes sociais, levam a uma página que imita o layout de portais de notícias conhecidos. Os textos informam que o suposto benefício teria sido lançado em 1º de maio e convidam os interessados a se inscreverem por meio de links com chamadas como “Solicite agora”. A página seguinte simula um portal do governo federal e exige que o usuário preencha informações como CPF, nome completo, telefone e e-mail. Na sequência, surge uma cobrança de taxa no valor de R$ 58,71, supostamente destinada a “evitar solicitações indevidas”. Também são exibidos nomes de centros de formação de condutores, induzindo o usuário a acreditar que já está com uma vaga garantida.

É importante destacar que, quando existe, o benefício da CNH Social é gratuito. O Detran de São Paulo, por exemplo, já esclareceu que não participa desse programa e que não solicita pagamentos por meio de PIX ou por plataformas externas. A prática relatada configura golpe, com objetivo de obter dados pessoais e valores indevidos, além de potencial risco de uso indevido das informações coletadas.

Quem foi vítima da fraude deve registrar boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil (delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br). Também é recomendável acionar o banco ou operadora de cartão de crédito para tentar o bloqueio da transação ou estorno do valor.

Atenção e desconfiança são indispensáveis diante de ofertas divulgadas por links externos e redes sociais. Informações sobre programas oficiais devem sempre ser confirmadas diretamente nos canais institucionais dos governos estaduais ou do governo federal.

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COMPRAS ON-LINE NO DIA DOS NAMORADOS: COMO EVITAR GOLPES E PROTEGER SEUS DADOS

Com a chegada do Dia dos Namorados, cresce o movimento no comércio eletrônico. Presentes comprados com antecedência, ofertas tentadoras e praticidade na entrega tornam as lojas virtuais uma escolha comum. Mas é justamente nessa época que criminosos se aproveitam da pressa e da empolgação para aplicar golpes. Por isso, antes de fechar a compra, é importante tomar alguns cuidados simples que fazem toda a diferença.

A seguir, veja 5 orientações práticas para comprar com mais segurança:

1. Consulte a reputação da loja
Antes de inserir qualquer dado pessoal ou financeiro, busque saber mais sobre a loja. Sites de reclamação e avaliações de consumidores são aliados importantes para identificar se a empresa costuma cumprir o que promete. Dê preferência a marcas conhecidas ou que tenham avaliações positivas em diferentes plataformas.

2. Confirme se o site é confiável
Empresas legítimas normalmente apresentam informações claras de contato, como endereço físico, e-mail institucional e telefone. Se esses dados estiverem ausentes ou parecerem genéricos, convém repensar a compra.
Outro ponto importante é observar as formas de pagamento. Opções como cartão de crédito via plataformas seguras (PayPal, PagSeguro, Stripe) indicam mais confiabilidade. Já pedidos de pagamento via Pix ou transferência direta, sem nota fiscal ou garantia, podem esconder tentativas de fraude. As políticas de troca, entrega e privacidade também devem estar visíveis e bem redigidas.

3. Não salve dados do cartão no navegador
Pode parecer conveniente, mas manter informações bancárias salvas no navegador ou no celular aumenta o risco em caso de invasão. Sempre que possível, evite esse recurso e prefira digitar os dados manualmente em cada compra.

4. Cuidado com e-mails promocionais
É comum receber mensagens com descontos e ofertas especiais nesta época. No entanto, vale redobrar a atenção ao clicar em links. Confira se o e-mail realmente veio da loja, observando o domínio — o que aparece após o símbolo “@”. Endereços genéricos, como @gmail.com ou @hotmail.com, dificilmente são usados por empresas sérias para contato com clientes.

5. Ofertas exageradas merecem desconfiança
Promoções com preços muito abaixo da média ou produtos raros em “estoque ilimitado” devem acender um alerta. Nessas situações, o objetivo do golpista é, muitas vezes, apenas capturar dados pessoais ou bancários do consumidor. Sempre compare os preços com outras lojas e reflita antes de agir por impulso.

Comprar on-line pode ser seguro e vantajoso, desde que o cuidado venha antes da empolgação. Ao seguir essas orientações, você protege suas informações e evita cair em fraudes.

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GOLPE DO FALSO INTERMEDIÁRIO: ATENÇÃO REDOBRADA NAS VENDAS DE VEÍCULOS PELA INTERNET

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins, por meio de seu núcleo voltado à proteção do consumidor, divulgou um alerta importante sobre um tipo de golpe que tem se repetido com frequência nas negociações de veículos pela internet. Trata-se de uma fraude que afeta tanto quem está vendendo quanto quem pretende comprar um automóvel, especialmente em transações feitas por aplicativos, redes sociais ou plataformas de anúncios.

O golpe se inicia quando o criminoso entra em contato com o verdadeiro anunciante do veículo, fingindo interesse na compra. Ele informa que está adquirindo o carro para outra pessoa — como um familiar ou funcionário — e pede fotos, vídeos e todos os dados do automóvel.

De posse dessas informações, o estelionatário cria um novo anúncio em seu próprio nome, geralmente com um preço bem mais baixo do que o de mercado, o que chama a atenção de potenciais compradores. Quando um interessado aparece, o golpista diz que está vendendo o veículo de uma terceira pessoa, que supostamente lhe deve dinheiro, e por isso estaria autorizado a fazer a negociação.

O encontro entre o comprador e o verdadeiro dono do carro é então marcado, mas o golpista orienta ambos a evitarem qualquer conversa sobre valores. O comprador, sem saber da fraude, transfere o pagamento diretamente para a conta do criminoso. Com o dinheiro em mãos, o golpista desaparece, deixando o comprador no prejuízo e o vendedor sem entender o que aconteceu, podendo inclusive ser envolvido em suspeitas de má-fé.

Sinais que merecem atenção

Algumas atitudes comuns desse tipo de estelionatário ajudam a identificar o golpe:

  • Recusa em realizar chamadas de vídeo ou voz;
  • Insistência em fechar o negócio rapidamente;
  • Preço muito abaixo da média de mercado;
  • Informações bancárias que não correspondem ao nome do vendedor;
  • Tentativa de impedir um encontro direto entre comprador e vendedor real.

Cuidados ao negociar

Para evitar esse tipo de transtorno, a orientação é sempre:

  • Falar diretamente com o dono do veículo;
  • Priorizar plataformas já conhecidas e com boa reputação;
  • Desconfiar de pressa para fechar o negócio ou pedidos de adiantamento de valor;
  • Confirmar os dados bancários antes de qualquer pagamento;
  • Formalizar o acordo com um contrato e verificar presencialmente o bem antes de qualquer transferência de dinheiro.

Em operações envolvendo valores altos, como a compra de um veículo, o cuidado com cada etapa da negociação pode evitar prejuízos sérios. Ficar atento e buscar confirmar a identidade das partes envolvidas ainda é a forma mais segura de realizar esse tipo de transação.

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COMO EVITAR O GOLPE DE TAXAÇÃO DE COMPRAS INTERNACIONAIS POR E-MAIL

Um novo golpe virtual está atingindo consumidores que realizam compras internacionais, especialmente importações da China. A abordagem começa com um e-mail falso, que parece ser enviado pelos Correios, informando que uma remessa foi taxada. O destinatário é então direcionado para um site que simula o visual dos Correios, onde são solicitados dados pessoais, como o CPF.

No site, uma imagem gerada por inteligência artificial exibe uma caixa de encomenda, com o nome completo e o CPF da vítima, acompanhada de uma solicitação de pagamento de uma taxa para liberar a suposta mercadoria retida na Receita Federal. No entanto, essa imagem não contém informações reais, como o endereço de entrega.

Os Correios esclarecem que não enviam e-mails sobre encomendas nem são responsáveis pela taxação de produtos importados, um processo que é de competência exclusiva da Receita Federal. Somente após o pagamento dos impostos devidos, a mercadoria pode ser liberada para entrega pelos Correios. A Polícia Civil relatou que esse golpe tem adotado novas abordagens, incluindo o uso de inteligência artificial para criar documentos falsificados que enganam os usuários.

O acesso a dados pessoais, muitas vezes provenientes de vazamentos em bancos, facilita a atuação dos criminosos. Para evitar cair nesse tipo de golpe, os consumidores devem verificar o status de suas encomendas diretamente pelo aplicativo oficial dos Correios. Através do menu “Minhas Importações”, é possível acompanhar o processo de taxação e realizar o pagamento devido, caso necessário, utilizando apenas o código de rastreamento da encomenda, sem a necessidade de fornecer o CPF ou outras informações pessoais.

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EXEMPLOS DE PHISHING COMUNS EM EMPRESAS

Você recebe um e-mail do setor de TI informando que sua senha expirou e precisa ser alterada em até 24 horas. O link parece legítimo, a urgência é convincente e, sem pensar muito, você clica. Pronto: acaba de entregar suas credenciais a um golpista. Essa situação acontece diariamente em empresas de todos os tamanhos e setores. O phishing, uma das fraudes mais comuns no mundo digital, não precisa de muito esforço para funcionar—basta um clique no lugar errado.

A seguir, veja alguns dos golpes mais frequentes e como evitá-los.

1. O E-mail do “Suporte Técnico”

Esse golpe geralmente envolve uma mensagem que parece vir da equipe de TI da empresa. O e-mail informa que há um problema com sua conta, que sua senha expirou ou que você precisa confirmar suas credenciais. O tom é sempre urgente, criando pressão para agir rapidamente.
Como evitar: Antes de clicar, verifique se o remetente é confiável e, em caso de dúvida, entre em contato diretamente com o suporte da empresa.

2. O “Boleto Falso” do Financeiro

Empresas recebem e pagam dezenas de boletos por mês. Golpistas sabem disso e enviam cobranças falsas se passando por fornecedores conhecidos. Muitas vezes, os valores não são tão altos, justamente para não levantar suspeitas.
Como evitar: Antes de pagar qualquer boleto, confira os dados bancários e valide com o fornecedor ou com o setor financeiro.

3. O Falso Convite Para Reunião

Um e-mail informando que você foi adicionado a uma reunião importante do Zoom, Microsoft Teams ou Google Meet pode ser uma isca perfeita. Ao clicar no link, você pode ser direcionado para um site falso que solicita login e senha.
Como evitar: Em vez de clicar no link, entre na plataforma de reuniões manualmente e veja se há mesmo um evento agendado.

4. A Falsa Atualização de Software

Essa tentativa de phishing pode vir por e-mail ou até mesmo como um pop-up no navegador. O alerta diz que você precisa atualizar um software essencial, como antivírus ou ferramentas internas da empresa. O clique instala um malware que pode roubar dados ou até mesmo permitir o acesso remoto ao seu computador.
Como evitar: Baixe atualizações apenas dos sites oficiais e consulte o time de TI antes de instalar qualquer coisa.

5. O SMS ou WhatsApp da “Alta Direção”

Imagine que seu chefe ou diretor financeiro te manda um WhatsApp pedindo um pagamento urgente ou transferência de fundos para um fornecedor novo. A pressão do cargo alto faz com que muitos colaboradores nem questionem a solicitação.
Como evitar: Antes de agir, confirme com a pessoa por outro meio, como uma ligação ou um e-mail enviado para o endereço corporativo.

Os golpes de phishing se aproveitam da pressa e da confiança dos funcionários para roubar dados e dinheiro. A melhor defesa não está na tecnologia, mas na atenção e na desconfiança saudável ao lidar com e-mails, mensagens e links suspeitos. Antes de clicar, pare e pergunte a si mesmo: isso faz sentido? Muitas vezes, só essa pausa já é suficiente para evitar um grande problema.

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MULHER É LEVADA A ACREDITAR EM RELACIONAMENTO FALSO COM BRAD PITT

Uma mulher francesa foi vítima de um golpe sofisticado que usou imagens geradas por inteligência artificial para fazê-la acreditar que estava em um relacionamento com o ator norte-americano Brad Pitt. Durante mais de um ano, ela transferiu 830 mil euros (cerca de R$ 5,1 milhões) aos golpistas, que alegavam precisar do dinheiro para um tratamento de saúde do suposto astro.

A abordagem começou nas redes sociais em fevereiro de 2023, quando a vítima foi contatada por uma conta que se passava pela mãe do ator. Depois de algumas conversas, outra conta, representando o próprio Pitt, entrou em contato. Os criminosos usaram tecnologia para criar imagens e mensagens personalizadas, aumentando a credibilidade do golpe.

Os golpistas alegaram que o ator enfrentava dificuldades financeiras devido ao congelamento de suas contas bancárias, resultado de um processo de divórcio. Com isso, convenceram a mulher a realizar diversas transferências bancárias, prometendo reembolsá-la assim que sua situação fosse resolvida.

A farsa começou a desmoronar quando notícias sobre o relacionamento real do ator vieram a público. Ao perceber o golpe, a vítima decidiu compartilhar sua história em uma entrevista ao canal francês TF1. Após a exibição, no entanto, ela enfrentou assédio e ridicularização nas redes sociais, levando a emissora a remover o conteúdo de circulação.

O caso começou após a vítima compartilhar fotos de férias em uma estação de esqui nos Alpes, quando foi abordada pelos golpistas. Durante as conversas, ela revelou detalhes sobre sua vida pessoal, incluindo sua estabilidade financeira após um divórcio, o que pode ter motivado os criminosos a avançarem com o esquema.

Este episódio ressalta os perigos de golpes online que utilizam tecnologia de ponta, como a inteligência artificial. Especialistas reforçam a importância de desconfiar de interações virtuais, especialmente quando envolvem pedidos financeiros ou informações sensíveis.

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ESTELIONATO DIGITAL: MULHER PERDE QUASE R$ 10 MIL EM TRANSAÇÕES FRAUDULENTAS

Uma mulher de São José do Rio Preto (SP) foi vítima de um golpe de reconhecimento facial, que resultou na perda de quase R$ 10 mil no dia 23 de outubro de 2024. O caso, que vem gerando preocupação sobre a segurança digital, destaca a forma sofisticada com que golpistas estão explorando vulnerabilidades tecnológicas.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que, após anunciar a venda de cadeiras online, foi contatada por um suposto comprador. Durante as negociações, o indivíduo conseguiu persuadir a mulher a acessar seus aplicativos bancários e, por meio de uma chamada de vídeo, utilizou o reconhecimento facial para desbloquear a conta da vítima.

A manobra permitiu ao golpista realizar uma série de transferências que totalizaram R$ 9.820,37. Em busca de justiça, a vítima compareceu à Central de Flagrantes, apresentou os comprovantes das transações e registrou a ocorrência, que foi classificada como estelionato. O caso está agora sob investigação, trazendo à tona questões importantes sobre as precauções necessárias ao lidar com transações digitais e aplicativos bancários.

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CRIMINOSOS USAM IDENTIDADE DE ROBERTO CARLOS PARA ENGANAR VÍTIMAS

Uma cidadã de Londrina, Paraná, foi vítima de um golpe conhecido como “golpe do amor”, um esquema onde estelionatários manipulam emocionalmente suas vítimas para obter vantagens financeiras. A mulher, ao perceber que havia sido enganada, recorreu à polícia local especializada em estelionatos.

O golpe envolveu um perfil falso de uma rede social, onde o criminoso se passava pelo cantor Roberto Carlos. Alegando enfrentar problemas financeiros devido ao bloqueio de sua conta bancária e à ação de hackers, o golpista afirmou que não conseguia acessar seus fundos. Essa abordagem criou um cenário de confiança que levou a vítima a acreditar na história.

Prometendo devolver o dinheiro e oferecendo a oportunidade de um encontro pessoal durante um cruzeiro organizado pelo suposto cantor, o estelionatário convenceu a mulher a realizar várias transferências. Na tentativa de ajudar, a vítima usou todas as suas economias e ainda contraiu empréstimos em seu nome. Apenas quando os prejuízos se acumularam e o contato foi interrompido, ela percebeu que havia caído em um esquema de fraude.

Apesar de a polícia estar investigando as transações bancárias para identificar os responsáveis, as chances de recuperar os valores são reduzidas, dada a dificuldade em rastrear o dinheiro nessas operações. O prejuízo financeiro, segundo as autoridades, é considerado expressivo, mas não foi detalhado.

Para alertar seus fãs sobre esse tipo de golpe, a equipe de Roberto Carlos publicou uma nota em sua conta oficial no Instagram, esclarecendo que o artista não mantém perfis secretos nas redes sociais e não faz contato direto com admiradores, muito menos solicita ajuda financeira.

O “golpe do amor” é uma prática que tem se espalhado pelo país, especialmente em casos onde os criminosos exploram a fragilidade emocional das vítimas, muitas vezes em busca de conexões pessoais ou atraídas por perfis de figuras públicas. A recomendação é sempre desconfiar de perfis não verificados e de pedidos de transferência de dinheiro, que podem ser indícios de ações fraudulentas.

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VULNERABILIDADE DE SEGURANÇA EM SERVIÇOS BANCÁRIOS COLOCA 135 MIL USUÁRIOS EM RISCO

Recentemente, uma falha de segurança em uma plataforma de serviços bancários online expôs informações pessoais e financeiras de cerca de 135 mil clientes em diversos países da América Latina. A brecha foi descoberta em 24 de maio, e entre os afetados estão moradores da República Dominicana, México, Equador, El Salvador, Bolívia e Costa Rica. O maior impacto foi sentido na República Dominicana, onde aproximadamente 100 mil pessoas tiveram seus dados comprometidos.

A vulnerabilidade decorreu da ausência de autenticação em sete instâncias de armazenamento Azure Blob, utilizadas para armazenar dados sensíveis, como nomes completos, nomes de usuário de aplicativos financeiros, e-mails e números de telefone. Esse cenário expôs os clientes ao risco de ataques de phishing e outras formas de fraude digital.

As instituições que utilizam os serviços da plataforma são, em sua maioria, bancos de pequeno e médio porte e entidades de microfinanças, cuja atuação é voltada para atender comunidades locais. Embora os dados vazados não permitam acesso direto às contas bancárias, a exposição pode facilitar tentativas de fraudes, especialmente por meio de engenharia social, onde os atacantes se passam por representantes de instituições financeiras para obter informações mais sigilosas.

Um dos maiores riscos é o chamado “recheio de credenciais”, onde os criminosos utilizam as informações vazadas para tentar acessar contas em outras plataformas, caso os usuários reutilizem senhas. Esse incidente ressalta a importância de uma política robusta de segurança digital, especialmente no setor financeiro, onde a proteção de dados pessoais é fundamental.

A vulnerabilidade foi corrigida e o acesso aos dados comprometidos foi bloqueado. No entanto, até o momento, a plataforma responsável pelos serviços não fez uma declaração oficial sobre o ocorrido. Instituições financeiras afetadas também estão sendo contatadas para esclarecimentos.