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TOQUE FANTASMA: COMO FUNCIONA O GOLPE QUE MIRA PAGAMENTOS POR APROXIMAÇÃO

Nos últimos anos, a popularização dos pagamentos por aproximação trouxe praticidade, mas também abriu espaço para novas modalidades de fraude. Uma delas é o chamado toque fantasma, um golpe sofisticado que combina engenharia social com exploração da tecnologia NFC (Near Field Communication).

Nesse esquema, o criminoso convence a vítima a instalar um aplicativo aparentemente legítimo, enviado por SMS, e-mail ou mensagem instantânea. Após a instalação, o usuário é induzido a aproximar o cartão do celular, acreditando estar apenas validando informações. Na realidade, o app malicioso captura o token criptografado gerado pela transação NFC, que tem duração de segundos e deveria ser usado apenas uma vez. Com esse código em mãos, o golpista, utilizando outro dispositivo, executa pagamentos em tempo real como se fosse o titular.

Diferenças em relação a outros golpes

Embora guarde semelhanças com o chamado “mão fantasma”, as duas práticas têm alvos distintos. O “mão fantasma” mira diretamente o internet banking, por meio da instalação de trojans que permitem acesso remoto ao dispositivo da vítima. Já o toque fantasma foca no uso do cartão físico ou digital, explorando a tecnologia de aproximação sem que seja necessário, num primeiro momento, o roubo de senhas.

Há também uma variação que ocorre quando o cartão é roubado fisicamente. Nesse caso, o criminoso utiliza aplicativos preparados para extrair dados por NFC, conseguindo realizar compras dentro do limite autorizado para pagamentos sem senha.

Por que a fraude é possível?

A tecnologia NFC foi projetada para ser segura: cada operação gera um código único, de uso único e imediato. O que o golpe faz é sincronizar a captura e a utilização desse token em tempo real, antes que ele expire. Trata-se, portanto, menos de uma falha técnica e mais de uma exploração da boa-fé do usuário, induzido a colaborar com a fraude ao instalar o aplicativo e seguir as instruções do golpista.

Risco ampliado pelo fator psicológico

A engenharia social é a engrenagem principal desse golpe. Os fraudadores costumam telefonar se passando por representantes de instituições financeiras, já munidos de informações como nome completo ou CPF, o que torna a abordagem mais convincente. A sensação de urgência e a promessa de “validação de segurança” são gatilhos comuns usados para manipular a vítima.

Esse aspecto torna o problema ainda mais delicado: uma vez que o próprio usuário instalou o app e aproximou o cartão, o ressarcimento por parte das instituições financeiras nem sempre é garantido.

Como se proteger

Algumas medidas práticas podem reduzir o risco de ser vítima:

  • Nunca instale aplicativos enviados por links em mensagens; use apenas as lojas oficiais (Google Play ou Apple Store).
  • Desconfie de ligações que pedem validação de dados bancários; instituições financeiras não solicitam esse tipo de ação por telefone.
  • Bloqueie imediatamente cartões roubados ou extraviados e registre boletim de ocorrência.
  • Defina limites de valor para compras por aproximação, ajustados ao seu perfil de consumo.
  • Jamais informe senha ou PIN em aplicativos que não sejam os oficiais do banco.
  • Atenção a mensagens que geram pânico ou urgência – são sinais clássicos de manipulação.

O golpe do toque fantasma mostra que, mais do que vulnerabilidades técnicas, o elo mais explorado ainda é o comportamento humano. A prevenção depende, portanto, tanto do uso consciente das ferramentas digitais quanto da manutenção de uma postura crítica diante de abordagens suspeitas.

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COMO IDENTIFICAR E EVITAR GOLPES DE MEDICAMENTOS VENDIDOS PELA INTERNET

A alta nos preços e a dificuldade de acesso a medicamentos com prescrição têm levado muitos consumidores a recorrer à internet em busca de alternativas rápidas, discretas e financeiramente atrativas. Essa busca, porém, tem se tornado um terreno fértil para grupos criminosos altamente organizados, que exploram a vulnerabilidade de quem precisa de tratamentos urgentes.

Investigações recentes revelaram uma operação internacional que envolve mais de cinco mil páginas falsas, todas projetadas para se passar por farmácias legítimas. O golpe, apelidado de PharmaFraud, combina engenharia social, falsificação de identidade corporativa e o uso intensivo de inteligência artificial para convencer usuários a fornecer dados pessoais, efetuar pagamentos e, em alguns casos, receber produtos falsificados ou sem qualquer registro sanitário.

Esses criminosos exploram especialmente medicamentos de alta procura, oferecendo-os com preços reduzidos, sem exigir receita e prometendo entrega sigilosa. Entre os produtos anunciados estão tratamentos para disfunção erétil, medicamentos para perda de peso e diabetes, antibióticos, hormônios e até substâncias ligadas a falsas promessas de cura para a COVID-19. Muitos deles são versões genéricas não regulamentadas, produzidas sem controle de qualidade e potencialmente perigosas.

Para conquistar a confiança da vítima, esses sites utilizam recursos visuais profissionais, sistemas de atendimento virtual e avaliações fictícias cuidadosamente elaboradas. O objetivo é criar uma falsa sensação de credibilidade, levando o consumidor a acreditar que está comprando de uma fonte segura.

As estratégias de ataque incluem:

  • Inserção de códigos maliciosos em sites médicos legítimos para redirecionar o usuário.
  • Manipulação de resultados de busca para colocar páginas falsas nas primeiras posições.
  • Publicação de artigos e blogs sobre saúde, produzidos com auxílio de IA, que direcionam para as falsas farmácias.
  • Criação de portais de “avaliações” repletos de depoimentos falsos.

Além do risco de receber medicamentos falsificados ou inadequados, o consumidor pode sofrer prejuízos financeiros e ter sua identidade roubada, já que muitos desses sites solicitam dados médicos, pessoais e bancários por meio de formulários inseguros. Há também solicitações de pagamento em criptomoedas ou outros meios que dificultam qualquer tentativa de estorno.

Estudos apontam que a imensa maioria das farmácias virtuais atua fora das normas legais. Somente nos primeiros seis meses de 2025, ferramentas de proteção digital impediram que quase um milhão de usuários caíssem nesses golpes.

Como se proteger

  • Sempre buscar orientação médica antes de adquirir medicamentos.
  • Comprar apenas de farmácias licenciadas e registradas nos órgãos competentes.
  • Desconfiar de preços muito abaixo do mercado ou da dispensa de receita médica.
  • Evitar fornecer dados pessoais ou financeiros a sites que não apresentem informações claras de contato e registro.
  • Utilizar soluções de segurança digital capazes de identificar páginas falsas e bloquear transações suspeitas.

O comércio ilegal de medicamentos na internet representa uma ameaça real, tanto à saúde quanto à segurança patrimonial dos consumidores. A prevenção começa pela informação e pela adoção de práticas seguras ao buscar qualquer tratamento online.

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CLONAGEM DE DADOS BANCÁRIOS POR VÍRUS EM CELULARES: COMO SE PROTEGER E QUAIS OS DIREITOS DO CONSUMIDOR

Foi identificado um novo tipo de software malicioso voltado à clonagem de dados de cartões de crédito por meio de dispositivos móveis. Essa ameaça digital atua de maneira sofisticada, explorando vulnerabilidades de segurança em aplicativos e sistemas operacionais desatualizados, o que tem resultado em prejuízos financeiros e violações de dados pessoais.

Sob a perspectiva jurídica, quando uma transação fraudulenta ocorre em decorrência de falhas de segurança nos sistemas bancários ou operacionais das operadoras de cartão, pode-se atribuir responsabilidade às instituições financeiras. Esse entendimento está alinhado ao que dispõe o Código de Defesa do Consumidor e à jurisprudência que trata de fraudes bancárias, reforçando a obrigação dessas entidades de garantir a proteção adequada dos dados dos clientes.

Em situações dessa natureza, recomenda-se que o titular do cartão comunique imediatamente a instituição financeira, solicite o bloqueio do cartão e formalize a contestação das transações indevidas. Além disso, o registro de boletim de ocorrência e o acompanhamento contínuo da movimentação financeira são ações recomendadas para mitigar danos.

Do ponto de vista técnico, os ataques analisados indicam a atuação de grupos organizados utilizando códigos maliciosos avançados, como o NGate, operando a partir de ambientes externos ao território nacional. Diante disso, a implementação de mecanismos de autenticação de múltiplos fatores (2FA), o uso de senhas complexas e exclusivas, e a atualização regular de softwares são práticas indispensáveis para usuários individuais.

Para o setor empresarial, soluções de resposta a incidentes e inteligência contra ameaças digitais, como EDR (Endpoint Detection and Response) e plataformas de Threat Intelligence, constituem elementos estratégicos de proteção e monitoramento preventivo.

As ações dos criminosos geralmente começam por meio de mensagens que simulam comunicações oficiais de instituições bancárias, com o objetivo de induzir a vítima ao fornecimento de dados confidenciais. É fundamental compreender que bancos legítimos não solicitam dados sensíveis por canais como SMS ou aplicativos de mensagens instantâneas. Portanto, qualquer solicitação com esse teor deve ser tratada com cautela, sendo recomendável validar a autenticidade diretamente com os canais oficiais da instituição.

Adicionalmente, a legislação brasileira, por meio da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), estabelece a obrigação das empresas em manter práticas transparentes no tratamento de dados pessoais, o que inclui a clareza quanto à coleta, finalidade e segurança das informações. Essa obrigação legal pode, inclusive, servir de base para aferição da legitimidade das comunicações recebidas por clientes e usuários.

A articulação entre medidas jurídicas, técnicas e preventivas, aliada à conscientização dos usuários, é essencial para enfrentar as ameaças digitais e fortalecer a cultura de proteção de dados no ambiente eletrônico.

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GOLPISTA É PRESO POR FRAUDES ENVOLVENDO VENDAS DE PRODUTOS DOMÉSTICOS EM CEILÂNDIA

Um homem de 24 anos foi preso em Ceilândia, no Distrito Federal, sob a acusação de aplicar golpes contra idosos utilizando a venda de produtos domésticos como fachada. A prisão ocorreu durante a Operação Kitchen, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que também cumpriu mandados de busca e apreensão, resultando na recuperação de máquinas de cartão supostamente usadas nos crimes.

O esquema consistia em atrair as vítimas, geralmente idosos, com a oferta de utensílios para o lar a preços extremamente baixos, sob a promessa de promoções imperdíveis. Ao realizar o pagamento com cartão, os valores cobrados eram fraudulentamente alterados, muito acima do combinado. Em um dos casos investigados, uma vítima teve um prejuízo de R$ 3,6 mil.

A investigação revelou que o suspeito já possuía histórico criminal por crimes graves e utilizava veículos alugados para dificultar sua identificação, além de planejar cuidadosamente as abordagens, escolhendo vítimas vulneráveis. Segundo as autoridades, o crime configura-se como estelionato, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão, dependendo da sentença.

A PCDF reforça o alerta à população, especialmente aos idosos, para que desconfiem de ofertas que aparentam ser vantajosas demais. É essencial não fornecer dados pessoais a desconhecidos e denunciar comportamentos suspeitos imediatamente às autoridades.

Este caso destaca a importância de uma maior conscientização sobre práticas de segurança e de vigilância no momento de realizar transações financeiras, especialmente quando o cenário envolve indivíduos oferecendo produtos ou serviços fora de estabelecimentos comerciais confiáveis.

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FOTOS DE BRASILEIROS NA DEEP WEB AUMENTA RISCO DE FRAUDES FINANCEIRAS

Um vasto vazamento de fotos de brasileiros, que possivelmente foram obtidas de bancos de dados policiais, está circulando gratuitamente em fóruns da Deep Web. Mais de 300 mil imagens foram disponibilizadas para download em um dos fóruns, em uma descoberta recente feita por especialistas em cibersegurança. Esse acesso exige créditos pagos, que são trocados pelo download gratuito do conteúdo, expondo milhares de fotos ao alcance de criminosos.

As imagens, supostamente relacionadas a indivíduos em situação de autuação, podem ter origem em bancos de dados policiais de diversos estados, entre eles o Espírito Santo. Algumas apresentam características típicas de fotografias usadas em documentos brasileiros, como RGs e carteiras de motorista, o que levanta preocupações significativas sobre seu possível uso em fraudes financeiras. Com o material, golpistas poderiam se beneficiar de tentativas de criar contas bancárias falsas, solicitar crédito de forma fraudulenta ou até desenvolver fraudes avançadas, como a criação de deepfakes.

Alerta às empresas e consumidores

O vazamento coloca especialmente empresas do setor financeiro em estado de alerta, dado o risco de um aumento nas tentativas de fraudes. Especialistas recomendam que empresas revisem e reforcem seus protocolos de segurança para mitigar o potencial de golpes envolvendo documentos forjados. O acesso massivo a imagens autênticas, distribuídas gratuitamente, pode impulsionar significativamente as fraudes ao permitir a criação de perfis fictícios visualmente realistas.

Por sua vez, consumidores também devem ficar atentos a comunicações suspeitas. Contatos não solicitados de instituições financeiras, solicitando a confirmação de dados pessoais, devem ser redobrados, especialmente aqueles feitos via e-mail ou telefone. Nesse contexto, os cidadãos são orientados a procurar as instituições diretamente, evitando confiar em contatos que possam ser tentativas de phishing. Com uma simples busca por imagens, criminosos conseguem vincular dados como nome, idade e informações de redes sociais ao rosto exibido, facilitando ataques direcionados.

O cenário de cibercrime no Brasil

O cenário de fraudes digitais no Brasil é único e tem se destacado por características próprias. Criminosos locais, voltados para fraudes financeiras, encontram na dark web uma série de ferramentas específicas para explorar as vulnerabilidades de pessoas físicas. Ações como o uso fraudulento de cartões de crédito e transferências via PIX são comuns, muitas vezes em colaboração com grupos de outros países. Além das fraudes contra consumidores, esses grupos têm atuado contra empresas nacionais, utilizando ransomware e sequestro de dados, com o intuito de obter vantagens financeiras.

Esses acontecimentos reforçam a importância de um controle robusto de segurança digital, tanto por parte das empresas quanto dos consumidores, em um contexto onde a exposição de dados é cada vez mais comum e perigosa.

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CRIMINOSOS USAM IDENTIDADE DE ROBERTO CARLOS PARA ENGANAR VÍTIMAS

Uma cidadã de Londrina, Paraná, foi vítima de um golpe conhecido como “golpe do amor”, um esquema onde estelionatários manipulam emocionalmente suas vítimas para obter vantagens financeiras. A mulher, ao perceber que havia sido enganada, recorreu à polícia local especializada em estelionatos.

O golpe envolveu um perfil falso de uma rede social, onde o criminoso se passava pelo cantor Roberto Carlos. Alegando enfrentar problemas financeiros devido ao bloqueio de sua conta bancária e à ação de hackers, o golpista afirmou que não conseguia acessar seus fundos. Essa abordagem criou um cenário de confiança que levou a vítima a acreditar na história.

Prometendo devolver o dinheiro e oferecendo a oportunidade de um encontro pessoal durante um cruzeiro organizado pelo suposto cantor, o estelionatário convenceu a mulher a realizar várias transferências. Na tentativa de ajudar, a vítima usou todas as suas economias e ainda contraiu empréstimos em seu nome. Apenas quando os prejuízos se acumularam e o contato foi interrompido, ela percebeu que havia caído em um esquema de fraude.

Apesar de a polícia estar investigando as transações bancárias para identificar os responsáveis, as chances de recuperar os valores são reduzidas, dada a dificuldade em rastrear o dinheiro nessas operações. O prejuízo financeiro, segundo as autoridades, é considerado expressivo, mas não foi detalhado.

Para alertar seus fãs sobre esse tipo de golpe, a equipe de Roberto Carlos publicou uma nota em sua conta oficial no Instagram, esclarecendo que o artista não mantém perfis secretos nas redes sociais e não faz contato direto com admiradores, muito menos solicita ajuda financeira.

O “golpe do amor” é uma prática que tem se espalhado pelo país, especialmente em casos onde os criminosos exploram a fragilidade emocional das vítimas, muitas vezes em busca de conexões pessoais ou atraídas por perfis de figuras públicas. A recomendação é sempre desconfiar de perfis não verificados e de pedidos de transferência de dinheiro, que podem ser indícios de ações fraudulentas.

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INVESTIGAÇÃO REVELA PIRÂMIDE FINANCEIRA DE R$ 280 MILHÕES

Recentemente, um esquema bilionário envolvendo investimentos em criptomoedas foi desmascarado, revelando um esquema de pirâmide que resultou em um prejuízo estimado em R$ 280 milhões. A operação, investigada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, apontou que milhares de investidores foram prejudicados ao depositar suas economias em uma promessa de altos retornos com investimentos em bitcoins.

A fraude, que afetou diversos perfis de investidores, incluindo ex-atletas de destaque, demonstrou o poder de persuasão e a sofisticação por trás dessas operações. Um dos pontos centrais do esquema foi o uso de uma figura pública fictícia que atuava como CEO de uma das empresas envolvidas. O responsável por coordenar a operação, na verdade, utilizava esse artifício para desviar a atenção e evitar ser diretamente associado às atividades ilícitas.

No Brasil, as investigações da Polícia Federal revelaram que as fraudes não se limitavam ao território americano, mas que também envolviam diversas empresas locais que movimentaram bilhões de reais. Em 2022, estima-se que o volume movimentado por essas empresas ultrapassou os R$ 4 bilhões, impactando cerca de 15 mil pessoas que ainda aguardam algum tipo de compensação pelo valor investido.

As autoridades brasileiras, em colaboração com os agentes internacionais, realizaram uma série de operações, incluindo mandados de busca e apreensão, na tentativa de desmantelar a estrutura criminosa. Contudo, mesmo após ser preso, o líder da operação continuou a montar novos esquemas, usando o nome de ex-colaboradores para manter as atividades fraudulentas em funcionamento. Recentemente, ele foi detido novamente, acusado de crimes como lavagem de dinheiro e fraudes contra o sistema financeiro.

A fraude expôs, mais uma vez, a vulnerabilidade dos investidores diante de promessas de altos retornos e a necessidade de uma maior conscientização sobre os riscos associados a investimentos em criptomoedas, especialmente quando os rendimentos prometidos estão muito acima das práticas de mercado.

As investigações continuam, e os prejudicados aguardam ansiosamente por medidas que possam garantir a recuperação, ao menos parcial, dos recursos investidos.

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MULHER PERDE R$ 25 MIL EM ESQUEMA DE INVESTIMENTO FALSO

Uma mulher de 44 anos, atuante no setor jurídico, foi vítima de um esquema de fraude financeira, resultando em um prejuízo de R$ 25 mil, na cidade de Marília. O golpe foi arquitetado por um grupo que se apresentava como uma consultoria especializada, oferecendo suporte em investimentos em ativos digitais.

Segundo relato da vítima às autoridades, ela foi atraída por um anúncio veiculado na internet, o qual a direcionou para um grupo de WhatsApp. Neste ambiente, os golpistas, utilizando-se de promessas de rendimentos elevados, se passavam por operadores financeiros. Para reforçar a credibilidade, o grupo se apropriou do nome de uma corretora de renome internacional, criando um cenário de confiança para as vítimas.

Acreditando que os recursos seriam transferidos para uma corretora estrangeira, a vítima realizou seu cadastro e deu início às transferências bancárias. Contudo, logo percebeu que os valores foram bloqueados, impossibilitando o saque e sem obter o suporte prometido.

Os administradores do grupo, que orientavam as transações de compra e venda de criptoativos, são os principais suspeitos de participação no esquema fraudulento. A vítima forneceu às autoridades todos os dados de contato e números telefônicos dos envolvidos.

O caso agora está sob a responsabilidade da equipe especializada em crimes cibernéticos da Polícia Civil de Marília, que irá conduzir as investigações para identificar os responsáveis e recuperar os valores desviados.

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COMO PROTEGER SEUS DADOS PESSOAIS DE FRAUDES FINANCEIRAS

Um novo golpe, conhecido como “golpe do cashback”, está enganando consumidores ao usar o nome de órgãos de defesa do consumidor para aparentar legitimidade. A tática dos criminosos é disfarçada de uma oferta vantajosa, mas na verdade, é uma armadilha para roubar dados pessoais e financeiros.

Entenda como o golpe funciona:

Mensagens e anúncios em redes sociais divulgam informações falsas, alegando que operadoras de cartões de crédito estariam escondendo valores que deveriam ser devolvidos aos clientes em forma de cashback. Para dar veracidade à farsa, essas mensagens incluem supostas reportagens afirmando que os Procons estariam obrigando as operadoras a devolver esses valores.

Cashback, em sua essência, é um benefício onde parte do valor gasto em uma compra é devolvido ao cliente, seja em dinheiro, seja em descontos em compras futuras. No entanto, neste golpe, as vítimas são induzidas a acreditar que têm valores a receber e são incentivadas a clicar em um link suspeito.

Ao clicar no link, o consumidor é levado a preencher um formulário, fornecendo informações pessoais e até mesmo os dados do cartão de crédito. Logo após, é informado sobre um suposto valor a ser devolvido, mas para liberá-lo, é exigido o pagamento de uma taxa. Após o pagamento, os golpistas encerram o contato, bloqueiam a vítima e ficam com os dados pessoais e financeiros que podem ser utilizados para outras fraudes.

Como se proteger:

Qualquer informação sobre benefícios ou devoluções deve ser verificada diretamente com a instituição financeira ou operadora do cartão. Nunca confie em mensagens ou links enviados por redes sociais ou aplicativos de mensagens. Ofertas que parecem boas demais para ser verdade geralmente são falsas.

Se o consumidor perceber que caiu em um golpe, deve agir rapidamente. É crucial informar a instituição financeira sobre o ocorrido para tentar reverter a transação e, em seguida, registrar um boletim de ocorrência. Além disso, é importante bloquear o cartão cujo número foi fornecido para evitar novos danos.

Mantenha-se alerta e desconfie sempre de ofertas que fogem do comum. A prevenção é a melhor proteção contra fraudes financeiras.

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COMO A INSEGURANÇA FINANCEIRA AFETA MILHÕES DE BRASILEIROS

Nos últimos 12 meses, o Brasil tem enfrentado uma preocupante escalada nas tentativas de golpes financeiros, com impressionantes 4.678 casos ocorrendo a cada hora via aplicativos de mensagem ou chamadas telefônicas. Esses números foram revelados por uma pesquisa conduzida pelo Datafolha em colaboração com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Essas fraudes, comumente conhecidas como “golpe do 0800”, “golpe da confirmação de compra” ou “golpe da falsa central de atendimento”, caracterizam-se por abordagens em que os criminosos se passam por representantes de empresas, buscando enganar as vítimas para que realizem compras ou transferências de dinheiro.

A pesquisa traz um recorte específico de 4.504 tentativas de golpe envolvendo transferências ou boletos falsos. Nesses casos, os golpistas se disfarçam de funcionários bancários, afirmando que estão verificando uma tentativa de compra ou transferência, geralmente de valores expressivos, para extrair informações financeiras sensíveis e, consequentemente, subtrair dinheiro das contas das vítimas.

Conduzido entre os dias 11 e 17 de junho, o levantamento entrevistou 2.508 pessoas de diversas regiões do país. A projeção dos casos foi feita com base na proporção de entrevistados que relataram ter sido vítimas desses golpes nos últimos 12 meses, ajustada ao tamanho da população total. A pesquisa possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Além desses golpes via ligação ou aplicativo, outras fraudes envolvendo tecnologias de pagamento também se destacaram. Foram registrados 4.633 casos de consumidores que desconfiaram de ofertas com preços muito abaixo do mercado na internet, além de 2.506 ocorrências de pessoas que pagaram por produtos que jamais foram entregues.

Particularmente alarmantes são os 1.979 casos de vítimas de golpes envolvendo Pix ou boletos falsos, e as 1.226 pessoas que sofreram com fraudes em cartões de crédito. Além disso, a pesquisa estima que 1.220 pessoas são vitimadas por hora através de golpes financeiros via publicidade digital.

Embora o avanço dos meios de pagamento digital seja evidente e cada vez mais preferido pela população, os golpes tradicionais continuam a causar prejuízos. Foram registrados 1.713 casos por hora de recebimento de cédulas falsas e 482 de fraudes envolvendo maquininhas de cartão.

O estudo também fornece estimativas da população total afetada por cada tipo de golpe, refletindo um cenário onde a segurança financeira está cada vez mais em risco, exigindo maior vigilância e adoção de medidas preventivas por parte dos consumidores e das instituições financeiras.

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EXPERIMENTO REVELA VULNERABILIDADES DOS INVESTIDORES ONLINE

A recente experiência conduzida pela ANBIMA e pela CVM revela um cenário preocupante no contexto dos investimentos financeiros online. Com um experimento meticulosamente elaborado, essas instituições demonstraram que quase metade dos indivíduos que interagiram com o anúncio de uma falsa corretora de valores podem ter sido expostos a potenciais golpes financeiros.

A simulação envolveu a criação de uma página fictícia de uma corretora de criptomoedas, repleta de indicadores típicos de fraudes, como promessas de lucros exorbitantes sem riscos, erros gramaticais evidentes e falta de informações cruciais, como o CNPJ da empresa. Surpreendentemente, mais de 49 mil dos 104 mil visitantes únicos da página manifestaram interesse em investir dinheiro através da corretora fictícia.

O redirecionamento desses visitantes para conteúdo educativo, alertando sobre os perigos de fraudes e fornecendo orientações para se protegerem, ressalta a importância vital da educação financeira na sociedade. É importante destacar a necessidade de reconhecer os sinais de alerta, como promessas de resultados garantidos e pressões para decisões imediatas, como indicadores de possíveis fraudes financeiras.

Além disso, a CVM e a ANBIMA enfatizam a importância de verificar a legitimidade das instituições antes de realizar investimentos, oferecendo ferramentas gratuitas para consulta. No entanto, os resultados do experimento indicam que ainda há uma lacuna significativa na conscientização e na educação financeira da população em geral.

Essa preocupação não é nova. Em experimentos anteriores, realizados entre 2022 e 2023, uma proporção semelhante de visitantes demonstrou interesse em ofertas de investimento fraudulentas. Essa constatação reforça a necessidade contínua de iniciativas educativas e preventivas para combater fraudes financeiras.

Portanto, a iniciativa da ANBIMA e da CVM não apenas ilustra os perigos enfrentados pelos investidores online, mas também destaca a urgência de medidas educativas e regulatórias para proteger o público contra fraudes financeiras. Este esforço se alinha com a agenda estratégica da ANBIMA para os próximos anos, destacando a importância da educação financeira como uma pedra angular para a estabilidade e a segurança do mercado de capitais.

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COMO IDENTIFICAR E EVITAR FRAUDES DE BOLETO E QR CODE

Um novo tipo de golpe online está tornando cada vez mais desafiador distinguir fraudes em pagamentos. Criminosos estão manipulando boletos e códigos QR do Pix, unindo-os ao código de barras de um boleto para desviar fundos para contas de terceiros.

Esse método faz parte de uma atualização na ferramenta “Reboleto,” permitindo que os golpistas editem boletos e códigos QR diretamente no e-mail das vítimas, direcionando os valores para contas de laranjas. Especialistas em segurança cibernética recentemente identificaram essa abordagem no Brasil, destacando a criatividade dos fraudadores.

O “Reboleto” permite editar qualquer e-mail, incluindo PDFs anexados. Isso representa um risco significativo, pois empresas de serviços como energia, telecomunicações, saneamento e outros setores enviam boletos e contas de consumo por e-mail, muitas vezes com a opção de pagamento via QR Code Pix.

O que torna o “Reboleto” especialmente perigoso é que os criminosos realizam a fraude diretamente na caixa de e-mail da vítima. Portanto, as dicas convencionais de checar o remetente ou erros de ortografia não são eficazes para identificar essa ameaça.

Os especialistas alertam que a única forma de evitar esse golpe é estar atento no momento do pagamento, observando alterações no nome do destinatário após escanear o código de barras ou QR Code. Isso requer cuidado extra, pois todo o processo de fraude, incluindo a edição das faturas, é feito manualmente após o acesso não autorizado à caixa de e-mail da vítima.

Para se proteger, recomenda-se verificar atentamente os dados do destinatário no momento do pagamento. Se os dados de uma pessoa desconhecida aparecerem, é provável que você esteja lidando com um boleto fraudulento. Além disso, confira se os detalhes do boleto correspondem aos dados fornecidos pelo serviço de Débito Direto Automático (DDA) no internet banking.

Ativar a autenticação de dois fatores no e-mail pode ajudar a bloquear o acesso não autorizado dos criminosos. Isso oferece uma camada extra de proteção, tornando mais difícil para os fraudadores invadirem sua caixa de entrada.