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TOQUE FANTASMA: COMO FUNCIONA O GOLPE QUE MIRA PAGAMENTOS POR APROXIMAÇÃO

Nos últimos anos, a popularização dos pagamentos por aproximação trouxe praticidade, mas também abriu espaço para novas modalidades de fraude. Uma delas é o chamado toque fantasma, um golpe sofisticado que combina engenharia social com exploração da tecnologia NFC (Near Field Communication).

Nesse esquema, o criminoso convence a vítima a instalar um aplicativo aparentemente legítimo, enviado por SMS, e-mail ou mensagem instantânea. Após a instalação, o usuário é induzido a aproximar o cartão do celular, acreditando estar apenas validando informações. Na realidade, o app malicioso captura o token criptografado gerado pela transação NFC, que tem duração de segundos e deveria ser usado apenas uma vez. Com esse código em mãos, o golpista, utilizando outro dispositivo, executa pagamentos em tempo real como se fosse o titular.

Diferenças em relação a outros golpes

Embora guarde semelhanças com o chamado “mão fantasma”, as duas práticas têm alvos distintos. O “mão fantasma” mira diretamente o internet banking, por meio da instalação de trojans que permitem acesso remoto ao dispositivo da vítima. Já o toque fantasma foca no uso do cartão físico ou digital, explorando a tecnologia de aproximação sem que seja necessário, num primeiro momento, o roubo de senhas.

Há também uma variação que ocorre quando o cartão é roubado fisicamente. Nesse caso, o criminoso utiliza aplicativos preparados para extrair dados por NFC, conseguindo realizar compras dentro do limite autorizado para pagamentos sem senha.

Por que a fraude é possível?

A tecnologia NFC foi projetada para ser segura: cada operação gera um código único, de uso único e imediato. O que o golpe faz é sincronizar a captura e a utilização desse token em tempo real, antes que ele expire. Trata-se, portanto, menos de uma falha técnica e mais de uma exploração da boa-fé do usuário, induzido a colaborar com a fraude ao instalar o aplicativo e seguir as instruções do golpista.

Risco ampliado pelo fator psicológico

A engenharia social é a engrenagem principal desse golpe. Os fraudadores costumam telefonar se passando por representantes de instituições financeiras, já munidos de informações como nome completo ou CPF, o que torna a abordagem mais convincente. A sensação de urgência e a promessa de “validação de segurança” são gatilhos comuns usados para manipular a vítima.

Esse aspecto torna o problema ainda mais delicado: uma vez que o próprio usuário instalou o app e aproximou o cartão, o ressarcimento por parte das instituições financeiras nem sempre é garantido.

Como se proteger

Algumas medidas práticas podem reduzir o risco de ser vítima:

  • Nunca instale aplicativos enviados por links em mensagens; use apenas as lojas oficiais (Google Play ou Apple Store).
  • Desconfie de ligações que pedem validação de dados bancários; instituições financeiras não solicitam esse tipo de ação por telefone.
  • Bloqueie imediatamente cartões roubados ou extraviados e registre boletim de ocorrência.
  • Defina limites de valor para compras por aproximação, ajustados ao seu perfil de consumo.
  • Jamais informe senha ou PIN em aplicativos que não sejam os oficiais do banco.
  • Atenção a mensagens que geram pânico ou urgência – são sinais clássicos de manipulação.

O golpe do toque fantasma mostra que, mais do que vulnerabilidades técnicas, o elo mais explorado ainda é o comportamento humano. A prevenção depende, portanto, tanto do uso consciente das ferramentas digitais quanto da manutenção de uma postura crítica diante de abordagens suspeitas.

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FRAUDES VIRTUAIS E A VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR DIGITAL

Os golpes virtuais deixaram de ser exceção e passaram a integrar a rotina de milhões de brasileiros. Levantamentos recentes mostram que, nos últimos doze meses, aproximadamente um terço da população foi vítima de prejuízos financeiros decorrentes dessas práticas ilícitas, o que corresponde a mais de cinquenta milhões de pessoas.

As pesquisas de comportamento digital indicam um interesse cada vez maior por informações ligadas a fraudes em sites e boletos falsos. Esse movimento não é recente: desde 2004 já se observava crescimento nas buscas, com uma inflexão expressiva a partir de 2014. Apenas nos dois últimos anos, a procura por esclarecimentos sobre esse tipo de crime aumentou em torno de 60% em comparação ao período anterior.

Um levantamento sobre os golpes mais consultados em buscadores digitais revela o tamanho da preocupação. O chamado “golpe do Pix” aparece no topo da lista, seguido por fraudes no WhatsApp, falsas comunicações do INSS, falsos contatos de advogados e mensagens atribuídas aos Correios. A variedade de modalidades reforça a sofisticação dos criminosos e a dificuldade de prevenção por parte da sociedade.

Entre os diferentes tipos de fraude, os relacionados ao Pix e aos boletos falsos estão entre os que geraram maiores perdas financeiras. Estatísticas apontam que a probabilidade de a população sofrer esse tipo de golpe é várias vezes superior à de outros crimes digitais, evidenciando um ponto de vulnerabilidade grave no sistema de pagamentos e na relação de confiança estabelecida no ambiente virtual.

A constatação de que um em cada três brasileiros já perdeu recursos financeiros por meio dessas práticas demonstra não apenas a disseminação dos golpes, mas também a urgência de ampliar a conscientização, investir em segurança tecnológica e fortalecer a educação digital como forma de proteção coletiva.

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BANCOS, TECNOLOGIA E SEGURANÇA: COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ REDEFININDO A PREVENÇÃO A GOLPES

O aumento das transações digitais trouxe consigo um desafio constante: a sofisticação das tentativas de fraude. De acordo com levantamento internacional sobre tendências de fraude multicanal, quase um terço dos consumidores ao redor do mundo perdeu dinheiro em golpes digitais no último ano. No Brasil, a pesquisa revelou que 40% dos entrevistados foram alvo de tentativas de fraude por e-mail, internet, telefone ou mensagens de texto em 2024, sendo que 10% efetivamente caíram nos golpes. A perda média relatada ultrapassou R$ 6 mil por vítima.

Os criminosos têm utilizado redes bem estruturadas, técnicas de engenharia social e até ferramentas automatizadas para contornar mecanismos tradicionais de segurança. Diante disso, especialistas apontam a Inteligência Artificial (IA) e o Aprendizado de Máquina (ML) como recursos estratégicos capazes de transformar a forma como instituições financeiras identificam e previnem fraudes em tempo real.

A principal vantagem dessas tecnologias está na adaptação contínua. Modelos baseados em IA não ficam restritos a parâmetros fixos; eles aprendem e se ajustam diariamente, antecipando-se a padrões de fraude que antes passavam despercebidos. Com isso, os bancos conseguem reagir de maneira mais ágil e, sobretudo, preventiva, fortalecendo a confiança de seus clientes e preservando a integridade de suas operações.

Contudo, não basta que apenas as instituições invistam em soluções tecnológicas. O usuário também precisa adotar práticas seguras para evitar golpes bancários. Entre as principais recomendações estão:

  • Evitar clicar em links suspeitos.
  • Desconfiar de mensagens alarmistas que criam senso de urgência.
  • Ativar alertas de transações em tempo real no banco.
  • Conferir cuidadosamente a origem de e-mails e mensagens antes de acessar links.
  • Confirmar dados do destinatário antes de transferências.
  • Utilizar autenticação em duas etapas.
  • Nunca compartilhar senhas ou informações sigilosas por telefone.

Estudos recentes indicam que as perdas globais relacionadas a fraudes podem ultrapassar US$ 6,8 bilhões até 2027. Além disso, regulamentos nacionais e internacionais impõem às instituições financeiras o fortalecimento contínuo de seus mecanismos de proteção.

A utilização de IA nesse contexto não se limita a detectar irregularidades. Ela permite examinar milhares de pontos de dados em tempo real, identificando padrões complexos de fraude antes que causem prejuízos significativos. O resultado é um sistema mais eficiente, menos invasivo e com maior capacidade de integração ao dia a dia das operações bancárias, oferecendo segurança sem comprometer a experiência do cliente.

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PIX E GOLPES VIRTUAIS: O QUE O USO DO PIX NOS ENSINA SOBRE RISCO E PREVENÇÃO

Desde sua implementação em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos Pix alterou profundamente a maneira como os brasileiros lidam com transações financeiras. Com transferências realizadas em tempo real, disponíveis todos os dias da semana, o Pix se consolidou como o meio de pagamento preferido por grande parte da população. Em 2025, essa preferência se mantém, impulsionada principalmente pela praticidade, agilidade e ausência de tarifas na maioria das operações entre pessoas físicas.

No entanto, a popularização do sistema também revelou desafios relevantes, especialmente no que se refere à segurança digital. A praticidade que torna o Pix tão atrativo é a mesma que pode ser explorada por criminosos, que desenvolveram métodos cada vez mais sofisticados para enganar usuários e subtrair valores de maneira ilícita. As fraudes envolvendo o Pix têm provocado prejuízos consideráveis, muitas vezes superiores ao valor do salário mínimo, e afetam diretamente a percepção de segurança no uso da ferramenta.

Entre os golpes mais recorrentes estão os que envolvem QR Codes manipulados. Eles são utilizados tanto em estabelecimentos físicos quanto em plataformas de e-commerce, redirecionando pagamentos para contas sob controle dos fraudadores. Há ainda fraudes baseadas na falsa oferta de produtos ou serviços, nas quais o pagamento é realizado, mas o bem jamais é entregue ao consumidor. Também é comum o uso de aplicativos de mensagens instantâneas para aplicar golpes por meio da clonagem de contas, levando os criminosos a se passarem pelas vítimas para solicitar transferências a contatos próximos. Recentemente, perfis em redes sociais passaram a ser empregados na mesma lógica, ampliando as possibilidades de atuação dos fraudadores.

A sofisticação dos métodos empregados demanda atenção redobrada por parte dos usuários, além de medidas preventivas por empresas e instituições financeiras. A proteção dos dados pessoais, a verificação rigorosa de destinatários e a desconfiança diante de pedidos inesperados de valores são algumas das atitudes recomendadas para mitigar riscos. O avanço tecnológico que o Pix representa exige, portanto, que seu uso seja acompanhado de consciência e responsabilidade digital.

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GOLPE DO “SUPORTE BANCÁRIO FALSO” SE TORNA O NOVO MÉTODO PARA DESVIAR VALORES VIA PIX NO BRASIL

Desde 2024, uma nova estratégia de fraude digital tem ganhado espaço no Brasil e já foi registrada mais de 10 mil vezes. O método consiste em ligações telefônicas em que criminosos se passam por atendentes de centrais bancárias, alegando falhas ou irregularidades na conta da vítima para induzi-la à instalação de um aplicativo legítimo de acesso remoto.

A técnica deriva de antigas práticas de engenharia social, que agora utilizam ferramentas reconhecidas e disponíveis nas lojas oficiais de aplicativos. Diferente das fraudes anteriores baseadas em malwares automatizados, essa abordagem foca no convencimento direto da vítima por meio de interações telefônicas personalizadas.

O processo começa com uma ligação, supostamente do banco, informando sobre problemas no app bancário ou indícios de uso indevido da conta. A vítima, preocupada, é levada a instalar um programa que permite o controle remoto do celular. Na sequência, os golpistas pedem que ela abra o aplicativo bancário, sob o pretexto de corrigir a falha informada. Uma vez que a vítima está logada, o acesso remoto permite que o criminoso realize transferências PIX em segundos, sem que a vítima perceba de imediato.

Na etapa final, solicita-se que a pessoa insira sua senha ou confirme uma suposta atualização do sistema, momento em que o desvio dos valores é efetivado. Quando o golpe é percebido, o valor já foi transferido e, normalmente, é difícil de ser recuperado.

Essas ações têm substituído outra forma de fraude que envolvia o redirecionamento automático de transferências via PIX. A mudança está diretamente relacionada à interrupção da distribuição de um software malicioso específico, que automatizava essas transações fraudulentas. Desde a segunda metade de 2024, os registros dessa modalidade diminuíram de forma expressiva.

A adaptação dos golpistas evidencia como essas práticas se renovam com rapidez e se aproveitam da confiança das vítimas. Embora o golpe anterior envolvesse a instalação de malwares, a nova abordagem se baseia em aplicativos legítimos, o que torna a fraude mais difícil de ser identificada no primeiro momento.

Para minimizar os riscos, recomenda-se atenção redobrada a qualquer contato telefônico não solicitado de instituições financeiras. Bancos não solicitam instalação de aplicativos nem pedem dados sensíveis por telefone. Caso receba uma ligação suspeita, a melhor atitude é encerrar a chamada e buscar contato diretamente pelos canais oficiais da instituição.

Adotar práticas de segurança digital, como o uso de senhas fortes, ativação de autenticação em dois fatores e instalação de soluções confiáveis de proteção contra ameaças digitais, é uma medida prudente para manter a integridade das informações pessoais e bancárias.

A rápida substituição de métodos fraudulentos reforça a necessidade de constante atualização sobre os riscos digitais. A informação, aliada a práticas conscientes de uso da tecnologia, continua sendo uma das formas mais eficazes de evitar prejuízos.

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NÚMERO DE INFECÇÕES POR MALWARES BANCÁRIOS NO BRASIL DOBRA EM UM ANO

Entre julho de 2023 e julho de 2024, o Brasil se destacou negativamente no campo da segurança digital, figurando como o país mais afetado por trojans bancários em toda a América Latina. Segundo dados de pesquisa recente, houve um salto de 87% nas infecções no país em apenas um ano. No período, foram mais de 1,6 milhão de ataques bloqueados, o que equivale a mais de 4.600 tentativas por dia.

O país, sozinho, representa metade das infecções registradas na região. Além disso, é responsável por boa parte do desenvolvimento desses códigos maliciosos. Das 18 famílias de trojans mais ativas, 13 tiveram origem identificada no Brasil, o que reforça a atuação local nesse tipo de atividade ilícita.

Entre as ameaças mais recorrentes, destaca-se o Trojan-Banker.Win32.Banbra, presente em 13,71% das tentativas de infecção. Esse malware é voltado ao roubo de dados bancários e costuma ser utilizado para capturar senhas, dados de cartões e redirecionar valores durante operações financeiras feitas pela internet. Seu funcionamento muitas vezes envolve a interceptação de tudo o que é digitado pelo usuário, sem que ele perceba.

A situação também é preocupante em outros países da América Latina. No mesmo intervalo, mais de 3,3 milhões de tentativas de infecção por trojans bancários foram detectadas na região, o que representa um aumento de 28% em relação ao período anterior. A média ultrapassa 9 mil ataques por dia.

No âmbito regional, o trojan Grandoreiro aparece como o mais disseminado, responsável por 16,83% das infecções. Esse tipo de malware foi registrado em pelo menos 150 mil incidentes globais entre janeiro e outubro de 2024. Somente no Brasil, houve 56 mil bloqueios desse trojan. México, Espanha, Argentina e Peru também aparecem entre os mais atingidos.

Mesmo após uma operação policial internacional em março de 2024, que resultou na prisão de cinco envolvidos com o Grandoreiro, novas versões da ameaça já foram identificadas. O grupo por trás da criação do malware atua desde 2016 e costuma disseminar o vírus por meio de mensagens enganosas e estratégias de manipulação psicológica, conhecidas como engenharia social. Uma vez instalado no dispositivo da vítima, o trojan coleta informações confidenciais, especialmente dados financeiros.

O Grandoreiro também tem sido distribuído sob o modelo de serviço, permitindo que outras pessoas adquiram o código para aplicar golpes semelhantes em diferentes países.

Esses dados demonstram que a proteção contra fraudes digitais exige atenção constante, tanto por parte dos usuários quanto das instituições financeiras. Medidas como a verificação de remetentes de e-mails, uso de autenticação em duas etapas e atualização frequente de sistemas seguem sendo indispensáveis para reduzir o risco de infecção por esse tipo de software malicioso.

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COMO PROTEGER SEUS RECURSOS DE FRAUDES QUE USAM MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA

Nos últimos tempos, temos visto o aumento de golpes financeiros cada vez mais sofisticados, que exploram a vulnerabilidade emocional das vítimas. Uma tática comum que tem sido utilizada por criminosos envolve a criação de um cenário de falsa urgência e pressão psicológica, no qual a vítima é convencida a transferir seus recursos para contas de terceiros sob o pretexto de proteção.

Esses golpes frequentemente começam com uma ligação de um suposto representante de uma instituição bancária ou até mesmo de autoridades policiais. Os golpistas alegam que a agência da vítima ou o gerente responsável estão sob investigação e, para evitar que seus fundos sejam comprometidos, orientam a transferência de valores para contas indicadas por eles. Em alguns casos, boletins de ocorrência falsificados são enviados para dar maior credibilidade à farsa, ou até mesmo nomes de entidades reconhecidas são mencionados para tornar a história mais convincente.

O ponto central desses golpes é manipular o medo e a ansiedade das vítimas, criando uma sensação de emergência que as faz agir impulsivamente, sem a devida reflexão. A verdade, porém, é que nenhum banco ou autoridade policial jamais solicitará a transferência de recursos por telefone ou qualquer outro meio de contato não oficial. Trata-se de uma tentativa clara de fraude.

A melhor forma de se proteger contra esse tipo de golpe é, primeiramente, manter a calma diante de qualquer situação que pareça suspeita. Se você receber uma ligação desse tipo, encerre o contato imediatamente. Em seguida, entre em contato com sua instituição financeira por meio de canais oficiais – como o número de telefone de atendimento ao cliente que consta no seu extrato bancário ou no site oficial do banco – para confirmar a veracidade da informação.

Em tempos de fraudes digitais cada vez mais avançadas, é fundamental que os consumidores estejam atentos e saibam identificar sinais de alerta. A prudência e a busca por informações nos canais corretos são as melhores defesas contra esses criminosos, que só prosperam quando conseguem explorar a insegurança das pessoas. Portanto, fique atento e nunca compartilhe dados bancários ou realize transferências sem ter certeza absoluta da legitimidade do pedido.

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO ESSENCIAIS PARA USUÁRIOS DE INTERNET BANKING

A digitalização dos serviços bancários transformou profundamente a maneira como lidamos com as finanças, trazendo consigo tanto facilidades quanto novos desafios em segurança digital. O uso de internet banking tornou possível a realização de transações a partir de qualquer lugar, mas também expôs os usuários a riscos que demandam uma atenção redobrada para a proteção de dados sensíveis.

Para reforçar a segurança nas operações online, diversas instituições financeiras têm desenvolvido ferramentas especializadas, como módulos de segurança, que funcionam como uma barreira adicional contra ameaças cibernéticas. Essas soluções operam identificando e bloqueando atividades suspeitas de forma automatizada, evitando possíveis danos antes mesmo de acontecerem. Além disso, atualizam-se automaticamente, dispensando a necessidade de ações frequentes por parte dos usuários. A vigilância em tempo real e a emissão de alertas em caso de riscos são características essenciais que permitem uma resposta ágil para mitigar ameaças.

Entretanto, apesar dos esforços das instituições para fortalecer a segurança, criminosos digitais continuam a encontrar maneiras de explorar vulnerabilidades. Entre as estratégias mais comuns de fraude estão e-mails falsos que tentam se passar por comunicações legítimas, mensagens que solicitam atualizações de segurança fraudulentas e tentativas de coleta de dados por meio de mensagens de texto ou aplicativos.

Proteger-se contra essas fraudes exige a adoção de práticas seguras. Algumas medidas eficazes incluem: nunca compartilhar informações bancárias através de canais não oficiais, verificar a legitimidade de mensagens e links recebidos e manter os softwares de proteção e antivírus sempre atualizados. Conferir a autenticidade de contatos de instituições financeiras por meio dos canais oficiais é outro passo importante.

A prevenção é a chave para manter a segurança bancária em um ambiente digital. Usuários bem-informados e atentos às boas práticas de segurança têm menores chances de cair em golpes. Por isso, é essencial consultar regularmente os recursos de segurança disponibilizados pelas instituições financeiras e manter-se atualizado sobre as melhores práticas e novas ferramentas de proteção. Essa postura não só ajuda a evitar fraudes, mas também fortalece a confiança na utilização de serviços digitais de maneira segura e responsável.

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ESTELIONATO DIGITAL: MULHER PERDE QUASE R$ 10 MIL EM TRANSAÇÕES FRAUDULENTAS

Uma mulher de São José do Rio Preto (SP) foi vítima de um golpe de reconhecimento facial, que resultou na perda de quase R$ 10 mil no dia 23 de outubro de 2024. O caso, que vem gerando preocupação sobre a segurança digital, destaca a forma sofisticada com que golpistas estão explorando vulnerabilidades tecnológicas.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que, após anunciar a venda de cadeiras online, foi contatada por um suposto comprador. Durante as negociações, o indivíduo conseguiu persuadir a mulher a acessar seus aplicativos bancários e, por meio de uma chamada de vídeo, utilizou o reconhecimento facial para desbloquear a conta da vítima.

A manobra permitiu ao golpista realizar uma série de transferências que totalizaram R$ 9.820,37. Em busca de justiça, a vítima compareceu à Central de Flagrantes, apresentou os comprovantes das transações e registrou a ocorrência, que foi classificada como estelionato. O caso está agora sob investigação, trazendo à tona questões importantes sobre as precauções necessárias ao lidar com transações digitais e aplicativos bancários.

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OS PERIGOS DO GOLPE DA FALSA CENTRAL BANCÁRIA

Atender uma chamada do banco e ouvir sobre uma atividade suspeita na conta pode ser assustador e desorientador. Essa é a premissa do golpe conhecido como falsa central telefônica, um tipo de fraude que tem se tornado cada vez mais sofisticado e comum. A tática dos criminosos envolve criar um cenário urgente, no qual se passam por funcionários da instituição financeira para enganar as vítimas e obter acesso a informações confidenciais ou realizar transações indevidas.

A abordagem é cuidadosamente planejada, com linguagem técnica e familiaridade com termos do setor financeiro, além de informações pessoais previamente adquiridas. A urgência é um elemento para fazer com que as vítimas ajam rapidamente, sem questionar as instruções. Frequentemente, os golpistas orientam as pessoas a realizar operações via internet banking ou em terminais eletrônicos, momento em que conseguem efetivar a fraude. É fundamental lembrar que instituições financeiras legítimas nunca pedem informações pessoais ou senhas em chamadas não solicitadas. A recomendação principal é que, diante de qualquer ligação suspeita, o cliente encerre a chamada imediatamente e evite fornecer quaisquer dados ou seguir instruções que possam comprometer a segurança de sua conta.

Outro aspecto crítico desse golpe é a tentativa de induzir as vítimas a clicar em links ou instalar aplicativos sob o pretexto de uma “atualização de segurança”. Essa prática pode dar acesso remoto aos dispositivos das vítimas, possibilitando aos golpistas o controle total de dados e operações. Bancos verdadeiros não exigem esse tipo de ação por parte dos clientes; atualizações de segurança são automáticas e realizadas sem a intervenção do usuário.

Uso de Tecnologias para Mascaramento de Números

Uma estratégia comum dos golpistas é o uso de mascaramento de números telefônicos, em que a ligação aparenta vir de um número legítimo da instituição. Ferramentas disponíveis na internet permitem essa simulação, causando confusão e criando uma falsa sensação de segurança. Essa técnica é particularmente perigosa, pois reforça a narrativa dos criminosos e leva as vítimas a “confirmarem” dados pessoais.

Para se proteger, é vital que as pessoas desconfiem de qualquer ligação que envolva pedidos de confirmação de dados sensíveis ou execução de procedimentos bancários. Em caso de dúvida, deve-se entrar em contato com a instituição financeira por meio de canais oficiais e jamais fornecer informações pessoais por impulso.

Ações a Serem Tomadas em Caso de Fraude

Se alguém for vítima desse golpe, é urgente comunicar a situação à instituição financeira por meio de canais seguros ou presencialmente em uma agência. Também é recomendável registrar um Boletim de Ocorrência, que pode contribuir para a prevenção de novos casos e o combate a esses crimes.

A melhor defesa contra fraudes como essa é a informação. Estar sempre atento e desconfiar de contatos inesperados são atitudes fundamentais para proteger suas finanças. Educar-se sobre boas práticas de segurança é um passo essencial para preservar dados e evitar prejuízos.

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CAIXA ALERTA BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA SOBRE FRAUDES

Atenção, beneficiários do Bolsa Família: a CAIXA Econômica Federal alerta sobre a crescente onda de golpes que tem circulado pelas redes sociais, SMS e WhatsApp. Os criminosos estão utilizando estratégias digitais para enganar usuários, enviando links fraudulentos com o objetivo de roubar informações pessoais e acessar contas bancárias.

É importante destacar que a CAIXA não envia links diretamente aos seus clientes. Qualquer comunicação oficial via e-mail é realizada apenas com autorização prévia do titular da conta.

Para sua proteção, seguem algumas recomendações essenciais:

  • Evite clicar em links suspeitos, especialmente aqueles que prometem benefícios ou soluções rápidas;
  • Nunca forneça suas senhas ou informações pessoais em sites e aplicativos desconhecidos;
  • Compartilhe links dos aplicativos da CAIXA apenas por meios oficiais e seguros;
  • Desconfie de mensagens que apresentem ofertas sensacionalistas ou que pareçam “boas demais para ser verdade”;
  • Mantenha suas senhas e dados bancários sob sigilo, não os repassando a terceiros.

A CAIXA reitera que realiza monitoramento contínuo de seus serviços e transações para garantir a segurança de seus clientes. A atenção constante dos usuários é fundamental para evitar cair em fraudes.

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FRAUDES DIGITAIS: COMO PROTEGER SEUS DADOS CONTRA O SPOOFING

No momento atual da cibersegurança, uma das fraudes que mais tem preocupado especialistas e instituições é o “spoofing”, uma técnica que permite falsificar o número de origem de chamadas telefônicas ou SMS, induzindo as vítimas a acreditarem que estão em contato com uma fonte confiável, como o próprio banco. Este fenômeno tem se tornado uma ferramenta lucrativa para cibercriminosos, especialmente em Portugal, onde os golpes têm crescido de forma alarmante.

A Associação Iniciativa Cidadãos pela Cibersegurança (CpC) destaca que, atualmente, é possível alterar o número chamador (CallerID) para qualquer outro número ou nome que seja conveniente para o fraudador. Este tipo de golpe é uma das principais fontes de receita do cibercrime, causando prejuízos bilionários em escala global. Estimativas da Cybersecurity Ventures indicam que o impacto financeiro dessas atividades pode superar os 10 bilhões de dólares anuais até 2025.

O “spoofing” pode ocorrer de diversas formas. No caso do e-mail, por exemplo, mensagens são enviadas a partir de domínios DNS falsos, imitando instituições bancárias. Em Portugal, bancos como a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Montepio têm sido alvos frequentes, principalmente pela demografia de seus clientes. Além disso, criminosos utilizam dados reais de funcionários, obtidos através de violações de segurança ou redes sociais como o LinkedIn, para dar ainda mais credibilidade às mensagens fraudulentas.

Outro tipo comum de spoofing é o por SMS, onde o fraudador se passa por uma instituição financeira, enviando mensagens que contêm links para sites maliciosos ou solicitam informações pessoais e financeiras. A técnica também é utilizada para direcionar vítimas a sites falsos, por meio de mensagens de texto ou aplicativos como o WhatsApp, com o objetivo de capturar credenciais bancárias ou instalar malwares.

Nos últimos anos, o “spoofing” de chamadas telefônicas tem crescido significativamente em Portugal. Com o vazamento de bases de dados de números de telefone portugueses na dark web, criminosos se passam por representantes bancários em ligações, muitas vezes usando sotaques portugueses lusófonos para enganar as vítimas. Em alguns casos, as vítimas ouvem outras conversas em andamento, uma evidência de que os golpes são aplicados a partir de call centers operando em larga escala.

É essencial que os consumidores estejam atentos a certos sinais de alerta. Se você receber uma ligação ou mensagem urgente supostamente do seu banco, desconfie imediatamente. Bancos raramente fazem esse tipo de contato direto para resolver problemas urgentes. Se houver solicitação de informações pessoais, como senhas ou códigos recebidos por SMS, trata-se quase certamente de uma fraude.

A segurança dos seus dados também depende de boas práticas como a utilização de senhas fortes, exclusivas e a proteção do seu dispositivo com dados biométricos. Além disso, se você suspeitar que está sendo vítima de um golpe, desligue a chamada e entre em contato com a sua instituição financeira utilizando os canais oficiais.

É importante lembrar que, com a sofisticação crescente dessas fraudes, a prevenção exige esforços coordenados entre consumidores, autoridades e bancos. O CpC sublinha a necessidade de políticas de segurança mais rigorosas e de melhorias nos processos de investigação e punição desses crimes. Por outro lado, os bancos devem investir em tecnologias avançadas para proteger as contas dos clientes e educá-los sobre os riscos e melhores práticas de segurança.

Manter-se informado e adotar práticas de segurança rigorosas são as melhores defesas contra essa ameaça crescente. Se você for vítima ou suspeitar de uma tentativa de fraude, reporte o incidente às autoridades competentes e à sua instituição bancária imediatamente. A segurança financeira de todos depende da conscientização e da ação rápida contra esses crimes.