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COMO EVITAR GOLPES DURANTE O NATAL E O ANO-NOVO

O período de festas costuma trazer mais movimento às lojas físicas e virtuais, multiplicar pagamentos e estimular viagens e encontros. Esse aumento geral de atividades acaba abrindo espaço para golpes que se aproveitam da pressa, da distração e da confiança típica dessa época do ano. Golpistas utilizam desde sites falsos com descontos fora do comum até mensagens enganosas que simulam comunicações de bancos, varejistas e transportadoras.

Nos últimos meses, técnicas mais sofisticadas também passaram a incorporar recursos de inteligência artificial para produzir páginas mais convincentes, anúncios que parecem legítimos e perfis clonados com alto grau de verossimilhança. Por isso, a atenção deve ser redobrada ao receber links inesperados, ofertas muito abaixo do valor de mercado ou pedidos urgentes de pagamento.

Pessoas idosas costumam representar um grupo especialmente vulnerável. Muitas vezes, clicam em links suspeitos ou realizam compras sem a devida verificação, e ainda enfrentam receio de denunciar quando percebem que foram enganadas. A orientação é clara: qualquer suspeita ou confirmação de golpe deve ser informada às autoridades.

Entre os golpes mais frequentes no período de Natal estão as vendas online inexistentes, o phishing temático que imita alertas de compra ou entrega, boletos alterados, troca de cartão em lojas movimentadas e a entrega de falsos brindes mediante pagamento. Já no Ano-Novo, destacam-se os falsos alugueis de temporada, ingressos adulterados para festas, corridas de aplicativo concluídas fora das plataformas, pedidos falsos de dinheiro de familiares viajando e pacotes turísticos ofertados por valores que não condizem com a realidade.

Para evitar prejuízos, é indispensável desconfiar de ofertas urgentes, verificar a identidade de quem realiza o contato, conferir o beneficiário antes de pagar qualquer boleto e evitar transações fora de sites oficiais. No caso de aluguel de imóveis ou compra de ingressos, vale exigir provas de autenticidade, buscar avaliações reais e utilizar somente canais formais.

Empresas também enfrentam riscos. Suas marcas podem ser indevidamente utilizadas por criminosos para conferir aparência de legitimidade a fraudes, causando danos reputacionais e financeiros. Investir em segurança digital, treinar equipes e orientar clientes sobre práticas preventivas é uma medida necessária.

A checagem cuidadosa de cada etapa de compra ou contratação continua sendo a melhor proteção. Caso ocorra fraude, é fundamental registrar boletim de ocorrência e acionar imediatamente as instituições financeiras envolvidas. A prevenção começa com atenção constante e decisões prudentes.

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A PROTEÇÃO JURÍDICA DA PESSOA IDOSA DIANTE DE FRAUDES FINANCEIRAS

Diversas práticas fraudulentas têm sido direcionadas às pessoas idosas, acompanhando as mudanças sociais e a evolução tecnológica. Recursos como aplicativos de mensagens, ligações telefônicas e até o uso de inteligência artificial para falsificação de vozes e imagens são utilizados para enganar e dificultar a identificação das fraudes.

Entre as modalidades mais comuns estão os empréstimos consignados com cláusulas abusivas, em que valores são retidos indevidamente para seguros e tarifas não autorizadas, comprometendo a renda de aposentados. Outra prática recorrente é o estelionato emocional, no qual golpistas simulam vínculos afetivos para obter transferências financeiras. Também se destacam as falsas ligações de emergência, em que criminosos se passam por familiares em suposta situação de risco, e os contatos fraudulentos de instituições bancárias, que resultam na entrega de cartões ou fornecimento de dados pessoais.

Essas condutas demonstram como a vulnerabilidade da pessoa idosa, seja pela confiança, pela solidão ou pela falta de familiaridade com recursos digitais, torna-se alvo de exploração criminosa.

A proteção jurídica prevista em lei

A Constituição Federal, no artigo 230, determina que família, sociedade e Estado têm o dever de amparar a pessoa idosa, assegurando dignidade, bem-estar e proteção contra abusos, inclusive financeiros.

O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) reforça essa rede de proteção ao prever, entre outros pontos:

  • a garantia dos direitos fundamentais sem discriminação (art. 4º);
  • a punição a quem induz ou instiga o idoso a outorgar procuração em proveito próprio (art. 102);
  • a responsabilização criminal de quem se apropria ou desvia rendimentos, com pena de até quatro anos de reclusão (art. 104).

No âmbito do consumo, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) assegura instrumentos de defesa contra contratos bancários irregulares. O art. 39, IV, veda a imposição de serviços vinculados não autorizados, e o art. 6º, VIII, garante a inversão do ônus da prova em favor do consumidor idoso, reconhecendo sua condição de hipervulnerabilidade.

Repercussões penais

O Código Penal, em seu artigo 171, tipifica o estelionato, abrangendo fraudes patrimoniais como as mencionadas. A Lei nº 13.228/2015 ampliou a proteção ao prever aumento de pena quando o crime é praticado contra pessoa idosa, podendo chegar ao dobro.

Além do estelionato, outras tipificações podem incidir, como a apropriação indébita (art. 168 do CP) e as condutas descritas no Estatuto do Idoso. O sistema jurídico brasileiro, portanto, dispõe de mecanismos que buscam coibir tais práticas e responsabilizar seus autores.

Em 2024 foram registradas mais de 21 mil denúncias de violações contra idosos, com predominância de vítimas do sexo feminino. Os golpes não se restringem à perda financeira: representam uma violação da dignidade, da autonomia e da segurança de quem já construiu sua trajetória de vida.

A legislação oferece instrumentos relevantes de proteção, mas sua efetividade depende da conjugação de esforços. É necessária a atuação conjunta de famílias, sociedade, instituições financeiras e poder público na promoção da educação digital, na prevenção de fraudes e no incentivo à denúncia.

Proteger a pessoa idosa significa mais do que cumprir dispositivos legais: é um dever ético e social que reafirma valores de respeito, solidariedade e humanidade.

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CAIXA ALERTA BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA SOBRE FRAUDES

Atenção, beneficiários do Bolsa Família: a CAIXA Econômica Federal alerta sobre a crescente onda de golpes que tem circulado pelas redes sociais, SMS e WhatsApp. Os criminosos estão utilizando estratégias digitais para enganar usuários, enviando links fraudulentos com o objetivo de roubar informações pessoais e acessar contas bancárias.

É importante destacar que a CAIXA não envia links diretamente aos seus clientes. Qualquer comunicação oficial via e-mail é realizada apenas com autorização prévia do titular da conta.

Para sua proteção, seguem algumas recomendações essenciais:

  • Evite clicar em links suspeitos, especialmente aqueles que prometem benefícios ou soluções rápidas;
  • Nunca forneça suas senhas ou informações pessoais em sites e aplicativos desconhecidos;
  • Compartilhe links dos aplicativos da CAIXA apenas por meios oficiais e seguros;
  • Desconfie de mensagens que apresentem ofertas sensacionalistas ou que pareçam “boas demais para ser verdade”;
  • Mantenha suas senhas e dados bancários sob sigilo, não os repassando a terceiros.

A CAIXA reitera que realiza monitoramento contínuo de seus serviços e transações para garantir a segurança de seus clientes. A atenção constante dos usuários é fundamental para evitar cair em fraudes.

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VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE COLATINA ADVERTE SOBRE NOVO GOLPE

Nas últimas duas semanas, Colatina tem sido alvo de um novo golpe, onde indivíduos se passam por funcionários da Vigilância Sanitária para enganar comerciantes locais. Pelo menos 13 estabelecimentos, incluindo supermercados, clínicas e padarias, já relataram tentativas de fraude ao buscar esclarecimentos na sede da Vigilância Sanitária.

Os golpistas estão enviando links falsos para o agendamento de visitas e boletos fraudulentos para os proprietários de estabelecimentos. A Vigilância Sanitária de Colatina enfatiza que não realiza agendamentos de visitas por meio de links e não envia boletos por e-mail ou outros canais eletrônicos. Todas as notificações, documentos ou multas são exclusivamente emitidos na sede da Vigilância Sanitária.

Para garantir a segurança, a população é orientada a ignorar quaisquer links ou boletos recebidos por meios eletrônicos que aleguem ser da Vigilância Sanitária. Em caso de dúvidas ou para obter mais informações, os cidadãos devem entrar em contato diretamente com a Vigilância Sanitária pelos telefones 3177-7067 e 3177-7131, ou pelo Disque Denúncia no número 99976-5920.

Se você recebeu qualquer comunicação suspeita, denuncie imediatamente para evitar ser vítima deste golpe. A Vigilância Sanitária está à disposição para auxiliar a população e garantir a integridade das suas operações.

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GOLPE DA TAREFA AMEAÇA BRASILEIROS COM PROMESSAS DE RENDA EXTRA

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu um alerta sobre uma nova ameaça virtual que está ganhando destaque no país. Conhecido como “golpe da tarefa”, criminosos estão utilizando aplicativos de mensagens para oferecer oportunidades de renda extra, alegando a realização de tarefas simples na internet, como curtir fotos, fazer comentários e seguir contas de empresas e lojistas nas redes sociais.

O modus operandi dos golpistas envolve se passar por funcionários de empresas de marketing digital, alegando estar recrutando interessados para trabalhar online. As vítimas são atraídas por promessas de ganhos diários, sob a justificativa de ajudar comerciantes a aumentarem a visibilidade de seus produtos nas redes sociais.

Ao aceitar a proposta, o participante é incluído em um grupo de mensagens. Inicialmente, o golpista realiza depósitos em dinheiro na conta da vítima para construir credibilidade, mas os valores são sempre baixos. Entretanto, em um determinado momento, é solicitado que o participante pague para poder continuar no esquema, com a promessa de recuperar o valor no mesmo dia. Outros membros do grupo enviam comprovantes de pagamento, induzindo a vítima a prosseguir no esquema. As tarefas pré-pagas, segundo a Febraban, possuem valores mais elevados.

Em caso de vitimização, a Febraban orienta os clientes a notificarem imediatamente o banco para adoção de medidas adicionais de segurança, como bloqueio do aplicativo e senha de acesso. A rapidez na comunicação aumenta as chances de recuperação do valor junto a outros bancos. Além disso, recomenda-se o registro de um boletim de ocorrência.

A Febraban destaca que tem investido em campanhas de conscientização, utilizando ações de marketing em TVs, rádios e redes sociais. Os bancos associados investem significativamente em sistemas de tecnologia da informação voltados para segurança. Adicionalmente, os bancos colaboram com as forças policiais para identificar e punir criminosos virtuais.

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RANSOMWARE E INOVAÇÃO: COMO O CLOP REDEFINIU ATAQUES RANSOMWARE

Em um ambiente digital em constante mudança, a inovação das táticas de cibercrime é um lembrete da necessidade de evolução constante na segurança cibernética. Recentemente, uma notável gangue de ransomware demonstrou exatamente isso ao explorar uma falha em uma famosa plataforma de transferência de arquivos, afetando centenas de organizações ao redor do globo.

Enquanto a prática comum é usar a rede Tor – conhecida por seu anonimato, mas limitada por sua baixa velocidade de download – esta gangue buscou um caminho mais eficiente. A tentativa inicial foi lançar sites na internet convencional, uma tática rapidamente frustrada pela atuação das autoridades.

Ao distribuir informações roubadas através de múltiplos pontos de distribuição, esta abordagem descentralizada torna quase impossível parar a propagação dos dados. Esta é uma evolução que eleva a ameaça para um novo patamar.

Se essa tática for amplamente adotada, pode representar uma virada de jogo para o mundo do cibercrime. Ransomwares e outras ameaças podem se tornar ainda mais perigosas, tornando o combate ao cibercrime mais complexo.

Enquanto especialistas e profissionais da área, devemos estar sempre alertas, compreendendo as tendências emergentes e nos adaptando rapidamente. E, para as instituições e empresas, é importante reforçar: no mundo da cibersegurança, antecipar-se aos problemas é a chave para a proteção.

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FRAUDES COM VOZES CLONADAS: CRIMINOSOS UTILIZAM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA ENGANAR VÍTIMAS NA AMÉRICA LATINA

A partir de julho de 2023, uma tendência tem se espalhado por diversos países da América Latina. Criminosos têm adotado o uso de sistemas de Inteligência Artificial para clonar vozes de familiares, a fim de executar extorsões, fraudes e golpes cada vez mais sofisticados.

De acordo com informações do Publimetro México, esse novo método de abordagem representa uma evolução das artimanhas utilizadas em golpes anteriores, nos quais os criminosos se passavam por familiares ou conhecidos. Contudo, esse novo cenário é marcado por uma abordagem ainda mais engenhosa.

Nos casos mais extremos, os criminosos fazem referência a laços familiares próximos e até mesmo incorporam terceiros que fingem ser filhos, filhas, mães ou outros entes queridos, a fim de convencer as vítimas de que estão lidando com uma situação real, como um sequestro.

No passado, era relativamente simples evitar essas armadilhas. A presença física da pessoa ou até mesmo a discrepância na voz eram indicadores claros de fraude. No entanto, com a emergência dos sistemas de Inteligência Artificial Gerativa, a complexidade desse cenário aumentou consideravelmente, uma vez que essas plataformas são capazes de imitar vozes de maneira praticamente perfeita.

É importante notar que a tecnologia atual ainda não permite uma replicação precisa da voz em tempo real absoluto. Isso resulta em atrasos ou pausas entre diálogos, a menos que as respostas sejam predefinidas e gravadas, o que limita a flexibilidade do diálogo durante a chamada de extorsão.

Diante disso, a melhor abordagem é estar atento a possíveis atrasos ou interrupções no fluxo da conversa. Recomenda-se também alterar a sequência natural do diálogo, visando interromper o fluxo premeditado pela chamada. Outras dicas incluem observar se a voz soa mecânica e se há presença de eco na chamada, o que pode indicar manipulação por Inteligência Artificial.

Quando o tom e o ritmo da chamada parecerem estranhos, é fundamental atentar-se à possível falta de naturalidade nas respostas ou ausência de variações típicas na articulação das palavras para o contexto apresentado. Em todas as situações, é essencial manter a cautela ao receber ligações de números desconhecidos ou identificados como “Desconhecido”.

Jamais se deve fornecer informações financeiras durante essas chamadas, e a atitude mais segura é encerrar a ligação e entrar em contato com o suposto familiar sem ceder ao desespero. Em alguns casos, pode levar algum tempo para confirmar a veracidade da situação, e é preferível aguardar algumas horas para garantir que tudo esteja realmente bem e que se tratou de um mal-entendido.