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GOLPES VIRTUAIS E A VENDA DE PRODUTOS FALSIFICADOS: COMO CONSUMIDORES PODEM SE PROTEGER

O mercado editorial e de itens de lazer tem sido alvo de fraudes digitais que exploram a popularidade de produtos originais. Diversos relatos apontam para a criação de sites falsos que imitam a identidade visual de marcas conhecidas, oferecendo livros e acessórios inexistentes. O resultado é a perda financeira dos consumidores e a exposição indevida de dados pessoais.

No Brasil, a publicação oficial desses livros é de responsabilidade de uma grande editora, que mantém apenas um site autorizado. Além da plataforma oficial, exemplares e materiais licenciados também são distribuídos em livrarias e papelarias reconhecidas. Especialistas reforçam que a compra deve ocorrer exclusivamente em locais de confiança.

Ação contra fraudes

A editora afirma que adota medidas permanentes de monitoramento e, em parceria com entidades de defesa dos direitos autorais, identifica e retira do mercado edições irregulares. Em casos de reincidência, são tomadas providências legais, já que as cópias não autorizadas configuram reproduções ilegais.

Um dos golpes relatados envolve a promessa de kits de acessórios para colorir. O consumidor, ao realizar o pagamento, recebe inclusive nota fiscal aparentemente autêntica, mas nunca tem o produto entregue. Além disso, durante a transação, dados pessoais como endereço, telefone e e-mail são coletados e utilizados de forma fraudulenta.

O uso indevido de dados empresariais

Em alguns casos, criminosos chegam a utilizar CNPJs de empresas legítimas para conferir credibilidade às fraudes. Empresas que tiveram seus dados usados de forma indevida informam não ter qualquer vínculo com tais práticas e reforçam que o contato com clientes deve ser feito exclusivamente pelos canais oficiais.

Também há registros de mensagens falsas atribuídas a transportadoras, solicitando taxas adicionais para liberar supostas encomendas. Esses artifícios se aproveitam da ansiedade dos consumidores para forjar confiança e obter mais dados.

Estratégias de propagação dos golpes

Os fraudadores utilizam anúncios pagos em plataformas de busca e redes sociais, que impulsionam sites falsos. Embora haja mecanismos de fiscalização, muitos conteúdos fraudulentos conseguem circular por determinado período antes de serem retirados.

Outro recurso empregado é o redirecionamento de usuários a partir de aplicativos de comércio eletrônico ou redes sociais, especialmente quando a compra é direcionada para fora do ambiente oficial das plataformas.

Orientações de segurança digital

Para reduzir os riscos, especialistas recomendam:

  • Desconfiar de preços muito abaixo do mercado, sobretudo em produtos em alta procura.
  • Evitar clicar em links recebidos por mensagens ou anúncios patrocinados.
  • Conferir se as redes sociais da loja são antigas e apresentam interações reais.
  • Desconsiderar nomes genéricos no Pix, pois empresas legítimas utilizam identificação compatível com a marca.
  • Verificar se o site ou perfil de vendas possui canais de atendimento ativos e transparentes.
  • Não confiar exclusivamente em comentários positivos, que podem ser forjados.
  • Ativar autenticação em duas etapas e manter antivírus atualizado nos dispositivos.

Recomendações adicionais

A editora orienta que todas as edições oficiais possuam selo de autenticidade na capa e que as compras sejam realizadas apenas em canais reconhecidos, físicos ou virtuais. Além disso, reforça que variações de nome que não mencionem claramente sua participação devem ser vistas com cautela.

A proteção do consumidor exige atenção redobrada, especialmente em períodos em que determinados produtos ganham visibilidade. O cuidado com a procedência da compra e a verificação dos canais oficiais continuam sendo as formas mais eficazes de evitar prejuízos e exposição indevida de dados.

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ALERTA SOBRE GOLPE QUE UTILIZA SUPOSTA DOAÇÃO DE HERANÇA PARA ENGANAR VÍTIMAS NAS REDES SOCIAIS

Tem circulado pelas redes sociais uma tentativa de fraude que tem enganado usuários por meio de uma história elaborada, estruturada para gerar empatia e confiança. Trata-se de mensagens enviadas por perfis desconhecidos, geralmente apresentando uma narrativa comovente, que envolve uma mulher de idade avançada, supostamente residente em Portugal, alegando estar em estágio terminal de uma doença grave.

Segundo o relato, essa pessoa teria tido uma vida marcada por dificuldades emocionais — teria perdido o marido, com quem administrava um negócio de importação, e não teria deixado herdeiros. A mensagem é escrita com cuidado, apelando à compaixão do destinatário. O ponto central da comunicação é a intenção da remetente de doar sua herança a alguém honesto e digno de confiança.

Após despertar a atenção da vítima, a mensagem solicita que o destinatário entre em contato com um terceiro — apresentado como contador ou tabelião — que ficaria responsável por formalizar os trâmites da suposta doação. A comunicação passa, então, a ocorrer via WhatsApp, com o objetivo de dar aparência de legitimidade ao contato.

No decorrer das conversas, esse suposto representante da remetente apresenta documentos falsificados para dar credibilidade à narrativa. Em seguida, exige o pagamento de taxas administrativas, alegando que são exigidas para liberar os valores oriundos do exterior. Também solicita documentos pessoais, como cópias de RG, CPF, comprovante de residência e, em alguns casos, dados bancários.

É neste momento que a fraude se concretiza: a vítima, acreditando na promessa da herança, realiza pagamentos e entrega dados sensíveis, que podem ser utilizados em práticas criminosas como abertura de contas fraudulentas, solicitação de empréstimos ou outros golpes relacionados à identidade civil.

Diante dessa abordagem, a recomendação é clara: mensagens com propostas financeiras que envolvam heranças, doações ou prêmios, sobretudo vindas de pessoas desconhecidas ou sem vínculo prévio, devem ser ignoradas e excluídas. Em nenhuma hipótese se deve enviar documentos pessoais ou realizar depósitos sem verificar cuidadosamente a autenticidade da solicitação.

Caso tenha fornecido informações ou valores em resposta a esse tipo de mensagem, recomenda-se procurar imediatamente a autoridade policial e registrar um boletim de ocorrência, além de comunicar a instituição bancária, se houver risco de movimentações indevidas. O cuidado com a segurança digital e a proteção de dados é responsabilidade de todos, e a atenção diante de promessas vantajosas é sempre o melhor caminho para evitar prejuízos.

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LGPD NO DIA A DIA: O QUE AINDA NÃO ENTENDEMOS SOBRE DADOS PESSOAIS

Vivemos tempos em que a coleta de dados se tornou parte do cotidiano – tão natural quanto abrir um aplicativo ou fazer uma compra online. Nesse contexto, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) aparece como uma resposta importante para a proteção da intimidade e da autonomia dos cidadãos. Ainda assim, é comum perceber que muitas pessoas não compreendem exatamente o que essa legislação propõe nem como ela se aplica às situações do dia a dia.

Não é raro que pedidos de informações pessoais aconteçam sob o pretexto de cuidado ou atenção, mas que na verdade escondem um impulso por dados que nem sempre têm justificativa legítima. Em certos casos, o que parece apenas uma pergunta corriqueira pode se transformar em um desrespeito à privacidade alheia. E o mais preocupante: nem sempre quem faz a pergunta tem consciência de que está ultrapassando um limite legal e ético.

A cultura da coleta excessiva se consolidou com base na ideia de que “quanto mais informação, melhor”, sem considerar os impactos dessa prática. Isso leva empresas e até pessoas físicas a pedirem, armazenarem ou repassarem dados sem critério. No entanto, a LGPD não foi criada apenas para punir: ela busca educar, orientar e provocar reflexão. Mais do que um manual de condutas obrigatórias, a lei convida todos a repensar como tratamos as informações dos outros.

O respeito aos dados pessoais não se limita ao ambiente corporativo. Está presente em situações simples do cotidiano, como no ato de preencher um formulário escolar ou responder a uma mensagem com perguntas sensíveis. Quando há hesitação ou receio em compartilhar uma informação, isso já é um sinal claro de que algo precisa ser revisto. É nesse ponto que a confiança e a transparência devem prevalecer.

A desconfiança em torno do uso de dados, especialmente em ambientes que deveriam ser de proteção, como escolas ou clínicas, é um reflexo da falta de clareza sobre quem acessa essas informações e com qual propósito. O medo de que dados sejam compartilhados com terceiros, sem consentimento, mostra que ainda há um longo caminho a percorrer para que a proteção de dados seja respeitada como um direito básico.

Por isso, a LGPD deve ser vista como um compromisso coletivo. A lei por si só não transforma comportamentos, mas pode orientar uma mudança de mentalidade – mais consciente, mais ética e mais responsável. É preciso reforçar a ideia de que privacidade não é um luxo, e sim uma condição para relações saudáveis em qualquer ambiente: profissional, educacional ou pessoal.

Não se trata de criar barreiras, mas de estabelecer limites. Saber o que pode ou não ser solicitado, armazenado ou compartilhado é uma forma de garantir respeito mútuo. A privacidade deve ser tratada com o mesmo cuidado que dedicamos às informações que consideramos importantes na nossa vida. Afinal, proteger dados é proteger pessoas. E isso deve ser feito com conhecimento, responsabilidade e, sobretudo, com empatia.

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COMO PROTEGER DADOS E IDENTIDADES EM TEMPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A segurança cibernética baseada em abordagens híbridas já não é apenas uma tendência, mas sim uma exigência concreta da realidade corporativa. Um levantamento recente realizado em mais de uma centena de países, incluindo o Brasil, revelou um movimento significativo das empresas no sentido de adaptar suas estratégias de proteção digital diante do avanço da inteligência artificial — especialmente quando utilizada como vetor de ataques.

De acordo com os dados, mais de um terço das organizações já promoveu ajustes em suas defesas digitais por conta de incidentes relacionados ao uso indevido de IA. Paralelamente, cresce a atenção dedicada à proteção das identidades que acessam dados sensíveis, demonstrando um amadurecimento na compreensão de que segurança da informação e identidade digital não podem mais ser tratadas de forma isolada.

Entre os entrevistados, uma parte expressiva afirmou ter dificuldades em demonstrar aos auditores que seus sistemas de IA estão devidamente protegidos. Esse desafio é particularmente relevante, pois a conformidade técnica e a capacidade de comprovar medidas preventivas são cada vez mais exigidas por órgãos reguladores e parceiros comerciais.

Por outro lado, uma parcela das empresas ainda adota uma postura reativa. Algumas afirmam não ter planos para incorporar soluções com IA em sua infraestrutura de segurança, mesmo diante de ameaças cada vez mais sofisticadas. Essa resistência pode estar ligada à falta de preparo técnico ou à ausência de investimentos estratégicos no tema — o que, inevitavelmente, amplia os riscos operacionais e expõe a organização a impactos reputacionais.

O estudo também aponta uma defasagem preocupante entre a velocidade com que os criminosos adotam IA para potencializar seus ataques e a lentidão de muitas empresas em atualizar suas defesas. O phishing, por exemplo, continua sendo um dos principais métodos de ataque. Em ambientes em nuvem, quase 80% dos profissionais de tecnologia o consideram a ameaça mais perigosa. Em infraestruturas locais, essa percepção permanece alta.

Nesse contexto, os investimentos em soluções integradas de gestão de identidades ganham relevância. Os dados mostram que muitos responsáveis pela segurança da informação priorizariam, se tivessem liberdade orçamentária, o fortalecimento do gerenciamento de acessos privilegiados (PAM) e das políticas de governança de identidade (IGA). Ao lado de tecnologias como o IAM, quando impulsionadas por IA, essas ferramentas tornam a estrutura digital da empresa mais resistente a violações.

Outro fator que merece atenção é o impacto financeiro das falhas de segurança. Quase metade das empresas entrevistadas já precisou realizar investimentos emergenciais para reparar danos causados por ataques. Além disso, algumas relataram prejuízos competitivos, perdas contratuais, pagamento de sanções administrativas e até abandono por parte de clientes.

Diante disso, cresce o interesse por seguros cibernéticos. No entanto, para que esses contratos sejam viáveis e com franquias mais acessíveis, é necessário comprovar que a organização adota práticas sólidas de cibersegurança. Medidas como autenticação multifator, gestão de patches e controle inteligente de acesso já estão presentes em boa parte das empresas que buscam esse tipo de cobertura.

Proteger os dados exige mais do que tecnologia. É preciso entender quem acessa essas informações, em que contexto e com quais permissões. A interconexão entre identidade e segurança digital deve ser uma diretriz permanente na estrutura de defesa das empresas — especialmente em ambientes distribuídos, com uso intensivo de cloud e trabalho remoto.

Adotar essa visão integrada significa transformar a segurança cibernética em um ativo estratégico, que protege não apenas a infraestrutura, mas também a reputação e a sustentabilidade dos negócios em longo prazo.

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SEGURANÇA DIGITAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: DESAFIOS E RESPONSABILIDADES PARA EMPRESAS E SOCIEDADE

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem se mostrado firme na aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). No entanto, certos temas complexos ainda exigem definições regulatórias mais específicas, sendo a proteção de dados de menores um dos assuntos prioritários. Por envolver um público particularmente vulnerável, é esperado que a ANPD desenvolva diretrizes exclusivas para os agentes de tratamento de dados relativos a crianças e adolescentes.

No planejamento regulatório da ANPD, a proteção de dados de menores é uma questão estratégica, sendo trabalhada pela Coordenação Geral de Fiscalização nos próximos anos. Entretanto, a exposição significativa de jovens a ambientes digitais, como redes sociais, aplicativos e plataformas de jogos, exige uma resposta coletiva e antecipada. Empresas, educadores, e os próprios pais precisam se mobilizar para prevenir riscos à privacidade dos menores, visto que a coleta de dados em massa já é uma realidade que demanda responsabilidade compartilhada.

Com a LGPD, o Brasil avançou em seu compromisso com a segurança dos dados de jovens, mas há uma necessidade crescente de maior coordenação entre reguladores, empresas e usuários para promover práticas seguras de tratamento de dados pessoais. Recentemente, a ANPD ampliou as bases legais para o tratamento de dados de menores, além do consentimento dos responsáveis, exigindo agora atenção especial para a governança de dados e comprovações de conformidade, dada a possibilidade de sanções mais severas.

Empresas de diversos setores, inclusive as que não lidam diretamente com dados de crianças e adolescentes, devem adotar políticas de proteção adequadas. Falhas na segurança podem resultar em sanções administrativas e judiciais, além de impactar a credibilidade e a confiança pública nas organizações. Contudo, muitos ainda precisam fortalecer seus controles de segurança, investir em tecnologia e capacitar seus colaboradores para atender de forma satisfatória às exigências da LGPD.

Entre as práticas recomendadas, destacam-se a adoção de políticas de uso de dados pessoais claras e acessíveis, mapeamento contínuo das informações mantidas e criptografia dos dados. Adicionalmente, auditorias regulares de segurança, capacitação do pessoal, monitoramento de riscos e um plano ágil de resposta a incidentes de segurança são medidas essenciais para minimizar as ameaças à privacidade dos menores.

A atuação proativa do DPO (Encarregado de Proteção de Dados) é fundamental nesse contexto. Além de priorizar a segurança dos dados dos menores, o DPO deve promover a educação sobre os riscos e zelar pelo cumprimento rigoroso das normas legais. A transparência nas políticas de privacidade, o reforço da segurança da informação, a minimização no tratamento dos dados e a proteção dos direitos dos titulares são aspectos que devem pautar o tratamento de dados de crianças e adolescentes.

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INOVAÇÃO E SEGURANÇA: A PROTEÇÃO DE DADOS NA AGENDA DA ECONOMIA DIGITAL

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) realizou recentemente a conferência “Navegando pela Proteção de Dados na Agenda da Economia Digital”, evento vinculado à 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20. A conferência teve como foco central a importância da proteção de dados pessoais no contexto das quatro principais prioridades do grupo de trabalho: conexão significativa, infraestrutura digital pública, integridade da informação e inteligência artificial.

Com uma programação dividida em momentos de falas iniciais, painéis e considerações finais, o evento contou com a participação de representantes de várias autoridades brasileiras, membros de delegações internacionais e outros órgãos governamentais. Além disso, países membros do G20, como Índia e África do Sul, também contribuíram ativamente para os debates.

A abertura da conferência destacou a relevância global da proteção de dados para a construção de uma economia digital sustentável e confiável. Foi enfatizado como esse tema é transversal e essencial para garantir a confiança nas relações digitais, permitindo o crescimento econômico com inovação, sem comprometer os direitos fundamentais dos cidadãos.

O primeiro painel abordou a questão da alfabetização em informação midiática e a proteção dos dados de crianças e adolescentes, destacando os desafios impostos pela desinformação, discursos de ódio e ameaças cibernéticas, principalmente contra os grupos mais vulneráveis. Os participantes ressaltaram a necessidade de fortalecer as medidas de segurança digital e a proteção de dados como um pilar crucial na economia digital.

Já o segundo painel focou na regulamentação experimental e governança de dados, evidenciando a importância dos sandboxes regulatórios para impulsionar a inovação tecnológica de forma responsável. Esse modelo, que permite a experimentação em um ambiente controlado, foi citado como uma ferramenta essencial para promover a confiança entre os setores público e privado, garantindo que a governança de dados avance de maneira transparente e inclusiva.

No encerramento do evento, ficou claro que a proteção de dados pessoais deve ser uma prioridade global, com padronizações e o desenvolvimento de capacidades locais. Essa abordagem colaborativa entre países e setores é fundamental para criar um ambiente digital seguro e propício ao crescimento econômico sustentável.

Esse encontro reforçou a posição da proteção de dados como um elemento chave para o futuro da economia digital, destacando que o envolvimento de múltiplos atores e a cooperação internacional são essenciais para garantir que a tecnologia continue a evoluir de forma ética e responsável.

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NOVAS REGRAS DO INSTAGRAM VISAM PROTEGER USUÁRIOS MENORES DE 16 ANOS

O Instagram anunciou hoje uma série de mudanças voltadas à proteção de adolescentes na plataforma, reforçando as medidas de privacidade e segurança. Com a nova funcionalidade, intitulada “Contas de Adolescentes”, o objetivo é resguardar jovens com menos de 16 anos de interações indesejadas e de conteúdos potencialmente nocivos.

Entre as principais mudanças, destaca-se a configuração automática de contas de adolescentes para o modo privado. Isso significa que, por padrão, apenas seguidores aprovados poderão visualizar as postagens e interagir com esses usuários. Além disso, o envio de mensagens será restrito apenas a pessoas com quem o adolescente já possui algum tipo de conexão, evitando abordagens de estranhos.

Outro ponto importante é a criação de um mecanismo que permite aos pais monitorarem os contatos recentes de seus filhos adolescentes no Instagram, embora sem acesso ao conteúdo das mensagens.

A Meta também implementou controles de conteúdo mais rigorosos para essa faixa etária, aplicando essas medidas automaticamente tanto para novos usuários quanto para aqueles que já utilizam o aplicativo. Qualquer tentativa de reduzir o nível dessas proteções exigirá o consentimento dos pais, reforçando o controle familiar sobre a experiência digital dos jovens.

Essa iniciativa reflete um movimento crescente das plataformas de mídia social em direção à proteção da privacidade e segurança de usuários vulneráveis, colocando o bem-estar dos adolescentes como prioridade.

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ANPD SUSPENDE PROIBIÇÃO E IMPÕE NOVAS REGRAS PARA O USO DE DADOS EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu, na última sexta-feira (30), suspender a medida que proibia uma grande empresa de tecnologia de utilizar dados pessoais para treinar seu sistema de inteligência artificial. Anteriormente, no início de julho, a ANPD havia imposto a suspensão preventiva desse uso, em razão do risco iminente de danos graves e irreversíveis aos titulares dos dados.

A reversão da medida foi possibilitada após a empresa apresentar um recurso com documentos que demonstram seu comprometimento em ajustar suas práticas. O Conselho Diretor da ANPD aprovou um Plano de Conformidade que prevê uma série de medidas corretivas que a empresa deverá adotar para garantir a adequação às normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Entre as ações previstas, destaca-se o envio de notificações aos usuários das redes sociais mantidas pela empresa, tanto por e-mail quanto por meio de avisos no aplicativo. Essas mensagens trarão informações claras e acessíveis sobre como os dados pessoais serão utilizados para o treinamento de modelos de inteligência artificial.

Além disso, haverá atualizações nos documentos de comunicação pública da empresa, como o Aviso de Privacidade e banners em sua página de privacidade, visando fornecer maiores detalhes sobre o tratamento de dados para fins de IA. Outra medida importante é a garantia de que os titulares de dados possam se opor a esse tratamento de forma facilitada, inclusive com a disponibilização de um formulário simplificado para esse fim, aplicável tanto a usuários quanto a não-usuários.

O Plano de Conformidade também estabelece que a empresa está proibida de usar dados de menores de 18 anos para o treinamento da IA até que a ANPD tome uma decisão definitiva no processo de fiscalização.

A Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD ficará encarregada de acompanhar de perto o cumprimento das medidas pactuadas no Plano de Conformidade e a implementação do sistema de IA. Essa atuação reforça o compromisso da ANPD em promover a conformidade com a LGPD, além de esclarecer e proteger os direitos dos titulares de dados, fortalecendo uma cultura de proteção de dados no país.

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A IMPORTÂNCIA DA INTEGRIDADE DIGITAL: UM ESTUDO SOBRE A UNIMED PORTO ALEGRE

No universo de segurança digital, falhas nos sistemas podem expor informações importantes e causar danos irreparáveis. Recentemente, uma vulnerabilidade em um dos endpoints da Unimed Porto Alegre deixou expostos dados sensíveis de inúmeros pacientes, evidenciando os riscos associados à infraestrutura de tecnologia atual.

Uma análise inicial indica que informações como nome, e-mail, CPF, histórico médico e outros dados sensíveis ficaram à mercê dos olhos indesejados. Um especialista em segurança cibernética, conhecido como Xploit, compartilhou uma amostra desses dados com o veículo de comunicação TecMundo. Xploit mencionou que, em suas verificações, alguns resultados de exames eram acessíveis sem a necessidade de qualquer tipo de autenticação.

O problema foi descoberto por acidente, quando Xploit, ao inserir seu CPF e ID de usuário no portal da Unimed, observou um retorno de informações sem o devido protocolo de segurança. Esta falha sugere um ponto vulnerável onde a maioria dos endpoints pode ser manipulada apenas com o CPF ou ID do paciente.

Diante do exposto, a Unimed Porto Alegre reiterou seu compromisso com a segurança dos dados, destacando a existência de planos de resposta a incidentes e uma equipe dedicada à segurança da informação. A cooperativa ressaltou que estão em processo de investigação e que, até o presente momento, não encontraram qualquer incidente que possa ter prejudicado efetivamente algum titular de dados.

No entanto, este não é o primeiro tropeço da Unimed no cenário de cibersegurança. No ano anterior, a Unimed Belém experimentou um possível ataque de ransomware, que resultou em instabilidades em seu sistema e a exposição de informações na dark web.

Estes episódios sublinham a importância de sistemas robustos de segurança digital, especialmente para instituições que lidam com dados tão sensíveis quanto os médicos. No mundo moderno, onde as ameaças digitais estão em constante evolução, a vigilância e a proatividade são indispensáveis para salvaguardar a integridade e a privacidade dos usuários.

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CONSTRUINDO DEFESAS DIGITAIS: LGPD E INVESTIMENTO EM SEGURANÇA CIBERNÉTICA

Em meio a um cenário digital turbulento, a segurança cibernética é uma necessidade universal, independentemente do porte ou segmento da empresa. A LGPD, mais do que um requisito legal, é uma bússola para as empresas no tratamento responsável dos dados.

Afinal, as penalidades por vazamentos ou descumprimento das regras podem ser severas. Mas como esses elementos se entrelaçam? Especialistas discutem como investir em segurança cibernética é uma medida preventiva contra ataques, como as mais de 100 bilhões de tentativas no Brasil em 2022.

O investimento, porém, não se limita a tecnologia. Hardware e software são peças do quebra-cabeça, mas a conscientização da equipe é o alicerce. Diretrizes claras sobre o que é permitido e treinamentos são essenciais no ambiente corporativo.

Um ponto chave é a diferenciação entre dados e informações. Enquanto os primeiros são matéria-prima, as informações extraídas têm relevância. A Inteligência Artificial desempenha um papel vital nesse contexto.

O caminho trilhado por empresas como o Licks Attorneys, referência em Propriedade Intelectual, revela como a segurança cibernética se entrelaça com cada camada organizacional. A conquista do certificado ISO 27001 após meses de preparação evidencia a seriedade da abordagem.

Aproveite a oportunidade para considerar uma abordagem semelhante em seu negócio. Afinal, a preparação é a melhor defesa no mundo digital. Com a LGPD, a investigação da segurança cibernética ganha destaque em caso de ataques. Como está a sua empresa?

Promovendo cooperação entre economias, a sigla estimula investimentos, comércio e serviços, fortalecendo parcerias regionais e globais.

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INOVAÇÃO FINANCEIRA E PRIVACIDADE: O IMPACTO DA LGPD NAS FINTECHS

A Importância da LGPD para as Fintechs na Era das Inovações Financeiras. Em um cenário onde a tecnologia molda o futuro das finanças, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) emerge como uma peça-chave na regulamentação da coleta, uso e compartilhamento de informações pessoais. Sobretudo, as fintechs, pioneiras na transformação do setor financeiro, enfrentam o desafio de balancear a revolução das soluções financeiras com a responsabilidade na manipulação de dados sensíveis.

As fintechs têm desafiado paradigmas estabelecidos por meio de modelos de negócios disruptivos, proporcionando alternativas financeiras mais eficientes, acessíveis e orientadas ao cliente. No entanto, essa revolução requer uma vasta quantidade de informações pessoais para personalizar as ofertas financeiras. Surge então a necessidade de abordar o dilema de como manejar tais dados de forma ética e segura.

A LGPD oferece um alicerce sólido para o tratamento de dados pessoais, estipulando direitos e obrigações bem definidos. No âmbito das fintechs, a conformidade com a LGPD transcende a mera adesão a regulamentos legais, transformando-se em uma oportunidade de construir confiança duradoura com os usuários.

Em tempos digitais, a confiança assume o papel de uma moeda valiosa. As fintechs que demonstram zelo pelas informações de seus clientes e se alinham estritamente à LGPD têm o privilégio de conquistar essa confiança. Conformidade não se limita a evitar penalidades, mas sim a maneira de transmitir aos clientes que seus dados são protegidos e valorizados.

Uma abordagem proativa em relação à LGPD pode resultar em melhores práticas de governança de dados. A transparência exigida pela lei pode conduzir as fintechs a uma avaliação completa de como coletam, armazenam e utilizam dados, gerando operações mais eficientes e éticas.

Ao se adequar à LGPD, as fintechs também aderem a tendências globais de proteção de dados, como o GDPR na Europa. Tal alinhamento facilita a entrada em mercados internacionais, abrindo novas oportunidades para expansão de negócios.

A LGPD não se configura apenas como uma barreira regulatória a ser superada pelas fintechs. Ela representa um impulsionador para práticas de negócios mais éticas, transparentes e centradas no cliente. Na era da economia digital, a proteção de dados não é meramente uma obrigação, mas um diferencial competitivo essencial.

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PRIVACIDADE DIGITAL SOB A LGPD: O PAPEL VITAL DA CIBERSEGURANÇA

A preservação da privacidade dos dados pessoais é um tema que ganha contornos cada vez mais vitais em um mundo profundamente digital e interconectado. No contexto brasileiro, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) assume um papel de destaque, estabelecendo diretrizes rigorosas para garantir o tratamento seguro e adequado dos dados pessoais.

Nesse cenário, a cibersegurança emerge como um pilar fundamental para salvaguardar a privacidade dos dados. Sua função primordial é mitigar riscos e evitar brechas de segurança que poderiam resultar em violações de dados pessoais.

A adoção de medidas de segurança robustas, combinada com soluções especializadas, torna-se imprescindível para assegurar a conformidade com os princípios de Segurança e prevenção estipulados no artigo 6º da lei. Além disso, essa abordagem preserva a confiança dos usuários na era digital e fortalece a reputação da organização.

Embora a LGPD não delineie medidas específicas de segurança da informação, ela demanda que empresas adotem normas técnicas e organizacionais adequadas para proteger os dados pessoais sob sua guarda. Isso requer que as organizações implementem salvaguardas proporcionais aos riscos envolvidos no tratamento desses dados.

Diversas soluções têm se destacado ao garantir a segurança no tratamento de dados pessoais, tais como:

  1. Controle de acesso: Mecanismos que restringem o acesso apenas a indivíduos autorizados, como o Múltiplo Fator de Autenticação (MFA) através de soluções como o Microsoft Authenticator ou Google Authenticator. Isso impede acessos não autorizados mesmo em caso de perda de senhas.
  2. Criptografia: A utilização de técnicas de criptografia protege os dados pessoais durante a transmissão e armazenamento, tornando-os incompreensíveis para terceiros não autorizados.
  3. Monitoramento e detecção de intrusões: Sistemas de monitoramento contínuo identificam atividades suspeitas, invasões ou tentativas de acesso não autorizado aos dados pessoais.
  4. Gestão de vulnerabilidades: Avaliações regulares de segurança identificam e corrigem vulnerabilidades nos sistemas e aplicativos, reduzindo riscos de exposição de dados.
  5. Políticas de senhas: Implementação de políticas que exigem senhas robustas, com combinações complexas de caracteres, além da recomendação de troca periódica.
  6. Treinamento e conscientização: Capacitar funcionários para práticas adequadas de segurança da informação, a fim de conscientizá-los sobre suas responsabilidades na proteção dos dados pessoais.
  7. Backup e recuperação de dados: Além de cópias regulares, é fundamental um plano de recuperação de dados em casos de perda ou incidentes.
  8. Política de retenção de dados: Estabelecer uma política clara para a retenção de dados, garantindo que dados pessoais sejam mantidos apenas pelo tempo necessário e descartados de acordo com o período definido.
  9. Deleção de dados: Implementar soluções de eliminação sempre que o tratamento estiver concluído ou o período de retenção expirar. Isso não apenas atende aos requisitos legais da LGPD, mas também minimiza o risco de vazamento de dados desnecessários.

As medidas mencionadas podem ser reforçadas por outras soluções de cibersegurança para fortalecer a postura de segurança de uma organização e garantir aderência aos requisitos da LGPD. O engajamento consistente nesse cenário é a chave para proteger a privacidade dos dados pessoais em um mundo digital cada vez mais complexo.