Publicado em

CUIDADO COM SITES FALSOS: SAIBA COMO EVITAR GOLPES AO COMPRAR PELA INTERNET

Com o aumento expressivo das compras realizadas pela internet, também se intensificaram os relatos de fraudes envolvendo sites falsos. É cada vez mais comum que consumidores façam pagamentos por produtos anunciados online e simplesmente não recebam o que foi prometido. Dados de uma pesquisa recente revelam que cerca de um terço dos brasileiros já foi vítima ou alvo de tentativa de golpe. Entre os que possuem maior escolaridade e renda, os índices sobem ainda mais, superando os 40%.

Os golpes são orquestrados com sofisticação. Os estelionatários criam páginas que imitam com precisão lojas conhecidas do varejo digital, utilizando nomes semelhantes e domínios quase idênticos aos originais, muitas vezes com alterações discretas como a troca de uma letra ou a inserção de símbolos. Os sites apresentam visual profissional e promoções chamativas, o que facilita a ilusão de segurança e conveniência. O consumidor, por sua vez, só percebe o engano após a ausência da entrega ou ao tentar entrar em contato com canais de atendimento que não existem.

A atuação policial e os órgãos de proteção ao consumidor têm intensificado os alertas, principalmente em estados com maior índice de tentativas de fraude. Apenas em 2024, foi identificado que mais de 1% de todas as transações realizadas no país foram, na verdade, tentativas de golpe. Algumas unidades da federação se destacam negativamente nesse contexto, figurando entre as mais afetadas.

Para reduzir os riscos, é fundamental adotar práticas seguras na hora de comprar. Antes de fechar qualquer pedido, recomenda-se verificar a existência do certificado de segurança (o ícone de cadeado na barra do navegador), consultar o CNPJ da empresa, buscar avaliações em sites independentes e desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do valor praticado no mercado. Links recebidos por aplicativos de mensagem ou redes sociais devem ser tratados com cautela, já que frequentemente são usados como porta de entrada para fraudes. Medidas adicionais, como a ativação da autenticação em duas etapas e o cuidado em não fornecer dados pessoais ou bancários fora de ambientes seguros, também são indispensáveis.

Caso o consumidor perceba que foi enganado, a orientação é registrar imediatamente um boletim de ocorrência, comunicar o banco ou administradora do cartão utilizado na transação e buscar apoio jurídico especializado. A atuação técnica adequada pode ser determinante para viabilizar a reparação dos danos sofridos. O direito à proteção é garantido por lei, e o acesso a canais legítimos de reparação contribui para o fortalecimento da confiança nas relações digitais.

Publicado em

GOLPE DURANTE O ENEM 2024 CAUSA GRANDE PREJUÍZO FINANCEIRO E EXCLUI CANDIDATOS

Durante o período de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, um esquema fraudulento causou prejuízos expressivos a milhares de estudantes em todo o país. Uma investigação da Polícia Federal revelou que páginas falsas foram criadas na internet, simulando o portal oficial do Inep, com o objetivo de enganar candidatos e induzi-los ao pagamento indevido da taxa de inscrição.

A fraude consistiu na criação de sites com aparência idêntica à do canal oficial do Governo Federal, o que levou mais de 35 mil pessoas a realizarem transferências via Pix para contas vinculadas a uma empresa que não possuía qualquer autorização para intermediar inscrições. Estima-se que o valor desviado tenha ultrapassado os R$ 3 milhões.

A apuração resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em Praia Grande, no estado de São Paulo. Bens pertencentes aos suspeitos foram bloqueados judicialmente, com o intuito de garantir futura reparação aos prejuízos causados. Também foram recolhidos documentos, equipamentos eletrônicos e registros considerados relevantes para aprofundar as investigações. Um dos indivíduos apontados como líder da estrutura criminosa já possuía antecedentes por crimes semelhantes.

O impacto para os estudantes atingidos vai além do prejuízo financeiro. Aqueles que efetuaram o pagamento por meio dos canais falsos não tiveram sua inscrição efetivada, ficando impedidos de participar do exame. Como consequência, perderam a oportunidade de concorrer a vagas em programas educacionais como o Sisu, o Prouni e o Fies, o que compromete diretamente seus planos acadêmicos.

As autoridades responsáveis alertam para a importância de se utilizar, exclusivamente, os canais oficiais de comunicação e inscrição, reconhecíveis por sua extensão “gov.br”. A recomendação é que qualquer dúvida sobre prazos, taxas ou etapas do exame seja esclarecida diretamente com os órgãos competentes.

Este episódio revela o grau de sofisticação com que grupos criminosos têm atuado no ambiente digital e reforça a urgência de medidas de prevenção, fiscalização e educação digital para proteger a população, especialmente os jovens, em processos que envolvem dados sensíveis e decisões com efeitos duradouros. A Polícia Federal continua empenhada na identificação de demais envolvidos e na recuperação dos valores indevidamente apropriados.

Publicado em

FRAUDES DIGITAIS CRESCEM COM O COMÉRCIO ELETRÔNICO: VEJA COMO SE PROTEGER

Com o avanço das compras realizadas pela internet, também se tornou mais frequente o registro de fraudes envolvendo sites falsos que simulam com impressionante fidelidade as plataformas de grandes varejistas. Muitos consumidores relatam que, após efetuar o pagamento, não recebem o produto adquirido nem conseguem contato com o fornecedor.

De acordo com dados divulgados por instituições ligadas ao setor bancário, aproximadamente um terço da população brasileira já foi alvo de golpes ou tentativas. Entre os indivíduos com maior grau de escolaridade e renda, os percentuais sobem para 39% e 41%, respectivamente, demonstrando que nem mesmo um maior nível de informação garante imunidade a essas práticas.

Golpistas atuam com técnicas sofisticadas, reproduzindo fielmente o visual de lojas conhecidas, inclusive com ofertas altamente atrativas. As fraudes geralmente ocorrem por meio de domínios com pequenas alterações, como a substituição de letras ou inserção de caracteres, o que dificulta a identificação imediata do golpe. O consumidor, muitas vezes, só percebe que foi enganado após vários dias de espera pela entrega ou ao tentar acessar um serviço de atendimento inexistente.

Autoridades policiais têm reiterado a importância da cautela no comércio eletrônico. Dados recentes apontam que o estado da Bahia ocupa a quarta posição nacional em tentativas de fraude, com 6,69% das ocorrências. No Brasil, 1,24% de todas as transações registradas foram consideradas suspeitas ou fraudulentas, segundo levantamento de empresa especializada em verificação de identidade digital.

Para reduzir os riscos, é recomendável adotar práticas preventivas antes de finalizar qualquer compra. Entre elas, observar se o site conta com certificado de segurança (cadeado na barra de endereço), verificar o número do CNPJ da empresa, consultar avaliações em plataformas independentes como o Reclame Aqui e evitar acessar links enviados por mensagens em redes sociais ou aplicativos de conversa.

Outro ponto importante é desconfiar de preços excessivamente baixos e nunca compartilhar senhas, documentos ou informações bancárias por telefone, e-mail ou aplicativos de mensagem. A adoção da autenticação em dois fatores também é uma medida eficaz para proteger dados pessoais.

Caso ocorra a constatação de fraude, é fundamental registrar boletim de ocorrência imediatamente, entrar em contato com a instituição financeira ou administradora do cartão utilizado na compra e buscar o apoio de um profissional especializado, que poderá orientar sobre medidas para tentar reverter o prejuízo e responsabilizar os envolvidos.

A prevenção, aliada à informação e à prudência, é o melhor caminho para preservar os direitos do consumidor e evitar transtornos maiores nas relações digitais de consumo.

Publicado em

POLÍCIA DESARTICULA REDE DE GOLPISTAS COM FOCO EM CIDADÃOS DE BAIXA RENDA

A Polícia Civil do estado de Goiás realizou, recentemente, uma operação no Paraná que resultou na prisão de um suspeito de fraudes relacionadas à venda ilegal de CNH Social. A ação ocorreu após a descoberta de um esquema de golpes envolvendo a comercialização de Carteira Nacional de Habilitação por meio de sites falsos, promovidos através de anúncios na internet. A investigação teve início com a emissão de uma notícia-crime pelo Detran do Mato Grosso do Sul (Detran/MS), alertando sobre as atividades fraudulentas.

Os criminosos propagavam a ideia de que o Estado de Goiás teria implementado um programa que permitiria aos cidadãos obter a CNH por apenas R$ 600, de forma totalmente online, sem a necessidade de exames ou testes obrigatórios. A fraude era elaborada através de plataformas digitais que simulavam um procedimento oficial, enganando os mais desavisados.

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) foi a responsável por identificar o proprietário do site utilizado no golpe. As investigações revelaram que o suspeito mantinha outros quatro domínios ativos, incluindo um destinado à oferta de CNH, todos envolvidos em práticas fraudulentas. Além do principal responsável, outros dois indivíduos também foram identificados como administradores do site.

Os investigados, que residiam em cidades no estado do Paraná, foram alvos de quatro ordens judiciais. A operação culminou na prisão temporária de um dos envolvidos, que agora responderá pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa.

O programa CNH Social e a vulnerabilidade de cidadãos de baixa renda

A CNH Social é uma iniciativa do Governo de Goiás, implementada com o objetivo de democratizar o acesso à habilitação para pessoas de baixa renda. Criada pela Lei Nº 20.637 de 2019, essa política pública oferece a isenção ou uma redução significativa dos custos envolvidos no processo de obtenção da CNH, beneficiando cidadãos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal e que atendam aos critérios socioeconômicos estabelecidos pelo Detran.

Embora o programa seja legítimo e regulamentado, sua popularidade entre cidadãos de baixa renda tem atraído criminosos que se aproveitam da vulnerabilidade dessas pessoas para aplicar golpes. A promessa de facilidades e isenções em processos que exigem rigorosos requisitos legais pode enganar muitos, o que reforça a importância de ações preventivas e investigativas, como a realizada pela Polícia Civil de Goiás.

Essa operação ressalta a necessidade de uma maior conscientização por parte da população e do fortalecimento das medidas de segurança digital para combater fraudes eletrônicas que exploram programas sociais voltados à inclusão.