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VOCÊ JÁ CONFERIU SE SUAS SENHAS ESTÃO SEGURAS? SAIBA COMO VERIFICAR SE HOUVE VAZAMENTO E O QUE FAZER PARA PROTEGER SUAS CONTAS

Com o avanço da digitalização, nossas rotinas dependem cada vez mais de contas online — de redes sociais a bancos e plataformas de trabalho. Nesse contexto, garantir a proteção dos dados pessoais é uma tarefa que exige atenção constante, especialmente diante das violações de segurança que frequentemente expõem milhões de credenciais.

É possível verificar, com facilidade e segurança, se o seu e-mail ou uma senha que você costuma usar já apareceu em algum vazamento de dados. Existem serviços online especializados que cruzam suas informações com bancos de dados comprometidos, alertando sobre possíveis exposições. Ferramentas como essas não exigem conhecimentos técnicos: basta inserir seu e-mail para saber se ele foi afetado por alguma falha de segurança já registrada publicamente.

Além disso, certos recursos permitem checar se uma senha específica foi descoberta em vazamentos anteriores. Isso é feito sem revelar sua senha para o sistema, utilizando técnicas de anonimização criptográfica. É uma forma eficiente de saber se aquele código que você ainda utiliza em múltiplas plataformas já circula entre listas de hackers — e isso, convenhamos, exige atenção imediata.

Outro aliado importante na proteção digital são os gerenciadores de senhas. Softwares como 1Password, Dashlane e outros oferecem não apenas armazenamento seguro, mas também sistemas de alerta que monitoram continuamente se alguma credencial cadastrada foi exposta. Navegadores como Google Chrome e Firefox também oferecem alertas básicos nesse sentido, sendo uma alternativa interessante para quem ainda não utiliza um serviço dedicado.

Caso identifique que alguma senha foi comprometida, o primeiro passo é alterá-la o quanto antes. E não apenas na conta diretamente afetada, mas em todas em que você usava a mesma senha. Reutilizar combinações entre plataformas diferentes é um hábito perigoso — e infelizmente comum.

Sempre que possível, também é recomendável ativar a autenticação em duas etapas. Esse recurso exige um segundo fator de verificação (geralmente um código temporário enviado ao seu celular), dificultando bastante o acesso indevido mesmo quando a senha já é conhecida por terceiros.

Por fim, mantenha atenção redobrada a mensagens suspeitas que possam tentar obter novos dados por meio de engano. E acompanhe com frequência o extrato de suas contas, especialmente se houver algum indício de exposição anterior.

Proteger-se digitalmente passa por informação, prevenção e hábito. Com o apoio das ferramentas corretas e atitudes simples, é possível manter suas contas mais seguras e reduzir os riscos associados a vazamentos de dados.

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VULNERABILIDADE EM SISTEMA DA MICROSOFT PERMITE ROUBO DE INFORMAÇÕES SEM LOGIN

Uma falha recentemente identificada na plataforma Microsoft SharePoint, catalogada como CVE-2025-53771, tem sido explorada ativamente por grupos mal-intencionados. A vulnerabilidade afeta versões locais do SharePoint, amplamente utilizadas por organizações para armazenar e organizar documentos corporativos. O problema foi divulgado por especialistas em segurança e levou órgãos de proteção cibernética a emitirem comunicados para empresas e instituições públicas.

O tipo de falha encontrada é conhecido como “zero day” — descoberta e explorada antes que o fornecedor possa lançar uma correção. Segundo análise técnica, essa brecha permite o roubo de chaves digitais privadas dos servidores sem necessidade de autenticação. Com acesso a essas chaves, invasores podem implantar códigos maliciosos e acessar dados internos, comprometendo a integridade e confidencialidade das informações armazenadas.

Foram identificados ataques contra universidades, órgãos públicos e empresas do setor de energia, especialmente nos Estados Unidos. Embora a extensão total ainda não esteja clara, há indícios de que um número significativo de pequenas e médias empresas também tenha sido atingido. Por ora, a Microsoft liberou atualizações corretivas para as versões Subscription Edition e 2019 do SharePoint, enquanto segue trabalhando em um patch para a edição de 2016.

Há uma preocupação adicional: o SharePoint não opera de forma isolada. Ele está integrado a outras soluções corporativas da Microsoft, como Outlook, Teams e OneDrive. Isso aumenta a superfície de exposição e, consequentemente, o risco de que dados armazenados em diferentes plataformas também sejam acessados.

Diante disso, a orientação para administradores é clara: além de aplicar imediatamente as correções de segurança disponibilizadas, é recomendável substituir as chaves digitais de servidores possivelmente afetados e, se viável, desconectar temporariamente os sistemas da rede pública. Medidas preventivas como essas podem evitar danos mais amplos e conter o avanço de novas intrusões.

Permissões em excesso: o custo silencioso dos assistentes com inteligência artificial

A rápida adoção de soluções com inteligência artificial nos ambientes digitais tem transformado a forma como usuários interagem com seus dispositivos e sistemas. No entanto, essa modernização esconde um aspecto frequentemente negligenciado: a coleta ampla de dados pessoais sob justificativas técnicas.

Muitos aplicativos, especialmente aqueles com assistentes baseados em IA, solicitam permissões extensas — acesso a e-mails, contatos, arquivos locais e histórico de navegação. Embora a alegação seja de que tais acessos são necessários para o funcionamento pleno das ferramentas, especialistas em segurança digital alertam que essa prática precisa ser questionada, sobretudo quando envolve dados sensíveis.

Nem sempre os usuários estão cientes da dimensão das permissões concedidas. Essa falta de percepção pode levar à exposição indevida de informações privadas e ao uso de dados para finalidades pouco transparentes. É importante que empresas e indivíduos revejam as autorizações concedidas e adotem políticas mais restritivas sempre que possível.

A reflexão necessária não está apenas na inovação tecnológica, mas também nos limites éticos do uso da informação. À medida que as ferramentas evoluem, cresce a responsabilidade em assegurar que a privacidade não seja comprometida em nome da praticidade. A proteção de dados deve ser tratada como um princípio, não como um obstáculo ao avanço digital.

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POR QUE O DIREITO DIGITAL SE TORNOU INDISPENSÁVEL NA VIDA PROFISSIONAL E EMPRESARIAL

A tecnologia transformou profundamente a forma como nos comunicamos, consumimos e conduzimos negócios. Com isso, surgem novas demandas jurídicas que exigem do profissional do Direito uma compreensão técnica sobre o funcionamento do ambiente digital. Nesse contexto, o papel do advogado com especialização em Direito Digital torna-se cada vez mais necessário para lidar com as complexidades legais do mundo virtual.

A internet ampliou o alcance da informação, mas também criou espaços onde práticas ilícitas são facilmente disseminadas. Casos de ataques à reputação, fraudes eletrônicas, uso indevido de imagem, invasões de privacidade e vazamentos de dados se tornaram parte da realidade de empresas e indivíduos. Além disso, a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe uma nova camada de responsabilidade jurídica às atividades digitais, exigindo adequação de processos, políticas internas e contratos.

Atuação prática e preventiva

A atuação jurídica nesse campo envolve tanto a defesa em litígios quanto o trabalho consultivo e preventivo. É comum a judicialização de condutas como calúnia e difamação em redes sociais, golpes que envolvem engenharia social e clonagem de aplicativos, além de demandas que exigem a remoção urgente de conteúdos ofensivos ou falsos. Nessas situações, o domínio das regras jurídicas aliadas ao entendimento sobre o funcionamento das plataformas digitais permite respostas mais eficazes e ágeis.

O trabalho preventivo é igualmente relevante. Empresas que utilizam a internet para promover seus produtos ou serviços precisam assegurar a conformidade com a legislação vigente, especialmente no tratamento de dados pessoais, na estruturação de contratos eletrônicos e no uso de assinaturas digitais. Políticas de segurança da informação, termos de uso, e protocolos internos para gestão de incidentes também devem ser elaborados sob orientação jurídica especializada.

Patrimônio digital: a dimensão jurídica dos ativos online

A atuação no Direito Digital também abrange a proteção de bens intangíveis como domínios, perfis em redes sociais, contas de anúncios e canais digitais com audiência consolidada. Esses ativos, embora muitas vezes negligenciados sob o aspecto jurídico, representam valor estratégico para as organizações e precisam estar formalmente resguardados. Problemas recorrentes ocorrem quando funcionários criam ou administram perfis corporativos e, ao se desligarem, levam consigo o controle das contas ou seu conteúdo.

Prever, em contratos de trabalho e documentos internos, cláusulas sobre a titularidade desses canais é uma medida preventiva essencial. Isso inclui a formalização da cessão de direitos, delimitação de responsabilidades e procedimentos para transferência de acesso em caso de desligamento.

A importância do domínio técnico-jurídico

Um diferencial desse ramo de atuação está na capacidade do profissional de transitar com desenvoltura entre o Direito e as tecnologias envolvidas. Conhecer a lógica dos algoritmos, entender o funcionamento de ferramentas de análise digital, saber como preservar e apresentar provas eletrônicas – tudo isso impacta diretamente na eficiência da resposta jurídica.

Quando se trata de mitigar riscos, agir com rapidez e fundamentar corretamente uma medida judicial pode ser determinante para evitar danos à imagem, ao patrimônio e à confiança de clientes ou parceiros.

A assessoria especializada como estratégia de proteção

A assessoria jurídica digital passou a ser uma necessidade constante para quem atua ou mantém presença relevante no ambiente online. O trabalho do advogado especializado nesse campo não se limita a reações diante de crises, mas contribui para a construção de estratégias preventivas que preservam a segurança jurídica da operação.

Em tempos de conectividade plena, garantir a proteção da identidade digital, dos dados sensíveis e dos ativos de comunicação da empresa é uma tarefa que exige conhecimento jurídico profundo e alinhamento com a realidade técnica das plataformas digitais. Contar com um profissional que compreende essa interseção entre Direito e tecnologia não é apenas uma escolha prudente — é uma decisão estratégica para quem deseja atuar com solidez e segurança no mundo digital.