Publicado em

FRAUDE DIGITAL POR FALSOS PARENTES: COMO RECONHECER E PROTEGER-SE DE MENSAGENS FALSAS EM NOME DE FAMILIARES

Ao longo de 2025, uma modalidade de fraude ganhou destaque pela sofisticação e pela facilidade com que explora sentimentos e vínculos afetivos: trata-se da fraude em que criminosos se passam por familiares ou pessoas próximas da vítima para relatar falsas situações de urgência, como acidentes, dificuldades financeiras ou internações médicas inesperadas. O objetivo é simples, mas eficaz: levar a vítima a agir imediatamente, seja realizando transferências bancárias ou fornecendo dados pessoais, sem checar a veracidade das informações recebidas.

O mecanismo, que antes se baseava em mensagens de texto genéricas, evoluiu significativamente com o uso de tecnologias como inteligência artificial, simulações de voz e até mesmo vídeos manipulados com aparência realista. A facilidade com que criminosos acessam dados publicados voluntariamente em redes sociais, como nomes de filhos, locais frequentados ou viagens realizadas, tem fornecido a matéria-prima para abordagens altamente convincentes.

Essa forma de fraude tornou-se particularmente comum em ambientes digitais devido à combinação de dois fatores: a exposição excessiva de informações pessoais e a instantaneidade das plataformas de comunicação. Aplicativos como WhatsApp e Telegram, por exemplo, são utilizados como meio para disparar mensagens com forte apelo emocional e tom de urgência, fazendo com que o destinatário sinta-se compelido a ajudar sem questionar. O uso de frases como “não conte a ninguém” ou “não posso falar por ligação” são sinais típicos, que visam impedir que a vítima busque confirmação por outros meios.

Há, no entanto, formas práticas de prevenção. A mais recomendada é não agir de imediato diante de um pedido inesperado, especialmente quando envolve valores ou dados sensíveis. Sempre que possível, deve-se buscar contato direto com a pessoa envolvida, utilizando outro número ou canal previamente conhecido. Em paralelo, a proteção dos próprios dados deve ser constante. Isso inclui limitar a exposição de detalhes da vida pessoal nas redes sociais, manter senhas seguras, ativar autenticação em duas etapas e educar familiares sobre as formas de abordagem utilizadas por golpistas.

É importante lembrar que essas fraudes não se restringem a um público específico. Pessoas de diferentes idades, formações e regiões podem ser impactadas, justamente porque a tática apela à empatia, à preocupação e ao desejo de ajudar alguém querido. A desconfiança saudável, aliada ao conhecimento sobre como esses golpes funcionam, é uma das formas mais eficazes de defesa.

A tecnologia, quando utilizada de forma ética e responsável, é uma aliada da comunicação e da proteção. Mas quando usada por quem busca manipular e obter vantagem indevida, torna-se uma ferramenta perigosa. Por isso, informação e vigilância continuam sendo indispensáveis.

Publicado em

COMO PROTEGER DADOS E IDENTIDADES EM TEMPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A segurança cibernética baseada em abordagens híbridas já não é apenas uma tendência, mas sim uma exigência concreta da realidade corporativa. Um levantamento recente realizado em mais de uma centena de países, incluindo o Brasil, revelou um movimento significativo das empresas no sentido de adaptar suas estratégias de proteção digital diante do avanço da inteligência artificial — especialmente quando utilizada como vetor de ataques.

De acordo com os dados, mais de um terço das organizações já promoveu ajustes em suas defesas digitais por conta de incidentes relacionados ao uso indevido de IA. Paralelamente, cresce a atenção dedicada à proteção das identidades que acessam dados sensíveis, demonstrando um amadurecimento na compreensão de que segurança da informação e identidade digital não podem mais ser tratadas de forma isolada.

Entre os entrevistados, uma parte expressiva afirmou ter dificuldades em demonstrar aos auditores que seus sistemas de IA estão devidamente protegidos. Esse desafio é particularmente relevante, pois a conformidade técnica e a capacidade de comprovar medidas preventivas são cada vez mais exigidas por órgãos reguladores e parceiros comerciais.

Por outro lado, uma parcela das empresas ainda adota uma postura reativa. Algumas afirmam não ter planos para incorporar soluções com IA em sua infraestrutura de segurança, mesmo diante de ameaças cada vez mais sofisticadas. Essa resistência pode estar ligada à falta de preparo técnico ou à ausência de investimentos estratégicos no tema — o que, inevitavelmente, amplia os riscos operacionais e expõe a organização a impactos reputacionais.

O estudo também aponta uma defasagem preocupante entre a velocidade com que os criminosos adotam IA para potencializar seus ataques e a lentidão de muitas empresas em atualizar suas defesas. O phishing, por exemplo, continua sendo um dos principais métodos de ataque. Em ambientes em nuvem, quase 80% dos profissionais de tecnologia o consideram a ameaça mais perigosa. Em infraestruturas locais, essa percepção permanece alta.

Nesse contexto, os investimentos em soluções integradas de gestão de identidades ganham relevância. Os dados mostram que muitos responsáveis pela segurança da informação priorizariam, se tivessem liberdade orçamentária, o fortalecimento do gerenciamento de acessos privilegiados (PAM) e das políticas de governança de identidade (IGA). Ao lado de tecnologias como o IAM, quando impulsionadas por IA, essas ferramentas tornam a estrutura digital da empresa mais resistente a violações.

Outro fator que merece atenção é o impacto financeiro das falhas de segurança. Quase metade das empresas entrevistadas já precisou realizar investimentos emergenciais para reparar danos causados por ataques. Além disso, algumas relataram prejuízos competitivos, perdas contratuais, pagamento de sanções administrativas e até abandono por parte de clientes.

Diante disso, cresce o interesse por seguros cibernéticos. No entanto, para que esses contratos sejam viáveis e com franquias mais acessíveis, é necessário comprovar que a organização adota práticas sólidas de cibersegurança. Medidas como autenticação multifator, gestão de patches e controle inteligente de acesso já estão presentes em boa parte das empresas que buscam esse tipo de cobertura.

Proteger os dados exige mais do que tecnologia. É preciso entender quem acessa essas informações, em que contexto e com quais permissões. A interconexão entre identidade e segurança digital deve ser uma diretriz permanente na estrutura de defesa das empresas — especialmente em ambientes distribuídos, com uso intensivo de cloud e trabalho remoto.

Adotar essa visão integrada significa transformar a segurança cibernética em um ativo estratégico, que protege não apenas a infraestrutura, mas também a reputação e a sustentabilidade dos negócios em longo prazo.

Publicado em

INOVAÇÃO E SEGURANÇA: A PROTEÇÃO DE DADOS NA AGENDA DA ECONOMIA DIGITAL

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) realizou recentemente a conferência “Navegando pela Proteção de Dados na Agenda da Economia Digital”, evento vinculado à 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20. A conferência teve como foco central a importância da proteção de dados pessoais no contexto das quatro principais prioridades do grupo de trabalho: conexão significativa, infraestrutura digital pública, integridade da informação e inteligência artificial.

Com uma programação dividida em momentos de falas iniciais, painéis e considerações finais, o evento contou com a participação de representantes de várias autoridades brasileiras, membros de delegações internacionais e outros órgãos governamentais. Além disso, países membros do G20, como Índia e África do Sul, também contribuíram ativamente para os debates.

A abertura da conferência destacou a relevância global da proteção de dados para a construção de uma economia digital sustentável e confiável. Foi enfatizado como esse tema é transversal e essencial para garantir a confiança nas relações digitais, permitindo o crescimento econômico com inovação, sem comprometer os direitos fundamentais dos cidadãos.

O primeiro painel abordou a questão da alfabetização em informação midiática e a proteção dos dados de crianças e adolescentes, destacando os desafios impostos pela desinformação, discursos de ódio e ameaças cibernéticas, principalmente contra os grupos mais vulneráveis. Os participantes ressaltaram a necessidade de fortalecer as medidas de segurança digital e a proteção de dados como um pilar crucial na economia digital.

Já o segundo painel focou na regulamentação experimental e governança de dados, evidenciando a importância dos sandboxes regulatórios para impulsionar a inovação tecnológica de forma responsável. Esse modelo, que permite a experimentação em um ambiente controlado, foi citado como uma ferramenta essencial para promover a confiança entre os setores público e privado, garantindo que a governança de dados avance de maneira transparente e inclusiva.

No encerramento do evento, ficou claro que a proteção de dados pessoais deve ser uma prioridade global, com padronizações e o desenvolvimento de capacidades locais. Essa abordagem colaborativa entre países e setores é fundamental para criar um ambiente digital seguro e propício ao crescimento econômico sustentável.

Esse encontro reforçou a posição da proteção de dados como um elemento chave para o futuro da economia digital, destacando que o envolvimento de múltiplos atores e a cooperação internacional são essenciais para garantir que a tecnologia continue a evoluir de forma ética e responsável.

Publicado em

ANPD SUSPENDE PROIBIÇÃO E IMPÕE NOVAS REGRAS PARA O USO DE DADOS EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu, na última sexta-feira (30), suspender a medida que proibia uma grande empresa de tecnologia de utilizar dados pessoais para treinar seu sistema de inteligência artificial. Anteriormente, no início de julho, a ANPD havia imposto a suspensão preventiva desse uso, em razão do risco iminente de danos graves e irreversíveis aos titulares dos dados.

A reversão da medida foi possibilitada após a empresa apresentar um recurso com documentos que demonstram seu comprometimento em ajustar suas práticas. O Conselho Diretor da ANPD aprovou um Plano de Conformidade que prevê uma série de medidas corretivas que a empresa deverá adotar para garantir a adequação às normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Entre as ações previstas, destaca-se o envio de notificações aos usuários das redes sociais mantidas pela empresa, tanto por e-mail quanto por meio de avisos no aplicativo. Essas mensagens trarão informações claras e acessíveis sobre como os dados pessoais serão utilizados para o treinamento de modelos de inteligência artificial.

Além disso, haverá atualizações nos documentos de comunicação pública da empresa, como o Aviso de Privacidade e banners em sua página de privacidade, visando fornecer maiores detalhes sobre o tratamento de dados para fins de IA. Outra medida importante é a garantia de que os titulares de dados possam se opor a esse tratamento de forma facilitada, inclusive com a disponibilização de um formulário simplificado para esse fim, aplicável tanto a usuários quanto a não-usuários.

O Plano de Conformidade também estabelece que a empresa está proibida de usar dados de menores de 18 anos para o treinamento da IA até que a ANPD tome uma decisão definitiva no processo de fiscalização.

A Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD ficará encarregada de acompanhar de perto o cumprimento das medidas pactuadas no Plano de Conformidade e a implementação do sistema de IA. Essa atuação reforça o compromisso da ANPD em promover a conformidade com a LGPD, além de esclarecer e proteger os direitos dos titulares de dados, fortalecendo uma cultura de proteção de dados no país.

Publicado em

COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ TRANSFORMANDO A GESTÃO EMPRESARIAL

A integração da tecnologia nas operações diárias das empresas é uma tendência crescente, e a Inteligência Artificial (IA) tem se destacado como uma das principais inovações, proporcionando sistemas mais integrados, automatizados e eficazes. Ao explorar o potencial da IA, as empresas podem alcançar uma gestão mais conectada e melhorar significativamente a experiência do cliente, oferecendo soluções personalizadas que vão além das expectativas.

Recentemente, foi lançada uma nova solução online baseada na nuvem, destinada a revolucionar a forma como as empresas gerenciam suas operações. Esse sistema de gestão empresarial (ERP) permite que as empresas tenham acesso a uma administração completa, inteligente e ágil, independentemente de onde estejam. Com a possibilidade de utilização em qualquer dispositivo conectado à internet, esse software elimina a necessidade de servidores físicos, oferecendo uma solução avançada e acessível.

A inovação vai além das funcionalidades tradicionais de gestão. Este sistema é capaz de detectar e reportar problemas automaticamente, seja na gestão financeira, na contabilidade, ou nos recursos humanos. Ele oferece alertas sobre possíveis erros ou falhas antes que eles se tornem críticos, permitindo que os gestores tomem decisões baseadas em dados atualizados e análises precisas.

Desenvolvida para empresas de médio porte, esta nova solução visa otimizar a produtividade e a eficiência, utilizando IA para automatizar tarefas rotineiras e reduzir custos operacionais. Com funcionalidades avançadas, como a gestão de clientes, fornecedores, estoques e tesouraria, a solução permite um controle total da operação, ajudando as empresas a se manterem competitivas no ambiente digital em constante evolução.

Além disso, o sistema baseado na nuvem oferece vantagens como disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana, proteção avançada contra ameaças cibernéticas, monitoramento contínuo, backups distribuídos e atualizações automáticas, incluindo adaptações legais. Isso garante que as empresas estejam sempre operando com as versões mais seguras e eficientes do software.

Para aqueles que ainda preferem sistemas mais tradicionais, a continuidade no desenvolvimento de soluções que não dependem exclusivamente da nuvem também está garantida. Essa abordagem híbrida reflete a necessidade de atender tanto os gestores que estão prontos para adotar a transformação digital completa, quanto aqueles que preferem manter um certo controle sobre suas infraestruturas físicas.

Com relação aos custos, a nova solução oferece uma estrutura de preços acessível, com assinaturas anuais que variam de acordo com os serviços e funcionalidades adicionais escolhidos, garantindo flexibilidade para as diferentes necessidades empresariais.

Este avanço na gestão empresarial demonstra que a IA é, sem dúvida, o futuro dos negócios, oferecendo ferramentas que não apenas otimizam operações, mas também transformam a maneira como as empresas interagem com seus dados e tomam decisões estratégicas.