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PIX TERÁ NOVAS REGRAS PARA AGILIZAR DEVOLUÇÃO EM CASOS DE FRAUDE

O sistema de pagamentos instantâneos passará a contar com ajustes importantes que buscam oferecer maior proteção aos usuários e rapidez na restituição de valores desviados em golpes. As mudanças concentram-se no Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada para viabilizar a recuperação de quantias transferidas indevidamente.

A partir de outubro, todos os aplicativos bancários deverão permitir que o cliente registre digitalmente a contestação de uma operação suspeita. Isso significa que a vítima não dependerá mais do atendimento telefônico ou presencial, podendo acionar o banco de forma imediata. A expectativa é que essa agilidade aumente as chances de bloqueio dos valores antes que sejam esvaziados das contas de destino.

Outro avanço está previsto para novembro: os bancos poderão rastrear recursos transferidos a partir da conta utilizada no golpe e buscar a devolução em outras contas vinculadas ao fraudador. Essa medida começará de forma facultativa, mas se tornará obrigatória no início de 2026.

Com esses aprimoramentos, estima-se que a devolução ocorra em até 11 dias após a contestação. Além disso, as informações relacionadas a operações suspeitas serão compartilhadas entre as instituições financeiras, fortalecendo a prevenção contra novas tentativas de fraude.

É importante destacar que o MED se aplica exclusivamente a situações de fraude comprovada ou falhas operacionais das instituições financeiras. Transferências equivocadas feitas por erro do usuário, bem como desavenças comerciais, não estão cobertas pelo mecanismo e devem ser resolvidas por outros meios.

Assim, o conjunto de medidas reforça a função do Pix como meio de pagamento seguro e confiável, ao mesmo tempo em que exige dos usuários atenção redobrada para diferenciar as hipóteses em que o recurso pode ser utilizado.

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PIX E GOLPES VIRTUAIS: O QUE O USO DO PIX NOS ENSINA SOBRE RISCO E PREVENÇÃO

Desde sua implementação em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos Pix alterou profundamente a maneira como os brasileiros lidam com transações financeiras. Com transferências realizadas em tempo real, disponíveis todos os dias da semana, o Pix se consolidou como o meio de pagamento preferido por grande parte da população. Em 2025, essa preferência se mantém, impulsionada principalmente pela praticidade, agilidade e ausência de tarifas na maioria das operações entre pessoas físicas.

No entanto, a popularização do sistema também revelou desafios relevantes, especialmente no que se refere à segurança digital. A praticidade que torna o Pix tão atrativo é a mesma que pode ser explorada por criminosos, que desenvolveram métodos cada vez mais sofisticados para enganar usuários e subtrair valores de maneira ilícita. As fraudes envolvendo o Pix têm provocado prejuízos consideráveis, muitas vezes superiores ao valor do salário mínimo, e afetam diretamente a percepção de segurança no uso da ferramenta.

Entre os golpes mais recorrentes estão os que envolvem QR Codes manipulados. Eles são utilizados tanto em estabelecimentos físicos quanto em plataformas de e-commerce, redirecionando pagamentos para contas sob controle dos fraudadores. Há ainda fraudes baseadas na falsa oferta de produtos ou serviços, nas quais o pagamento é realizado, mas o bem jamais é entregue ao consumidor. Também é comum o uso de aplicativos de mensagens instantâneas para aplicar golpes por meio da clonagem de contas, levando os criminosos a se passarem pelas vítimas para solicitar transferências a contatos próximos. Recentemente, perfis em redes sociais passaram a ser empregados na mesma lógica, ampliando as possibilidades de atuação dos fraudadores.

A sofisticação dos métodos empregados demanda atenção redobrada por parte dos usuários, além de medidas preventivas por empresas e instituições financeiras. A proteção dos dados pessoais, a verificação rigorosa de destinatários e a desconfiança diante de pedidos inesperados de valores são algumas das atitudes recomendadas para mitigar riscos. O avanço tecnológico que o Pix representa exige, portanto, que seu uso seja acompanhado de consciência e responsabilidade digital.

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FALHA DE SEGURANÇA NO BANPARÁ EXPÕE DADOS DE CHAVES PIX

O Banco Central do Brasil recentemente revelou um incidente de segurança envolvendo dados pessoais associados a chaves Pix, desta vez relacionados ao Banco do Estado do Pará S.A. (Banpará). O incidente foi causado por vulnerabilidades específicas nos sistemas do banco.

O vazamento afetou informações cadastrais de aproximadamente 3.020 chaves Pix. As informações comprometidas incluem o nome do usuário, CPF (parcialmente oculto), instituição financeira associada, bem como números de agência e de conta. O Banco Central assegura, contudo, que nenhum dado sensível como senhas, detalhes de transações ou saldos de contas foi exposto.

De acordo com o órgão regulador, os dados acessados são estritamente cadastrais e não oferecem possibilidades de realização de movimentações financeiras ou acesso a contas e informações bancárias protegidas por sigilo.

Os indivíduos impactados por este incidente serão informados diretamente através do aplicativo ou internet banking do banco onde possuem conta. O Banco Central enfatizou que não serão utilizados outros canais de comunicação, como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou emails, para contactar os afetados.

Além disso, o Banco Central declarou que estão sendo realizadas investigações detalhadas sobre o ocorrido e que medidas punitivas apropriadas serão aplicadas conforme previsto na regulamentação atual. Este episódio destaca a importância da segurança cibernética dentro das instituições financeiras e a necessidade de contínuo aprimoramento dos sistemas para proteger os dados dos consumidores.