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COMO A AUTOMAÇÃO JURÍDICA E O LEGAL OPERATIONS REDEFINEM O PAPEL DO JURÍDICO NAS EMPRESAS

O setor jurídico empresarial vive um processo de transformação. À medida que as demandas se tornam mais complexas e os desafios de conformidade aumentam, as organizações buscam formas de tornar seus departamentos jurídicos mais eficientes, estratégicos e alinhados aos objetivos corporativos. É nesse contexto que surge a aplicação de Legal Operations, uma abordagem que incorpora práticas de gestão, análise de dados e automação, com o objetivo de profissionalizar a administração dos serviços jurídicos.

Legal Operations não se limita à adoção de tecnologias. Trata-se da implementação de processos, métricas e modelos de gestão que permitem aos departamentos jurídicos operar com mais controle, previsibilidade e eficiência. A proposta é transferir atividades operacionais repetitivas e administrativas para fluxos automatizados, liberando os profissionais jurídicos para focar em atividades de maior valor, como análise de riscos, estratégias negociais e tomada de decisões.

A automação de processos jurídicos, dentro dessa lógica, representa uma ferramenta indispensável. Ela permite, por exemplo, o controle automatizado de prazos, a geração de contratos padronizados, o acompanhamento de litígios, a gestão de documentos e a análise preditiva de riscos. Além disso, integra o departamento jurídico aos demais setores da empresa, promovendo uma visão colaborativa e orientada por dados.

Ao adotar Legal Operations, empresas conseguem não apenas reduzir custos operacionais, mas também aprimorar a governança, mitigar riscos e assegurar que o jurídico atue de forma proativa no suporte às estratégias empresariais. Trata-se de uma mudança na cultura jurídica, que deixa de ser meramente reativa para assumir um papel decisivo na criação de valor para os negócios.

Esse movimento exige dos profissionais do direito não só conhecimento técnico, mas também habilidades em gestão, tecnologia e análise de dados. A advocacia corporativa, portanto, se reposiciona como parceira essencial na condução dos negócios, alinhando eficiência operacional, segurança jurídica e desenvolvimento estratégico.

Legal Operations não é uma tendência passageira. É uma evolução natural do direito empresarial, que responde à necessidade de alinhar o jurídico à dinâmica dos negócios e às exigências do mercado contemporâneo.

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COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ TRANSFORMANDO A GESTÃO DE LITÍGIOS

No contexto jurídico contemporâneo, a tecnologia tem desempenhado um papel transformador, especialmente por meio das legaltechs. Essas empresas utilizam recursos tecnológicos para aprimorar e otimizar processos legais, oferecendo soluções que vão desde a automação de documentos até a análise preditiva de litígios. O objetivo central é aumentar a eficiência e reduzir os custos operacionais de departamentos jurídicos e escritórios de advocacia.

Entre as legaltechs brasileiras, destaca-se uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções baseadas em inteligência artificial para a gestão de litígios empresariais. Fundada em outubro de 2024, a empresa oferece serviços como terceirização de processos jurídicos (BPO Jurídico) e plataformas de IA para monitoramento de riscos e previsão de litígios. Essas soluções promovem maior eficiência e redução de custos operacionais para as empresas atendidas.

A empresa surgiu a partir de uma plataforma que conectava pessoas a advogados online. Com base na experiência adquirida, os fundadores perceberam a necessidade de atuar na prevenção de litígios, auxiliando empresas a evitarem processos desnecessários. Assim, a empresa foi criada com uma abordagem mais estratégica para a gestão de conflitos empresariais.

Atuando em todo o território nacional, a empresa atende departamentos jurídicos e de experiência do cliente (CX) de diversas organizações. Sua plataforma de IA utiliza algoritmos para analisar conversas, históricos de atendimentos e dados externos, prevendo com precisão a probabilidade de ações judiciais e seus possíveis impactos. A forma de contratação segue o modelo SaaS (Software as a Service), com planos empresariais personalizados de acordo com as necessidades dos clientes.

A aplicação de inteligência artificial no setor jurídico, como exemplificado por essa empresa, reflete uma tendência de modernização e busca por soluções mais eficazes na gestão de litígios. Ao integrar tecnologia e conhecimento jurídico, legaltechs como essa contribuem para a evolução do mercado jurídico, oferecendo ferramentas que permitem uma atuação mais estratégica e preventiva.