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GOLPE DA SELFIE: COMO CRIMINOSOS USAM SUA IMAGEM PARA FRAUDES DIGITAIS

Nos últimos anos, tem se multiplicado um tipo de fraude digital em que criminosos solicitam selfies sob o pretexto de confirmar a identidade do usuário. A prática, aparentemente inofensiva, é utilizada para burlar sistemas de autenticação facial presentes em aplicativos bancários, plataformas de crédito e até em serviços de programas sociais.

Ao obter a foto da vítima, os golpistas conseguem acessar aplicativos financeiros, realizar transferências, contratar empréstimos em nome de terceiros e até abrir contas falsas com os dados coletados. O impacto é significativo, pois compromete tanto a segurança patrimonial quanto a reputação do usuário.

As pessoas mais suscetíveis a esse tipo de golpe costumam ser aquelas que confiam em comunicações recebidas por mensagens instantâneas ou ligações telefônicas. Idosos, candidatos a vagas de emprego e usuários com bom histórico de crédito figuram entre os alvos preferenciais, justamente porque transmitem maior confiabilidade no uso de dados pessoais.

Em caso de fraude, é fundamental agir rapidamente. O primeiro passo é bloquear imediatamente contas e cartões para evitar movimentações indevidas. Em seguida, deve-se registrar boletim de ocorrência e entrar em contato com a instituição financeira para solicitar o cancelamento de operações não autorizadas.

Para se proteger, algumas medidas simples podem fazer a diferença:

  • nunca enviar selfies ou dados pessoais por WhatsApp, SMS ou redes sociais;
  • desconfiar de contatos que solicitem fotos para suposta liberação de contas;
  • ativar a verificação em duas etapas em aplicativos bancários e serviços financeiros.

A conscientização é a ferramenta mais eficaz para reduzir a exposição a fraudes digitais. Conhecer os mecanismos utilizados por criminosos permite identificar abordagens suspeitas e agir de forma preventiva, garantindo maior segurança no ambiente digital.

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RECONHECIMENTO FACIAL: COMBATE ÀS FRAUDES E A NECESSIDADE DE SOLUÇÕES MAIS SEGURAS

O reconhecimento facial, uma tecnologia amplamente utilizada para autenticação em diversos setores, está sob crescente ameaça devido ao aumento das fraudes por técnicas de spoofing. Criminosos têm demonstrado habilidades cada vez mais sofisticadas para enganar sistemas que, até recentemente, eram considerados altamente seguros. Estima-se que o mercado global de reconhecimento facial atinja US$ 13,87 bilhões até 2028, mas o crescimento dessa indústria traz consigo desafios significativos, especialmente no que diz respeito à segurança e confiabilidade dos sistemas.

As fraudes em reconhecimento facial são facilitadas por técnicas avançadas de spoofing, que manipulam sistemas por meio de fotos, vídeos ou até máscaras 3D. A atratividade de usar o próprio rosto como uma senha, embora conveniente, apresenta riscos consideráveis. Isso ocorre porque o rosto é uma característica invariável e, muitas vezes, pública, o que facilita a coleta de dados pelos fraudadores. A segurança dos sistemas de reconhecimento facial depende, portanto, tanto da robustez do dispositivo utilizado quanto da qualidade do algoritmo implementado.

Nesse contexto, a cibersegurança se torna um tema central. Com os crimes cibernéticos projetados para custar ao mundo cerca de US$ 10,5 trilhões por ano até 2025, a necessidade de identificar e mitigar fraudes em sistemas de reconhecimento facial é mais urgente do que nunca. As soluções para combater essas fraudes incluem treinamentos contínuos dos modelos de IA e investimentos em produtos de biometria de alta qualidade. No entanto, a pressa em lançar novos produtos pode levar a falhas, resultando em sistemas que não são suficientemente testados ou que possuem vieses prejudiciais.

Pesquisas, como a realizada pelo MIT em 2020, destacam a importância de um desenvolvimento cuidadoso e inclusivo desses sistemas. A pesquisa mostrou que sistemas de reconhecimento facial apresentavam taxas de erro significativamente mais altas ao identificar pessoas de diferentes etnias, com uma discrepância alarmante: taxas de erro de até 35% para mulheres de pele escura, em comparação com menos de 1% para homens de pele clara. Isso evidencia a necessidade de mais pesquisas e investimentos em soluções robustas para garantir a proteção de dados e a integridade dos sistemas.

Em um ambiente digital cada vez mais interconectado, a segurança de dados e a confiança nas tecnologias emergentes são prioridades que exigem atenção contínua. A evolução dos métodos de autenticação e a melhoria dos algoritmos são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas fraudes e garantir a segurança dos usuários.