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GOLPE DO APLICATIVO ‘SHOPEE CASH’ ENGANA USUÁRIOS EM BUSCA DE DINHEIRO FÁCIL

Recentemente, circulou pela internet uma história promissora: um aplicativo que supostamente estava associado a uma grande plataforma de compras online, oferecendo a oportunidade de ganhar dinheiro fácil e rápido. O aplicativo em questão, prometendo lucros consideráveis sem sair de casa, despertou o interesse de muitas pessoas que buscam alternativas de renda flexíveis e convenientes.

No entanto, ao investigar mais a fundo essa história, fica evidente que se trata de mais um golpe virtual que tem se tornado cada vez mais comum. O aplicativo em questão, embora se apresente como associado a uma marca conhecida, na verdade não possui qualquer relação com ela. A estratégia utilizada para atrair vítimas envolve a veiculação de anúncios pagos em redes sociais e a criação de vídeos patrocinados em canais do YouTube, muitas vezes sem o conhecimento dos proprietários desses canais.

Ao tentar acessar o suposto aplicativo, os usuários são confrontados com a exigência de pagamento para utilizá-lo. Além disso, mesmo que aparentemente consigam acumular algum dinheiro através do aplicativo, são confrontados com a necessidade de realizar pagamentos adicionais para efetuar saques. Essa estratégia de extorsão é recorrente em golpes dessa natureza, visando enganar as vítimas e fazer com que desembolsem quantias cada vez maiores, sem nunca receberem qualquer retorno financeiro.

Infelizmente, este não é um caso isolado. Golpes semelhantes têm se multiplicado nos últimos anos, explorando a ingenuidade e a esperança de pessoas em busca de oportunidades de trabalho e renda extra. É fundamental que os usuários estejam atentos a essas armadilhas virtuais, sempre verificando a legitimidade de qualquer oferta antes de fornecerem seus dados pessoais ou financeiros.

O suposto aplicativo “Shopee Cash” não passa de mais um golpe circulando na internet, visando enganar pessoas incautas em busca de oportunidades de ganho fácil. É importante que a comunidade esteja ciente dessas práticas fraudulentas e tome as devidas precauções para proteger-se contra elas.

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LEGISLAÇÃO E TECNOLOGIA: A NECESSIDADE DE PROTEÇÃO CONTRA ‘DEEPFAKES’

As ferramentas de inteligência artificial (IA) que criam “deepfakes” sexualmente explícitos têm sido alvo de críticas crescentes devido à sua natureza predatória, que visa principalmente as mulheres. Este tipo de tecnologia, que manipula imagens para criar representações sexualmente explícitas sem consentimento, é uma forma particularmente invasiva de abuso digital. Alarmantemente, estes algoritmos são projetados especificamente para afetar as mulheres, destacando um uso malicioso da tecnologia sem neutralidade alguma.

Um estudo recente revelou que o número de vídeos “deepfake” explícitos aumentou em mais de 550% entre 2019 e 2023, demonstrando a escalada preocupante deste fenômeno. A criação desses vídeos tornou-se surpreendentemente acessível e rápida, sendo possível gerar uma “deepfake” em menos de meia hora utilizando uma única fotografia clara do rosto da vítima.

A discussão sobre como combater essa forma de violência digital tem se intensificado, especialmente na União Europeia, que está à beira de implementar uma diretiva focada na violência contra as mulheres, que inclui medidas contra a ciber-violência. Esta legislação busca uniformizar a proteção em todos os estados-membros, fortalecendo as leis de privacidade e aumentando as responsabilidades sobre a disseminação de conteúdos digitais abusivos.

No entanto, a natureza transnacional da internet e a facilidade com que os conteúdos digitais cruzam fronteiras complicam a aplicação dessas leis. Vítimas podem estar em um país, enquanto os servidores que hospedam o conteúdo abusivo e os agressores podem estar em outros. Isso ressalta a necessidade de uma cooperação internacional mais robusta para efetivamente enfrentar esses desafios.

Além das medidas legais, existem plataformas dedicadas a combater a disseminação de conteúdo íntimo não-consensual. Estas plataformas utilizam tecnologias de IA para identificar e eliminar imagens abusivas em várias redes, auxiliando na mitigação do dano.

Especialistas em ciber-segurança destacam que, além da remoção rápida de conteúdos prejudiciais, é vital uma conscientização maior sobre as armadilhas da segurança digital. A prevenção não deve se basear na restrição do compartilhamento de imagens pessoais, que é parte integrante da expressão individual e da vida social moderna, mas sim no fortalecimento das estruturas legais e tecnológicas que protegem a integridade digital das pessoas.

À medida que a IA continua a evoluir rapidamente, as legislações terão que se adaptar com a mesma velocidade para oferecer proteções adequadas, um desafio que legisladores em todo o mundo precisarão enfrentar continuamente.