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TECNOLOGIA A FAVOR DA SAÚDE: COMO GARANTIR O ACESSO À CIRURGIA ROBÓTICA PELA JUSTIÇA

Vivemos um período marcado por grandes transformações impulsionadas pelas novas tecnologias. Essas mudanças estão presentes em todos os aspectos da vida — no trabalho, na rotina doméstica, no entretenimento e também nos cuidados com a saúde. É curioso lembrar que, no passado, pessoas sem formação específica, como barbeiros, realizavam procedimentos médicos. Hoje, no entanto, a realidade é completamente diferente: contamos com recursos que permitem maior precisão e segurança, como a cirurgia assistida por robôs.

Esse tipo de procedimento, que já possui regulamentação no Brasil por meio do Conselho Federal de Medicina, representa um avanço importante. As cirurgias robóticas são realizadas por profissionais capacitados com o auxílio de equipamentos de alta precisão. Entre os principais benefícios estão a redução dos cortes no corpo, menos sangramento, menor risco de infecção, tempo de recuperação mais curto e maior estabilidade nos movimentos durante a operação, o que diminui possíveis erros humanos.

Esse recurso já está disponível em diversos hospitais, tanto em grandes centros quanto em cidades do interior, incluindo unidades no Espírito Santo. Entre as aplicações mais comuns estão os tratamentos para câncer de próstata, remoção de tumores renais e intervenções ginecológicas como histerectomia e miomectomia.

Mesmo com toda essa evolução e resultados positivos, muitos planos de saúde ainda se recusam a cobrir esse tipo de cirurgia. Em grande parte dos casos, essa negativa é feita de forma indevida e com o único objetivo de evitar custos maiores, já que esse tipo de procedimento costuma ser mais caro do que as cirurgias tradicionais.

A boa notícia é que o paciente não precisa aceitar essa negativa de forma passiva. Há caminhos legais para garantir o direito ao tratamento, inclusive por meio de uma decisão judicial rápida, chamada liminar, que pode ser concedida logo no início do processo.

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AVANÇOS NA IA TRANSFORMAM TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS DE FALA

Há alguns anos, um paciente com esclerose lateral amiotrófica (ELA) cantou pela última vez para sua filha antes que a doença afetasse sua capacidade de falar. Em julho de 2023, ele passou por uma cirurgia inovadora em uma universidade na Califórnia, onde eletrodos foram implantados em seu cérebro, oferecendo uma nova esperança de comunicação.

Os resultados da cirurgia superaram as expectativas dos especialistas. O dispositivo, utilizando inteligência artificial para decodificar sinais cerebrais, permitiu que o paciente se comunicasse novamente, alcançando uma precisão impressionante de 97,5% na tradução dos padrões neurais em palavras e frases. Esse avanço tecnológico marca uma revolução no tratamento de distúrbios de fala, demonstrando o potencial da IA em melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

No entanto, o paciente ainda enfrenta desafios significativos fora do ambiente clínico. Um dos principais obstáculos é de natureza financeira: seu seguro de saúde cobre as necessidades apenas se ele optar por entrar em cuidados paliativos ou interromper o trabalho. Essa situação destaca a necessidade urgente de uma discussão mais ampla sobre o acesso a inovações médicas, garantindo que essas tecnologias transformadoras estejam disponíveis para todos os pacientes, independentemente de suas condições financeiras.

Este caso destaca o impacto positivo que a tecnologia pode ter na vida das pessoas, ao mesmo tempo em que evidencia as barreiras que ainda precisam ser superadas para que os avanços médicos sejam plenamente acessíveis.

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COMO PODERÁ SER O FUNCIONAMENTO DO PRIMEIRO HOSPITAL COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A Revolução da Inteligência Artificial na Medicina Moderna

Desde o advento da Inteligência Artificial (IA), tem-se discutido amplamente quais profissões seriam mais impactadas por essa tecnologia. A medicina é uma área particularmente afetada, como demonstra um inovador projeto de hospital com IA na China. Aqui, exploramos como a IA está sendo aplicada na medicina moderna e os impactos dessa revolução tecnológica.

A Inovação do Hospital Agente

O “Hospital Agente”, um projeto desenvolvido pela Universidade de Tsinghua na China, exemplifica a integração da IA na saúde. Segundo a revista Robotic and Automation, médicos “robôs” foram programados para aprender e evoluir com cada atendimento, alcançando uma precisão de mais de 90% em plataformas que medem a exatidão médica.

Neste ambiente, mais de 3 mil pacientes podem ser atendidos diariamente, um número que médicos humanos levariam cerca de dois anos para alcançar. Além dos médicos robóticos, o projeto também inclui enfermeiras virtuais que fornecem cuidados diários aos pacientes simulados, cobrindo todo o processo desde o diagnóstico até o tratamento.

Benefícios para a Saúde Pública

A capacidade da IA de acelerar processos médicos traz significativos benefícios para a saúde pública. A automação e a precisão dos sistemas de IA podem diminuir o tempo de espera por diagnósticos e tratamentos, melhorando a eficiência e a qualidade dos cuidados de saúde.

IA: Uma Ameaça ou Um Aliado?

Uma preocupação comum é se a IA substituirá médicos e outros profissionais de saúde. Liu Yang, líder do projeto na Universidade de Tsinghua, afirma que o objetivo é complementar o trabalho humano, não substituí-lo. A IA pode permitir que médicos e estudantes de medicina testem novos tratamentos em pacientes virtuais, sem riscos para humanos.

O Dr. Dong Jiahong, também da Universidade de Tsinghua, enfatiza que, apesar das vantagens da IA, o cuidado humano continua insubstituível. A interação e a atenção de humano para humano são aspectos que a tecnologia ainda não pode replicar plenamente.

A integração da IA na medicina representa uma evolução significativa, trazendo eficiência e precisão sem precedentes. Contudo, é essencial que essa tecnologia seja vista como uma ferramenta de apoio, potencializando o trabalho dos profissionais de saúde e mantendo a importância do toque humano nos cuidados médicos.