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COMO PROTEGER E RECUPERAR SEU ACESSO EM CASO DE ATAQUES VIRTUAIS

A identificação de movimentações incomuns em contas digitais exige ação imediata. O primeiro passo é tentar reaver o acesso diretamente na própria plataforma, formalizar um boletim de ocorrência e, se necessário, buscar apoio jurídico sem demora.

Os ataques podem ocorrer de diferentes maneiras: desde o furto de dispositivos e a quebra de senhas até técnicas de engenharia social, em que o infrator induz a vítima a compartilhar informações sensíveis. Em muitos casos, o autor já dispõe de um conjunto de dados pessoais antes mesmo de estabelecer contato, o que aumenta a efetividade da abordagem.

Para reduzir riscos, recomenda-se adotar boas práticas de proteção: criar senhas robustas, habilitar bloqueio por biometria, ativar autenticação multifator e manter sistemas operacionais e soluções de segurança sempre atualizados. É igualmente importante verificar a legitimidade de remetentes de e-mails e desconfiar de mensagens com tom de urgência ou conteúdo incomum, evitando cliques em links suspeitos e o compartilhamento de códigos de acesso.

No campo jurídico, existem medidas que permitem buscar a recuperação de contas, solicitar informações técnicas como endereços de IP e dados de geolocalização ou, quando não for possível restabelecer o acesso, pleitear indenização por prejuízos materiais e morais. A agilidade na adoção dessas providências aumenta as chances de preservar e reunir elementos relevantes para responsabilizar os autores.

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CONTROLE DE ACESSOS E LGPD: O CONTROLE DE ACESSOS COMO MEDIDA ESSENCIAL

A segurança dos dados pessoais e corporativos deixou de ser apenas uma responsabilidade técnica para tornar-se uma obrigação legal e estratégica nas organizações. Desde a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a forma como empresas coletam, armazenam, utilizam e compartilham informações passou a ser objeto de fiscalização e, muitas vezes, de questionamentos judiciais.

Contudo, há um ponto que muitas empresas ainda negligenciam: o acesso interno às informações. Frequentemente, colaboradores, especialmente aqueles que ocupam cargos administrativos ou de liderança, têm acesso a sistemas, planilhas, e-mails e arquivos que concentram dados sensíveis. O risco se intensifica quando esse acesso não é devidamente controlado ou permanece ativo mesmo após o desligamento do profissional.

É bastante comum encontrar empresas que mantêm logins e senhas inativos esquecidos em sistemas de gestão, plataformas de e-mail ou serviços em nuvem. Essa prática expõe a organização a incidentes de segurança, vazamentos e até mesmo a usos indevidos por pessoas que não mais têm vínculo com a empresa. O risco não se limita à má-fé. Um ex-colaborador pode, por desconhecimento ou negligência, acessar informações e compartilhá-las inadvertidamente, gerando consequências sérias para a empresa.

A LGPD estabelece que o tratamento de dados deve observar princípios como necessidade, segurança e prevenção. Isso exige que os acessos sejam restritos apenas ao tempo e à finalidade necessária, e que as empresas adotem medidas técnicas e administrativas capazes de proteger essas informações.

Uma boa prática é manter um controle rigoroso de acessos, com registros atualizados de quem tem permissão para visualizar ou manipular dados. Além disso, os processos de admissão e desligamento devem contemplar a criação e revogação de credenciais, a assinatura de termos de confidencialidade e a orientação clara sobre os limites do uso de informações mesmo após o fim do contrato.

A segurança da informação não depende apenas de firewalls e antivírus. Ela começa com a definição de regras internas, passa pela conscientização dos colaboradores e se consolida com a revisão contínua de processos.

Sua empresa sabe exatamente quem pode acessar cada tipo de dado? Os acessos estão mapeados, justificados e atualizados? Se a resposta for negativa, talvez seja o momento de repensar a governança da informação e ajustar o foco não só na tecnologia, mas também na gestão de pessoas e processos.

Zelar pelos dados é também zelar pela reputação, pela confiança do mercado e pela sustentabilidade do negócio.