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EMPRESAS FORTALECEM DEFESAS COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ESTRATÉGIAS COMBINADAS DE CIBERSEGURANÇA

À medida que os riscos digitais se tornam mais sofisticados, organizações de diversos setores têm priorizado a adoção de arquiteturas robustas de segurança cibernética. Uma recente análise do mercado aponta para a consolidação de estratégias que combinam diferentes tecnologias, como gestão de identidade e acesso (IAM), monitoramento de eventos de segurança (SIEM), detecção e resposta em endpoints (EDR), além de soluções voltadas à continuidade de negócios por meio da recuperação de dados.

O uso da inteligência artificial tem sido determinante nesse processo, trazendo avanços significativos na automação de tarefas e no refinamento das respostas a incidentes. Sistemas de monitoramento, por exemplo, têm integrado IA generativa para melhorar a interpretação de dados e a geração de relatórios, tornando a identificação de ameaças mais ágil e precisa.

O gerenciamento de identidades também evolui com a adoção de mecanismos automatizados que viabilizam o provisionamento inteligente de contas e a adaptação dinâmica de permissões com base em funções ou riscos identificados. Esse movimento tem contribuído para reduzir falhas humanas e aumentar o controle sobre o acesso a informações sensíveis.

Na proteção de terminais, soluções de EDR vêm incorporando análises baseadas em telemetria para qualificar melhor os alertas e mitigar falsos positivos. Essa abordagem permite uma resposta mais eficiente e menos dependente da atuação manual das equipes de segurança.

Já no campo da recuperação de dados, observa-se uma ênfase maior em processos contínuos e automatizados, especialmente diante da frequência com que ataques do tipo ransomware têm comprometido infraestruturas críticas. A capacidade de restaurar dados de forma rápida e segura passou a ser um componente fundamental das estratégias de resiliência digital.

A pesquisa examinou dezenas de fornecedores em diversas categorias, considerando critérios como maturidade das soluções, integração entre plataformas e retorno sobre investimento. Os resultados indicam que, embora diversas empresas tenham se destacado em áreas específicas, nenhuma delas concentra todas as funcionalidades necessárias para uma proteção abrangente, o que reforça a importância de arquiteturas integradas e adaptáveis.

Com a inteligência artificial ganhando protagonismo e novas tecnologias emergindo — como a computação quântica —, os próximos anos exigirão parcerias estratégicas que combinem inovação, confiabilidade e suporte técnico especializado. O desafio não é apenas proteger dados, mas manter a capacidade de operação mesmo diante de ameaças cada vez mais complexas.

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EMPRESAS ENFRENTAM ALTA NOS ATAQUES CIBERNÉTICOS NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

O segundo trimestre de 2025 registrou um aumento expressivo nos ataques cibernéticos a empresas em diversas regiões do mundo, com destaque para o crescimento de 21% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a 2023, a elevação foi de 58%, refletindo uma intensificação das atividades maliciosas no ambiente digital.

O setor de educação e pesquisa continua sendo o mais visado, com uma média de 4.388 ataques semanais por organização, seguido pelos setores de administração pública (2.632 ataques semanais) e telecomunicações (2.612 ataques semanais). Esses segmentos têm sido alvos frequentes devido ao volume de dados sensíveis que armazenam e, muitas vezes, à fragilidade de seus sistemas de proteção.

Entre os continentes, a África lidera em volume médio de ataques por semana (3.365), seguida pela região da Ásia-Pacífico (2.874) e pela América Latina (2.803). Ainda que a Europa tenha registrado uma média inferior (1.669), foi o continente que apresentou a maior variação percentual no período, com um salto de 22% na comparação anual.

No contexto nacional, observou-se um acréscimo de 19% nas ofensivas digitais em relação ao segundo trimestre de 2024. Embora abaixo da média global, o número de tentativas de ataque contra empresas locais chegou a 2.155 por semana, superando a média observada em países europeus. Apenas duas nações da Europa apresentaram números mais elevados: Itália e República Checa.

A área de educação e pesquisa também figura como a mais impactada internamente, com uma média de 5.478 ataques semanais, muito acima da média global. O setor de saúde vem logo atrás, com 3.962 incidentes por semana, enquanto o setor público e de defesa contabiliza 2.106 ataques semanais.

Além disso, foi registrado um total de 1.600 incidentes envolvendo ransomware no mundo entre abril e junho deste ano. As regiões com maior concentração desses casos foram América do Norte e Europa, o que reforça a necessidade de revisão contínua das práticas de segurança digital em empresas e instituições.

Esses dados revelam a urgência de investimento constante em soluções de cibersegurança, políticas de prevenção robustas e capacitação de equipes técnicas para mitigar riscos e proteger a integridade de informações estratégicas.