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COMO EVITAR GOLPES EM COMPRAS ONLINE NO DIA DAS CRIANÇAS

Com a proximidade do Dia das Crianças, muitos consumidores recorrem às lojas virtuais para garantir os presentes. Essa comodidade, no entanto, exige atenção redobrada, já que fraudes digitais continuam a causar prejuízos significativos, especialmente entre pessoas com menor familiaridade com a tecnologia.

Para reduzir riscos e proteger suas informações, algumas práticas devem ser observadas antes e durante a compra online.

1. Verifique a legitimidade do site

Antes de finalizar qualquer transação, observe se a loja informa dados como CNPJ, endereço físico e canais oficiais de atendimento. Esses elementos ajudam a identificar se a empresa realmente existe e se está registrada.

2. Confirme a segurança da conexão

Sites confiáveis utilizam conexão protegida. O cadeado exibido no navegador, ao lado do link, indica que há criptografia na transmissão de dados, tornando mais difícil a interceptação de informações pessoais e bancárias.

3. Proteja suas informações pessoais

Não compartilhe senhas, dados bancários ou número de cartão em ligações ou mensagens. Criminosos costumam se passar por representantes de empresas, explorando a confiança do consumidor. Em caso de dúvida, busque atendimento presencial ou canais oficiais da instituição.

4. Formalize denúncias

Se identificar práticas suspeitas ou sofrer prejuízo, é essencial acionar os órgãos de defesa do consumidor e registrar boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, seja presencialmente ou pela delegacia virtual. Essa conduta auxilia não apenas na reparação individual, mas também no rastreamento de grupos especializados em golpes virtuais.

A compra online pode ser prática e vantajosa, desde que acompanhada de cuidados básicos. Conferir a legitimidade do site, garantir a segurança da conexão, proteger dados pessoais e recorrer aos canais de denúncia quando necessário são passos fundamentais para que a experiência de consumo seja segura.

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O PERFIL DAS VÍTIMAS DE GOLPES VIRTUAIS MUDOU E ISSO EXIGE UMA ATENÇÃO REDOBRADA

A fraude digital deixou de ter um público-alvo definido. Durante muito tempo, o discurso popular associava os golpes online, sobretudo os financeiros, à vulnerabilidade dos idosos. Contudo, os dados mostram uma realidade bem diferente. Pesquisas indicam que os jovens, entre 16 e 29 anos, hoje ocupam o topo da lista de vítimas, representando cerca de 27% dos casos. Isso contraria a percepção de que os mais novos, por dominarem a tecnologia, estariam mais protegidos.

Enquanto isso, pessoas com mais de 60 anos – muitas vezes apontadas como mais expostas – correspondem a 16% das ocorrências. Já a faixa entre 50 e 59 anos aparece com 14%. Esses números refletem, acima de tudo, um tipo de crime que não escolhe idade, mas sim oportunidade.

A lógica é simples e preocupante: golpistas tentam dezenas, centenas de abordagens. Se uma delas funcionar, já é suficiente para causar prejuízo a alguém. Como relatado por uma vítima ao ser induzida a fazer uma falsa atualização de aplicativo bancário, transferiu R$ 20 mil aos criminosos com apenas alguns cliques. E isso não é exceção.

No caso dos jovens, os golpes muitas vezes envolvem promessas de emprego fácil ou de ganhos financeiros rápidos pela internet. Já entre os mais velhos, são mais comuns os crimes típicos de estelionato, como falsas cobranças, fraudes bancárias ou sequestros virtuais.

O ponto de partida para se proteger é sempre o mesmo: informação. É preciso desconfiar de mensagens que gerem urgência ou pressão para agir rapidamente, especialmente se envolvem transferências ou atualizações de cadastro. O cuidado se estende até mesmo a mensagens que supostamente vêm de pessoas conhecidas. Os golpistas se passam por familiares e amigos usando perfis falsos, com fotos e nomes reais.

Evitar clicar em links recebidos por aplicativos de mensagem ou redes sociais, não compartilhar dados sensíveis e, sempre que possível, confirmar a origem de solicitações por outros meios são hábitos indispensáveis.

Do ponto de vista técnico, a adoção de boas práticas também ajuda. Usar senhas longas e difíceis de adivinhar, ativar a autenticação em dois fatores e manter os aplicativos e sistemas operacionais atualizados reduz as chances de invasão.

Se, mesmo assim, ocorrer o golpe, o caminho é formalizar imediatamente a denúncia. Registrar um boletim de ocorrência e informar o banco ou a operadora de cartão de crédito são medidas que podem limitar os danos e até possibilitar o bloqueio dos valores transferidos.

A proteção contra fraudes digitais não depende apenas de antivírus ou tecnologia. Ela começa no comportamento de cada pessoa diante das interações online. Informação, cautela e atitude são os pilares de uma navegação mais segura.

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O CRESCIMENTO DE GOLPES FINANCEIROS CONTRA IDOSOS

Nos últimos quatro anos, os golpes financeiros direcionados a idosos registraram um aumento de 60%, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Dentre os tipos de fraudes mais frequentes, 70% envolvem tentativas de obtenção de códigos e senhas de acesso bancário. Entre os métodos mais comuns estão telefonemas que solicitam a confirmação de senhas e golpes envolvendo falsas promessas, como bilhetes premiados.

Um caso emblemático ocorreu no Paraná, onde uma idosa de Toledo, no oeste do estado, perdeu cerca de R$ 4 mil ao acreditar estar em um relacionamento amoroso com um suposto empresário renomado. A polícia apontou que golpes de “namoro à distância” têm se tornado cada vez mais frequentes. Esse tipo de fraude, facilitada pela internet, é considerado uma forma de violência patrimonial contra os idosos no Brasil. Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos indicam que quase 80% das denúncias são realizadas por terceiros, já que muitas vítimas se sentem envergonhadas de relatar o ocorrido.

É necessário destacar a importância de registrar o boletim de ocorrência para combater esse tipo de crime. Entre janeiro e setembro deste ano, foram notificados mais de 72 mil casos de violação patrimonial pelo Disque 100, sendo quase metade deles relacionados a golpes envolvendo idosos. A prevenção é essencial, e para isso, especialistas em segurança digital recomendam algumas medidas que podem ajudar a evitar essas fraudes. O Ministério, por sua vez, disponibiliza uma cartilha detalhada sobre como identificar a violência financeira contra idosos. Denúncias podem ser encaminhadas às delegacias especializadas em cibercrimes ou pelo número 190, garantindo a proteção das vítimas e a responsabilização dos criminosos.